No armário! (6)

Um conto erótico de Cigana
Categoria: Crossdresser
Contém 1902 palavras
Data: 23/10/2021 21:31:33
Última revisão: 25/10/2021 08:37:13

... Sai dali perdido ...

Continuando!

Cheguei em casa num misto de alegria, medo, angustia não tinha a dimensão que tudo aquilo podia ter, afinal as nossas mães eram amigas, a sensação que eu estava a um fio de ser descoberto me deu um soco no estomago, quase fui empurrado com tudo para dentro do armário para nunca mais sair.

Minha mãe estava na cozinha, quando me viu passar, pediu para eu sentar, disse que já havia conversado com minhas irmas em separado e muita coisa não estava batendo, inclusive que elas estavam lá em cima de castigo, agora ela queria a minha versão do final de semana.

— Mãe, eu saio pouco do quarto, praticamente fiquei muito tempo no videogame, a senhora sabe, sem ter compromissos com almoço/cafe/janta eu aproveitava as madrugadas para jogar e dormia o dia inteiro praticamente.

— Estranho, não foi isso que elas disseram, você tem certeza que é essa a verdade que você quer me contar??

— Como assim mãe, juro que não sai de casa, digo do quarto praticamente,estes dias.

— Espere um pouco, não saiu de casa, do quarto, chegue mais perto, quero que fale de novo tudo isso olhando nos meus olhos bem pertinho.

Eu agora não sabia o que seria pior, mentir e passar a ser eu o que iria pro castigo, contar que elas sumiram estes dias e ter elas de castigo podendo anda me prejudicar com alguma coisa que devo ter deixado bagunçado. Mentir para mamãe não estava definitivamente nos meus planos, senti meus olhos começarem a lacrimejar, a voz embargou, não sabia como dizer parte da verdade sem entrar em contradição comigo mesmo, contar que estava sozinho seria até fácil, mas manter uma rotina de menino em casa dizendo o que fizera um risco que tinha que correr.

— Mãe deixa eu explicar, não brigue com elas, nem comigo, na verdade, foi tudo muito rápido. Disse gaguejando.

— Espere um momento. Disse mamãe, saiu e voltou com sua camra digital procurando algo enquanto sentava mais próximo ainda e disse num tom de voz tranquila e assustadora.

— Vamos filho, conte-me o que aconteceu neste final de semana, espero que não minta pois saiba que descobrirei facilmente se esta mentindo, pode não ser agora que descubra, mas independente disto a mentira sera proporcional ao seu castigo, então ... espere.

Neste momento ela parou, creio que entre ela olhar pro visor, olhar para mim e olhar para o visor, sua mente ficou uns 3 minutos, pra mim parecia uma eternidade, pois o semblante dela mudava rapidamente de interrogativo, para alegre, para curioso, as mexidas de olhos, de sobrancelha e de seu semblante naqueles 3 minutos poderiam escrever um livro de 200 paginas.

— Mãe! Disse eu já quase com os olhos prestes a derrubar de lágrimas, sem ao mesmo eu saber o por que estava assim.

— Vamos fazer o seguinte, vamos subir para meu quarto, lá teremos mais privacidade para conversar, vem comigo agora.

Isso não era bom, poucas vezes estas conversar privadas eu não entreguei tudo, ou melhor, mamãe quando fazia isto fazia qualquer um falar tudo, de Papai a minhas irmãs e irmão, ou seja, ela sabia nitidamente que fiquei sozinho, sabia que qualquer coisa fora do lugar na casa, quebrado ou seja lá o que for teria somente eu como culpado. Agora minha mente estava na dúvida, ou melhor eu tinha certeza que teria que falar quase toda a verdade, ou parte dela.

Mamãe fez eu entrar no quarto, travou a porta e pediu para eu sentar no banco em frente a sua penteadeira, e ela ficou sentada na cama. Novo silencio, ai ela falou:

— Antes de mais nada, saiba que não estou aqui pra brigar, quero apenas a verdade, saber o que cada um de vocês aprontou neste fds, que pelo visto não foi nada que me falaram inicialmente, pode começar, com detalhes por favor.

— Bom, err , veja mãe, assim que vocês saíram, eu fui pro meu quarto, com meu irmão indo na casa de seu amigo, não tinha com quem brincar, fui la comer alguma coisa e do nada essas duas ali, disse apontando na direção do quarto delas, entraram feito um furacão, quando dei por mim já estávamos no mercado fazendo compras, eu ate ache legal afinal eu mesmo não saberia o que exatamente comprar, mas a senhora não vai acreditar, ou melhor como a senhora já sabe, elas terminaram de guardar as compras, subiram e daqui a pouco me avisaram que iriam fazer passar o fds na cada de uma amiga delas, juro Mãe que eu não sei quem era, e voltaram só no domingo, foi isso, ai eu fiquei sozinho, como disse jogando de madrugada e dormindo de dia, desculpe por mentir, eu não queria entregar elas.

— Bom vejo que agora parte da historia bate, elas realmente falaram que você não teve culpa de nada delas irem passar o fds nessa tal amiga, perfeito até aqui obrigado, isso não e dedurar filho, isso é ser justo e honesto, mas agora não pule da quinta para domingo como se fosse todos os dia iguais mas antes de mais nada deixa eu fazer uma coisa.

Ela então pegou a camera digital e bateu uma foto minha, mexeu um pouco aqui e ali na camera e me mostrou duas fotos minhas e perguntou.

— O que você vê de diferente nesta foto que tem você na quinta antes de sairmos e na de hoje.

— Ué! Mãe é a roupa, eu estou com roupa diferente.

— Olhe bem! Não me faça de boba, olhe bem! Te dou uma dica, O L H E!

Agora sim entendi, a minha ideia idiota estava estampada nas duas fotos, eu com uma tanajura acima dos olhos e agora eu com uma sobrancelha fina e olhando bem, vi um brilho no canto do olho perto do nariz e algo preto mais próximo da orelha. Maldita falta de prática, eu não esfreguei os olhos, direito pra limpar. Mas fiquei mudo.

— Vamos filho, quer começar a falar ou, quer que eu te interrogue, por favor, estamos só nós aqui. Falou isto com a voz mais doce do mundo.

— Bem mãe, eu, fiquei sozinho demais e na primeira noite vim pro seu quarto, dormir, mas não sei por que, me olhando aqui neste espelho eu quis brincar com meu rosto, acabei tirando alguns, pelos da sobrancelha, foi isso. Fiquei até mais bonito você não acha mãe.

— Sim sem dúvida, novamente você fala a verdade, ficou sim bonito, um rosto mais delicado diria, o que mais por favor.

— Só isso. Disse baixando o tom e a cabeça.

Mamãe, ergueu meu queijo, e com a outra mão molhou a pontinha do dedinho, foi ate o canto de meus olhos próximo ao nariz, voltou e me mostrou e isso aqui, pegou um produto de sua penteadeira e passou no dedo do lado, reconhece?

— Mãe, eu... e comecei a chorar, enquanto me joguei em seus braços chorando e soluçando, falando algo do tipo, brinquei com seus produtos.

Mamãe aguardou eu me acalmar e disse.

— Filho, quer dizer, levantou, abriu a porta foi até o quarto das minhas irmãs, falou algo e voltou, trancou a porta novamente e disse.

— Olhe, há alguns (meses) atrás, creio que 1 ano e pouco atrás, tenho percebido você diferente, oscilando entre um menino (mega) humorado, para um adolescente raivoso, mas isso é normal até, mas coincidia seus momentos felizes exatamente com algumas coisas até então estranhas que percebia nas minhas coisas, de início achei que eram suas irmãs, depois desconfiei da pobre Ana, tadinha, chorou algumas vezes aqui comigo, eu lhe colocando a culpa em algumas bagunças em minhas coisas. Bom o que quero te dizer, que fiquei na dúvida, não sendo elas, quem mais poderia, até imaginei você trazendo uma menina aqui e pra tentar deixar ela mais a vontade, deixar ela mexer em minhas coisas, embora achava improvável.

— Mas filho, diante do que estou pensando, seria FILHA, acho que quem usava minhas coisas e a de suas irmãs era nada menos que você hein mocinha?

Aquilo não tinha mais como eu mentir, eu me afastei dela e com a cabeça, balancei que sim, chorando resmunguei.

— Desculpe mãe te decepcionar, só queria saber como era, como me sentia, não conte pro papai, eu vou parar com isso, prometo.

Mamãe com um misto de lagrimas e sorriso me abraçou novamente, sem antes dar um beijo em minha testa e disse.

— Filho, desculpe, FILHA não estou te pedindo pra parar com nada, queria apenas a verdade, não é agora o momento pra julgar o ato, você foi sincero, sincera, desculpe, vou te fazer 3 perguntas seja claro e direto.

- Tá Mãe!! Disse eu quase chorando e soluçando.

— As tuas irmãs te obrigaram a alguma coisa elas tem responsabilidade nisso ?

— Não mãe, absolutamente não elas nem sabem.

— Hum! Penso que desconfiam, mas vamos a segunda pergunta ?

— Alguem te forçou a isso, Ana, escola ?

— Não mãe, ninguém me forçou a nada, fiz meio que sem perceber no início por curiosidade.

— Bom, meio que você quase respondeu a terceira, já que disse no início por curiosidade, então não foi a primeira vez, imagino não sera a ultima, bom vamos lá, diante do que você sentiu, não quero detalhes do que fez, novamente não é o momento para conversarmos disto, apenas queria saber por último, você se sentiu feliz com o que você Viu no Espelho digamos assim, ou melhor, você quer ser o que você viveu nestes 3 dias, por exemplo ?

Incrível, ela foi falando tao calmamente, meio que pegando em minha mão, me dando afeto, me falando mais com os olhos do que as palavras, aquilo me deu uma calma, que quando eu vi já havia respondido, ainda ouvia intimamente o que acabara de falar para ela.

— Mamãe, eu não sei por que, mais sim, eu fiquei mais feliz com o que vivi neste fds do que nos últimos 2 anos como menino, e sim mamãe, já faz algum tempo que tenho experimentado roupas, maquiagem escondida, só não sei por que, nem como te dizer que me senti como você, ou como minhas irmãs cada vez que me produzia, o nome disso mamãe é CROSSDRESSER, não sou homossexual, apenas mãe me sinto melhor quando me visto e me comporto como menina.

— Bom vamos fazer assim, falou ela pegando duas almofadas de algodão e aplicando um creme, primeiro deixe eu limpas estes restos de maquiagem, depois você vá para seu quarto, durma e amanhã ou depois voltamos a conversar e por enquanto prometa-me não fazer mais nada, tenho muito o que pensar, ler, conversar com algum especialista antes de decidir como conduzir isto. Tem ainda a questão de seu pai e irmão, como disse suas irmãs desconfiam que você trouxe uma menina aqui, mal sabem elas que você era a menina. Vai lá, deixe-me agora pensar o que fazer.

Nisso saio, tomo um banho e vou pra sala com meu pai assistir televisão, umas 2 horas depois estou indo pra deitar vejo que há algo embaixo de meu travesseiro. Mamãe deixou uma calcinha e um bilhete. "Escolha ou vestir ou deixar de lado", sai dali e fui pro quarto dela perguntando o que significava ela apenas respondeu, faça o que o bilhete diz, ponha o pijama e amanha quero conversar com você sobre o que irá decidir, a escolha será o que definirá o que iremos fazer daqui para frente, passei a ultima hora conversando com minha psicologa.

...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive Cigana_cd a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaCigana_cdContos: 114Seguidores: 92Seguindo: 56Mensagem Sou crossdresser, amo tudo!

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil de Rafaela Sissy 💝

Delícia, tomara q ela se assuma e fique com a Débora. Bjs 😘😘

1 0
Foto de perfil genérica

Oi meu doce!

É meu desejo também que ela assuma, mas ainda pra tudo, até para Débora.

Interessante seu NickName rsrsrs

Beijos (nele)!

1 0

Listas em que este conto está presente