Os primos do interior. II

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1483 palavras
Data: 20/05/2017 19:07:49
Última revisão: 20/05/2017 19:28:17

- Ele já disse pra você se afastar dele. - disse Mateus aparecendo do nada.

O primo do interior, com uma mão só, jogou Fabinho para longe. O cara abarcou-se na própria caminhonete, e caiu no chão. Não satisfeito, Mateus desferiu-lhe um murro, e tentou lhe aplicar um mata leão.

- solta ele Mateus, tu ta matando ele. - gritou João.

Mateus, enfurecido, não deu ouvido aos pedidos do primo. Fabinho, de branco estava ficando roxo. João tentou tirar o primo de cima do ex.

- Para Mateus, ele ta ficando sem ar.

João, mesmo um pouco mais fraco que o primo, tentou impedir, mas foi inútil.

Fabinho foi desfalecendo nos braços de Mateus, e só então o primo do interior soltou o rapaz.

- droga Mateus! O que tu fez? - disse João tentando reanimar o rapaz, que estava jogado no chão.

- eu não fiz nada. O almofadinha que é muito frágil. - disse Mateus.

- ele morreu? - choramingou João, chamando por Fabinho.

- só apagou. Quando acordar, vai ficar esperto e nunca mais vai mexer com ninguém da minha família.

Mateus parecia um galo de briga. A vida na zona rural do interior tinha ensinado-o a ser um homem forte.

João, preocupado, tentava fazer massagem cardíaca no ex.

- deixa ele aí. Daqui a pouco ele acorda. - disse Mateus estendendo a mão para o primo.

- lá na tua cidade, é assim que se resolve as coisas? - João havia ficado chateado com a violência de Mateus.

- você ta brigando comigo? Se eu não tiro ele de cima de você, talvez fosse você aí no lugar dele. - disse apontando para Fabinho no chão.

- só estávamos conversando. - disse João.

- agarrados? De onde eu venho isso tem outro nome.

- aqui é cidade grande cara, não é aquele vilarejo de onde tu nasceu. - João estava, realmente, muito chateado com a atitude do primo.

Enquanto discutiam, Fabinho foi readquirindo a consciência.

- João? - disse ele com a voz fraca.

- to aqui.

- que dor. - murmurou o rapaz passando a mão no rosto.

- consegue levantar? - perguntou João.

- acho que sim. - disse Fabinho. - háaa. - gemeu o rapaz, entrando no carro.

- você quer que eu te leve em casa? - perguntou João.

- não precisa João. Já te causei muitos problemas.

- mas isso foi culpa minha. Eu faço questão de ir dirigindo pra você.

- não precisa mesmo João. Obrigado por ter vindo aqui me ouvir, e desculpa a agressividade que falei com você.

Mateus sentia vontade de dar outra surra no rapaz. Ele não engolia aquelas desculpas.

- vou levar, mesmo contra tua vontade. Tenta ir pro banco do carona. - disse o rapaz.

- João, ele já disse que não precisa. - disse Mateus.

- não precisaria se você não tivesse se metido. - disse João.

- ta certo, mas então eu vou com vocês.

- no meu carro tu não entra. - falou Fabinho.

- eu volto logo. - disse João.

Mateus ficou parado na porta da caminhonete. João talvez estivesse sendo ingrato com quem acabara de o ajudar.

Dentro do carro, Fabinho inclinou o banco do carona, e deitou em uma posição mais confortável.

- você não quer parar em um hospital? - João perguntou enquanto dirigia.

Fabinho negou com a cabeça.

- em casa, eu passo um gelo no machucado.

- certo. - disse João.

- quem é aquele cara? - perguntou Fabinho.

- é um primo meu.

- não conheço ele.

- ele não é daqui. Veio do interior para o aniversário da minha vó.

- é aniversário da tua vó? - perguntou Fabinho.

- amanhã.

- quantos anos?

- parece que vai fazer oitenta.

- oitenta anos? Nem parece. Tua vó é uma gracinha.

- ela é uma graça mesmo. - disse João sorrindo.

- deseja meus parabéns a ela. - disse Fabinho.

- pode deixar. - disse João.

O clima estava estranho. Fabinho havia sido sacana com João várias vezes. João sentia-se mal pela surra levada por Fabinho, e agora a situação entre eles estava se invertendo. João prometera nunca mais cruzar com Fabinho, e agora estava mais uma vez no carro do diabo.

Um pouco mais cedo.

Era manhã de sábado. Chovia bastante. João, após se arrumar, descia as escadas com extrema rapidez.

- que isso João? Vai tirar o pai da forca? - disse dona Carla folheando uma revista no sofá da sala.

- vou fazer um trabalho na faculdade mãe. - disse o jovem passando para a cozinha.

- vai sair nessa chuva? - ele ouviu sua mãe gritar da sala.

- vou de carro. - disse João retornando da cozinha com uma lata de refrigerante. - ainda vou passar pra apanhar o Alex.

- cuidado hen!? nada de sair dirigindo na chuva em alta velocidade.

- pode ficar tranquila mãe, vou devagar.

- to falando sério João. - reforçou dona Carla.

- eu também mãe. - sorriu o menino.

Dona Carla deu-lhe um beijo no rosto. João jogou os livros no banco traseiro do carro, e pegou a estrada.

Não demorou muito, e João estava buzinando em frente a casa de Alex, seu amigo de curso.

- achei que tu nem vinha mais. - disse Alex se escondendo debaixo de um sombrinha.

- acordei tarde. - respondeu João.

- ainda vamos fazer o trabalho hoje? - disse Alex entrando no carro.

- tem outra sugestão? - perguntou João.

- Eu queria dar uma passada no shopping pra comprar uma calça.

- e vamos fazer o trabalho quando?

- amanhã. - sugeriu Alex.

- tu é doido? Dá não. Amanhã é domingo pô.

- então a gente agiliza o trabalho, e de lá da uma passada no shopping.

- pode ser. Se você se garantir com o trabalho. - disse João.

Alex confirmou.

Após estacionar o carro, Alex e João foram logo para a biblioteca. A chuva já havia dado uma trégua, e caia apenas algumas gotículas d'água.

Os dois jovens cumprimentaram alguns amigos, e em seguida começaram o trabalho. Alex, como prometido no carro, tentava agilizar ao máximo o trabalho.

- vou ao banheiro. - disse João depois de uma hora sentado na mesma posição.

- trás uma constituição, na volta. - disse Alex concentrado.

- beleza. - disse João.

Alex levava o trabalho a sério. O futuro advogado iria a um aniversário à noite, e queria uma roupa nova. De família simples, mas muito honesta, Alex tinha 1,75 de altura, pele morena, seus cabelos eram encaracolados, e seus olhos castanhos. O menino curtia homem, mas tentava esconder de todos. No segundo período de faculdade, o jovem encontrou em João um ombro amigo. Falando em João, o rapaz encontrara o banheiro da biblioteca em reforma.

- que ótimo. - xingou ao olhar para a porta lacrada!

João pegou uma constituição no acervo de direito, e a entregou a Alex.

- banheiro ta em reforma, vou usar o la de fora. Tu quer alguma coisa?

- água. - disse Alex.

- beleza. - disse João.

Apertado, João tratou logo de ir ao banheiro. O mais próximo ficava no bloco de engenharia.

Sábado, pela manhã, era normal a faculdade estar deserta. Conforme João ia andando pelos corredores, as luzes iam se acendendo. O menino entrou no banheiro, e foi logo abrindo o zíper da calça. Pelo espelho do lavatório, virá uma imagem familiar.

- Fabinho? - pronunciou em seu pensamento.

João observava a cena deplorável: Fabinho em pé dentro de uma das cabines do banheiro, com um calouro de enfermagem ajoelhado a seus pés.

João olhou fixamente para o espelho para ter certeza de que aquilo não era uma miragem. Frustado, o menino saiu de dentro do banheiro se sentindo fraco. Pensava ele que não estava sendo suficiente para as necessidades do Fabinho.

João saiu do banheiro sem fazer escândalos, sem procurar culpado. O jovem chorou por dentro, mas por fora se manteve intacto.

João pegou o celular e mandou uma mensagem para que Alex o encontrasse no estacionamento.

- o que foi mano? Por que a urgência? - disse Alex, chegando ao encontro do amigo.

- nada não mano. - João limitou-se a dizer.

- eu não terminei o trabalho ainda. - disse Alex.

- a gente termina outro dia. - João se segurava pra não chorar.

- fala logo João. Diz o que aconteceu. Tu não ta legal não.

João encostou a testa no volante do carro, e desabou. Chorou em lembrar da cena do Fabinho.

Alex tentava consolá-lo.

- desabafa mano. O que aconteceu?

João encarou Alex e soltou.

- eu vi o Fábio com outro cara la dentro do banheiro.

- fazendo o que? - perguntou Alex.

- como tu é inocente Alex. Nem imagina o que eles estavam fazendo?

- transando?

- estavam nas preliminares, mas com certeza iriam avançar de fase.

- tu tem certeza?

- tenho sim. - disse ele secando os olhos com as mãos. - ele se aproveitou que o bloco dele tava vazio. Com certeza já fez isso outras vezes.

- mesmo que isso seja verdade, fica assim não amigo. Tem um monte de homem por aí solteiro.

- e eu la quero saber de home solteiro Alex, eu quero é ele. É ele que eu amo. - e voltou a chorar.

Alex tentou dar apoio total ao amigo, mas era impossível não chorar ao ver o cara que você gosta com outra pessoa.

- o que foi que ele falou?

- ele não sabe que eu vi. Eu saí de lá sem que ele me percebesse.

- então só tem uma solução.

- qual? - perguntou João.

- você fingi que nada aconteceu, e continua tocando a vida com ele.

Continua...

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Comentários

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Que conselho de merda esse do Alex,... Traição é traição. O melhor que ele poderia ter feito era ajudar ao pobre do João a desmascarar o fabinho (todo fabinho é descarado), e não fazer o joão aceitar o chifre. E fora o fato dele, joão, ser benevolente. Deixava matheus acabar com Fabinho...

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PUTA QUE PARIU , IDIOTA DESSE JOÃO MERECE SER CORNEADO A VIDA TODA PRA APRENDER. FICOU AO LADO DE FABINHO E CONTRA O PRIMO. DESTRATOU O PRIMO. TEM QUE SE FERRAR SEU BABACA. TO ACHANDO QUE FABINHO TÁ É CERTO. ALEX POR DEUS NEM SE APAIXONA POR JOÃO PORQUE ELE MERECE SER CORNEADO. NÃO SE ILUDA COM ELE. MATEUS TB POR FAVOR, NEM TENTE SE APAIXONAR POR JOÃO. DEIXA ELE CAIR AO FUNDO DO POÇO PRA APRENDER. GOSTOSO SABER QUE FABINHO SÓ TÁ CURTINDO PRAZER. SENDO CHUPADO, TRANSANDO. QUE DELÍCIA. ISSO AI FABINHO VC TÁ CERTO. IDIOTA É O JOÃO. ODEIO GENTE BURRA.

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João ainda fica contra o primo, merece ser corno. viado ridículo, sem amor próprio.

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Safado se o João aceitar as desculpa do Fabinho

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