O Diário - Capítulo 9

Um conto erótico de Dr. X
Categoria: Gay
Contém 844 palavras
Data: 05/04/2020 00:41:14

Amanhã chego no ponto inédito da história.

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O Diário

Capítulo nove - Nova rotina

A borboleta enfim havia rompido o seu casulo. Tive que aprender muito e errar mais do que acertar, mas finalmente eu me tornei médico residente de um ótimo hospital e trabalhava em uma ótima equipe. Muita coisa havia mudado nos últimos anos e agora aos 24 anos eu passara a cuidar de mim. Ganhei um corpo mais saudável devido a academia, meu cabelo havia escurecido para um loiro mais escuro e o tempo afinou um pouco mais meu rosto. Com o tempo aprendi a ter mais confiança em mim e nas minhas vontades, agora conseguia ser mais seguro no que dizia e fazia. Volta e meia pensava na Lívia, e sempre saia com meus amigos ex-colegas da faculdade, todos trabalhando.

Minha mãe reclamava por eu trabalhar tanto, mas acho que por ser escorpiano sou meio impulsivo, além de adorar o que faço. O médico-chefe da minha ala, meu preceptor, sempre elogia meu trabalho e já me garantiu um emprego fixo no hospital assim que me formar.

Tudo estava exatamente no lugar que eu queria que estivesse e eu finalmente consegui colocar minha vida nos eixos, uma sensação de leveza e felicidade invadiam meu dia. Mas a água recua antes de um tsunami e essa lição eu já havia aprendido, então eu meio que me preparava contra algum problema que poderia vir a ocorrer.

Um ano havia se passado desde a formatura e fazia uns cinco meses que eu não via o Tony. Eu nunca soube o que tivemos. Eventualmente ficávamos e nos gostávamos muito, mais ambos tínhamos liberdade para sair com outra pessoa, numa relação de amigos com benefícios.

Nesse período fiquei meio que viciado na coisa, então era um cara diferente todo festa que ia (não que fossem muitas), foi uma época muito reveladora e que me deu bastante experiência. claro que eu sempre me preveni contra algum tipo de doença, usando preservativo e fazendo testes sempre.

Tudo estava perfeito exceto uma coisa: minha vida amorosa. Como vos disse: sexo nunca me faltou, mas eu sentia falta de algo mais. Queria alguém com quem pudesse assistir a um filme, dormir de conchinha, viajar, ver o sol nascer na praia... mas de certa forma o fato de me dedicar excessivamente ao trabalho preenchia essa ausência e eu pensava que talvez tudo isso seria apenas mais uma distração.

Além disso, outras coisa também mudaram: meus pais se reaproximaram devido ao trabalho e quase bati o carro quando me anunciaram que havia resolvido seus problemas e que estavam juntos outra vez. Eventualmente minha mãe me visitava, já que eu não tinha tempo nem vontade de voltar a minha cidade. Eram visitas curtas e rápidas porque ela sempre estava muito ocupada cuidando dos negócios com meu pai, no dia a dia nos falávamos por telefone ou internet sempre que sobrava um tempo

Então conforme as coisas foram acontecendo, a vida foi se acalmando e passei a organizar meu tempo com mais liberdade, ao menos meu pouco tempo livre (fora do caos do hospital). Minha rotina se dividia entre minha casa, a academia e o hospital, mas esse último tomava parte importante do meus dias ( ainda mais pelo fato de eu pegar vários plantões). Além disso, participava de varias atividades complementares dentro do programa de residência (meu chefe insiste de que saúde não ė só atender no hospital) e eu deveria participar de atividades educativas e beneficentes.

Como gosto dessas coisas acabava ajudando, então meu chefe me pediu para participar da organização de um evento voltado para crianças carentes com câncer e eu aceitei sem pestanejar. Seria um dia inteiro voltado para a causa. Inicialmente pensamos em um baile de gala, mas preferimos fazer algo aberto para a comunidade e no fim decidimos fazer uma festa na praia: um luau. Ainda faltavam dois meses e muita coisa ainda tinha de ser vista, mas a equipe era bem colaborativa e então, por enquanto, o negócio era me concentrar em meus pacientes.

Minha situação financeira era estável, usava a bolsa e o dinheiro dos plantões. Havia comprado um carro pequeno, mas confortável. Estava planejando me mudar outra vez, só que para um apartamento maior e mais próximo do trabalho em um bairro maravilhoso de minha cidade.

O único momento triste, até então, foi a primeira morte de um paciente meu, uma senhora de sessenta e sete anos. Fiquei a noite toda sem dormir, num misto de angústia e impotência. Já havia presenciado mortes, mas no internato ainda éramos protegidos desse contato mais intenso. Uma coisa posso dizer: eu me recordo de cada um dos que perdi.

E assim a vida continuou. Eu me via numa rotina cansativa, porém era uma pessoa realizada e contente com as coisas em meu cotidiano. Aquele mês passou rapidamente e conforme o luau se aproximava, eu começava a acumular tarefas e pendências. Justamente em meio a essa correria, eu recebi uma surpresa e ela tinha nome e endereço .

• Lista atualizada de surpresas de Felipe:

1, Nome: Leonardo

2, local: minha casa.

Continua...

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