II _ A VIDA DE UM GAY – Cap. 2 – A Praça.

Um conto erótico de Saia-Dyn
Categoria: Homossexual
Contém 2445 palavras
Data: 09/05/2017 02:27:08
Última revisão: 09/05/2017 05:46:31

Mais um capítulozinho pra vocês, não esqueçam de acessar o blog http://saia-dyncontos.blogspot.com.br/ vasculhar por lá, tem umas mensagens massa pra vocês. Continuem lendo, e comentem lá. Pois irei excluir a conta nesse site aqui.

Instagram: @Deeanpontes

II _ A VIDA DE UM GAY – Cap. 2 – A Praça.

- Então nos vemos amanhã na Praça!.

A tarde passou rápida, por que quando cheguei em casa ainda tirei mais um cochilo, meus pais aviam saído então pude dormir praticamente a tarde inteira. Me despertei com ligação de Gabriel.

- “Amor.”

- “Oii” – respondi ainda sonolento.

- “Estava dormindo bebê? – perguntou Gabriel.

- “Estava sim, você acabou de me acordar.”

- “Você vai para a praça?” – perguntou ele.

- “Acho que sim, vamos?”.

- “Vou não amor, estou um pouco cansado, mas vai lá, e cuidado, qualquer coisa liga”.

- “Tá papai” – Respondi com ironia – “Beijos, te amo”.

Levantei-me, tomei meu banho e resolvi dar uma passada na praça. Raramente eu ia na praça durante a noite naquele horário. Na verdade só ia as praças quando precisava pensar ou conversar e sempre em horários que ficam poucas pessoas.

Surpreendi-me ao ver uma quantidade de pessoas que não esperava, não era uma multidão, pode-se dizer que mais pareciam pequenos grupos de amigos espalhados pelos bancos da praça.

A praça é a central na cidade, onde fica localizada a igreja matriz, havia em toda sua extensão vários bancos brancos, arvores e caminhos com tijolos pequenos, e em cada canto da praça uma pequena reunião de amigos.

Cheguei estacionei o carro, porém ainda dentro pude avistar Naty e Paulo, no banco que ficava bem em frente à igreja, visivelmente entre todas as rodas de amigos, a roda em que eles estavam possuía mais pessoas, muitos que eu não conhecia nem por vista, umas duas ou três sentadas no banco e o restante em pé, quase que fechando um circulo sobre o banco. Desci do carro e como em um reflexo houve um grito.

- Maaaaaaaaaaarcus! – Era voz de Aline. – Ela correu em minha direção e me deu um abraço, parecia que não me via a anos, de fato que desde o festival não havíamos nos visto.

Ela entrelaçou seu braço ao meu caminhou comigo até chegar na roda de amigos. Estava um pouco acanhado, pelas piadas e risadas percebi que todos pareciam se conhecer muito bem. Tentei chegar um pouco em silêncio e tentar passar despercebido, mas assim como Aline, Naty também era bem escandalosa.

- Olhaaaa – praticamente gritou enquanto caminhava em minha direção – tu veio mesmo!

- É... não tinha nada pra fazer – respondi tentando parar despretensioso.

- Faaaaala Assustadinho! – Chegou Paulo me dando um abraço.

- Assustadinho? – perguntei confuso com o apelido.

- Tu sabe... – começou a falar pausadamente - Quadra... dança... paralisado... assustado... – e sorriu – resolvemos te chamar de assustadinho.

- Resolvemos? -

- Foi ideia do Rodrigo e do Maurício.

Todos me cumprimentaram, e aos que eu não conhecia fui apresentado, não precisava de muito, a cena do segundo dia do festival estava gravada na cabeça de todos. Sentei em um lugar vago no bando e fiquei olhando para todos.

Nesse pequeno tempo consegui notar um grupo bastante diferente. Tinha a Naty que era a menina mais velha, porém toda maluquinha; Aline que era doidinha igual porém mais nova e com um personalidade mais forte; Tay um pouco mais na dela, quase não falava nada, mas ria de tudo; Bianca é a menina baixinha, amiga, que conversava com todos no local, ria escandalosamente e todos pareciam gostar. Entre todas Karla era a doida real, provavelmente tinha minha idade, ou pouca diferença, mas já aparentava ter uns 18/19, com muito estilo, um cabelo curto, quase um corte social masculino com as pontas do cabelo coloridas de rosa e raspado em uma das laterais, a impressão que tive foi que ela era gótica, que era moda na época, tinha também Sabrina que era a mais patricinha, com um pouco de razão, a menina realmente era muito linda, cabelos longos bem pretos e um corpo escultural e pelo que eu estava escutando parecia inteligente.

Observando os meninos não houve muita diferença, Paulo era o loucão, dava as festas incríveis na sua casa, pegador, o famoso play boy, cheguei até mesmo a perceber certos olhares para Bianca. Sam era o rabo de Paulo, concordava com tudo que ele falava ou acrescentava algo a mais, não vi puxar um assunto que tenha partido de si próprio, mas estava sempre interagindo. Acredito que Maurício era um dos garotos mais velho da roda, era a versão masculina da Naty, já havia terminado os estudos, tinha um sotaque diferente que demonstrava que ele não era paraense, e em um das conversas acabei descobrindo que ele e Naty estudaram juntos na adolescência. Thiago também estava na roda, já o conhecia do grupo, não éramos próximos, mas eu sabia que ele era homossexual também, divertido mais sempre com um tom de superioridade, parece está se incomodando com a minha presença ali. Andy estava no último ano do ensino médio, já se formando, se dizia heterossexual, porém fiquei com minhas dúvidas, algo em seu jeito de falar e de se mover me faziam vê-lo como gay, acredito que seja o fato de em um momento ele conversar com Thiago sobre o clipe da Lady Gaga que tinha acabado de ser lançado, por último Rodrigo, era de longo o engraçado, enquanto prestava atenção em todos ele conseguia ser o centro da conversa principal fazendo todos rir, devia ter a idade da Naty e do Maurício, tanto que era melhor amigo de Maurício, o mais curioso era perceber certos olhares que ele mostrava para mim enquanto estava falando, ignorei e continuei em silêncio rindo do que falavam. Em uma dessas olhadas que ele mandava em minha direção ele percebeu meu silêncio olhando para todos e veio falar comigo.

- Por que ta todo calado ai? – perguntou sentando ao meu lado no banco da praça.

- Nada, estou aqui só rindo do que vocês falam.

- Na festa do Paulo tu tava mais animado.

- Com toda a cerveja era a bebida. – falei e sorrir.

- Vocês se conhecem a muito tempo? Todos vocês...– perguntei a ele.

- Eu, o Maurício e Naty nos conhecemos a bem mais tempo, amigos de infância, agora todos aqui fomos ficando amigos devagar. Começou por Paulo adicionando Naty pra tentar ficar com ela, Sam que se apaixonou um tempo pela Tay, então começamos a vim aqui pra praça e eles ficavam conversando. Acabou que não rolou nada entre eles e ficamos amigos, ai um foi apresentando um, e mais um. E pronto!

- Tem quanto tempo isso?

- Uns 2, quase 3 anos. Na verdade não estão todos aqui. A gente sempre marca de sair, ou de ir pra casa de alguém, assistir filme, beber um pouco e essas besteiras.

- Que legal! – falei animado – então Sam e Tay namoram?

- Já namoram... Não fica surpreso não, mas daqui, Sam já namorou Tay, Maurício já ficou com Aline, Paulo já ficou com a Sabrina, Andy já namorou com a Aline.

- Eitaaaaa – arregalei os olhos.

- Na verdade, é mais um pega, a gente vai pra casa de alguém e já é normal alguém ficar com alguém do nada por lá.

- E não fica estranho depois? –

- Que nada, fica tudo de boa, somos todos amigos!.

- Eu nem sabia que dava tanta gente aqui na praça. – falei olhando em todas as direções, alguns grupos já começavam a ir embora.

- Na verdade é só sábado isso... A gente vem toda a noite pra cá, e a praça sempre ta vazia, e mesmo no sábado todos vão embora e as vezes a gente até amanhece aqui.

Ficamos conversando um bom tempo sobre muitas coisas, a praça, as pessoas, as festas que eles já tinha feito e ido, e a cada fim de assunto Rodrigo parecia instigar mais assuntos para conversamos.

- Queeeeee é isso aqui? – chegou perguntando Naty.

- Estamos conversando – respondeu Rodrigo.

- Pode ir tirando seu cavalinho viu... Marcus é comprometido. – Natalia respondeu aqui e fiquei assustado e surpreso, arregalei meus olhos e olhei para Rodrigo, até o momento eu não havia imaginado nada a mais que uma conversa de um novo amigo.

Mas Naty conseguiu, fiquei com aquilo na cabeça e não conseguimos mais seguir uma conversa. Levantamos e nos juntamos à roda da conversa principal, falavam de alguma fofoca do Vital. Depois de um certo tempo ainda consegui ver Rodrigo falando alguma coisa perto do rosto da Naty, e ela após escutar olhou para ele fechando um pouco os olhos.

Depois de muita conversa e risos, próximo das 2 horas da manhã alguns começaram a se despedir então fiz o mesmo. Havia sido divertido, e havia gostado muito. Comecei a me despedi de todos.

- Ei... Amanhã de tarde vamos pra casa da Sabrina tomar banho de piscina de tarde, aparece lá – falou Maurício.

- Beleza. To indo – Dei carona para Naty e Aline que estavam curiosas para saber sobre minha vida amorosa.

- E então, como está o relacionamento com o priminho? – perguntou Aline. Olhei para ela sentada no banco do passageiro com um olhar triste – Ixeeeee, tão mal assim

- Na verdade, ta bem... A gente quase não se ver mais, ele tem evitado de sair por que Endreo fica enchendo o saco, ai não posso mais dormir lá, e ele não esta podendo dormir fora de casa, então ta difícil.

- Fico pensando se o conselho que te demos foi o correto Marcus – falou Naty.

- JÁ SEI! – Gritou Aline. – Chama ele amanhã pra festa na piscina, ai vocês ficam lá um pouco e depois vão dar uma passeada – enquanto falava me cutucava no braço insinuando alguma coisa.

- É... Vamos ver! Eu vou chamar.

Deixei as duas em suas casas e fui para a minha. Chegando a minha casa notei que as luzes ainda estavam acessas e estranhei, fui entrando normalmente e me deparei com minha mãe conversando com minha avó, uma tia e um dos meus tios, o rosto da minha mãe revelava que ela havia chorado, foi uma cena bem esquisita. O clima ficou ainda mais esquisito quando eu entrei e todos me olharam, como se eu houvesse feito alguma coisa, porém ninguém disse nada.

- O que foi mãe? Ta bem? O que aconteceu? – perguntei a ela enquanto todos me encaravam no meio da sala.

- Foi nada filho... Esta tudo bem, pode ir dormir! – minha mãe respondeu e notei pela sua voz o quanto ela havia chorado, com certeza foi bastante.

Meu pai estava viajando, além do fato da minha mãe chorando na sala, e eu entrando sendo fulminado por olhares, àquela reunião de família não era algo normal, podia sentir que alguma coisa estava acontecendo, enquanto deitava imaginando diversas situações para o caso da minha mãe, acabei pegando no sono e acordando próximo ao horário de almoço. Quando me levantei e fui à cozinha para tomar café passei pelo quarto de minha mãe tentando acha-la e verificar se estava tudo certo, porém não a encontrei, nem minha irmã. Também era estranho dado o fato que era domingo e normalmente almoçávamos juntos. Tentei esquecer um pouco a situação, tive que fazer meu almoço e teria ainda que ligar para Gabriel e convida-lo para irmos na casa de Sabrina.

- “Vamoooos amoooor. Por favooooor” – Falava com uma voz de tolo e mimado.

- “Não podemos ir pra sua casa? Você disse que tá sozinho ai” – respondeu ele, parecia não muito contente com a ideia de ir para casa da Sabrina.

- “Eu não sei que horas minha mãe vai voltar, é perigoso... Vamos logo, estou com saudades de te ver... Se tu me ama tu vai...”

- “Começou o drama... Tá, eu vou.. Vou tomar banho, te mando mensagem quando estiver pronto”.

Coloquei minha roupa de banho e fiquei esperando mensagem do Gabriel, nesse tempo minha mãe chega, sozinha e ainda parecendo abalada.

- Vai sair filho? – perguntou ela

- Vou na casa de uma amiga tomar banho de piscina – respondi a encarando tentando encontrar respostas em meio a sua face – Mãe, a senhora ta bem? Quer que eu fique com você?

- Não filho, pode ir, eu estou bem, eu te ligo se precisar.

A mensagem de Gabriel chegou pedindo para eu busca-lo uma rua acima de sua casa, e fui. Quando ele entrou no carro foi inevitável nos beijarmos por alguns minutos, estava descobrindo que sentia muito a falta de Gabriel em todos os momentos comigo.

Direcionamo-nos à casa de Sabrina, e chegando lá todos já estavam, conseguia notar até mesmo uns três rostos não conhecidos. Já havia pessoas na piscina, e tomando alguma bebida que não conhecia, um som animava o lugar e a casa era muito bonita.

- Tomaaaaa, bebi... – Olhei ao meu lado e Paulo estendia um copo com uma bebida misteriosa para eu aceitar.

- Tomo nada, estou dirigindo, não vou beber hoje... E o que é isso? – perguntei pegando o copo para cheira-lo.

- É ice caseiro!... Uma mistura de suco de talão de Laranja, refrigerante de laranja e vodka.

- Eu aceito – falou Gabriel pegando o copo da minha mão.

A festinha estava bem animada, mas não parava de pensar em sair dali com Gabriel e ir a um lugar mais tranquilo, diferente dele que estava bebendo bastante aquela mistura do Paulo e parecia que já começava a parecer porre. Percebia que ele já não estava bem quando começava a querer me abraçar, sem se importar com quem olhasse além que sua voz mudava, como se sua língua ficasse pesada.

- Gaibe, você quer dar uma volta? – perguntei a ele.

- Onde? – respondeu.

- Sei lá. Qualquer lugar, na orla, na serra, sei lá.

- Pera ai, tive uma ideia melhor – Ele me entregou seu corpo e saiu, achei estranho mas o esperei, e depois de alguns minutos ele retorna com uma chave.

- Que é isso? – perguntei

- é uma chave abestado – sorriu.

- Eu sei otário. Da onde? – perguntei

- Da casa do nosso amigo Paulo. – Ele sorriu maliciosamente – Vamos?

- Vamos.

Íamos saindo e nos aproximando do portão ele se abre, olhamos para frente Pedro e Endreo o abriamxPróximo Capítulo: Um novo problema.

Gabriel e Marcus discutem, Marcus descobre o que sua família está escondendo. Na escola fofocam começam a rolar que deixam Marcus bravo.

********* Olá meu povo maravilhoso. Mais uma vez aqui com o novo capítulo. Quero agradecer a todos que tem visitado o blog. Em pouco tempo já passamos de 2,000 acessos. E estou extremamente feliz.

Mas então... O que acharam do capítulo de hoje? gostaram dos novos personagens? o que será que a família do Marcus está escondendo.

Continue lendo que logo logo vocês saberão.

Comentários:

@VALTERSÓ obrigado. Continue você lendo também haha

@Vitinho'66 prometo que irei dar uma olhada com calma nas suas histórias. Obrigado pelo comentário.

@Vmarques que amor. Leitor desde o inicio. Muito obrigado

@arrow estou me esforçando nessa nova temporada.

@Geomateus obrigado querido.

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Comentários

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Estou a adorar acompanhar o conto aqui e no blog muuuuito bom

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Tudo bem o conto demorar mais a sair por aqui, mas, não deixa de postá-lo aqui não.

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PROBLEMAS TODOS NÓS TEMOS. ESPERO QUE GABRIEL E MARCOS SAIBAM LIDAR COM ISSO. ENDREO TEM QUE ARRANJAR PRA ALGUÉM PRA DAR E DEIXAR GABRIEL SER FELIZ.

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Q noticia foi essa que deixou a mãe do Marcus chorando.........

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Vim aqui pelo comentário do Vitinho 😍 e curti muito o conto. Agora vou ler a primeira temporada toda que nem locooo

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