Eu Te Amo Seu Merda!! 2° Temp. Ep 07.7

Um conto erótico de Joh65
Categoria: Homossexual
Contém 5677 palavras
Data: 07/07/2017 09:03:35
Última revisão: 13/07/2017 01:22:18

Leiam as considerações finais ^^

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Chovia bastante naquela manhã, as nuvens cinzas cobriam quase todo o céu.

Mas... mais cinza e frio do que o céu daquela manhã, era o clima na casa da família Smith Barnes.

Alberto e Lívia haviam saído cedo naquela manhã para comprarem as passagens e outras coisas para a viagem, que por motivos de força maior havia sido antecipada.

Apesar da situação atual, ambos estavam sorridentes e felizes com a ideia de passar uma temporada com a matriarca da família no interior, seria algo bom. Tanto para ambos quanto para seu caçula.

— Acha que mamãe vai gostar dessas aqui? — Questiona Lívia apontando para uma espécie de conjunto de panelas feitas de barro.

— Tenho certeza que sim. Você a conhece bem, sabe como ela gosta dessas coisas.

— Bem... Presentes são o de menos afinal. — Flávia disse com pesar.

Era ciente de que o real motivo das visita inesperada aos parentes mais distantes era uma tentativa de animar o seu caçula, já que o mesmo vinha passando por um momento nada fácil.

Após terminarem de comprar e fazer as coisas que tinham para fazer os dois seguiram rumo a sua casa.

O trajeto fora feito quase todo em silêncio até o carro parar em mais um dos sinais vermelhos.

Então Alberto disse:

— Conversei com Carlos ontem.

— Sobre? — Indagou Lívia arqueando as sobrancelhas.

— Nossos filhos. — Disse, logo após um longo suspiro. — Já que ambos podem estar separados fisicamente mais legalmente continuam casados.

— Tinha até me esquecido desse detalhe.

— Pois bem... Hoje ele irá até nossa casa.

— Porque?

— Não sei ainda, Mas acho que talvez ele vá tentar convencer nosso filho a reconsiderar sua decisão.

— Não tenho um bom pressentimento quanto a isso.

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Depois de muito pensar... Yosef decidirá ir até sua agora "antiga casa para buscar alguns de seus pertences.

Após alguns minutos de viagem o carro finalmente havia parado em frente a "pequena" casa onde passará os piores e alguns dos melhores momentos de sua vida.

Era final de tarde e a rua que antes ele achará silenciosa demais agora parecia mais cheia de vida.

Crianças correndo por todos os lados, soltando pipas ou brincando de amarelinha desenhada a giz na calçada em frente a uma casa onde duas senhoras já com idade bastante avançada conversavam animadamente enquanto se balançavam em suas cadeiras de balanço.

— Eu não demoro. Vou só pegar minhas coisas e já volto. — Disse já fora do carro forçando um sorriso para sua mãe e seu pai que o observava da janela do banco do motorista.

Incomodado, Alberto remexeu-se no banco vendo o rapaz dar-lhe as costas e ir em direção a casa.

Alberto sabia que por trás da máscara de serenidade e do sorriso forçado, havia tristeza e dor.

Então o sentimento de culpa, remorso e arrependimento o abaterá com força. Talvez se não tivesse cedido e concordado em participar de toda aquela farsa, farsa essa orquestrada por uma mulher ambiciosa e sem escrúpulos.

Talvez ele gora não tivesse que passar por tudo isso.

Sentiu como se tivesse falhado em seu dever de pai... De cuidar e proteger seu filho.

De certo o rapaz já havia crescido, precisava caminhar por contra própria mas... todas as vezes em que o olhava ainda via o pequeno garoto de anos atrás.

Tudo ainda era tão vivo, como se fosse tivesse sido ontem.

O pequeno garoto correndo em sua direção para lhe abraçar assim que o virá chegar em casa após mais um dia cansativo no trabalho. Mesmo cansado, os dois brincavam e corriam por toda casa.

E então ele o olhava, com aqueles olhos tão azuis quanto o céu, é tão grandes, o fazendo-o sentir-se como a coisa mais incrível do mundo.

Então ele o chamava de herói, e não parava um segundo sequer de dizer o quanto queria ser como ele quando fosse mais alto.

Alberto apertou o volante com força fazendo com que seus dedos ficassem esbranquiçados.

— Sei o que está pensando Alberto. Nosso menino e forte! Vai superar isso. — Falou Lívia o arrancando de seus pensamentos tomando sua atenção para si.

— Eu sei disso mas...

— Não! Não sabe. O interrompeu. Aos seus olhos Yosef ainda é um garotinho que precisa ser protegido de tudo e de todos.

— A culpa foi minha Lívia... eu fui um péssimo pai. Escondeu o rosto entre as mãos. Se eu.., nós, não tivéssemos pedido isso a ele iss-

— Isso teria aconteceria cedo ou mais tarde. Fosse com Luciano ou com outro qualquer. — O cortou novamente, agora um pouco impaciente pela dificuldade que seu marido tinha de entender as coisas.

— Pelo amor de Deus! Sofrer, chorar se decepcionar etc., São coisas que fazem parte dá vida. Você sabe bem disso, é o que nos faz amadurecer e crescer como pessoa.

Alberto abaixou a cabeça em silêncio.

— E sobre você ser um "péssimo pai...", Quero que saiba que Tanto eu quanto o Yosef discordarmos. Você sempre deu o seu melhor, e ele sabe disso. — Concluiu lançando-lhe um sorriso terno vendo as expressões do marido se acalmarem.

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Enquanto isso...

Yosef Revirou os bolsos em busca de suas chaves não as encontrando, só então se tocou que havia de que havia se esquecido delas em casa.

Mesmo assim conseguirá destrancar a porta com uma chave reserva que guardará em meio a alguns pequenos arbustos próximos a escada.

Pensou ser um bom lugar para guardar, esconder tal coisa já que ninguém pesaria em olhar ali mesmo

Ao girar a maçaneta e adentrar a casa seus olhos quase que saltaram de suas orbitas.

Literalmente Parecia que um furacão havia passado por ali. Alguns níveis quebrados, lixo e garrafas espalhadas por todo canto.

Mais isso nem era o pior se comparado ao cheiro de bebida e outras substâncias no ar, que de tão fortes chegavam a ser quase que palpáveis.

— Como dá primeira vez... — Pensou consigo mesmo suspirando pesadamente, arrependendo-se logo depois por sentir novamente aqueles odores desagradáveis.

Caminhou até seu quarto sentindo um nó se formar em sua garanta ao chegar e ver o estado em que se encontrava.

Gavetas reviradas, roupas espalhadas pelo chão. O abajur que antes costumava ficar sobre o criado mudo agora estava no chão, em pedaços.

Desejou com todas as forças que Luciano aparece ali e agora na sua frente somente para poder soca-lo com toda sua força.

Agachou-se próximo a cama tirando lá debaixo uma mala grande o suficiente para que coubessem todas as suas coisas.

Recolheu e dobrou cada peça com cuidado pondo-as de forma organizada dentro da mala.

Não tinha muito o que levar apenas roupas, alguns livros, e é claro... Seu agora inseparável amigo Lusef.

Após terminar de guardar tudo, Foi até a parte de trás da casa.

Nem precisou procura-lo muito pois logo o encontrou dentro da casinha com o rosto apoiado sobre as patinhas cruzadas.

Assim que o cão notará sua presença ali suas bochechas inflaram, logo latidos ecoaram pelo quintal.

Então ele correrá na direção do rapaz, seu dono, abanando o rabo de forma frenética. O mesmo o pegará no colo como se fosse uma criança.

— Won... Nossa que pesado você hein rapazinho.

Risos logo tomaram conta do lugar, o rapaz então o olhou com espanto.

Talvez fosse coisa da sua cabeça mas olhando com mais atenção o cãozinho realmente parecia maior... já não era mais tão "inho" assim.

Mais isso pouco lhe importava já que aos seus olhos ele sempre continuaria a ser seu filhote.

Limpou então uma lagrima solitária que escorrerá sobre seu rosto ao lembrar-se daquele que lhe dera o pequeno filhote.

Depois do ocorrido no hospital ele não teve mais notícias de Luciano. Até mesmo os pais do mesmo não faziam ideia de seu paradeiro.

Foram duas noites, duas noites que a mãe de Luciano desaparecerá em meio a madrugada aos prantos em sua casa a procura de notícias do filho.

Nas duas vezes Yosef se recusou a sair de seu quarto. Apenas escutou entre a porta sobre o que conversavam. Ainda se sentia muito mal por tudo isso.

Mesmo tendo dado por encerrado quais quer tipo de relação com o mais velho, ainda era inevitável não sentir aquele aperto no peito e outras coisas mais todas as vezes em que se pegava pensava nele.

Talvez ainda o amasse... Na verdade tinha plena convicção disso.

Mesmo que nunca tenha tido coragem o suficiente para dizer tais palavras em alto e bom som para aquele que fazia seu mundo "perfeito" vir a ruinas em segundos mais que ao mesmo tempo fazia com que tudo se encaixasse e reconstruísse em milésimos.

Mesmo o amando mais do que pensou que amaria alguém um dia... Mesmo assim, havia outra pessoa a quem ele amava ainda mais e a quem deveria por sempre em primeiro lugar...

Ele próprio.

Luciano não confiou nele, apenas o acusou baseado em suposições, achando que ele pudesse ter sido capaz de ter ficado com outro estando com ele, e isso o magoava profundamente. Fazendo-o sentir-se como um qualquer.

Ta certo que... ver o cara com quem você tem um relacionamento saindo de um bar com outro não é lá uma coisa fácil de se engolir. Em parte o compreendia.

Mais ele estava julgando o todo, não somente o fato de Luciano não confiar em si mais também o fato dessa não ser a primeira vez que Luciano agia de forma irracional.

E isso acabava o levando a fazer coisas como destruir um carro, na verdade três, contando com o dele, dá polícia e é claro... O do Marcos.

Ou coisas piores como machucar alguém ou até a si mesmo. E isso era algo que ele não sabia como lidar e talvez nunca soubesse.

Teve plena convicção de que havia feito a escolha certa na noite passada.

Estava na sala assistindo algum programa na tevê quando o som das campainha soará.

Levantou-se para atende-la mas antes mesmo de abri-la um envelope amarelo fora posto por debaixo de sua porta.

Nele haviam algumas fotos de Luciano com outra mulher.

Yosef não pode evitar sentir-se mal por isso, chorou, Seu coração parecia sangrar. Mais depois de um tempo compreendeu que já não poderia lhe exigir mais nada.

Já não estavam mais juntos, a partir de agora ele seguiria em frente. Assim como Luciano já estava fazendo.

Fora arrancando de seus pensamentos assim que se dera conta de que sua mãe o observava recostada no batente da porta.

— E melhor apressar-se logo. Seu pai já está a quase meia hora lá fora reclamando, como sempre.

— Tudo bem... — Suspirou cansado

Um silêncio incômodo se instalará ali causando certo desconforto ao rapaz, principalmente a forma a forma como sua mãe o olhava.

— Realmente está certo de que essa foi a decisão certa a se tomar?? — Perguntou sua genitora, enfim, quebrando o silêncio.

— Sim... — Murmurou. — Mais talvez só o tempo vá me dizer.

— Bobagem! — Revirou os olhos sentando-se a beira dá cama. — Decida logo o que quer da vida.

— E o que eu estou tentando fazer. Essa foi minha decisão e espero que a respeite Falou decidido.

— Affs... — Bufou desconte com a resposta. E se nesse meio tempo aquela vadia roubar ele de vez de você hein?

Yosef torceu o nariz não gostando do rumo daquela conversa. Sabia bem como aquilo iria terminar.

— E melhor nós irmos logo.

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Luciano estava na cozinha preparando algo para comer... Ou pelo menos tentando já que cozinhar não era de longe um dos seus pontos fortes.

Isabella já havia partido a muito, mas as coisas que a mesma havia lhe dito continuavam e ecoar a cada instante na mente.

Apesar de Yosef nunca ter chegado a lhe dizer que lhe amava. Luciano era capaz de sentir o amor em cada gesto do menor.

Nos seus beijos, em como ele gostava de ficar perto dele, de se aninhar ao seu peito todas as noites na hora de dormir ou quando faziam amor e ele chamava por seu nome entre gemidos.

Afinal o amor se demonstra com ações.

Ele então se perguntava o porque de, apesar de todas essas demonstrações, ele ainda sentia necessidade de ouvi-lo dizer isso.

Talvez fossem sua ânsia e egoísmo.

Ele queria tudo, absolutamente tudo.

Queria que ele dissesse que o amava, só a ele e a mais ninguém.

Queria que seu amor, seu corpo e seu ser pertencessem completamente a ele e a mais ninguém.

Talvez por essa ânsia descontrolada de o ter só para si o fizera cometer tantos erros.

— Seu imbecil. — Vociferou para si mesmo espremendo os olhos lançando com toda a força na parede o objeto que segurava.

Seu corpo todo estava tremendo, como se estivesse prestes a entrar em colapso.

Até que o telefone começa a tocar.

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Fico feliz que tenha aceitado meu convite. Disse Isabella com um pequeno sorriso em seus lábios.

Luciano assentiu não sabendo ao certo o que responder e nem o porquê de estar ali, fora as bebidas.

Embora ainda fosse um pouco cedo para isso, mas em seu atual estado qualquer hora era boa para se encher a cara.

Os dois então adentraram o interior do estabelecimento sentando-se ambos, lado a lado, nas cadeiras próximas ao bar. O ambiente ainda era calmo e descontraído, devido ao horário.

— O que vão querer? — Pergunta o barman dirigindo-se aos dois.

— Um Dry-Martini, por favor. — Disse Isabella.

— Uísque puro e sem gelo.

Em poucos instantes o pedido de ambos já estavam sobre o balcão.

Isabella bebericava sem muita pressa, apreciando o sabor de seu drink. Já Luciano virou o líquido presente em seu copo de única vez, fazendo-o lacrimejar ao sentir o mesmo descendo por sua garganta.

— Outro. — Proferiu em alto e bom som para que o barman ouvisse. O mesmo sem perder muito tempo preencheu o copo com mais.

— Eh... rum.... rum.... Pigarreou ela chamando a atenção do rapaz. Seus pais continuam preocupados com o seu sumiço e a falta de contato.

— Não disse a eles que voltei para casa disse?

— Erh... Não! Pensei que quisesse ficar mais algum tempo sozinho.

— Fez bem. — Disse por fim voltando a bebericar seu drink.

— Sei que isso não é da minha conta mas... Você não deveria ficar assim por alguém que aparentemente não se importa com você.

— Bem, como você mesma acabou de dizer... isso não é da sua conta. — Disse Luciano de modo firme e ja um pouco irritado fazendo Isabella recuar.

— Tem razão... — Disse forçando um o sorriso logo em seguida abaixando a cabeça. — É que... é difícil pra mim ver você assim... Sofrendo.

Luciano não sabia o que dizer... Embora estivesse irritado por ouvir tais palavras não poderia culpar Isabella por suas mazelas.

Pensando bem.. talvez estivesse daquela forma porque em parte o que ela dissera fosse verdade.

Yosef realmente se importava com ele?

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— Porque tudo isso de malas? — Questionou Lívia ao adentrar o quarto do caçula deparando-se com cinco malas lotadas sobre a cama.

— Ue... Vamos ficar lá por tempo indeterminado né?

— Vamos, mas não é preciso levar tudo isso. Nós podemos comprar o que precisar lá.

— Ahh.. não mãe. — Disse manhoso. — Nas lojas de lá só se vende roupa brega.

— E desde quando tu liga pra isso garoto?

— A questão não é essa...

— Seja qual for eu não quero saber. — Disse por fim. — Anda. Desfaz esse monte de mala e escolhe só o necessário e que caiba tudo em duas malas.

— MAIS MÃE....

— Sem "mais". — Falou com firmeza. — Anda, eu te ajudo. Escolha o necessário e que caiba tudo em no mínimo duas malas. Partiremos daqui a duas horas então será rápido.

— Tá bom. — Bufou se pondo a refazer, contragosto, suas malas.

Até que o som da campainha soou pela casa chamando a atenção de ambos.

— Deixa que eu abro. — Falou o rapaz com um sorriso divertido correndo para fora do quarto antes que sua mãe dissesse algo.

Já em frente a porta, ao abri-la seu sorriso se desfez e em seu rosto agora havia surpresa ao ver quem menos esperava, ali parado em sua frente.

— Sr. Carlos?

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Ja havia se passado uma hora desde que Isabella chegará ao bar com Luciano.

A mesma se encontrava sentada a exatas uma hora no mesmo lugar, tentando manter uma conversa com o rapaz. Mas as mesmas não chegavam a durar um minuto.

Fosse pela aparente falta de interesse dele de manter um diálogo ou o seu interesse maior na bebida.

Então se pôs apenas a observa-lo bebendo.

Após mais algumas doses e com Luciano já um pouco animado ela o agarrou pelo braço e o levou até a pista de dança, que agora já se encontrava bem movimentada com vários rapazes e garotas dançando de forma agitada ao som de alguma música dj David Guetta.

Os dois logo se puseram a dançar, Isabella dançava de forma insinuante na frente de Luciano, passando a mão por seus longos cabelos ajeitando algumas mechas atrás de sua orelha, mordendo os lábios de forma provocantiva sem perder, é claro, o contato visual com o rapaz a sua frente.

Aproximou-se ficando apenas alguns poucos sentimentos de distância do corpo do maior virando-se de costas para o mesmo fazendo com que seus quadris e Costa fossem de encontro com a frente do rapaz que com o movimento inesperado se desequilibrou.

Suas mãos foram de encontro com a cintura do corpo a sua frente buscando apoio mas isso acabou por aumentar aínda mais o contato entre os dois.

As luzes, a música é a bebida consumida é a algum tempo formaram entao a combinação perfeita. Logo a mente assim como a cabeça de Luciano começaram a girar assim como tudo a sua volta.

Estava começando a ficar cada vez mais quente, repousou a cabeça sobre o pescoço de Isabella, acabou por sentir o cheiro adocicado de seu perfume.

Isabella então virou-se novamente de prente para o rapaz, que ao olha-la viu em seu rosto apenas um borrão, mas esse borrão logo tomará forma.

A forma de um garoto de olhos azuis, cabelos negros.. um pouco curtos e um sorriso que parecia iluminar o seu rosto.

Luciano sorriu sentindo seu coração bater num ritmo mais acelerado. Ergueu sua destra até o resto do mesmo acariciando levemente suas bochechas coradas.

Trouxe seu corpo para mais perto de si não querendo não cogitar a ideia de correr.

Fechou os olhos e então uniu seus sábios em um beijo a princípio casto mas que logo se tornará intenso, onde sua língua explorava com avidez cada canto da boca do outro.

Mas algo estava errado... Ou diferente. Não era o mesmo sabor, tão pouco sentia aquela coisa que normalmente sentia quando beijava o menor.

Então ele abriu os olhos se dando ponta do porquê.

Afastou-se de imediato da mulher a sua frente se embrenhando em meio às pessoas que ali estavam.

Cambaleando, conseguiu chegar até o banheiro.

Abriu a torneira pegando uma quantidade de água nas mãos jogando em seu rosto.

Olhou-se no espelho achando seu estado atual deplorável, seu estômago revirou, principalmente após lembrar-se do que estava fazendo a poucos minutos atrás.

Não era Isabella, mas... Parecia tão errado.

E então as contrações violentas do seu estômago fizeram com que tudo que ele havia ingerido fosse expulso para fora, lhe dando um certo alívio.

Se recompôs após algum tempo e então caminhou para fora dali o mais rápido que pode.

Agradeceu aos céus por não ter esbarrado em Isabella ao deixar o lugar, pediria desculpas a ela assim que possível.

Adentrou o carro, ligou o motor e logo já estava na estrada.

Dirigia sem pressa já que ainda estava meio alterado por causa do álcool.

O sinal havia fechado

Seu telefone então começou a tocar, retirou o aparelho do bolso olhando o nome no identificador.

Bufou revirando os olhos, sem paciência, mas uma hora ou outra teria que ter esta conversa entao tratou de atender

*Ligação on*

— Alô?

— Onde você está? Te procurei por todo os cantos e não te achei. — Disse Isabella do outro lado da linha com a voz num misto de preocupação é raiva.

— Foi mal e que não me senti muito bem...

— Humm... Já tá em casa?

— Não, preciso ir num lugar antes. — Informou, se perguntou o porquê de ter o feito logo após já que não devia a ela explicações sobre sua vida particular.

— Já até sei só pelo teu tom de voz. — Disse com escárnio, o que passou despercebido por Luciano. — Tá indo atrás dele né? Se for isso aviso logo que vai perder tempo.

— Como assim?

— Tsc, vi teu pai conversando hoje com o pai do.... Yosef. — Proferiu o nome do rapaz com certo desprezo. — Parece que eles estão saindo de férias ou indo embora.. sei lá. Só sei que e-

*Ligação encerrada*

Desligou o telefone é o jogou no banco do passageiro. Não poderia perder tempo agora.

Assim que o o sinal abriu, ele pisou com tudo no acelerador.

Precisava chegar o quanto antes a casa do garoto, antes que fosse tarde demais.

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— O que lhe trás aqui afinal? — Pergunta a mãe do menor se fazendo de desentendida.

— Bem... Se não se importam eu gostaria de conversar um minuto a sós com ele. — Pediu Carlos olhando para Lívia e Alberto.

— Vamos deixa-los a sós Lívia.

Lívia o olhou indignada, Mas por fim acabou acentindo, então levantou-se e voltou a seus afazeres.

Enquanto isso yosef brincava com seus dedos por debaixo da mesa, tamanho era seu nervosismo por ter ali, sentado a sua frente o pai do seu agora "ex marido", o mesmo mantinha uma postura seria, o que de certa forma o estava incomodando.

— Bem... Eu acho que sei o que veio fazer aqui senhor Carlos mas-

Yosef calou-se assim que o mesmo ergueu sua destra pedindo silêncio.

— Primeiramente... — Fez uma pausa. — Não me chame de senhor. — Pediu com serenidade. — Já nos conhecemos a muito tempo para continuar com tais formalidades. — Concluiu com um sorriso.

— T-tudo bem. — Proferiu o mais novo com certo alivio. — Bem... Sobre ter vindo até aqui...

— Quanto a isso não se preocupe. — Sorriu. — Sei que não posso fazer você voltar atrás em sua decisão, mas... Como pai você há de compreender que... Eu quero o que é melhor para o meu filho.

Yosef apenas acentiu em silêncio ouvindo cada palavra.

— Sabe... Eu cometi muitos erros nessa vida, mas creio que o pior deles tenha sido não ser o pai que Luciano precisava. Talvez por ter passado por isso é ter me tornado a pessoa que eu sou eu achei que isso também daria certo com ele, que o tratando como meu pai fazia comigo ele cresceria e se tornaria um homem, mas com o passar do tempo eu só conseguia me afastar cada vez mais dele. E então eu via você é o Alberto... E sentia inveja. — Confessou sentindo um nó se formar em sua garganta.

— Alberto sempre me contava como seus outros garotos viviam a dizer que o adoravam, que ele era o melhor pai do mundo, principalmete você. E eu queria ouvir isso do Luciano mas.... a única coisa que nós éramos capazes de fazer era machucar um ao outro, e mesmo que não parecesse... isso me destruía a cada dia mais, até que ele cresceu e se tornou a pessoa que era. Foi então que através da ganância da minha esposa ao sugerir que vocês dois ficassem​juntos por causa da herança eu vi ali que... Talvez você fosse capaz de conseguir o que nem eu nem outra pessoa tinha sido capaz.

— Eu não entendo... — Disse yosef confuso. — Porque eu?

— Bem... — Riu limpando a garganta. — Pra ser sincero nós esperávamos que o último filho dos seus pais fosse uma menina.

— Ei.. — Disse yosef se sobressaltando com certa indignação.

— Desculpe. — Riu das feições do menor. — No começo nós achavamos que tudo estava perdido. Mais com o tempo Luciano cresceu, você também. Nós poderíamos ter encontrado uma garota qualquer, mas ele nunca levou as mulheres a sério, fora tambem que minha esposa queria alguém de berço. Então quando você se assumiu para os teus pais nos tivemos uma pontinha de esperança. Era algo absurdo eu sei mais não custava tentar.

— Pra um homem da sua idade você fala isso com tanta naturalidade que chega até a dar medo. — Confessou o menor.

Carlos não conseguiu conter a risada, sua barriga chegou a doer. Yosef apenas ficou quieto se perguntando o que diabos aquele homem havia achado de tão engraçado.

Em poucos instantes seus pais estavam novamente ali.

— Então... Sobre o que converam? — Perguntou Lívia

— Lívia... — Murmurou Alberto em advertência.

— Que foi?

Antes que pudesse dizer algo, Carlos ergueu-se da cadeira aonde estava sentado e disse:

— Bem... Acho que já vou indo. — Disse, logo em seguida voltou seu olhar para o menor. — Obrigado por me escutar.

Yosef acentiu som um pequeno sorriso.

— Vamos indo então. As malas já estão no carro. — Anúnciou Alberto.

— what? — Indagou yosef

— Querido. Enquanto você estava aqui o relógio não parou

— Mas tá cedo ainda...

— Querido, nos vamos pegar um avião e depois são duas horas de ônibus até chegar em nosso destino.

— Affs... Vovó não mora, vovó se esconde. — Brincou. — Já volto, vou pegar o Luself.

Já do lado de fora da casa Lívia, Carlos e Alberto conversavam quando um carro que vinha em alta velocidade parou em frente a casa deixando as marcas do pneu no asfalto.

Os três se entreolharam confusos até o momento em que o motorista desceu do carro.

Luciano veio como um raio passando pelos três os ignorando adentrando a casa.

— Ei

— Yosef. — Chamou, correu por toda a sala indo em direção a cozinha não o encontrando lá.

Voltou a sala e indo em direção às escadas que davam para o segundo andar mas teve sua passagem bloqueada pelo pai do menor.

— O que pensa que está fazendo? — Perguntou Alberto num tom mais ríspido. — Daqui você não passa, se tentar eu arrebento tua cara.

— Sai da minha frente. — Berrou já impaciente. — Eu preciso falar com ele.

Disse Luciano tantando passar mais o mesmo fora impedido por Alberto que o bloqueiou, o empurrando contra a parede agarrando e perdendo seus braços por trás das costas.

— Olha só pra você, está bêbado. Acha mesmo que vou deixar chegar perto do meu filho desse jeito?

— Grrr.... Me solta seu velho maldito.

Foi nesse instante que Carlos, pai de Luciano, adentrou o lugar falando alguma coisa fazendo com que Alberto se distraísse brevemente, tempo suficiente para que Luciano conseguisse se libertar e acertar um certeiro em seu rosto.

— ALBERTO!! — Gritou Lívia no mesmo instante em desespero, correndo para amparar o marido.

Nesse mesmo instante, no andar de cima, yosef sentiu seu coração supertar ao ouvir o aquela voz em desespero, que logo ele reconhecerá.

Jogou tudo de lado e desceu as pressas para ver o que estava acontecendo.

Tudo parecia estar se movimentando em câmera lenta.

Viu sua mãe tentando impedir que o mesmo avançasse em...

— L-luciano... — Disse quase que em um sussurro inaudível, mas fora o suficiente para que Luciano percebesse sua presença ali.

Seus olhares se cruzaram e foi como se agora ao invés de lento o mundo tivesse parado de vez.

Então Luciano perdeu-se naquele pequeno pedaço do céu, e aqueles poucos milésimos pareceram horas.

Mais logo as engrenagens que moviam o tempo voltaram a se movimentar então sentiu uma dor aguda do lado esquerdo do rosto, o jogando a certa distância.

— Já chega, os dois!! — Vociferou Carlos se pondo entre os dois.

Antes que pudesse dizer algo sentiu uma forte pontada no peito, o fazendo por a mão sobre o lugar pressionando-o com força.

Suas pernas começaram a falhar assim como o resto do seu corpo, que parecia estar sendo esmagado.

— Pai...

Luciano correu em direção a ele conseguindo aparar seu corpo antes que o mesmo fosse ao chão.

— Pai.. pai? Por favor, responde. — Implorava sentindo o desespero lhe abater.

— Lívia. — Chamou Alberto se pondo junto ao corpo do amigo. — Chame uma ambulância, rápido!!! ele está tendo um infarto.

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Já haviam se passado quase um mes desde o ocorrido na casa dos Smiths.

O pai de Luciano seguia internado mas agora o risco de morte já havia sido descartado.

O mesmo teve algumas sequelas como a perda do movimento do braço esquerdo, fora a paralisia de parte da face, também do lado esquerdo.

Luciano ainda continuava a se sentir culpado pelo que havia acontecido com o pai, embora sua mãe e os médicos dissessem o contrario, já que os e exames constataram que Carlos já vinha com a saúde fragilizada a algum tempo. Era apenas questão de tempo até que algo acontecesse.

Luciano nesse meio tempo só saia do hospital para resolver algumas coisas relacionadas a empresa, já que agora era oficialmente o presidente.

Mais duas coisas tornavam toda essa situação um pouco mais suportáveis.

Primeira

Ele havia descoberto que tinha uma irmã. E o mais surpreendente foi saber que ela era a garota estranha da faculdade.

No mesmo dia em que seu pai dera entrada no hospital ela aparecerá lá, no princípio ambos não sabiam que eram filhos do mesmo pai.

A mãe de Luciano quando soube da presença da jovem ali tentou expulsa-la a ponta pés, mas Luciano a impediu e disse que se ela fosse realmente sua irmã teria o mesmo direito de estar ali tanto quanto ele.

O que deixou a mãe de Luciano furiosa e Lilian, surpresa.

Na mesma semana Luciano a levou até um laboratório de exames para fazer um teste de DNA, algumas semanas depois, a confirmação, de que de fato ela era a sua irmã... Ou irmão no caso.

Segunda e talvez a mais importante

Yosef tinha ido embora, mas ele estava feliz por isso? Não.

Estava feliz porque nas primeiras semanas de interpretação do seu pai o pequeno rapaz sempre vinha ao hospital ver não só como seu pai estava mas também lhe trazer alguma coisa para comer já que o a comida daquele lugar era horrível.

Os dois trocavam poucas palavras, mais isso não importava. Para Luciano estar perto dele já era o suficiente.

Mais então um mês depois, a última visita.

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— Uau... — Disse em tom de falsa surpresa. — Sem ovo frito hoje? — Perguntou Luciano abrindo um sorriso divertido.

Yosef virou o rosto para o lado a fim de esconde-lo. Tinha ficado um pouco envergonhado já que quase sempre levava para Luciano a mesma coisa.

Ovo frito, arroz, legumes cozidos a vapor e carne, embora a carne ele comprasse, assim como o resto, já que ovo frito era a única coisa que sabia fazer bem ou pelo menos sem queimar.

Mais hoje havia feito tudo sozinho.

— Se não quiser comer então devolve — Falou tentando puxar a vasilhinha das mãos do maior.

— Calma, que esquentadinho você hein. — Disse risonho

Renoveu a tampa sentindo o cheirinho de comida caseira se propagar pelo ar.

— Certeza que foi você quem fez isso?

— E claro que sim. — Falou revirando os olhos.

Luciano entao deu a primeira garfada.

— Huum... Muito bom. Tá melhorando a cada dia. — Disse sincero

— Obrigado. — Respondeu o menor tenanto esconder seu sorriso.

Os dois então ficaram um tempo em silêncio, como sempre faziam.

Geralmente quem tomava a iniciativa de quebrar esse clima era Luciano, mas hoje when o fizera foi o menor, e talvez da pior forma possível para o outro.

— Meus pais e eu vamos partir hoje a noite. — Disse yosef sem olhar para o resto do maior, o que de certa forma lhe incomodava ainda mais, mas ficou quieto quanto a isso desta vez, seria melhor respeitar o espaço do outro.

— E... Quando pretende voltar?

— Não sei ainda... — Suspirou pesadamente. — Eu preciso de um tempo sabe? Pra pensar.

— Compreendo. — Disse Luciano quando na verdade queria dizer

"Pesar no que? A gente de ama, pronto. Acabou"

Mais esse era o Luciano de algumas semanas atrás, ou pelo menos ele estava tentando deixar de ser assim tão... Impulsivo.

E mais uma vez o silêncio se instala-ra ali entre os dois.

— Antes de ir eu gostaria de pedir algo... — Falou yosef com certo pesar em sua voz. — Eu... Peço a você que não me espere.

— Como assim? — Questionou Luciano. — Tá me pedindo pra te esquecer? E isso?

— Se encontrar alguém que te faça feliz e que valha a pena, sim. Por favor me esqueça.

— Eu não posso...

— Bem... Isso só o tempo poderá dizer. — Falou o menor de maneira firme mas por dentro sentia como se estivesse se partindo.

— Tudo bem... Se é isso que você quer. — Respondeu Luciano com a mesma firmeza, mas por dentro se sentia igual.

— Então... Até breve. — Disse ele estendendo a mão para o maior, para um aperto de mão formal

Luciano ficou o encarando por alguns segundos, então quando o menor ia abaixar o braço ele pegou em sua mão e a apertou

— Até breve.

Os dois permaneceram assim por alguns segundos, de mãos aos poucos foram se soltando.

Yosef respirou fundo e então deu as costas para o mais velho, que ficou ali o vendo ir embora.

Par ambos era como se uma parte de si estivesse indo embora.

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Niaaaai meu povo.

Pser... Mais uma vez... Luciano sendo um cuzao.

Enfim ... Espero que tenham gostado e bem... eu Peço desculpas pela demora, apesar de achar que não sou merecedor.

Mais e que só agora eu tive uma folga da faculdade. O semestre foi bastante agitado sabe.. e andei sem tempo até pra mim. Fora que a sobrecarrega meio que me deixou com um bloqueio criacional terrível.

E eu apesar de não parecer sou um bicho (ou bixa) kka.. muito sentimental.

E para escrever eu tenho que estar bem, feliz, sossegado. Quando não estou não sai absolutamente nada.

Então... E isso né RS

Por hoje foi só mas em breve estarei de volta.

Ahhh... Mais uma coisa.

Eu ando considerando a possibilidade de migrar ou pro wattpad ou Spirit

Porque gente... Sinceramente

Nada contra quem curte mas..

Toda vez que entro na cdc me da um mal estar ao ser bombardeado por essas propagandas.

Enfim...

________________

Zap: (Nove, seis, nove, nove, um, nove, quatro, zero, sete, um, zero)

E-mail: Dannsilva0710@gmail.com

Caso queria entrar em contato para mais esclarecimentos

Eu sei que tem umas partes meio confusas.. ksks

Bjss :-*

Até a próxima

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Comentários

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Realmente é uma história maravilhosa de ler. É 10 my friend

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Cade vc?Posta a continuaçao.Ja ta fazendo um ano e nao postou mais..Triste. 😢

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Tava com saudades da sua história... continua a postar os capítulos

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Olha aqui oooh indiazinha,cadê a continuação? Poh,faz isso não, posto logo aí cara,please!

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Vim ver q vc tinha postado cap novo só hj, demorou demais kkkk, contanto q não demore tanto pra postar o próximo te perdoo. Beijos lindo amo seu conto.

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Adorei o capítulo! Tava com sdds do seu conto! Espero que esses 2 se reconciliem logo!

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Tá foda acompanhar ... cada capítulo tenho que reler tudo pra saber onde a história está! Mais uma vez Luciano estragando tudo, pior ainda é saber que depois disso tudo ele vai continuar com a Isabela. Que diacho de amor é esse que ele tanto cobra do outro mas ele medmo não se luta por ele. Quero Yousef bem feliz e pleno com outro até Luciano mostrar que vale a pena...

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Ainda bem que voltou esse conto é maravilhoso

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Achei que não ia mas volta a posta ,esses dois são complicados e espero que Luciano e yosef comecem a ser mas adultos em relação a tudo.

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Estava lembrando do seu conto ontem ,nem acredito que vc apareceu (merece uma surra por sumir kkkk)

Yosef e Luciano são maravilhosos 😍

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