Recomeçar - Capítulo 4 - Planos Destruídos

Um conto erótico de Allana Prado
Categoria: Homossexual
Contém 3218 palavras
Data: 20/05/2017 12:40:01

[Martin]

-O que?

Perguntei meio perdido e sem saber se realmente tinha ouvido direito. A postura dos dois tinha mudado, estava claro que eles ali eram donos da situação, e eu, só queria entender o que estava acontecendo.

-Sua mãe e eu conversamos e vimos que não está certo obrigarmos você a fazer o que não quer, por isso, estamos dispostos a dar uma chance a você e pagar um dos melhores cursos de Artes, na melhor faculdade, com os melhores professores e com tudo que há de melhor fora do país pra que você concretize esse sonho.

-Fora do país?Porque isso?

-Achamos que seria melhor assim, além do mais, todos nós sabemos que o Brasil ainda deixa a desejar na educação. Você não teria muitas opções nessa área aqui e nós queremos que você seja o melhor.

Ele disse e acabou de jogar a última pá de terra na esperança e alegria que começava a se formar em mim. Fora do país. Longe de tudo. Longe dos meus amigos. Longe do Nicolas. Chegaria a ser cômico, se não fosse trágico, que a realização do meu maior sonho só pudesse acontecer caso eu deixasse pra trás a pessoa que eu jamais imaginei encontrar, e que fazia todo o resto ter sentido. Me vi diante de uma situação que eu jamais pensei estar, um nó se formou na minha garganta e eu começava a me sentir estranho. Eu não queria ter que decidir entre meu sonho e o Nicolas, os dois eram pra estar andando lado a lado, fazendo com que nossas realizações fossem motivo de alegria entre a gente. Definitivamente eu não podia ficar sem um dos dois.

Mas não, de repente me veio um estalo que fez com que eu começasse a entender todo aquele show que eles haviam dado. Havia muito mais por trás daqueles dois sentados ali na minha frente como estivessem dado a grande chance da minha vida. Eles não estavam querendo simplesmente que eu fosse feliz e seguisse meu sonho, havia algo por trás daquela súbita mudança de opinião e proposta pra sair do país. E esse algo era exatamente isso, me verem longe do relacionamento que eles tanto odiavam, eles estavam dando a chance para que eu mesmo sabotasse meu namoro em troca de viver meu sonho. Tudo não passava de um teste, ridículo! Talvez eu até ficasse balançado se o verdadeiro motivo não fosse aquele, mas naquele momento eu só conseguia sentir desprezo pela oferta.

-Não, muito obrigado. – Disse me levantando de repente e sentindo uma súbita raiva por ter como pais pessoas que eram capazes daquilo.

-Como que é garoto?

Meu pai de levantou na mesma rapidez e deu pra perceber, pelo tom de sua voz, que aquela tranquilidade e total domínio da situação tinham sumido.

-Eu estou dizendo que fico agradecido, mas não vou aceitar a proposta de vocês. – Falei com convicção, tirando uma força de dentro de mim que eu jamais imaginei.

-Posso saber o porquê, meu filho?

Minha mãe perguntou alheia ao olhar fuzilador que meu pai me lançava, estava mais que claro que ele perdia total controle da sua serenidade costumeira e já começava a transparecer raiva me vendo ali os enfrentando.

-Vocês acham realmente que eu sou bobo? Eu sei onde esse joguinho todo vai parar, e vou adiantar, estão perdendo tempo. Nada vai me fazer viajar e me afastar do Nicolas, nem mesmo essa proposta ridícula disfarçada de boa ação de vocês, ele é o cara que eu escolhi pra ficar... quer vocês queiram ou não. Então, acho melhor poupar seus tempo e dinheiro com essa palhaçada.

-Escuta aqui seu moleque! Você tá pensando que é quem?

Meu pai esbravejou, completamente fora de si, me pegando pelos braços com muita força e me chacoalhando. Nunca tinha o visto daquela maneira, logo ele que sempre dizia que pessoas de classe como nós deveríamos saber como nós comportar, estava perdendo a razão agora. Tentei me soltar com o pouco de dignidade que ainda me restava, mas foi em vão, ele só fez me apertar ainda mais. Seus olhos ardiam de fúria e me encaravam de um jeito assustador, passei a ter medo daquilo.

-Aceitem! Aceitem que além de ter um filho gay, ele namora um cara negro e periférico.

Fiz aquele pedido com as últimas forças que me restavam, não era pra afrontá-los, eu só estava cansado de todas aquelas mesmas discussões e queria ter paz. Foi tudo muito rápido, no momento em que eu acabei de dizer aquelas palavras eu soube que estava completamente encrencado, e a prova disso foi sentir um tapa forte do meu pai estralar meu rosto, fazendo com que ardesse e me deixasse um pouco tonto. Encarei-o com ressentimento, com o choro preso na garganta, mas me segurando pra não entregar os pontos ali.

-Vai pro seu quarto!

Ele ordenou enquanto finalmente me soltava e se afastava sem me olhar, parecendo estar arrependido do seu ato. Já minha mãe permanecia sentada em seu lugar e começava a chorar silenciosamente assuntada com o que tinha acontecido. Passei pelos dois, subi as escadas lutando com a fraqueza nas pernas que sentia e fui desabar no meu quarto.

Bati a porta atrás de mim e ali eu sabia que podia colocar pra fora tudo que estava sentindo, raiva, magoa, decepção e tristeza faziam a mistura perfeita pra que eu só quisesse desaparecer dali. Nunca antes as coisas tinham chegado a esse nível de descontrole e eu sentia que não seria a última vez, já que eu não estava disposto a fazer o que eles queriam. Eu só conseguia ficar ressentido pelas coisas serem do jeito que eram e terem chegado finalmente a agressão, eu não merecia passar por isso.

Fui pro banheiro lavar o rosto e refrescar a parte que ainda ardia pelo tapa e olhando no espelho percebi que ficaria marcado, assim como os meus braços também. Acabei optando por ir tomar um banho e deixar que a água levasse toda aquela exaustão que eu sentia mesmo sem ter feito praticamente nada e voltei pra cama sem vontade de sair dali por um bom tempo. Pensei no dia incrível que eu havia tido lá cachoeira e foi incontrolável não chorar por tudo ter sido apagado com aquele ultimo episódio.

Mal consegui dormir aquela noite, pra falar a verdade nem tinha tentado, a cabeça estava atordoada demais e eu tinha certeza de que não seria um sono bom. Eu só torcia para que aquele dia enfim terminasse e amanhecesse logo para que eu pudesse pensar melhor no que fazer, mas eu não consegui esperar por muito tempo. Num salto eu pulei da cama, coloquei um casaco pra me proteger da noite fria, saí do quarto, tomando cuidado pra não fazer barulho, e logo depois saí pela porta da frente ganhando as ruas da cidade. Só tinha uma coisa capaz de me fazer bem e esquecer os problemas, ou melhor, uma pessoa.

Foi com essa idéia que eu tomei o primeiro táxi, mesmo na madrugada, e dei o endereço da casa do Nicolas, onde eu sabia ficaria tudo bem. As ruas praticamente abandonadas e um cara totalmente desconhecido me levando pra um lugar meio perigoso não me assustavam em nada, o que me causava medo era pensar na hora que meus pais acordassem e notassem minha ausência, não queria nem pensar no que eles seriam capazes de fazer. Mas, com sorte, eu ficaria tempo suficiente na casa do meu namorado até eles se acalmarem e esquecerem tudo. O caminho levou muito mais tempo do que eu já estava habituado, decidi então parar de olhar pela janela para que minha pressa de chegar não virasse uma aflição pela demora.

-Garoto! Hey, garoto, chegamos.

Assustei ao ouvir o motorista falando comigo e chamando a atenção ao fato de que havíamos chegado, olhei em volta e meu coração se aquietou um pouco ao perceber a fachada da casa já tão conhecida. Paguei o homem e desci do carro com certa afobação, notei que já estava quase pra amanhecer, os pássaros já começavam a cantar e eu fiquei feliz por não ser tão de madrugada quanto eu achei que fosse, assim não atrapalharia. Bati na porta algumas vezes, ainda meio vacilante, uma luz ao fundo estava acessa e não demorou muito para que a mãe do Nicolas viesse abrir a porta.

-Martin?

-Oi Dona Sônia.

-O que você tá fazendo aqui essas horas menino? Você tá gelado, o que aconteceu, meu filho? – Ela perguntou tentando me aparar.

-O Nico tá aí? – Foi a única coisa que eu consegui dizer, não queria entrar no assunto e acabar desabando ali com ela.

-Tá sim. Eu já estou indo trabalhar, você pode entrar, ele está dormindo no quarto dele.

Entrei, depois de me despedir e desejar-lhe um bom trabalho, e segui para o quarto do Nicolas. A porta estava fechada e as luzes estavam todas apagadas, ainda faltavam algumas horas para levantar e se arrumar para a faculdade, então, imaginei que ele ainda nem pensava em acordar àquela hora. Muito devagar abri sua porta e entrei, mas havia me esquecido que ela fazia um barulho alto ao fechá-la e fui pego por isso, quando o olhei ele já se mexia acordando.

-Tin? – Ele perguntou meio sonolento e se sentando na cama.

-Oi Nico.

-O que você tá fazendo aqui? Tentei te ligar antes de dormir, o que aconteceu pra você sumir?

O que tinha acontecido pra eu sumir, eu sabia que ele iria fazer essa pergunta e que eu devia respostas, mas naquele momento o que queria mesmo era somente abraçá-lo. Atravessei seu pequeno quarto em três passos e cheguei em sua cama, sentando junto com ele e me deixando sentir seu corpo. Ele não disse nada, provavelmente estava sem entender, mas me correspondeu e de alguma forma me confortou. Aquilo mexeu comigo, não era obrigação dele estar ali, mas mesmo assim ele estava e eu sabia que sempre estaria. Isso irremediavelmente me fez fazer comparações com aqueles que eu sabia que não poderia contar com nada, meus pais, eles sim eram os verdadeiros pobres, só que de humanidade. Foi inevitável, com o turbilhão de emoções aflorado, controlar o choro ao me lembrar de tudo, desde a proposta pra sair do país, até o tapa na cara.

-Eu odeio eles!

-O que aconteceu? – Ele perguntou aflito enquanto eu só conseguia soluçar e tentar controlar o choro. – Martin, eu tô começando a ficar preocupado, fala pra mim o que aconteceu pra você estar assim.

Me afastei dele, já mais calmo pra não assustá-lo, e encarei-o mesmo sob a pouca luminosidade que entrava pela janela do quarto. Eu não queria ter que contar tudo que aconteceu a ele, mesmo que eu soubesse que isso era o certo a se fazer, pois eu tinha medo do que podia acontecer. Eu sabia mais que ninguém que o Nicolas também sofria ao ver-me passar por aquelas coisas e que ele era tão bom que seria capaz de abrir mão de nós dois somente pra me ver feliz. Ele sem duvida não veria problema em me ver partindo desde que fosse pra seguir meus sonhos, mas eu não compartilhava dos mesmos pensamentos que ele.

-Não aconteceu nada, quer dizer, o de sempre...

Disse imaginando se não teria sido uma má idéia ter ido pra lá, ele me conhecia muito bem pra saber quando eu estava escondendo algo. Ele me olhou bem desconfiado, certamente não acreditando em mim, e estendeu a mão para ascender à luz do quarto.

-O que é isso aqui? – Perguntou ao passar a mão pelo meu rosto na parte em que eu havia levado o tapa. Demorei pra responder, não tinha pensando muito sobre isso e em qual desculpa daria. – Fala Martin.

-Nada, já disse. Esquece Nicolas!

-Você aparece aqui na madrugada, chorando, todo atordoado, com essa marca e me manda esquecer? Que droga aconteceu Martin? Eles te bateram, é isso? Por causa da gente de novo?

Ele explodiu, se levantando da cama e andando pelo quarto parecendo estar realmente muito nervoso, eu nunca tinha o visto daquela maneira e me assustei com seu tom de voz.

-Não briga comigo, por favor...

Pedi incapaz de deixar que meus pais finalmente conseguissem o que tanto queriam, fazer com que brigássemos e nos afastássemos.

-Vem cá. – Ele se aproximou, voltando a se sentar do meu lado e me abraçou. Quando voltou a falar sua voz estava mais doce – Desculpa. Você parece cansado, você dormiu?

-Quase nada.

Disse com uma exaustão tomando conta de mim de repente, então, ele me colocou pra deitar do seu lado, com metade do meu corpo em cima do seu e começou me acariciar. Aquele carinho era tudo que eu precisava, sentia seu cheiro e enfim sabia que poderia relaxar e dormir sem que nada me atrapalhasse. Logo o sono foi tomando conta de mim e eu já lutava contra as pálpebras quando senti que o Nicolas se levantou e começou a se vestir.

-Onde você vai?

-Preciso resolver umas coisas.

Foi só o que eu ouvi antes de cair completamente no sono devido ao cansaço.

Acordei meio grogue, sem saber direito que horas eram, e me sentia estranho por ter dormido demais. Levantei cambaleante da cama e levei algum tempo até reconhecer que estava na casa do Nicolas e que tinha chegado no meio da madrugada. A casa estava completamente silenciosa e me lembrei de ter visto o Nicolas saindo antes de apagar no sono, lembro de ter achado estranho, mas o sono me impediu de reagir, talvez ele ainda não tivesse voltado, o que fazia a situação ficar ainda mais estranha. Mas não, assim que saí quarto a fora, dei de cara com ele na cozinha sentado e olhando distraído pro celular.

-Que bom que você acordou – Ele disse assim que notou minha presença. – Tá com fome? Tem algumas coisas pra você comer ali no balcão.

Notei algo de diferente nele, parecia estranho, estava bem mais seco nas palavras e eu estranhei seu modo. Fui até lá, ainda sem dizer nenhuma palavra, e peguei uma maça dentre algumas coisas que tinham ali e comecei a comer faminto, nem me lembrava qual era a ultima vez que tinha comido algo. Me sentei na cadeira de frente pra ele e estendi a mão para pegar na sua, ele me correspondeu e passou a me olhar com seriedade. O silêncio chegava a ser incômodo e eu sabia estar acontecendo algo de muito importante ali, e o fato de eu não saber o que era me deixava preocupado.

-O que foi Nico?

-Martin... Eu

-Você não vai terminar comigo, né? – Perguntei alarmado.

-Essa seria uma das soluções mais fáceis pra resolver nossa situação, mas eu te amo, e o amor deixa a gente um pouco egoísta. Eu não quero te perder e nem quero que nada atrapalhe nossa relação, então... – Ele parou um momento pra tomar um fôlego e depois voltou a falar. – Martin, você quer vir morar aqui comigo?

-Han?? – Fui pego de surpresa e quase me engasgo.

-Eu juro que queria estar fazendo essa pergunta quando tivesse condições pra te dar uma vida tão confortável quanto a que você tem na sua casa, mas não da mais... Eu não agüento mais te ver assim e hoje pra mim foi demais. Sei que vamos ser dois jovens duros morando com a mãe, mas eu prometo que é só o começo, vamos ter a vida inteira pela frente e vamos crescer juntos. – Ele começou a despencar aquela enxurrada de palavras, uma atrás da outra, enquanto eu estava levando um tempo para assimilar a primeira pergunta.

-Eu quero.

Respondi como a maior certeza que eu já tive em toda a minha vida, como o ar que eu respirava. Ele, estranhamente, pareceu surpreso com minha resposta positiva e veio me abraçar.

-Eu posso trabalhar também, na verdade eu quero muito pela primeira vez na vida ser útil e contribuir... Vai dar tudo certo, a gente vai ser feliz, Nico. – Falei não conseguindo esconder mais minha empolgação.

-Você acha que seus pais podem arrumar problema com isso? Fui conversar com minha mãe e ela teve medo por isso.

-Eu sou maior de idade, não há nada que eles possam fazer, legalmente eu posso fazer o que eu quiser, morar com quem eu quiser.

Eu estava tão animado com os novos planos que fazia em minha cabeça que nem me atrevi a pensar nas consequências que podiam se desencadear com nossa decisão.

-Eai, então quando você vem? Você vem mesmo, né!? Não diz que estava só brincando comigo.

-Não, bobo, venho hoje mesmo se você quiser. Eu só preciso voltar na casa dos meus pais e pegar algumas roupas e documentos. – Eu não ia querer mais nada de lá que não fosse extremamente necessário para essa minha nova vida.

-Quer que eu vá com você? Posso ficar ali por perto e te ajudar a voltar. – Ele se ofereceu.

-Não precisa, eu vou e logo volto... vai abrindo um espaço no guarda-roupas enquanto isso.

Disse sorridente, abraçando-o e dando vários beijos em seu rosto, ele sorriu de volta, retribuiu os beijos e me ergueu nos braços, rodopiando junto comigo pela cozinha antes de finalmente me soltar. Nós iríamos morar juntos! Nada no mundo poderia superar essa alegria, nem mesmo alguns pensamentos que insistiam em assombrar dizendo que talvez fosse cedo demais, nós éramos jovens, mas nos amávamos e saberíamos lidar muito bem com a situação.

Decidi pegar um ônibus pra economizar grana do táxi para o futuro, logo eu estava embarcando feliz da vida por estar fazendo esse trajeto de volta pra zona sul pela última vez. Tentei ao máximo parecer controlado e sério no meio de tanta gente na locomoção, mas por dentro eu estava explodindo de felicidade e isso, claro, transparecia pra todos que me olhassem. O bom humor me consumia e eu apreciava cada detalhe das paisagens bonitas do Rio sem me preocupar, eu nem parecia a mesma pessoa que fez esse mesmo caminho angustiado pela briga que teve com os pais algumas horas antes.

Tentava fazer uma lista mentalmente do que precisaria pegar quando chegasse em casa para que meu tempo por lá fosse curto, documentos, minha mochila com os cadernos e livros da universidade, a quantia boa de dinheiro que eu guardava durante um tempo, e que duraria por alguns meses levando aquela vida mais simples e algumas peças de roupa. Não pretendia contar aos meus pais o que estava fazendo, até mesmo porque eles não estariam em casa e isso facilitaria tudo, quando eles descobrissem seria tarde demais.

Desci do ônibus bastante confiante e concentrado para não me esquecer de nada, se tudo fosse como eu queria, voltaria só quando eles resolvessem me aceitar e aceitar o Nicolas de uma vez por todas. Atravessava a rua tranquilamente e sem me preocupar, quando, ouvi barulhos de pneus derrapando pelo asfalto e um carro desgovernado vindo em minha direção. Foi tudo muito rápido, ele estava se aproximando e não tinha mais como eu ou ele desviarmos. Num ultimo reflexo, eu só senti a pancada em mim e alguns gritos que ecoavam pela avenida.

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Hobbynho: Voltei sim kkk, muito obrigada por acompanhar <3

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Comentários

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Muito bom mesmo. Seu conto tem uma dinâmica muito especial.

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POBRE NICO, VAI PENSAR QUE VC DESISTIU. POBRE DE TU, ACIDENTADO E SEM TER O NICO AO SEU LADO. VEREMOS.

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