Mas eu era Hétero... 14

Um conto erótico de Nick
Categoria: Homossexual
Contém 978 palavras
Data: 22/07/2017 22:47:54

Oi gente, depois de algum tempo aqui estou eu de novo haha. Peço desculpas pela demora e digo que não abandonei e nem abandonarei o conto. Grato pelos comentários do conto anterior. <3

Continuando...

CAP 14

Após namorarmos um pouco, liguei para um mecânico que rapidamente resolveu o problema no meu carro. Fomos para o hotel, ficava perto de um lago, tinha uma piscina enorme e uma vista maravilhosa, tiramos muitas fotos assim que chegamos.

Nosso quarto era branco, com uma cama de casal bem grande, ao lado havia um criado mudo com um abajur. Tinha uma escrivaninha com uma cadeira em um canto e uma televisão na parede.

Kyle: Já adorei o quarto.

Eu: Eu também, bem confortável.

Kyle: Mas antes de tudo eu preciso te perguntar uma coisa muito importante…

Ele olhou fundo nos meus olhos e fez uma expressão muito séria.

Eu: Pois pergunte.

Já estava ficando preocupado, ele fez um silêncio por uns 5 segundos.

Kyle: Você alguma vez já procurou hotel na internet?

Eu: Que?

Kyle: Hotel? Trivago!

Eu: KKKKKKKKKKKKKKKK Mas é besta né!

Começamos a rir, eu o agarrei e comecei a fazer cócegas até cairmos na cama, ele por baixo e eu por cima. Segurei os braços e as pernas dele.

Eu: Te prendi.

Kyle: Já que me prendeu, o que fará comigo agora?

Eu: Isso.

Beijei a boca dele de uma forma inesquecível, assim que meus lábios encostaram nos seus senti como se estivesse levando um choque foi aquecendo, a partir dos meus lábios todo o meu corpo foi se aquecendo e eu fui me entregando cada vez mais àquele beijo, me sentia como nunca havia me sentido antes, soltei seus braços e o abracei, ele fez o mesmo. Nossos corpos estavam colados e nossas bocas se moviam em uma sincronia perfeita, ele estava tão entregue ao beijo quanto eu, estava ficando mais intenso, nossos lábios começaram a se movimentar com mais intensidade, estávamos ambos sedentos um pelo outro, nossos corpos queriam mais, mesmo estando colados queríamos estar mais perto um do outro.

Nesse momento eu parei e disse:

Eu: Amor, se continuarmos assim vamos perder de ver a paisagem linda que há lá fora e de noite não vamos mais aguentar fazer nada.

Kyle: É verdade, mas olha como você me deixou.

Ele apontou para o seu pau que estava duro igual a uma pedra.

Eu: Você acha que eu estou como?

Nós tomamos banho, separados, porque caso contrário perderíamos o resto da luz do dia, e por mais que eu queira fazer vocês sabem o que, era melhor aproveitar o restante do dia e olhar para aquelas paisagens incríveis.

Saímos e fomos caminhando. Aquele lugar era incrível, havia vários animais soltos, Kyle conseguiu passar a mão em um macaquinho que veio até a gente. Ele estava querendo comida, mas a moça disse que não era para dar comida aos animais, então nem levamos nada comestível, apenas uma garrafa de água pois eu sentia muita sede.

Chegando no lago vimos alguns patinhos seguindo a mãe, o que me lembrou da velha historinha do patinho feio, escorreu uma lágrima ao lembrar da minha mãe me contando quase todos os dias a mesma história antes de eu dormir.

Comecei a refletir sobre a minha infância enquanto via aqueles patinhos.

É engraçado como a vida vai mudando enquanto envelhecemos, lembro que antes minha maior preocupação era quanto tempo ainda dava para brincar e, na hora de dormir, achava que aquilo era uma total perda de tempo, um tempo precioso em que eu poderia estar brincando. Uma cena que eu não consigo esquecer é uma vez em que eu e os meus primos estávamos dormindo na casa dos meus avós, dormimos todos no mesmo quarto, todos já haviam dormido, mas eu não estava conseguindo, estava agitado, queria brincar mais com eles, lembro exatamente do meu pensamento naquele dia: “Que perda de tempo ficar dormindo, poderíamos estar aqui brincando ou pelo menos assistindo a desenhos animados agora”. Eu não tinha noção de como eu ia gostar de dormir futuramente.

Minha cabeça começou a se lembrar da cidade naquela época, os atalhos que eu pegava, o número de casas que foram construídas em tão pouco tempo. Tirando o meu espaço para brincar na rua, pois terrenos vazios eram o melhor lugar para se divertir. O ruim era quando chegava em casa todo sujo e saía espalhando essa sujeira na casa inteira e tinha que ouvir minha mãe gritando comigo, mas eu realmente vacilava.

Percebi que eu realmente sentia falta daquela época em que a minha dificuldade eram as continhas de multiplicação na escola, a tão difícil tabuada que até hoje eu não sei tão bem assim. Saudades de sair correndo e gritando sem que ninguém olhasse para mim como se eu fosse um louco, de entrar nas lojas e correr para olhar os brinquedos e atormentar quem quer que estivesse comigo pedindo aquele que eu mais gostei, da ansiedade de saber o que iria ganhar de natal e a decepção quando eram roupas ou quebra-cabeças e não aqueles brinquedos legais que eu via na televisão todos os dias entre um desenho e outro.

Conforme eu fui crescendo minha cabeça foi sendo ocupada com outras coisas e toda essa inocência de criança foi sumindo aos poucos, até chegar ao que sou hoje.

Kyle: Ei… Porque você está chorando?

Ele me abraça.

Eu: Só estou lembrando da minha infância…

Kyle: Mas precisa chorar?

Eu: Precisa rsrs

Kyle: Mas é um bobo sentimental mesmo né.

Ele continuou me abraçando por mais algum tempo até que estava apenas segurando a minha mão olhando para o lago.

Após alguns minutos resolvemos retornar para o hotel, pois já estava tarde. Comemos e subimos para o quarto.

Continua....

Obrigado pela leitura. Comentem e digam o que estão achando da história. Qualquer dúvida envie um e-mail para Dhirencdc@gmail.com.

<3 <3 <3

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