AINDA DÁ TEMPO PARA AMAR - CAPÍTULO 01: ENCONTROS

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 3034 palavras
Data: 29/06/2022 03:39:36

Oi, gente. Voltei com mais um romance. Segue a sinopse e primeiro capítulo:

O que é o amor? É um algo puro ou sexual? É palpável ou apenas um sentimento? Durante as nossas vidas, aprendemos os mais diversos tipos de amor. Amamos os nossos familiares, amigos e alguém especial. Mas e se você não se achar merecedor do amor?

É esse pensamento que se passa na cabeça do professor Jaime Hernandes, que tem 48 anos e não se acha digno das pessoas. Por causa de um trauma do passado, ele se fechou ao amor, porém, a chegada de Henrique Gusmão, um jovem de 21 anos, vai transformar a sua vida para sempre.

Escrevi essa história, pois ouvi alguém dizendo que nunca encontraria o amor em sua vida. Eu sei que existem muitas pessoas com mais de 40 anos com esse mesmo sentimento. Eu só digo uma coisa: Ainda dá tempo para amar!

********

A vida passa em um sopro. Eu sempre priorizei o meu trabalho e, apesar de tudo, nunca recebi o devido reconhecimento por isso. Agora, trabalho em algo que detesto e não tenho nenhuma perspectiva do futuro. Afinal, qual futuro grandioso um homem de 47 anos pode ter?

Recentemente, assumi duas cadeiras em uma escola pública do meu bairro. Atuo como professor de Filosofia para aborrecentes. É um cargo estressante e rotineiro. Acho que me acostumei a não contestar tudo o que me acontece. Nos últimos três anos, perdi os meus pais e um irmão. Para a minha alegria (ou não), herdei os terrenos da família, que estão em um estado de desgraça.

Que saco. Todo dia é a mesma coisa. Acordar, levantar, trabalhar e voltar para casa. A solidão é uma companheira necessária. Eu meio que gosto dessa amizade. Eu não faço mal a ela, ela não faz a mim. Assim seguimos em uma harmonia silenciosa.

Dou aula para duas turmas infernais, os 7º e 8º ano. Logo, preciso lidar com adolescentes em suas formas mais vis e manipuladoras. Por causa da minha altura e cara de poucos amigos, sou conhecido pelos corredores do Colégio Espírito Santo como o 'pequeno malvado'. Acho engraçado o apelido, acho o 'pequeno malvado' melhor do que 'lesmático', o codinome que o professor Alfredo de Biologia recebeu.

Eu não permito que os alunos se aproximem de mim. Na hora do almoço, por exemplo, eu prefiro ficar na quietude da sala dos professores, um dos poucos lugares que não deixam a entrada dos estudantes. Alguns colegas gostam de sair para o shopping próximo do colégio, porém, nunca me convidaram. Talvez eu tenha sido grosseiro demais na primeira vez que requisitaram a minha presença.

Hoje, a Lúcia, uma espécie de diarista/amiga preparou uma salada de frango com cury. Eu nem preciso dizer que comi em um tempo recorde. Após saborear esse manjar dos deuses, resolvi entrar em um aplicativo de namoro. A culpa é da Lúcia, que sempre me incentiva a ser mais espontânea.

Criar perfil. Antes de clicar, analiso a logomarca do aplicativo "Finder", que significa "encontrar". O que eu busco? Um relacionamento sério, ficante ou pegação? Nossa, que questionamento mais estranho. É nisso que vai se basear a minha jornada? Respiro fundo e quase desisto. Só que a voz da Lúcia ecoa dentro de mim.

— Foda-se.— digo, antes de clicar em 'inscrever-se'.

Coloquei todos os meus dados e não menti em nenhuma etapa. Altura? 1,68. Peso? 70 KG. Tipo de corpo? Normal. Eu sou? Solteiro. Tribos? Maduro. Procuro por? Encontros, amigos, conversa e relacionamento.

Foto. Puta merda, creio que não tenho uma foto tão legal. Olhei nos arquivos e encontrei algumas opções decentes, obrigado Lúcia, sempre salvando a minha pele. Gosto dos últimos minutos do meu almoço montando o meu perfil no aplicativo. Reviso para ver se não tem nenhum erro.

— Acho que é só isso, né? — digo, respirando fundo e salvando as informações.

Não demora muito e recebo uma mensagem do aplicativo, que me agradece por ter escolhido os seus serviços. Eu devo responder? No fim, escolho não enviar nenhuma resposta e sigo para a próxima aula.

Entro na sala do sétimo ano 'B'. Os alunos estão fazendo uma análise da obra 'O Mito da Caverna', de Platão. A história relata a ignorância em que certas pessoas vivem. Elas estão presas em seu próprio mundo e não dão chance de conhecer a verdade sobre as coisas.

Sei que vou ter os próximos 40 minutos mais caóticos da minha vida, então, respiro fundo e chamo o primeiro aluno a frente. É o Jaime Hernandes, um projeto marginal, que faz uma péssima argumentação sobre a história. A vontade é de mandá-lo tomar um refrigerante sem gás, mas a relação professor-aluno precisa ser cordial.

À medida que o tempo vai passando, sinto o celular vibrar no bolso, mas temos uma regra que proíbe o uso de qualquer aparelho eletrônico dentro da sala de aula, isso vale para os professores. Todos os 30 alunos da turma conseguem se apresentar, ou seja, a tortura acabou, pelo menos, por enquanto.

— Silêncio, turma! — digo, antes de levantar e ficar em pé na frente da turma. Os alunos precisam levantar o pescoço para me olhar. — Tivemos algumas apresentações impressionantes, outras nem tanto. Porém, o importante é que vocês absorveram. A caverna de Platão é uma história antiga, porém, ainda combina muito com o comportamento humano. Hoje, eu quero que vocês, — sou interrompido pelo 'aaah' em uníssono dos alunos, algo que me deixa feliz. — ei, silêncio. Quero que vocês façam uma comparação sobre algumas atitudes 'atuais' que são preconceituosas e tenham um paralelo com a história.

O final toca, que droga. Ainda tinha mais uma tarefa para os 'anjinhos'. Não tenho tempo da cartada final. Os alunos saem da sala em tempo recorde. Volto para a mesa e me sento sem esconder o meu cansaço.

O celular vibra e chama a minha atenção.

Pego o aparelho e desbloqueio com a senha 0007. Ridículo, eu sei, mas não vou perder tempo com uma senha mirabolante. Afinal, quem vai olhar minhas mensagens? Meus pais mortos? Creio que não.

Recebi dezenas de mensagens. Só que nenhum pretendente chamou a minha atenção. Guardei os meus pertences e fui para a sala dos professores. Todos os meus colegas estão lá, talvez tão cansados quanto eu. Graças a Deus, porque não preciso puxar assunto com ninguém. A última coisa que faço antes de sair é bater o ponto.

Na saída da escola, o celular apita de novo. Enquanto desço as escadas, pego o aparelho e entro no aplicativo. Devido a essa imprudência, eu trombo com alguém na rua. A minha pasta cai no chão e o telefone também.

— Droga. — penso, pegando o celular, que ganhou um belo trincado em sua tela.

É possível o tempo parar? Bem, para mim o mundo congelou quando o vi. Cabelos raspados, mas pintados com um tom de verde. As sobrancelhas grossas, porém, com um leve corte no meio das duas, o queixo quadrado e uma barba rala.

— Perdão. — ele me pede, pegando a pasta no chão.

— Tudo bem. Eu não estava prestando atenção. A culpa foi minha. — tento me desculpar.

— Ok. Nós temos culpa, professor. — o rapaz diz.

— Eu te conheço?

— Sim, estudei com você há dois anos. Professor, sou eu o Henrique. — sua voz me faz levar um tapa no rosto.

— Henrique? Você está diferente. — comento. — Bem, eu, eu, eu preciso ir. Com licença.

COLÉGIO ESPÍRITO SANTO - 2 ANOS ATRÁS

— As cores que eu vejo em você. — Henrique, então com 17 anos, entoa na sala. — Hoje eu tive um sonho. Um sonho onde eu pude ser quem realmente sou. Não havia cores opressoras, apenas a cor que saia de você. É uma aquarela linda. Ele tira o meu fôlego. Por incrível que pareça, eu tenho vontade de beijar os seus lábios. Mesmo que isso choque as pessoas. Quero passar as mãos nos pelos do seu peito. Contar cada gominho de sua barriga. Isso me fará chegar mais perto das cores que eu vejo em você.

Silêncio mortal. O aluno Henrique Gusmão acabou de se assumir na frente da sala. De repente, um burburinho se instaura. No início, eu não sei como reagir. Peço que os alunos se calem e sigo a aula normalmente.

Com o fim da aula, peço para que o Henrique permaneça na sala. Se o conteúdo deste texto se espalhar na escola, eu estarei em sérios problemas. Ainda mais por se tratar de uma aula de filosofia, uma matéria tão marginalizada e considerada sem importância.

— Henrique, quer conversar sobre o texto? — questiono, mas o Henrique apenas nega com a cabeça. — Seus olhos estão vermelhos. Esse é um texto muito pessoal, não é? — insisto.

— Sim.

— Olha, ser adolescente é complicado. Eu já estive no seu lugar. Porém, existem certos assuntos que não precisamos trazer em público. — digo, me achando um babaca por isso.

— Tipo, esconder os meus sentimentos? — Henrique questiona com uma voz embargada.

— Henrique, infelizmente, o mundo é um lugar cruel e competitivo. Vai por mim. Agora, voltando para o texto, o 'eu lírico' é você? — quero saber.

— Sim.

— Entendi. Você sabe que isso vai gerar muita fofoca, né? Se quiser posso marcar uma reunião com a psicóloga da escola. — sugeri.

— Não, prof. Tá de boa. Eu posso ir agora?

— Claro. Pode ir. — o libero, pois não tem mais nada a ser feito. O Henrique levanta e caminha em direção a porta. — Ei, Henrique. Lembre-se, o mundo não precisa saber de tudo a seu respeito. Você viverá melhor assim. — ele nem me escuta e vai em direção a porta.

***

COLÉGIO ESPÍRITO SANTO - ATUALMENTE

Esse moleque tomou um banho de beleza? Ele está mais musculoso e com algumas tatuagens espalhadas pelo corpo. A gente se olha por um tempo, mas eu estou sem palavras. Agora eu entendo a frase: "A puberdade pode ser uma benção".— E bons ventos o trazem? — pergunto, a fim de quebrar o silêncio.

— Meu irmão, o Diogo, está estudando aqui. Vou levá-lo para a aula de balé. — explica o meu ex-aluno.

— Bem, fico feliz que esteja bem. — digo, pois quero ir embora. Já socializei demais.

— Obrigado, professor. — pegando no meu ombro e me abraçando.

Estou em choque. O abraço do Henrique é demorado e apertado. Fiquei sem reação. As mãos estão duras como uma pedra. Alguns alunos passam e comentam, principalmente, pela nossa diferença de altura. A minha cabeça está enterrada em seu pescoço, consigo sentir o cheiro do seu perfume. Uso um pouco de força para me desprender de seus braços.

— Me agradecer? — questiono, me recompondo do abraço.

— As aulas de filosofia foram as melhores da minha vida. A sua matéria me salvou de diversas maneiras. Usei aquela texto que escrevi para me assumir. Os meus pais levaram de boa e hoje posso ser quem eu sou. — Henrique explicou abrindo um sorriso que me deixou sem jeito. — Eu queria ter te agradecido antes, mas a faculdade consome um tempo surreal da minha vida.

— E qual o curso? — pergunto, já excedendo o tempo de uma conversa normal.

— Apesar de amar filosofia, eu sempre fui apaixonado pelo universo digital. Estou fazendo programação. — contou Henrique todo animado.

— Eu chutaria alguma matéria de humanas, dado o seu visual. — o provoco. Henrique não aguenta e dá uma risada, o que faz suas covinhas ficarem salientes.

— É só o meu estilo. Depois da escola, eu me permiti viver um pouco, sabe, conhecer outros países, outras culturas. Então, apareceram os piercings e algumas tatuagens. E, claro, o cabelo descolorido. — Henrique levantou a manga de seu moletom e mostrou algumas tatuagens.

Uau. Eu nunca saí dessa cidade, imagina cruzar o Atlântico. O Henrique é um jovem muito corajoso. A pior parte? Acho que ele mal lembra a forma como eu tentei persuadi-lo a não contar sobre a sua homossexualidade. Fico feliz que tenha dado certo, porque no meu caso foi uma tortura. Relembrando alguns traumas do passado, e que traumas, me despeço do Henrique, que continua a espera do irmão mais novo. Geralmente, vou andando para casa. Uma caminhada de 10 minutos, ou seja, sem motivos para trânsito ou estresse com ônibus lotado.

Eu nunca tirei a minha habilitação. Tenho medo de dirigir, essa é a verdade. Até o meu pai morrer, eu não pensei que precisaria de um carro. Infelizmente, quando as contas apertaram, eu tive que vender o seu Gol 1977. O velhote era apaixonado por aquela lata-velha.

Perdido em meus pensamentos nem percebo que cheguei. A minha casa parece cansada. As paredes estão descascadas. O muro de ferro todo enferrujado, coitado do ladrão que se atrever a pulá-lo de madrugada. É tétano na hora.

Certa vez, a equipe da prefeitura se disponibilizou a pintá-lo, mas eu recusei. Não quero nada por pena. Um dia vou ter coragem de reformar essa casa, mas esse não é o momento certo.

Entro em casa e deixo minhas coisas sob a mesa. Quando a empresa do meu pai faliu, a gente precisou vender quase todos os móveis. A sala, por exemplo, conta apenas com uma televisão e uma poltrona toda rasgada. A cozinha está equipada com uma geladeira, fogão e um armário caindo aos pedaços.

E, antes que você me julgue, eu consigo viver com poucas coisas. Não morri até hoje. A única coisa que não posso viver sem é a Lúcia. Ela organiza meus poucos pertences e lava as minhas roupas. Fora, que a diarista se tornou uma espécie de amiga. A gente vive se alfinetando, mas existe amor entre nós.

Tenho alguns trabalhos para avaliar, mas me permito tomar uma cerveja. Sento na poltrona e aproveito para saborear essa delícia de cevada. Um vento sopra através da janela e sinto o cheiro do Henrique. O perfume dele ficou impregnado em minhas roupas.

Lembrei da pessoa confiante que ele se tornou. Isso, de acordo com ele, graças a mim. Mesmo, eu tendo outra visão da história. Porque eu tenho que ser um cretino que fode tudo? Bem, já tô me autoflagelando, a bebida bateu.

Acabei adormecendo na poltrona. Sonhei com os meus pais e o dia que revelei que era gay. Eu fui parar no hospital, após a surra que levei. O papai quebrou o meu braço. "Isso vai doer mais em mim do que em você", velho filho da puta.

A minha mãe, coitada, não fez nada para impedir. Eles estavam casados há 30 anos. O meu pai era tudo o que a minha mãe tinha. Ela era analfabeta, mal sabia escrever o nome, enquanto o papai se destacava no mercado de trabalho. Nunca teve a decência de pagar os estudos da esposa.

Foram semanas de recuperação. Então, o meu pai teve a brilhante ideia de me levar para um centro de conversão gay. O pior ano da minha vida! Por isso, quando ele ficou velho e decrépito, eu nem perdi tempo e o enviei para um asilo. E adivinhem? Eu não fui ao funeral dele. Deixei tudo a cargo da minha tia Lavínia, uma das poucas parentes que eu mantive contato.

Segurei a barra para a mamãe. Só que ela não resistiu por muito tempo e faleceu há quatro anos. Tentei administrar os negócios do meu pai, entretanto, fracassei e perdi tudo. Ainda bem que passei no concurso e garanti um emprego como professor.

Uma voz vai me tirando do mundo dos sonhos. Eu reconheço de longe. É a Lúcia. Desperto assustado. Ela está segurando uma vasilha de comida, mas parece assustada e nervosa.

— O que houve mulher? — pergunto me sentando direito na poltrona, olho no relógio e percebo que são 23h.

— A Alexandra me ligou e estava chorando. Aconteceu algo na boate que ela trabalha. Eu vou lá. Tô ficando aperriada — explicou Lúcia, que é uma mulher baixinha e nordestina, o seu sotaque é uma delícia de ouvir.

— Alexandra, alguém a machucou? — levantei.

Alexandra Barreto de Souza. Lembro como se fosse hoje o dia em que ela chegou com sua nova identidade em mãos. Os olhos vermelhos denunciavam as lágrimas que caíram. Fizemos uma pequena comemoração. Só elas para me fazerem participar disso, só que no fundo, eu estava feliz. Depois de um tempo, a Alexandra conseguiu um emprego em uma famosa agência de São Paulo. Lembro que no primeiro dia, nós fomos deixá-la e buscá-la. Lúcia nunca ficou tão feliz ao ver sua filha seguindo um caminho que poucas conseguem.

Diferente de mim, a Lúcia dirige. Ela comprou um Fusca 1995 e cuida mais do carro do que a própria casa, mas quem sou eu para julgar, né?

Seguimos para a boate. Eu lembrei que não tomei banho e o cheiro do Henrique continua em mim. Porque ele mexe tanto comigo? Ele foi meu aluno. Eu nem posso pensar em outras coisas. Deus.

Chegamos na rua da boate e a Lúcia estaciona de qualquer jeito. Meio que correndo, seguimos pela Avenida. De repente, nos deparamos com a placa gigante da boate "Courage", com suas letras garrafais envolto a um arco-íris. Era muito difícil ter colocado "Coragem". O efeito seria o mesmo.

— Calma, Lúcia. — peço, enquanto tento acompanhá-la.

— Esse mundo de cão não é para a minha Alexandra. — reclama Lúcia, que não aguenta mais esperar. Percebemos um carro da polícia parado em frente a boate. De cara, vejo a Alexandra que está dando depoimento para um policial gordinho. Ela usa um vestido preto e os cabelos estão presos em um coque.

Afobada, Lúcia abraça a filha e checa cada parte de seu corpo. Ela explica que um cliente bebeu além do limite e tentou beijá-la à força. Por sorte, um outro cliente apareceu e a protegeu, só que o ato gerou um tumulto e chamaram a polícia.

— Oxê, se eu pego esse desgramado que tentou te aliciar! — grita Lúcia, quase colada na filha.

— É só isso, policial? — pergunto ao me aproximar.

— Vocês são os pais da vítima? — ele questiona de volta, algo que me faz sorrir.— Não, só alguém que se importa com ela. — respondi, pegando no ombro de Alexandra. — Meninas, podemos ir para casa?— Eu só tenho que ver o outro rapaz. A polícia quer prendê-lo. — afirmou Alexandra, apontando para o carro da polícia.

— Deixa eu resolver isso. — digo me aproximando do carro e tomando um susto. — Henrique?

— Professor, graças a Deus. Diz para esses otários que eu não fiz nada. — ele pede. Suas mãos estão algemadas.

— Droga. — penso.

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Comentários

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O tema por si só já é bem interessante, unindo isso absua escrita se torna algo fantástico.

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