Amolecendo o coração do bad boy. (Clichê) IX

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3507 palavras
Data: 04/11/2017 22:14:41

Tomei outro banho, troquei de roupa e tentei descansar um pouco, mas o fato é que o Junior não saia da minha mente.

- quem era mesmo que não ia criar expectativas?

O final de semana passou, e na segunda, lá estava eu retornando ao colégio. Acordei cedo, tomei um banho e um café forte, peguei minha mochila e fui para o ponto de ônibus.

Cheguei ao colégio cedinho, e resolvi ir ate a biblioteca. Peguei uma literatura infanto juvenil qualquer e fiquei dando uma folheada. Eu lia, mas não entendia nada. Só conseguia pensar no Junior.

Algum tempo depois a senhorinha da biblioteca me perguntou se eu estava com horário vago.

- não senhora, to esperando o sinal tocar. – falei.

- mas já tocou ta com umas meia hora.

- sério? – perguntei.

- sim. – respondeu a funcionaria me olhando por baixo dos oculos.

Rapidamente, devolvi o livro à prateleira, coloquei minha mochila nas costas e fui correndo pra sala.

- da licença professora? – falei na porta.

- entre. – disse ela sentada à mesa.

- agora amigo? Achei que tu tinha piorado. – disse Ana.

- me enrolei na biblioteca e perdi o horário. – falei sentando ao seu lado.

- o que tu foi fazer na biblioteca? – perguntou Pádua.

- nada demais! Cheguei antes do horário e fiquei lá passando o tempo. A professora passou alguma coisa?

- passou um trabalho pra fazer em dupla. – disse Ana.

- e eu fiquei de fora né bando de raparigas!?

- quem manda chegar atrasado!? – Ana sorriu.

- que trabalho foi que ela passou?

- não entendi bem, mas é alguma coisa sobre os átomos. – disse Ana.

- essa rachada é burra. A professora nem tocou na palavra átomos. – disse Pádua.

- eu não entendi foi nada então, mas tenho a impressão de ter visto átomos em algum lugar. – disse Ana.

- aff! Vou ter que fazer o trabalho por mim e por ti né, amapô!? – disse Pádua.

- sou teu carma. – Ana sorriu e deu um beijo na bochecha de Pádua.

- eca, que nojo! – disse Pádua. – onde tu passou essa boca?

- fiz um boquete em uns cinco caras antes de vir pra aula.

- a bicha é babadeira mesmo. Primeiro libera o cu pro primo, depois coloca cinco paus na boca de uma vez só. – Pádua gargalhou, e a professora chamou-o atenção. – foi mal prof. – ele se desculpou.

- tu é muito cara de pau mano. – ri.

- sou dessas. – disse ele soltando beijos.

A Ana sorriu.

- quero saber é do trabalho, o que é pra fazer mesmo? – questionei.

- Amigo, é pra montar uma maquete sobre a estrutura da hidrelétrica que atende a cidade.

- mas não já fizemos isso no ano passado?

- mas não foi a maquete amigo, ano passado fizemos apenas uma pesquisa sobre o assunto.

- serio mesmo? Achei que tivéssemos feito uma maquete.

- helow amigo, acorda. – disse Pádua. – ano passado, a única maquete que fizemos foi sobre o planeta solar.

- essa mermo. Eu estava confundindo. Isso vai valer quantos pontos?

- dois. – disse Ana.

- só?

- a elaboração da maquete sim, e três para a apresentação do projeto. – disse Pádua.

- e ainda vai ter que apresentar é?

- sim, a professora quer que cada um relate como fez a maquete, o material utilizado, e coloque a maquete para funcionar.

- hum! Acho que entendi. É como se fosse um sistema de automação né!?

- isso. – disse Ana.

- puxado hen!?

- se pra ti ta assim, imagina pra nós. – falou Pádua.

- podemos se reunir após a aula pra montar um projeto né!? O que vocês acham? – Sugeriu Ana.

- por mim pode ser. Ta disponível, Dudu? – perguntou Pádua.

- to sim.

- na minha casa então? – perguntou Ana.

- A gente almoça la? – perguntei.

- sim, já vamos direto daqui da escola.

- fechou. – falei.

Naquela manhã, meus planos fugiram um pouco do controle. Na hora do intervalo, recebi uma mensagem para encontrar com Junior no estacionamento do colégio.

- oi Junior. O que ta pegando? – falei ao encontra-lo próximo ao carro do diretor.

- beleza? – perguntou o rapaz.

- tranquilo, e tu?

- levando.

- o que tu queria falar comigo?

- te chamei pra gente decidir como vamos fazer nosso trabalho.

- nosso trabalho? Ta falando da maquete sobre a hidrelétrica?

- isso.

- vai querer minha ajuda?

- vou sim. Me encontra no mesmo local na saída do colégio?

- eu queria primeiro dar uma passada em casa pra poder tomar um banho e trocar de roupa.

- você pode fazer isso lá em casa, que aí não perdemos tempo. Tudo bem pra você assim?

- ahan.

- já lanchou?

- ainda não.

- pega aqui. – disse ele me passando algumas fichas do refeitório.

- valeu. – falei.

Após o lanche, retornei à sala e o segundo horário foi de matemática. Até o final, a aula transcorreu bem. O sinal tocou, peguei minha mochila, inventei uma conversa qualquer pros meus colegas, e fui correndo encontrar com o Junior. Cheguei ao local combinado, e ele já esperava com o carro estacionado. Toquei no vidro da janela, ele destravou a porta do veículo e eu entrei.

- tu demorou. – disse ele dando partida no automóvel.

- tava tentando despistar a Ana e o Pádua. Eu havia combinado de sentar com eles pra montar o projeto do trabalho, daí tive que dar um perdido.

- porra. Sério? – ele riu. – ta virando malandrinho hen!?

- to aprendendo contigo. – sorri.

- negativo, eu não sou malandro.

- é nada pra ver. – sorri.

- só um pouquinho. – ele achou graça.

Chegamos à casa do Junior, e fomos direto ao quarto.

- com quem tu ta formando dupla? – perguntei colocando minha mochila no tapete, e sentando na cadeira do computador.

- to sem dupla, acredita? Cheguei na aula tarde e as duplas já estavam montadas.

- phoda hen!? Aconteceu a mesma coisa comigo.

- também ta sem dupla?

- to sim.

- então deu canal. A gente forma a nossa própria dupla.

- vai ter coragem de apresentar um trabalho comigo?

- e por que eu não teria?

- ah, sei lá. Tu é todo desconfiado comigo. Tem ate vergonha de alguém nos ver juntos.

- eu não tenho vergonha de ser visto junto com você, só que eu ainda não estou preparado pra lidar com algumas piadinhas maldosas. Mas em relação a trabalho não tem nada a ver. Eu só não quero que saibam que estamos estudando juntos aqui em casa, só isso que não quero.

- se depender de mim ninguém vai saber.

- confio em você. Mudando de assunto, ta com fome?

- um pouco.

- vou descer e pedir pra empregada agilizar o almoço pra nós.

- beleza. Enquanto isso eu vou rabiscando o nosso projeto.

- ok! Se precisar ligar o computador, fica a vontade.

- tranquilo. – falei.

Ainda, com a farda do colégio, Junior desceu à cozinha, e depois retornou dizendo que o almoço ficaria pronto dentro de trinta minutos.

- aguenta esperar, ou quer beliscar alguma coisa?

- aguento sim po, eu to de boa. – falei mexendo em seu pc.

Junior tirou a camiseta, e jogou no canto do quarto, em seguida trocou a calça jeans por um short esportivo. O rapaz deu umas passadas em minha direção, e me puxou pelo braço.

- vem aqui. – disse sussurrando.

Toda vez que a pele do Junior encostava na minha, meu corpo ficava arrepiado. Era automático.

- paga um boquete pra mim? – pediu sentando na cama.

- ahan.

Junior sorriu.

- ajoelha. – disse ele apontando para o tapete do quarto.

Junior tinha uma irresistível cara de safado. O rapaz tirou o pau pra fora pela parte baixa do short.

- já ta todo babado. – fiz referencia ao seu pau.

- por ti. – disse Junior. – Lambe ele. – ordenou.

Comecei dando leves lambidas na cabecinha e depois fui me apoderando daquele pau. A rola do Junior não cabia toda na minha boca, pois além de grossa era grande.

- engole tudo vai, engole. – ele tentava empurrar minha nuca para que seu pau chegasse ate minha garganta.

- ahhh. – eu suspirava.

- isso. Baba ele todinho vai. Deixa ele todo babado. – dizia Junior.

A rola do Junior pulsava na minha boca.

- isso garotão. Bom menino. Mama vai, mostra que tu é bom de boca.

O Junior socava sua rola em minha garganta sem dó.

- ahhh. – ele gemia.

Não sei ao certo, mas acho que passei mais de meia hora mamando a rola do Junior. Meu joelho começava a queimar de tanto tempo naquela posição.

- meu joelho ta doendo muito, Junior. – murmurei.

- quer deitar? – ele perguntou preocupado.

- ahan. – respondi.

- deita aqui. – ele apontou para o seu lado da cama.

- a empregada não vai entrar aqui não?

- ela não é bisbilhoteira. No máximo ela vai bater na porta e chamar a gente pra almoçar, mas entrar aqui sem permissão, jamais.

Junior falava me olhando nos olhos, mas ao mesmo tempo não parava de bater punheta.

Eu ri da cena.

- que foi? Ele perguntou.

- ah, você vei. – falei.

- o que tem eu?

- é taradão. – sorri.

Junior riu.

- sou fissurado num cuzin. – disse ele mordendo os lábios.

Junior sabia perfeitamente como deixar alguém louco. O cara era extremamente excitante. Seu pau estava todo melado e latejava em suas mãos.

- não vai deitar? – perguntou ao me ver de pé.

- to te admirando. – falei.

- serio?

- ahan.

- gosta do que ver?

- gosto.

- então aproveita.

- como?

- o que tu quer fazer comigo?

- ah vei, ‘’ce’’ sabe ‘’po’’. – sorri com o rosto vermelho de vergonha.

- sei não, me conta. – ele sussurrou, levantou da cama, e veio calmamente na minha direção.

Dei algumas passadas pra trás, e me escorei na parede. Junior não se intimidou, e continuou vindo ao meu encontro.

- da aqui tua mão. – pediu ele.

Não me fiz de rogado, nem de santinho. Junior pegou minha mão e colocou em meu pau.

- brinca com ele. – pediu o rapaz.

Junior apoiou seu rosto no meu ombro, enquanto eu o masturbava.

- hannn, isso... harggg. Quer engolir ele com o cuzinho? – perguntou manhoso.

- ahan.

- quer? – ele sussurrava.

- quero.

- vai ser um bom menino pra mim vai?

- vou.

- é?

- ahan.

- deita la na cama vai. Tira essa roupa. – ordenou.

- tem certeza que ninguém vai entrar?

- pode confia, aqui é meu território. – disse ele ainda esfolando a cabeça de sua pica.

Assim que me deitei na cama, Junior passou a chave na porta, e apagou a luz.

- mais tranquilo agora? – perguntou.

- ahan.

O rapaz veio ate a cama, e deitou seu corpo sobre o meu. Preciso nem dizer né!? Meu corpo voltou a se arrepiar. O corpo do Junior estava suado, mas ao mesmo tempo quentinho. Senti sua respiração forte na minha nuca, e seu pau roçando em mim.

- vai me comer não? – perguntei um pouco afobado.

- calma. – ele sussurrou em meu ouvido. – quero que você fique bem relaxado. Se a gente for apressado demais pode dar merda.

- beleza. – falei.

- ta tranquilo? – ele perguntou.

Junior estava tão próximo ao meu ouvido, que era possível sentir a ponta de sua língua.

- to. – falei.

- posso meter em você?

- pode. – agora eu quem sussurrava.

Junior cuspiu em sua mão, e depois espalhou na entrada do meu cu. Após me deixar bem melecado, ele começou a penetrar o seu pau em mim. No inicio foi bem suave, e depois ele foi acelerando aos poucos.

Diferentemente da outra vez, nessa eu sentia prazer em ser comido pelo Junior, e não apenas dor. Eu estava completamente excitado em sentir a rola do Junior dentro de mim.

- ah, ah, ah! – gemia sem fazer esforço. Era tudo tão natural...

Junior encaixou seu corpo por cima do meu, e não precisou trocar de posição para poder gozar.

Após o banho, descemos para almoçar e só então começamos a por em prática nosso projeto.

Junior saia diversas vezes para comprar material, mas em nenhum momento deixou de me dar assistência ou colocou todo o trabalho nas minhas costas. Sair da aula e ir correndo pra casa do Junior virou uma rotina, e sempre ele vinha com aquele charminho.

- da uma chupadinha aqui? Meu pau tava ansioso pela tua boca. – ele pedia sempre com maior dengo do mundo.

Eu só ria e caia de boca.

Eu não estava me iludindo com o Junior. Pelo contrário, eu tinha total consciência que aquilo iria ficar apenas no sexo.

Era sexta feira, e nosso projeto já estava bem encaminhado. Junior me mandou uma mensagem combinando de a gente concluir o trabalho em uma chácara.

- chácara? Não entendi o motivo. – respondi na mensagem.

- não acha que depois dessa semana merecemos uma folguinha? – ele retornou de imediato.

- parece ser legal, mas de quem é essa chácara?

- de uns amigos.

- visheee mano, vou não oh. Não curto aglomeração.

- mas não vai ter aglomeração. É só nós dois.

- serio?

- sim. – ele respondeu. – o sinal vai já tocar, tu tem exatamente cinco segundos para me dar uma resposta. Vai topar?

Eu soltei um riso de orelha a orelha.

- topo, mas vamos levar nossa maquete pra terminar la né!?

- claro, já ta dentro do carro.

- caralho, pensou em tudo hen!? Hehe!

- sim, sim. Ta tudo encaminhado.

- ta certo, vou desligar o celular aqui, que o sinal vai já bater pra gente entrar pra sala.

- beleza. Me encontra no mesmo lugar de sempre hen!? Não vai furar.

- tranquilo, vou furar não.

- beleza. Falou!

- flw.

Desliguei meu celular, coloquei na mochila e caminhei para a sala. No caminho, trombei com o ‘’novatinho’’, e seus livros foram ao chão.

- porra brother, desculpa. – falei o ajudando a ajuntar os livros.

- que isso, eu que estava um pouco distraído. – disse ele ajustando os óculos de grau no rosto.

O novato era um cara branquinho, inteligente, muito inteligente... E tímido, bastante tímido.

- você quer ajuda? Estamos indo pra mesma sala.

- eu sei. Eduardo né!? – disse ele.

- isso. E você é o Rafael?

- Rafael Lavorani. – disse me cumprimentando.

- prazer, Rafael. – falei apertando sua mão. – me da um pouco desses livros que eu te ajudo a levar.

Rafael me passou metade dos livros, e carregou a outra.

- pra que tudo isso? Tem algum trabalho pra hoje?

- não. – disse mais uma vez ajustando os óculos no rosto um pouco oleoso. – preparação pro enem.

- ah sim.

- você não ta nesse ritmo?

- já tive cara, mas no momento eu to focado cem por cento na maquete da hidrelétrica.

- já é pra próxima semana né!?

- isso.

- terminei a minha na quarta feira. Agora to aguardando o dia da apresentação.

- porra. Rápido assim?

- sim.

- quem é tua dupla?

- a Katarina.

- a víbora?

- que?

- nada.

Rafael sorriu.

Outra coisa que percebi era a gagueira do Rafael. Por algum motivo ele estava tenso e parecia nervoso.

Na hora do intervalo, eu lanchei com meus amigos, Pádua e Ana.

- tu ta sumido porque viado? – perguntou Pádua mordendo um rissoles.

- eu? – perguntei tomando um gole de suco.

- ahan. – respondeu ele de boca cheia.

- não to sumido não, só to me retirando com frequência pra poder concluir minha maquete.

- ta fazendo com o Junior? – perguntou Pádua.

- ahan. – dessa vez, eu que fiquei de boca cheia ao mastigar uma panqueca.

- ele ta te ajudando?

- ta sim. Por que?

- o Junior é mó preguiçoso.

- também acho, mas dessa vez ele me surpreendeu. Pessoal, da licença, mas eu vou ao banheiro rapidão. – falei cortando aquele assunto.

Passei um lenço limpando a boca, e saí da mesa. Chegando ao banheiro, topei com a porta trancada.

Bati com força, e o Junior veio abrir.

- Junior? Que ta pegando aí cara, por que a porta ta trancada?

- ta tendo reunião aqui, Eduardo. Usa o banheiro dos funcionários.

Achei aquele papo estranho, mas também não questionei.

- beleza. – falei saindo.

Antes de Junior fechar a porta, ouvi alguns gemidos finos, e isso me fez voltar de imediato.

- Junior, espera. Quem ta aí dentro contigo?

- é só os caras.

- que caras?

- é só os Brothers, Eduardo, depois te explico. – disse ele um pouco sem paciência.

Junior cobria a porta como se não quisesse que eu visse o que acontecia ali dentro.

- que reunião é essa? Vocês tão maltratando alguém?

- que mané maltratando, Eduardo. Só ‘’tamo’’ resolvendo umas paradas.

- então deixa eu entrar.

- melhor não, Eduardo.

- po vei, eu achei que você tinha mudado, mas continua o mesmo lixo de sempre.

- do que você ta falando, Eduardo?

- eu sei, que vocês estão aí dentro batendo em alguém, só não sei em quem.

- não viaja, Eduardo. Já te falei que estamos fazendo uma reunião.

- e esses gritos?

- faz parte da reunião.

- eu quero entrar.

- aqui não é lugar pra ti, Eduardo. Por favor, vai embora.

Junior tentava me ludibriar enquanto a pancadaria dentro do banheiro rolava solta.

- vocês estão fazendo mal a um inocente, Junior.

Junior soltou um riso debochado, e depois coçou a cabeça.

- oh, eu prometo que depois te explico tudo, mas agora eu tenho que voltar la pra dentro. Tão me esperando.

Junior tentou fechar a porta, mas eu não desisti.

- eu vou entrar.

- você não acredita em mim? Aqui não ta acontecendo nada demais. – ele disse um pouco irritado.

- ta sim! Vocês estão batendo em alguém e eu até já imagino em quem seja. Se tu não deixar eu entrar, vou voltar aqui com o diretor.

Junior me encarou de cara fechada, e abriu espaço.

- vai, entra. Mata tua curiosidade. – ele falou sem paciência, me fazendo tremer.

Confesso que entrei com medo. Alguma coisa me dizia que eu iria encontrar alguém desacordado, mas pra minha surpresa não foi nada disso. O que vi ali foi uma cena do Junior e os amigos dele se enfrentando feito uns animais.

- satisfeito? – perguntou Junior nas minhas costas.

- e aí, Edu. Beleza? – Olavo veio me cumprimentar.

- o que ta pegando aqui? – perguntei encarando o rapaz.

- estamos treinando. – disse Olavo bastante suado, e com um arranhão no rosto. Seu lábio sangrava.

- treinando pra que?

- campeonato de boxe. – respondeu o rapaz.

- então era isso? – perguntei virando meu corpo para o Junior.

- e você achava que era o que?

- eu achei que... Achei que... é...

- não precisa completar não. Pensou que estivéssemos esmurrando alguém aqui dentro né!? – disse ele de braços cruzados.

Junior aparentava estar decepcionado, mas o que ele esperava que eu fizesse?

- mas cara, pelos barulhos não tinha como pensar outra coisa.

- faz um favor pra mim, Eduardo?

- ahan.

- volta la pra sala e por favor não comenta nada do que você viu aqui.

- não vou falar nada com ninguém não, mas isso aí que vocês estão fazendo é meio perigoso.

Os caras debocharam.

- não vai acontecer nada demais não. A gente sabe o que ta fazendo. – disse Junior ainda me encarando com cara de poucos amigos.

- ta! – falei sem graça com todos me olhando. – desculpa qualquer coisa. – Saí dali sem olhar para trás e fui acelerado pra dentro de sala.

No final da aula, despedi-me dos meus amigos, e fui ao local onde sempre me encontrava com Junior. O rapaz destravou a porta, eu entrei e ele deu partida no automóvel.

- ta com raiva de mim? – perguntei pra quebrar o gelo.

- um pouco. – ele respondeu sem me olhar.

- desculpa ter sido tão afoito, mas é que achei que vocês estavam surrando alguém.

- eu já tinha te falado que era só uma reunião. Custava acreditar?

- é que eu ouvi uns gritos, e uns gemidos de dor.

- faz parte da luta.

- não podia ter falado que estavam se preparando pra uma competição de boxe?

- não era pra ninguém saber que estávamos treinando no colégio.

- e tu acha que eu ia espalhar pra alguém?

- não sei. Vai que tu resolve desabafar com teus amigos esquisitos.

- ta falando da Ana e do Pádua?

- exato, e chegou mais um amiguinho esquisito né!? Aquele tal de Rafael.

- tu ta sendo preconceituoso pra caralho, velho. Voltou a ser o velho Junior de antes.

- nunca deixei de ser. – finalmente ele me encarou. Um de seus olhos estava com uma marca de sangue.

- teu olho. – falei apontando.

- o que tem?

- ta machucado.

- isso não é nada, depois de um gelo ele volta ao normal.

Junior estava sendo um tanto grosseiro. Entendo que eu tinha vacilado feio, mas não era pra ele ta me tratando daquele jeito.

Chegamos à chácara, Junior desceu do carro, e encontrou a porteira na corrente. O rapaz voltou ao veículo, e começou a buzinar. Vi alguém se aproximando pelo lado de dentro da propriedade. As arvores não me permitiam ter uma visão privilegiada, mas devido a pessoa estar usando sunga, eu deduzi ser um homem.

A porteira foi aberta, Junior religou o carro e entramos. O cara estacionou o automóvel debaixo de um pé de jabuticaba.

- enfim ar puro. – disse ele se espreguiçando.

Desci do carro, e abri a porta da parte de trás para recolher a nossa maquete.

- demoraram pra porra hen parceiro!? Pensei que tinham desistido. – disse a pessoa misteriosa chegando a porta do carro do Junior.

- Olavo? – pensei em voz alta.

- e aí Edu, ‘’tranquilin’’? – disse ele abaixando os óculos escuros e piscando pra mim.

- O Olavo vai da uma ajuda no nosso trabalho. – disse Junior saindo do carro, e cumprimentando o amigo.

Bateu uma sensação tão estranha que deixei a maquete cair.

♫♫♫

Amor, só me fala onde você está Não me deixe jogado num bar Fico bem se estiver com você Me ajude a parar de beber! Só me fala onde você está Se ainda mora no mesmo lugar Se também esta bebendo e sofrendo.

♫♫♫

Continua...

Ps1: Não deu tempo de revisar, então perdoem os erros e possíveis trocas de nomes.

Ps2: Irei continuar o conto os primos do interior, mas primeiro irei concluir esse aqui. Meu objetivo é postar ao menos dois capítulos por semana. La pelo XV capitulo eu concluo.

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Comentários

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https://kxcontos.blogspot.com.br/ novo site galera! Visitem! contos e muita putaria

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Espero que essa demora valha a pena e você volte com ela toda concluída.Continua, amor. Você tava salvando esse site do marasmo :/

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Gosto do rumo que a história está tomando. A gente idealiza muito romanticamente as coisas e às vezes querem que os contos sigam nosso ideal. Mas é bom ter o choque de realidade também.

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Eita, o que será que vai acontecer nessa chácara? Ansioso para saber o que vai acontecer.

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Se Eduardo tivesse denunciado Olavo pela surra nada disso estaria acontecendo se for estuprado por eles vai ser por culpa dele mesmo em se rebaixar

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O Eduardo está servindo o Junior como uma putinha que consegue tudo com ele, e ele aceita tudo calado....

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Muito bom vamos ver o desenrolar, mas tá demorando muito.

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Ahh não se o Junior,n ao pode ser o q estou pensando. Tomara q não seja ,maior babaquice se ele fizer

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SE JUNIOR ESTIVER APRONTANDO PRA CIMA DE EDUARDO DESSA VEZ TEM QUE IR PRA FUNDAÇÃO CASA E NÃO SAIR MAIS. BABACA.

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O Eduardo me dá nojo, inacreditável q no final ele vai ficar com o Júnior. Mesmo se for estuprado o Eduardo não aprende e q ideia estúpida de treinar em banheiro de escola

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o Junior e o Olavo vão estuprar o Eduardo, ou o Eduardo terá que dá pros dois.... O Rafael gosta do guri... Que lixo esse Junior, tomara que sofra muito

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Nossa tadinho do edu, o junior e o olavo devem estarem aprontando alguma pra cima do junior.

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