Minha história 6 - Laura

Um conto erótico de Amores Burlescos Wordpress
Categoria: Heterossexual
Contém 2092 palavras
Data: 12/04/2017 08:09:08

Olá, de volta das férias e continuando com minhas histórias de uma época movimentada de minha vida.

Para quem sentir falta de uma cena sexo com mais continuidade (infelizmente nesse capítulo me deu muito mal), irei compensar no próximo.

Na segunda-feira recebi um e-mail da Laura. Ela foi uma estagiária na empresa onde trabalho com quem tive uma paixão avassaladora. Fiquei apreensivo. Antes de abrir passou um filme na minha cabeça. Ela falando que se eu não fosse casado me levava para sua cama. O primeiro beijo no dia que Patrícia me contou que havia transado no carro com um amigo meu. Os almoços passando no Drive-Thru do Mac Donalds e encostando o carro debaixo de alguma árvore de Pinheiros para ficarmos nos beijando em meio a batatinhas na boca. O beijo na chuva caindo no meio da rua numa poça. E eu dizendo que a amava chorando por me sentir culpado por ter uma família e não pensar em me separar para ficar com ela.

Abri o e-mail e era um convite para o seu aniversário de 19 anos no bar Paulicéia 22, em Pinheiros. No aniversário dela de 18 anos, fomos ao motel pela segunda vez. Na primeira usamos a identidade da Patrícia para entrar, mas na hora que fui possuí-la, a ansiedade e o seu olhar apreensivo despertaram um sentimento de culpa que não consegui. Me senti como o personagem do Kevin Spacey em Beleza Americana quando a loirinha diz para ir devagar que era virgem e ele cai na real sobre o que estava fazendo. Laura não era virgem. Ainda tinha 17 anos nesse dia mas tinha um filho de 6 meses do primeiro namorado que a largou após engravidar. Ela tinha se atirado para mim, primeiro me pedindo uma carona inocente. Inocente para mim…

No dia seguinte à carona, o Mosquito, um senhor que trabalhava com a gente veio perguntar como tinha sido. Como tinha sido o que? Você e a Laura. Pq? Ora… vc dando carona para ela, ela já tem um filho, não é inocente. Só porque ela tem um filho quer dizer que vai dar para todo mundo? Falei bravo com ele… e complementei. Não aconteceu nada. Realmente, nesse dia não aconteceu nada… mas as caronas tornaram frequente e num dia de congestionamento, depois que o assunto já tinha esgotado e o silencio no carro era ensurdecedor, vejo de canto de olho que ela me olhava fixamente. Meu rosto queimava com seu olhar. Não aguentando mais decidi fazer algo. Coloquei a mão em torno de seu pescoço e me aproximei de seus lábios… mas desviei e beijei seu rosto. Melhor não, disse para ela. E ouvi em resposta. Se você não fosse casado te levava para minha cama. Ahhhhhhh… porque? Eu sabia…. desde o momento que botei os olhos nela sabia que teria problema. Mas nessa época tinha o casamento aberto com a Patrícia e ela foi me contar que tinha saído com um amigo meu no almoço. À tarde, dando carona para a Laura ela fez nova investida em mim e dessa vez cedi. Começou ali um mês praticamente como namorados, almoçando juntos no carro, voltando juntos para deixa-la no ponto do ônibus que a levava para casa. Até a primeira vez no motel. Na hora de sacramentar nosso namoro a ansiedade e a culpa bateu. Não consegui e achei que estava fazendo o certo, que não deveríamos mais ficar.

No dia seguinte ao motel estava dando um curso e não a vi por uma semana. Quando voltei ela estava muito amiga de um outro rapaz, ficando de sorrisos e brincadeirinhas com ele. Tentei disfarçar, mas o ciúmes foi imenso. Fiquei uma semana tentando conter esse sentimento, mas finalmente a chamei para ir a um barzinho e em meio a um choro me declarei. Eu te amo. Não deveria porque tenho a Patrícia e meu filho, mas amo você. Não posso te prometer nada, não irei deixá-los, mas amo você. Ela ouviu e não disse nada. Nem ao menos me beijou. Passei a pensar o tempo todo que não devia mais pensar nela. Mas era impossível. Praticamente implorei para deixar leva-la ao motel quando fizesse 18 anos. Patrícia sabia de tudo e queria que eu transasse com a Laura para tirar da cabeça. Até comprou o presente para Laura, um corpete com cinta-liga que levei para ela. No motel ela vestiu e ficou lindo em seu corpo. Pedimos champanhe. Ela pegou a garrafa e perguntou se queria numa meia taça. Derramou em seus seios e escorreu pelo seu corpo enquanto bebia a champanhe chupando seus pelos pubianos e lambendo seu clitóris. Ela estava maravilhosamente sexy com o corpete, em pé na cama, derramando Champagne no corpo e eu ajoelhado aos seus pés a lambendo. Ela gemia e apertava minha cabeça contra sua boceta. Estava contente, sabia que conseguiria possuí-la. Ela pediu para ser na hidro. Ficou de quatro. Vesti a camisinha. Estava duro, latejando. Estava pronto para colocar… para possuí-la… encostei a cabeça em seus lábios úmido e comecei a penetrar… Mas ela olha pra trás, busca meus olhos… nãooooo… não devia ter olhado seus olhos… a mesma cara apreensiva da primeira vez.O que é, Laura? Eu admiti que estou apaixonado por você, mas e você? O que quer de mim? Depois descobri. Ela não sentia nada por mim. Era um jogo. O ex-namorado tentou fazer amor com ela depois da gravidez, mas também não conseguiu. E eu tinha uma fama de galinha dada gratuitamente por uma outra estagiária durante um ano que estive trabalhando em outra empresa. Essa outra estagiária dizia que eu e meu amigo (justamente o cara que comeu a Patrícia) fazíamos apostas sobre quem pegaríamos na empresa, inclusive tendo apostado quem tiraria sua virgindade (da outra estagiária). Laura estava com baixa estima pela broxada do ex e procurou em mim o cara para levantar sua estima, mas eu seria seu segundo homem e ela estava com medo.

Laura não foi o motivo principal da minha separação, já fazia 5 meses que não a via quando me separei, mas ela foi o começo do fim, quando percebi que nunca senti amor de verdade por Patrícia. Mas isso é outra história que talvez eu conte.

A verdade é que Laura ainda tinha um poder grande sobre mim e isso não me agradava em nada. Não deveria aceitar o convite, mas sentia a necessidade de revê-la. Por precaução e para me manter são, convidei Júlia para ir comigo.

Estava sem carro nesse fim de semana. Patrícia tinha ficado com ele para viajar com meu filho. Combinei com a Gaya e fiquei esperando por ela no ponto de ônibus da Faria Lima, próximo ao Largo do Batata. O ponto estava cheio. Já estava a uma hora esperando por ela e a bexiga começou a apertar. Aos poucos o ponto foi esvaziando, com o pessoal pegando seus ônibus para casa ou para a diversão e fiquei finalmente sozinho. Andei uns 15 passos até uma rua particular, daquelas que tem portão impedindo o acesso, e urinei na parede lateral do MacDonalds, que fazia esquina com a rua do ponto. Demorei para esvaziar a bexiga e fui vendo o ponto enchendo novamente. Quando saí da rua, a urina soltando fumaça denunciava o que tinha acabado de fazer escorrendo pela valeta até passar em frente o ponto. Não parei. Passei direto e esperei um pouco afastado. Liguei no celular da Gaya e ela disse que estava voltando para casa. O ônibus tinha quebrado e desistiu de vir. Desliguei e xinguei. Pensei em desistir de ver Laura, mas ela possuía uma atração sobre mim que não conseguia resistir.

Fui sozinho para a balada. Não encontrei a Laura. Olhei as horas e já tinha passado da uma. Não teria mais ônibus para voltar e decidi ficar. Circulei pelo lugar. Uma espécie de varanda junto da rua com mesas lotadas e um rapaz tocando MPB. Depois, após portas de vidro, um hall junto a um bar com alguns sofás e puffs espalhados e entrando mais para o fundo, após passar por uma porta larga, a pista de dança barulhenta e abafada, tocando eletrônico. A pista de dança ainda tinha um Mezanino e um bar.

Encontrei dois colegas dos Blogs e fiquei junto deles. A balada também não estava rendendo para eles. Ficamos calado olhando as mulheres rebolando e tomando nossas cervejas bem devagar. A cerveja era cara. Por volta das duas horas a Laura me encontrou. Veio sorrindo até mim. Ela ainda tinha poder sobre mim. Senti o mesmo perfume Crazy que ela usava enchendo minhas narinas e as recordações voltaram todas de uma vez quando ela me abraçou. Tentei disfarçar indiferença e apresentei meus amigos. Ela estava com um casal de amigos e me apresentou eles. Depois sumiram na pista de dança.

Dei um tempo ali e fui procurá-la. Estava no mezanino. O som era alto demais e ela se encostou em mim para falar em meu ouvido. O seu perfume me enlouquecia.

– Não iria vir acompanhado?

– Sim, iria.

– Cadê ela?

– Me deu o cano. Fiquei duas horas no ponto esperando e por fim ela me disse que estava voltando pra casa.

– Estou feliz que você veio. Estava com saudades.

– Eu também.

Fiquei ali ensaiando dançar ao seu lado. Ela dançava para mim. Após uns minutos se aproximou e fez uma proposta.

– Se você ficar com 3 meninas essa noite, eu fico com você.

– Não quero ficar com ninguém.

Saí de perto dela. Fiquei pensando em sua proposta. Fui beber com o meus colegas de blog nervoso pela brincadeira de Laura. Encostamos em uns sofás e ficamos. Começamos a reparar em um grupo de meninas. Tentamos chegar nelas mas não deram atenção pra gente.

Fui circular sozinho. Decidi ficar com alguém, mas não tenho muita sorte com meninas de balada. Acabo me interessando por quem não está procurando ninguém e levo fora. Fiquei um tempo observando uma menina. Cabelos castanhos cacheados, usava uma calça jeans apertada mostrando uma bunda bem formada. Vestia um top branco e uma camisa de flanela aberta com um nó nas pontas de baixo da camisa. Tinha seios fartos querendo escapar do top branco. Era parecida demais com a Laura.

Comecei a dançar junto dela e fui correspondido. Me movimentava perto do seu corpo e ela fazia o mesmo. Fui chegando perto e tentei beijá-la, ela fez que não, disse que era somente dançar. Virou o rosto para mim e continuou dançando comigo.

Olhei em volta e vi Laura me observando. Ela se aproximou. Falava mole, estava bêbada.

– Achei aquele cara ali um gato.

Disfarcei minha raiva.

– Qual?

– Aquele ali, de gola alta, blusa vermelha.

– Aquele baixinho?

– É da minha altura. Vou lá ver se ele chega em mim.

Ele estava ao lado do bar conversando com amigos. Ela pediu licença para ele e foi até o balcão. Pediu uma cerveja. Enquanto esperava ficou encarando ele. Ele não reparou nela. Ela voltou para perto de mim.

– Ele nem te notou. Disse triunfante.

– É… vou ter que chegar junto.

– Acho que ele é gay.

– Não… não é… será?

Ela matou a cerveja olhando para ele. Estava bem alegre da bebida. Me deu a garrafa vazia e foi lá. O cutucou. Ele parou de falar com os amigos e se virou para ela. Ela abriu um sorriso e falou algo para ele. Ele fez uma cara de safado e a agarrou. Começaram um beijo exagerado que perderam o equilíbrio e esbarraram em umas três pessoas ao lado do bar até ela encostá-lo no balcão e ele a envolver em suas mãos atrevidas.

Eu apertei a garrafa de cerveja vazia. Cachorra… safada… porque eu ainda penso em você? Gaya filha da puta, porque me deu um cano justamente hoje? Saí da pista de dança e fui procurar meus colegas. A noite também não rendia para eles. Olhei no relógio e ainda eram quatro da manhã. Estava sem carro e não sabia muito os horários de ônibus. Perguntei para meu colega e ele disse que alguns começavam a passar as 4:30… mas normalmente era as 5:30… decidi ir para o ponto aguardar.

Sentei no degrau de uma loja e fiquei esperando. Várias pessoas faziam o mesmo. Somente as 5:30 passou um Santa Cruz. Não era o ônibus que eu queria, mas não quis esperar pelo outro. Cochilei até o ponto final. Desci, atravessei a rua e tomei o Largo do Cambuci. Ao chegar no largo parei na padaria e comi um pãozinho com um café com leite. Fui pro Hotel e dormi.

Amoresburlescos@gmail.com

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