Presos na Mesma Cadeia - Capítulo 27

Um conto erótico de Lucioseixas
Categoria: Homossexual
Contém 2212 palavras
Data: 13/02/2020 16:43:45

NARRADO POR BRUCE.

John Luke olha para mim, nitidamente confuso.

Guarda: Vamos logo, eu não tenho o dia todo!

John Luke abaixa a cabeça e respira.

Aposto que John Luke está sendo chamado por conta da briga de hoje mais cedo, quando aqueles cuzões da gangue do ruivo tentaram mata-lo juntamente com o Alessandre. Eu não vou deixa-lo sofrer as consequências.

Bruce: Ele não tem culpa pelo que aconteceu. Aqueles caras da gangue do Steven foram quem o atacaram. Se tem que punir alguém aqui, esse alguém sou eu karalho, eu que surrei dois dos caras! - Falo com raiva.

Guarda: Do que está falando? Isso não tem nada a ver com o que o diretor quer falar com ele!

Fico surpreso, e noto que não sou o único: John Luke também mostra a mesma reação de surpreso.

John Luke: Ok, eu vou.

John Luke olha mais uma vez para mim, e eu tento dar-lhe um olhar confiante.

Ele sai sendo levado pelo guarda.

***

NARRADO POR JOHN LUKE.

Entro na sala do diretor. Eu imediatamente travo quando vejo meu advogado na sala. Ele me vê e dá um sorriso para mim.

Me aproximo mais, sem tirar os olhos do meu advogado que permanece com um sorriso nos lábios.

Diretor: Sente-se John Luke!

Faço o que o diretor Nick manda, esperando eles falarem alguma coisa.

Minhas pernas estão tremendo, e eu sinto que estou suando frio.

O meu advogado Jack começa a falar.

Advogado: Bom, John Luke, eu não sei se você se lembra, mas quando aceitei seu caso, eu falei para você que acreditava que não havia sido você quem havia matado o traficante e que provaria sua inocência...

John Luke: Eu... Eu não entendo. O que está acontecendo?

Ele limpa a garganta e prossegue falando:

Advogado: O que acontece é que prenderam um inocente injustamente, e esse inocente é você John Luke. O verdadeiro assassino do traficante morto é Kurt Muller, o primo do tal traficante. Ele confessou o assassinato quando eu o encurralei.

John Luke: O que isso quer dizer?!

Advogado: Quer dizer que você é inocente, ou seja, não há razões para estar preso!

Nesse momento, lágrimas inundam meus olhos.

John Luke: Isso quer dizer que eu serei solto?!

Ninguém fala nada, o que faz meu coração acelerar mais ainda. Um maldito silêncio se inicia na sala, os olhares dos presentes no ambiente se cruzam, como se o momento certo para falar fosse esperado.

Advogado: Sim John Luke, você será solto. Porque és inocente!

Quando escuto essas palavras saírem da boca do meu advogado, eu não consigo resistir e me desmancho em um choro alto, que ecoa por toda a sala.

Isso era tudo o que eu queria ouvir, meu coração parece não se aguentar de tanta felicidade! Tenho medo que isso seja um sonho e eu acorde.

Advogado: Fique calmo, eu sei que o momento é de alegria, mas tem que se conter! - Ele diz pondo a mão nas minhas costas.

Tento me controlar. Noto que o diretor da prisão observa tudo em silêncio, sem esboçar nenhuma reação.

John Luke: Quando serei solto? Hoje mesmo?!

Advogado: Não, daqui a um mês!

John Luke: O quê? Mais por que somente daqui a um mês?!

Então meu advogado sorri.

Advogado: Estou brincando filho, será solto amanhã mesmo. Não é justo manter um inocente preso sem ter cometido nenhum crime!

Eu rio.

Ele fala mais algumas coisas, me explica tudo o que é necessário, mas, para ser sincero, eu nem dou ouvidos, minha concentração está em minha liberdade. EU SEREI LIVRE, PORRA! Dá para acreditar? Livre.

Após meia hora de conversa, saio da sala do diretor Nick, me sentindo o homem mais feliz e sortudo do mundo. Quem diria que o advogado que eu achei ser um estúpido seria o cara que provaria minha inocência? Bom, esse é o dever dele, não é mesmo? O Jack não fez mais do que sua obrigação como meu advogado, mas de qualquer forma, eu sou muito grato a ele.

Ando pela prisão, com um imenso sorriso no rosto. Estou voltando para minha cela.

Eu serei livre novamente. Não vejo a hora de pegar minha moto e cair na estrada, com minha jaqueta de couro e meus óculos escuros. Talvez, ir a uma praia, surfar, ficar chapado. Ah sei lá, tem tantas coisas que eu quero fazer quando sair daqui. O que importa de verdade é minha liberdade.

Chego a sala, me deparando com Bruce deitado. Quando ele me vê, se levanta e pergunta:

Bruce: O que o diretor queria falar com você?

Faço uma cara triste, tentando fingir aborrecimento.

Ele se aproxima preocupado.

Bruce: Responde, John Luke, que merda aconteceu?

Então eu o encaro e sorrio.

John Luke: Eu serei livre karalho. Irei ser solto amanhã mesmo!

Começo a rir alto, mostrando toda a minha alegria. Bruce, por outro lado, parece não entender o que está acontecendo.

Bruce: Que porra você tá falando?

John Luke: Merda Bruce, será que você ainda não entendeu? Eu serei solto amanhã. Meu advogado provou minha inocência. Não tenho porque estar preso neste inferno!

Bruce passa a mão em sua barba, parecendo tentar entender toda a situação.

Bruce: Então... Então você será solto? Você vai embora?

John Luke: Isso aí, eu serei livre!

Bruce: Merda… - Ele fala parecendo frustrado.

John Luke: Porra Bruce, poderia ao menos tentar fingir que ficou feliz por mim, né?

Ele me olha e faz algo que eu não esperava: Segura meu rosto com as duas mãos e me beija. Eu permito que sua língua se entrelace com a minha. O nosso beijo é quase como uma súplica por desejo. Suas mãos descem até minha bunda, apertando com força minhas nádegas, me fazendo soltar um gemido baixo de tesão.

Então, eu me dou conta do que estou fazendo e me afasto, tomando fôlego.

Bruce: Porra, eu senti tanto a falta dos seus beijos, karalho!

Eu olho para ele e tento fingir que o beijo não me agradou, quando na verdade, enquanto eu o beijava, senti como se uma corrente elétrica passasse por meu corpo.

John Luke: Não deveria ter feito isso! - Falo passando a mão pela minha boca, fingindo sentir nojo.

Bruce: Eu não resisti à vontade de beijar essa boca deliciosa!

John Luke: Bom, eu irei embora. Serei solto amanhã. Tem alguma coisa para me dizer?

Bruce: Eu tenho sim. - ele pensa um pouco e me fala: - Eu vou fazer algo para você.

John Luke: E o que é? - pergunto curioso.

Bruce: Logo, você vai ver.

Ele passa por mim e sai da cela.

Respiro fundo, tentando acalmar o efeito que Bruce causa em mim.

Bom, eu serei solto, preciso me despedir das pessoas que passaram pela minha vida nessa merda de prisão. Ninguém passa pela sua vida por acidente, ou seja, todos que conheci aqui farão parte da minha história.

Eu começo a caminhar, indo procurar Alessandre na enfermaria. Encontro Carol cuidando de um preso.

John Luke: Carol, onde está o Alessandre?

Carol: John Luke, ele saiu faz pouco tempo. Eu insisti que ele ficasse mais um pouco, mas ele não quis me ouvir.

Eu me aproximo dela e a abraço de surpresa.

Carol: Você tá bem, John Luke?

John Luke: Acho que nunca estive melhor. Eu serei solto, Carol!

Ela sorri e começa a me fazer muitas perguntas em relação a minha liberdade, eu respondo tudo. Em um certo momento, chega um outro preso muito machucado, provavelmente por conta de briga, eu me despeço de Carol e saio da enfermaria.

Indo até a biblioteca, me despedi de Robert. Quando falo a ele que serei liberto, Robert demonstra uma grande surpresa e fica feliz, me fala frases motivacionais para que eu recomece minha vida do zero quando sair da prisão. No fim de nossa conversa, dou um abraço caloroso em Robert e saio em busca de Alessandre ou Justin, mas infelizmente, acabo encontrando Steven, que vem até mim com seu sorriso cínico. Ele está sem blusa, seu corpo está todo suado e ele está ofegante, provavelmente estava jogando basquete.

Steven: Lukinho, você é um cara de sorte. Sobreviveu ao ataque dos meus três homens. Da próxima vez, mandarei cinco homens, quero ver se vai ter tanta sorte como da primeira vez!

John Luke: Pode mandar até dez homens, Steven, não me importo. Eu serei solto amanhã, nunca mais vou precisar olhar para essa sua cara.

Steven me olha surpreso.

Steve: Solto?! Amanhã?

Dou um sorriso convencido.

John Luke: Isso aí, serei solto amanhã. E você vai ficar preso aqui, nesse inferno, enquanto eu estarei desfrutando da minha liberdade!

Steven: Você tá mentindo, viadinho!

John Luke: O mentiroso aqui é você, Steven!

Steven: Não acredito nisso!

John Luke: Pode acreditar. Eu serei solto, Steven!

Steven: Lukinho, se isso for verdade...

John Luke: É verdade sim karalho, e você não sabe como eu sou grato em saber que não vou precisar mais ouvir você me chamar de Lukinho!

Ele dá um sorriso.

Steven: Então é verdade. Você será solto. Por quê?

John Luke: Porque sou inocente, não sou como você. Não tenho motivos para estar mofando na cadeia!

Ele se aproxima de mim e fala a poucos centímetros do meu rosto:

Steven: Não acho que você vai sair dessa prisão... pelo menos, não com vida!

John Luke: O que quer dizer com isso?!

Ele dá um riso sombrio.

Steven: Você vai ver, Lukinho.

Então ele sai, me deixando atordoado.

Vou até a cela de Alessandre, à procura dele, mas não o encontro. A verdade é que, o que Steven disse, me deixou mal, é como se o que ele houvesse dito fosse uma sentença. Mas, por fim, acabo encontrando Justin sentado em um lugar, afastado.

John Luke: Justin, Justin! Tenho ótimas notícias!

Justin: E quais notícias são essas?

John Luke: Eu serei solto, eu serei solto Justin! Finalmente serei livre! - Falo abrindo os braços sorrindo.

Ele fica surpreso e me olha assustado.

Justin: Como assim será solto?

Eu explico toda a situação a ele, que se mostra surpreso.

Justin: Poxa John Luke, você será mesmo solto. Eu estou feliz por você!

John Luke: Vem cá, me dá um abraço.

Eu abraço ele. Quando nos afastamos, eu digo:

John Luke: Aí, foi muito bom ter sido seu amigo durante esse tempo. Eu espero que, assim como eu, você possa sair logo, logo!

Justin: Acredite, eu penso o mesmo!

Justin pareceu notar minha preocupação.

Justin: Você está bem? Está preocupado em como vai ser as coisas fora daqui?

John Luke: Não, não é isso. É que Steven falou algo que me deixou preocupado.

Justin: Ah John Luke, você tem que tomar cuidado com esse cara. Eu não tenho dúvidas de que esse louco seja um doente.

Concordo com a cabeça.

John Luke: Olha, eu vou me despedir de Alessandre.

Dou mais um abraço em Justin e saio.

Encontro um membro de minha gangue, que eu digo para que procure Alessandre pra mim e mande ele ir até minha cela, que eu estarei esperando por ele.

Vou para minha cela, me deitando logo em seguida; com uma sensação estranha, como se algo ruim estivesse para acontecer.

De repente, Bruce aparece em frente a cela.

Bruce: Oi.

John Luke: Oi.

Bruce: Lembra que eu falei que ia te fazer algo?

John Luke: É, eu lembro sim.

Ele então mostra um papel e me entrega.

John Luke: O que é isso?

Bruce: Uma carta, eu mesmo escrevi. A letra não é tão bonita, mas eu escrevi de um modo que você entendesse.

John Luke: Eu não esperava isso de você, Bruce!

Bruce: É, mas... Não quero que leia agora. Quero que leia quando estiver fora daqui.

John Luke: Por quê?

Bruce: Você vai entender quando ler.

John Luke: Eu fico feliz que tenha escrito. Eu lerei sim!

Bruce: Bom, como está o coração? Afinal de contas, amanhã você será um homem livre!

Eu dou um sorriso.

Bruce: Nossa, a emoção tá grande, e o nervosismo então, nem se fala!

John Luke: Porra. Eu imagino. Você já se despediu dos seus amigos?

John Luke: Bom, não me despedi do psiquiatra e do David, aquele meu amigo que dá aulas aqui na prisão. Acho que infelizmente não vou poder me despedir deles. E também, não me despedi de Alessandre, eu estou esperando que ele venha até minha cela.

Bruce: Entendi. O Alessandre e você parecem se gostar, mas sabe, eu até que sinto uma certa pena daquele filho da puta.

John Luke: Por quê?

Bruce: Porque sou eu quem você ama!

Ele se senta na cama onde estou, olhando em meus olhos.

John Luke: Não começa Bruce, você sabe que o que rolou entre nós dois é passado.

Bruce: Merda de passado, eu não me importo. Ainda assim, eu sei que você me ama. Dá para ver nesse seu olhar.

Ele se aproxima mais e me beija, sugando com precisão meus lábios, como se sua vida dependesse daquilo. Eu quero afastá-lo, mas não consigo. Então, apenas deixo que ele me domine com seu beijo quente e intenso, fazendo com que eu fique trêmulo.

Alessandre: Porra! Vocês são inseparáveis mesmo!

Escuto a voz de Alessandre e empurro Bruce. Vejo Alessandre parado na nossa frente, nos olhando.

CONTINUA...

DESCULPEM A DEMORA, EU ESTIVE TÃOOOOO OCUPADA RSRSRS. DIGAM O QUE ACHARAM DO CAPÍTULO, POR FAVOR. BEIJOS!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 39 estrelas.
Incentive Nabih Yasaran a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

lindo maravilhoso, mas acho que alguma coisa vai acontecer ne, mas espero ancioso pelo proximo capitulo, bjos a todos que cutem seu conto e pra vc claro ne ,,,,

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

ansioso pra ler a carta. deve ser uma baita declaração de amor do bruce

0 0
Foto de perfil genérica

Certeza que o Steven vai armar algo. Não demora pra postar....❤

0 0
Foto de perfil genérica

Acho que ele não vai sair tao fácil assim. Steven com certeza vai aprontar alguma. Posso estar errada, mas estou sentindo que já está, infelizmente, acabando esse conto.

0 0
Foto de perfil genérica

Sem palavras! Não estou preparada para ler sobre a separação do Jonh e Bruce.

0 0