A Irmandade do Espelho - II - O Ritual do Servo

Um conto erótico de Samantha
Categoria: Heterossexual
Contém 4613 palavras
Data: 27/10/2022 17:47:01
Última revisão: 29/10/2022 12:52:07

Não recomendado para pessoas sensíveis.

Desde a noite em que descobri o segredo do espelho, um Universo novo se revelou dentro daquele mundo de cristal. Confesso que ainda me causava espanto, apesar de me sentir a cada dia mais parte daquele mistério. Uma espécie de Irmandade secreta do prazer, alguns chamariam de seita, mas ali as nossas Guias, as Baba Yagas chamavam Irmandade.

Nesse mundo estranho, dominado pela feitiçaria e o encantamento viviam diversas figuras: desde aquelas com enormes tentáculos a se comportarem como pênis indecentes, ejaculando sêmen nos mais variados corpos; as ervas afrodisíacas e alucinógenas capazes de nos levar a dimensões novas da consciência e do prazer de onde surgiam as mais inusitadas Criaturas vindas dos confins da imaginação para participar dos bacanais que aconteciam naquele lugar.

Éramos todos submissos às vontades das Baba Yagas, as verdadeiras donas do poder dentro dos espelhos de cristal. Na verdade eram três bruxas invocadas há muitos séculos nos confins da Europa Oriental. Uma delas, a que se revelou a mim na noite da tempestade, a que me fodeu como se fosse um reflexo de mim mesma, se chamava Cassandra, muito embora eu desconfiasse que o seu nome verdadeiro fosse outro.

Todos esses seres viviam dentro do espelho. E o espelho de cristal da minha sala era só uma das muitas janelas que levavam para dentro desse Universo, haviam outros espalhados mundo afora. O espaço e o tempo se congelavam nesse lugar, só o prazer carnal, o mais puro sexo é o que dava sentido a vida de todos que viviam confinados ali. Os humanos que conseguiam desvendar o segredo para ativar os espelhos, eram chamados de Eleitos, era o meu caso.

Fazíamos parte de uma elite, digamos assim, por termos descoberto o segredo do espelho. A nós era concedido o direito de ir e vir desse mundo cristalino. Mas seja lá onde estivéssemos era nossa obrigação explorar os limites da sexualidade. Sem amarras, sem limites ou culpas.

Já os Servos que também eram humanos em sua grande maioria eram obrigados a viver eternamente dentro dos espelhos, servindo aos prazeres das Guias, das Criaturas e de nós os Eleitos. Uma das funções dos Eleitos era justamente a de seduzir e abduzir novos Servos. Estes também eram chamados de Cordeiros enquanto não eram sacrificados em homenagem as Guias.

Eu ainda não tinha abduzido nenhum, era uma aprendiz, uma novata, mas eu aprendia rápido. Aquela dimensão me fascinava, era como se eu sempre fizera parte daquele mundo, um 'dejá vu '. Eu queria aprender mais sobre aquele lugar, eu queria experimentar tudo o que podia e entre tudo o que me deixava mais curiosa era participar do ritual do Servo, o sacrifício de um Cordeiro, mas era só curiosidade, nunca pensei que a situação se precipitasse.

Mesmo porque nos dias que seguiram à minha Iniciação, o prazer físico era o meu objetivo maior, diário. Dentro ou fora do espelho. Me tocar, me conhecer, explorar, era o que fazia me sentir viva. Um vício gostoso, que ia me deixando a cada dia mais interessada em me explorar: as curvas, as reentrâncias e os orifícios do meu corpo. Fosse onde fosse, e a cada vez mais descarada, sem vergonha.

Tudo na busca de orgasmos cada vez mais potentes. Principalmente quando eu podia vivenciar essas experiências dentro daquele mundo de cristal.

Eu ganharia pontos, subiria de patamar na Irmandade quando atraisse o meu primeiro Servo, ou Serva, pouco importaria o sexo. Só precisava que a figura fosse adequada aos objetivos maiores das Baba Yagas.

Tinha pouco mais de uma semana, quando surgiu a oportunidade seduzir o meu primeiro Servo, um cachorrinho gostoso, não tão bonito, mas, bem atraente.

...

A campainha tocou estridente, três vezes, corri descalça até a porta, mal tinha acabado de me levantar. Usava apenas um robe de seda roxo, sem mais nada por baixo.

Abri a porta, e surgiu um homem de boné laranja, calça e camisa na cor caque. Mais alto do que eu. Longe de ser bonito de rosto, o nariz achatado, os lábios muito grossos, o queixo pronunciado e as bochechas ossudas. Mas os olhos negros como carvão, as sobrancelhas cerradas e o cabelo preto liso até os ombros compensavam os defeitos. Sem falar no corpo perfeito.

O jovem chamava atenção, transpirava uma sensualidade interessante: os braços musculosos, os ombros largos, nada exagerado, o tipo ideal. Encostei na beirada da porta, abrindo um sorriso e examinando a figura.

- Bom dia!!

- Dia, senhora.

Nos admiramos por uns segundos. Reforcei a pose de gostosa, abri o sorriso encantador. Ele fez um aceno segurando a aba do boné.

- Eu sou o técnico da Tv a cabo. Tem um chamado aberto pra esse endereço.

Examinei o volume no meu das calças, fazia tempos que eu não ia pra cama com um homem. E toda aquela feitiçaria me deixava cada vez mais abusada.

- Uau!! Finalmente faz quase uma semana, disseram que no máximo em 48 horas.

Falei sincera e meio pilantra jogando um charme. Percebi um olhar intenso do jovem com jeito de índio. Ele viu minha coxa saindo da abertura do robe, os pés descalços, as unhas pintadas de branco. Examinou meus seios com o rabo dos olhos. Talvez admirando as marcas que os mamilos faziam no tecido acetinado. Que mulher não gosta de ser admirada?

- Ficamos desfalcados, a última tempestade, os chamados foram acima do normal.

E só pra completar a voz grave, grossa. Voz gostosa de um macho. Mais que simpático, pensei se Cassandra aprovaria.

- Pois é, o meu problema veio depois da chuva. Não consigo assistir a Tv cabo.

- Posso entrar?

- Com certeza, entre.

Ele entrou examinando a casa, o olhar ligeiro me examinando o corpo. Antes me incomodava um homem me admirando assim. Agora soa como um elogio, me excitava, fiquei molhada imaginando o que o ele estaria pensando de mim.

- Meu nome é Artur. Por onde eu posso chegar no telhado?

- E o meu é Samantha. Te mostro, me acompanha.

Subi as escadas rebolando a frente do rapaz, nada descarado, apenas o suficiente para manter o interesse aceso. Fico mais gostosa quando caminho descalça, eu sei.

- Tem a chave para destrancar o alçapão?

- Aqui. A chave é essa.

Ele me tomou o chaveiro e abriu a escada que ele carregava junto com a caixa de ferramentas.

- Quer um copo d'água, um café?

- Não, não. Depois.

Artur subiu e eu desci as escadas em direção a cozinha. Enquanto eu comia um biscoito encostada no balcão de mármore, a imaginação corria solta. Gostei da figura, simpática, queria ele pra mim. Foi o que eu pensei.

Não demorou muito para ouvir a voz aguda da minha Guia naquela língua estranha.

"Priveďte ho sem."

- Levar, pra você? Por que? O que você vai querer com ele?

Ouvi uma gargalhada ressoando em minha cabeça. A voz falou num tom mais ríspido.

"Nevolaj ma ty! Som tvoj pán. Rob, čo mi bolo povedané.

Nie si to ty, kto ho chce?"

- Desculpa, eu sei que você é a minha mestra. Perdão Cassandra. Mas eu posso mostrar o espelho pra ele? Ele não pode descobrir nosso segredo?

"Ak sa mi to páči, ak to schválim, môžete to mať.

Tvoj prvý služobník. Vaše domáce šteniatko."

- Sério, Yaga! Eu posso ficar com ele pra mim? Claro, claro se a senhora aprovar.

Eu vi o sorriso dela se formando na minha cabeça. Aquele olhar sinistro, um misto de maldade e tesão. Ela falou uma coisa engraçada, o chamou de meu cachorrinho de estimação. Gostei! Mordi mais um pedaço do biscoito imaginando como seria ter o primeiro Servo.

Foi quando o índio tesudo apareceu entrando pela cozinha. Aquele botinão batendo forte de encontro ao piso, o jeito ríspido de um matuto. Chegou rabiscando alguma coisa e me entregando uma prancheta.

- A senhora assina aqui pra mim, por favor.

- Pois não. Aceita um café?

- Aceito. Eu só queria conferir a sua Tv primeiro.

Dei a ele uma xícara de um café fumegante e o levei até a sala onde estava a minha televisão.

- Tudo certo, tudo funcionando. Tem mais alguma para eu poder verificar?

Foi ai que eu me lembre da conversa com a bruxa. Imaginei o técnico aprisionado dentro daquele submundo. Coitado, seria explorado, humilhado e constantemente abusado pelas Criaturas, por mim. Juro que senti um pouco de pena do rapaz, mas foi passageiro. Eu começava a sentir um prazer estranho vendo os outros Servos sofrerem nas mãos das Criaturas. Um prazer quase sexual, quase um orgasmo. Me deu um comichão.

- Não, não. Nenhuma outra. Mas eu gostaria se você pudesse olhar pra mim, se dá para instalar uma outra Tv. Na outra sala aqui em frente.

Ele fez cara de quem não gostou, mesmo assim eu apontei o caminho e sai rebolando à frente dele. Afinal ele merecia alguma recompensa pelo sacrifício que viria.

- Essa sala. Dá para esticar seu cabo ate aqui?

Dei um sorriso sacana pensando na palavra cabo. Mostrei a língua como uma menina quando fala bobagens. Ele caminhou sério pelo meio da sala. Examinando os cantos, procurando as tomadas. Foi então que ele se deu conta do espelho, enorme. De um lado ao outro da parede.

Chegou perto e se assustou com a própria imagem. Sorriu para ele mesmo e fez o mesmo pra mim. Encostou a mão ossuda na superfície lisa e se espantou quando ouviu os sons agudos vindo do espelho. Sons de taças de cristais. Ficou boquiaberto e se virou na minha direção. Com uma pergunta estampada na cara.

- É cristal. Por isso tem esse som. Já estava aqui quando eu comprei a casa. Mágico, não é?

Sentei no canapê que ficava de frente para o espelho, coloquei uma perna deitada no assento, debaixo da minha bunda. Bem dengosa, a outra perna ficou em pé apoiando meu queixo no joelho. Pela penumbra não dava para ele ver meus pentelhos, mas pelo olhar do moço ficou claro que podia advinhar. Eu ri e ele ficou desconcertado.

- Nunca ouvi nada igual. Nunca vi um espelho tão grande. Pra quê um desse tamanho?

- Não sei, mas me disseram que ele realiza os nossos desejos.

Artur caminhou na minha direção, fazendo um esforço para me olhar nos olhos ao mesmo tempo que seu corpo se rendia aos meus encantos. Vi seu pau engordar dentro da calça caque. Ele foi ficando envergonhado e eu saboreando a sensação de estar atraindo a minha primeira presa para a armadilha. Adorei me sentir uma isca.

- Te excita?

Perguntei só pra provocar. Fiquei brincando com os dedinhos do meu pé, imaginando ele vendo as dobras da minha boceta. Voltei a encarar, ele parecia não acreditar no que estava acontecendo.

- Hein Artur, te excita pensar como seria morar numa casa com um espelho assim? Um que realizasse os seus sonhos mais... loucos, mais safados, hummm?

Ele riu e o olhar fixou as minhas pernas, os pés, senti minha vagina queimar com o homem me comendo com o olhar. Enquanto eu sorria admirando o seu pau inchando, se desdobrando aos poucos.

- Não sei dona. Existe um espelho assim?

Estiquei os braços no alto do encosto do canapê, fiquei balançando a perna erguida, os meus seios quase saindo pra fora do robe. A respiração do índio ficando mais curta, ele começando a suar.

- Fala se você não gostaria de viver num lugar assim? Um lugar mágico, cheio de mulheres lindas, e muita... muita putaria.

Nunca fui tão audaciosa pra conquistar um homem, e o pior é que eu estava gostando da brincadeira. Ele nem fazia ideia do que viria. Ficamos um tempo assim, eu quase nua e nós dois rindo um para o outro. Aquele riso que antecede uma boa sacanagem.

- É claro que eu gostaria, madame.

- Você toparia até se tornar um servo, ter uma dona?

- Se for a senhora?

Mordi o meu beiço saboreando a vitoria, ele caiu na minha armadilha. Uma corrente elétrica ligava a gente, olho no olho, os nossos corações batendo juntos.

- Diz que aceita Artur. Diz que eu te mostro.

- Aceito, é claro que aceito. Mas a senhora sabe como entrar?

A gente nem chegou a ter tempo de explorar melhor aquele clima gostoso de tesão. Um som de tambores começou a ribombar por toda sala. Uma leve ventania agitando os nossos cabelos. As imagens no espelho começaram a se distorcer, se contorcer num ritmo cada vez mais intenso.

O espelho, como antes, passou a ondular. No centro foi surgindo um vórtice, preto no meio e avermelhado nas bordas, que parecia engolir o que existia na sala, os móveis, os quadros, eu e o Artur. Aquilo girando cada vez mais rápido e sons dos tambores ficando mais altos. A sala inteira vibrou, senti o chão estremecer e uma forte ventania passou despenteando a gente, desamarrando o nó do meu robe e quase jogando o técnico da Tv no chão.

- Que foi isso? O que é que está acontecendo?

- Calma Artur, calma. Fica tranquilo, não era o que você queria? Conhecer o espelho, seus desejos? Só falta você aceitar de se tornar meu Servo.

Eu me levantei e caminhei até ficar de frente pra ele. O piso ainda vibrando sob os nossos pés e o ritmo dos tambores já não tão fortes. Artur estava muito engraçado, os olhos saindo das órbitas, ele branco e a boca aberta de quem ainda pergunta, 'o que é que está acontecendo?'

Eu não sabia que era tão prazeroso saborear o medo dos outros, não desse jeito meio assustador. Ele tentou se acalmar, mudou o jeito de respirar, mas em um instante seu medo pôs tudo a perder. Saiu correndo na direção da porta e pra surpresa dele e até minha, ele bateu direto numa parede invisível, uma placa de cristal.

Só então eu mesma entendi que nós dois já estávamos dentro do espelho. Nem eu sabia. Das outras vezes não foi assim que entrava, eu precisava dizer os versos. O rapaz machucou o ombro e a cabeça. Formou um galo no alto da testa. Ele ficou mais desesperado ainda. Artur suava, arfava, e aí começou a gritar umas frases sem nexo. Desesperado, apavorado.

- Eu quero sair dona. Me deixa sair daqui!

Bateu com as mãos na placa de vidro, tentou arranhar. Saboreie o sofrimento da minha presa, me senti uma gata brincando com a sua vítima. Artur agora era um Cordeiro como a Irmandade se referia aos Servos antes de serem imolados em nome da seita. Senti meus biquinhos ficando duros, a bucetinha começando a esquentar.

Só que pra minha surpresa surgiu uma figura rastejante e escamosa passando por mim na direção do Artur. Uma longa cobra ou víbora enorme, as escamas verde escuras pintalgadas de laranja e amarelo. A cabeça do tamanho da minha coxa, enrolou-se como uma corda nas pernas do Artur.

- Que isso! Meu Deus, não não, NÃO!!

A víbora segurou e puxou um homem de quase 1,80m como se fosse uma folha de papel. Ouvi o baque do corpo batendo no chão, o grito de dor. Ela puxou o sujeito até ele ficar uns três metros na minha frente.

Ele mais apavorado do que nunca, quase chorando, quando a víbora gigante desfez o nó. Abriu uma bocarra e deu para ver a língua vermelha bifurcada quase a lamber o rosto do rapaz. Os dentes afiados se mostraram, ela ia morder o cara. Eu dei um grito e a voz firme de Cassandra fez com que a criatura parasse no último instante.

A víbora me encarou, quase da minha altura, os olhos injetados num vermelho vivo. Um monstro lindo, notei que eu não sentia medo. Nem assustada eu estava.

"Dostať sa odtiaľ!"

Foi Cassandra mandar e a víbora se afastou. Sumiu na escuridão vitrea sem deixar rastros.

"Postaviť sa."

- Ela mandou você ficar de pé Artur. Anda!

A figura espectral da minha Guia caminhou envolta do rapaz. Aos poucos ele foi percebendo a semelhança entre nós duas. Dava pra entender as idéias que passavam pela cabeça dele. Sem parar de dar voltas entorno dele, a Baba Yaga falou na língua estranha.

"Vyzleč sa."

- Mandou você tirar a roupa.

- O quê!?

- Se despe homem. Faz o que ela está mandando!

- Que lugar é esse, onde nós estamos?

Ele perguntando ao mesmo tempo que desabotoava camisa caque. O índio tremia o corpo inteiro.

"Rýchlo! Vezmite všetko, všetko!!"

- Rápido cara. Ela quer que você tire tudo.

- E se eu não tirar?

Ele parou livrando das calças, ficaram as meias brancas e uma cuequinha nada simpática.

- Você prefere que ela mande voltar a cobra?

Cassandra deu uma gargalhada, ela entendeu o que eu falei. Veio até mim me dando um beijo na face. Parou às minhas costas e ficou de frente pro técnico da Tv.

"Daj nám vidieť tvojho vtáka."

- Ela quer ver o seu pau. Mostra, ela só quer ver.

Meio envergonhado ele desceu a cuequinha e tirou as meias. Tentou se tampar com as mãos, mas aos poucos foi deixando a gente ver seu instrumento. Nós duas inspiramos juntas, era maior do que eu imaginava. Cassandra falou uma frase chula ao mesmo tempo que gemia entre os dentes.

- Ela disse que você tem uma jeba muito bonita. Que eu tenho bom gosto.

Ele parecia mais calmo, vendo Cassandra me abraçando. Deve ter imaginado o que viria. Mal ele sabia.

- Pode ser meu Baba?

Nós duas rimos apreciando a paisagem. Cassandra desceu as laterais do meu robe. Já não me cobria muito mesmo. Ficamos nos admirando mutuamente, eu e ele completamente nus. O pau moreno da ponta roxa começou a ganhar vida, ainda mais quando a bruxa começou a me tocar os peitos, brincar com meus bicos, me beliscar.

- Aaaaahhh! Mmmmmm!!

Bolinar minha bucetinha, mandou eu afastar as pernas e os dedos vítreos começaram a me masturbar na frente do meu futuro Servo. A verga grossa foi subindo até a metade. A Baba Yaga me mordeu a orelha e falou olhando pro Artur.

"Budem ťa masturbovať."

- Ela, ela quer bater uma punheta pra você, pode?

O rosto do Artur ganhou vida. Ele não precisou falar nada. Cassandra, me deixou em paz. Não sei como ela fez, mas de repente nós duas estávamos tão perto dele, ela ainda mais. Ambos se encarando e a mão da bruxa segurou o pau moreno do sujeito.

A sensação de ser masturbado por outra pessoa, o pau crescendo, empinando meio curvado, a pele super esticada, as veias ressaltadas, a cabeça roxa brilhando. Artur começou a gemer acompanhando os movimentos. A bruxa punhetava com gosto, no ritmo que os caras mais gostam.

Foi quando Artur foi se transformando, o prazer foi se misturando, com um asco, um nojo. Cassandra foi adquirindo as feições dele. O corpo, o rosto, a mão firme de um homem lhe masturbando o pau, um reflexo dele mesmo. Ele foi ficando mais que envergonhado. Muito engraçado.

Artur tentou segurar o braço que lhe agitava furioso o membro. Cassandra falou firme olhando nos olhos do garoto.

"Ejakulát. Chcem vidieť tvoje mlieko."

- Goza Artur. Ela, ele... tá te mandando gozar.

- Aaaahhh!! Ela é um homem!! Isso não está acontecendo!!

- É um reflexo de você, de mim. Faz o que ela está te pedindo. Esporra, que ele quer ver o seu leite.

Eu falava tentando acalmar, mas por dentro eu estava doida pra ver o que ia acontecer. E não demorou muito, Artur retesou as pernas, o pau espremido na mão masculina de Cassandra. Os jatos sairam em longos nacos brancos, nunca vi tantos. Vários caindo no piso vitrificado, outros manchando o corpo da bruxa, e até no meu corpo.

Cassandra fez a sua mágica de novo, eu estava colada nela, nele. Artur ainda gemendo, dava pra sentir cheiro forte do esperma. Cassandra agora era o reflexo de nós dois, ao mesmo tempo. A mistura de dois corpos tão diferentes. Eu não sei como ela conseguia aquilo.

A bruxa enfiou o dedo untado de porra na minha boca. Sorriu me mandando beber. Chupei o creme ainda quente, aquele gosto forte, denso de jovens com muito sêmen. Engoli olhando na cara dele, mostrei o que eu queria.

Fiz do jeito que toda puta faz quando quer conquistar o seu macho. Eu e ele olhando no fundo dos nossos olhos e a mão delicada da bruxa me invadiu a boceta, me tocou de um jeito único, um jeito mágico. Me fez gemer na frente do meu cordeirinho, me fez ficar com as pernas bambas, bambas e úmidas. Só pra deixar ele ainda mais encantado com a sua futura mestra.

- Aaaiiii Arturrr!! Aaaahhiiiiiii... Oooohhh...

Olhando pra ele, vibrando por ele. Enfeitiçando a minha vítima. Cheguei a molhar o chão com a siririca da minha Guia. Foi a vez dele sentir o meu gosto, o sabor de uma vagina molhada. Fiquei orgulhosa vendo ele saborear o meu prazer nos dedos da bruxa.

"On je tvoj. Ale musíte sa zmocniť tela. Prevezmite

kontrolu nad mysľou."

A Baba Yaga falou essas palavras e sumiu. Ficamos só nós dois parados ali, nos olhando de frente. Aquele clima gostoso que antecede uma foda.

- O que foi que ela falou?

Foi como se alguém estalasse os dedos ou uma feiticeira movesse o nariz. De repente era um outro ambiente. Nós dois em cima de um altar redondo e largo, com uma cor dourada que brilhava como se estivesse em chamas, havia dezenas de figuras humanas nuas e várias criaturas horrendas, nos observando. Suas cabeças quase na altura da base do altar. Era quase um palco, o ritual do Servo.

O som das vozes dessa plateia se misturando com o ribombar de tambores. Eu de pé, vestida numa bata transparente, amarrada na cintura por uma cinta fina prateada. Artur deitado à minha frente, seus pulsos e os tornozelos presos por tentáculos brilhantes e pretos. Ele gritava de dor e medo, braços e pernas abertos e esticados ao máximo.

A plateia silenciou, os tambores também, mas começaram a ecoar os sons de um coral de vozes. Uma música sacra, que foi me provocando ondas, me atiçando as emoções e aquilo se transformando em sensações, o corpo inteiro vibrando de desejo. Meu cérebro não sabia o que fazer, era meu corpo quem comandava o meu ser. Meu instinto queria saborear o prazer de sacrificar o meu primeiro cordeiro.

- O que é tudo isso Samantha? Aaaaaiii!!! Me tira daqui por favor!!

- Não reage, aceita que não vai doer.

Sentei sobre o corpo do meu cordeirinho. Lambuzei seu pau no meu prazer, minha boceta latejava sem eu querer. Aquilo era um forno me deixando sem noção, ainda mais sentido o corpo do homem que ia me comer.

- O que é vai acontecer?

- O que você também queria, não queria? Aaaaaahhhh!!! Que pau gostoso garoto!!

Eu falava movendo a cintura e arranhando o peito liso do índio. Aquela mistura de prazeres, o poder e o sexo subindo de escala. A cantoria ecoando nos meus ouvidos.

- Eu quero ir embora Samantha. Deixa eu sair daqui!!

- Você não vai sair mais nunca Artur, você vai deixar de existir, lá fora. Uuuuuuiiiiiihhh!

Arranhei as laterais do seu corpo, esfolei a pele fina. Artur gemeu de dor e seu pau encontrou a minha portinha. Dei um beijinho na cabecinha com os lábios da bucetinha. Fui deixando ele entrar, me invadir, me abrir e rasgar com aquele pau quente. Quase fervendo como uma barra de aço. Gemi de dor como se ainda fosse uma virgem.

- Puta que PARIU! Artur!! Que pau grosso garoto! Aaaaahhhhiiiiieeeeee!! Que caralho gostoso aaaahhh!!

O pau do índio tocava em todos os pontos erógenos da minha vagina. Muitos eu nem sabia que existiam. Eu cavalgava o meu Servo, um macho lindo que fazia a minha cabeça girar e rodar enquanto me fodia sem parar. Todas as sensações acontecendo ao mesmo tempo.

A putaria corria solta bem na cara e nos olhos daqueles estranhos que nos observavam. Os nossos corpos suando e vibrando, e eu me livrei da bata. O corpo do Artur sendo esfolado pelas minhas unhas, ele gritando de dor e prazer, tentando se desvencilhar dos tentáculos que o mantinham preso no altar.

Foi quando surgiram duas mãos estranhas, três dedos finos com ventosas nas pontas me apertando os peitos, me sugando as tetas, me arrepiando o cor inteiro. Instintiva eu me dobrei sobre o peito do Artur. O pau melado me comendo a boceta, um sumo grosso escorrendo da minha vagina, senti um tentáculo rugoso me coçando o cuzinho, a ponta fina me fazendo caricias na entrada.

Fui sendo possuída pelo tentáculo indecente, aquilo me abrindo as pregas, me arregaçando o túnel e subindo e sumindo dentro de mim. Agarrei Artur pelo pescoço com as duas mãos, quase sufoquei o menino com as mãos apertadas enquanto sentia uma dor lacinante do tentáculo inchando dentro de mim. Eu era fodida e arrebentada na frente de toda aquela gente, que fascinada acompanhava a nossa putaria. O ritual do Servo.

Enquanto dor e prazer faziam eu e Artur gemer e suar, que o coral parou de cantar. Só se ouvia as lamúrias e os sons molhados da nossa foda indecente.

Foi a vez da platéia nos provocar a mente. Em uníssono as dezenas de vozes começaram a cantar numa cadência hipnotizante:

.

"Obetujte! Obetujte!

Osloboď dušu baránka!

Dajte svojho ducha Bratstvu Zrkadlo!"

.

"Obetujte! Obetujte!

Osloboď dušu baránka!

Dajte svojho ducha Bratstvu Zrkadlo!"

.

"Sacrifíca! Sacrifíca!

Liberta a alma do cordeiro!

Entregue seu espírito à Irmandade do Espelho!"

Às vozes foram se somando o bater das palmas das mãos e dos pés contra o piso de cristal. Como uma dança ritual, uma preparação para a oferenda, a aquisição de um novo Servo para a Irmandade.

O pau do Artur me furando até o ventre, aquela sensação gostosa de estar totalmente lubrificada, na vagina e no ânus. Os nossos corpos vibrando no ritmo das vozes da platéia enlouquecida.

A demência me turvando a mente, minhas tetas apontadas e duras ainda presas naquelas ventosas, a sensação alucinante do orgasmo vindo como uma explosão gigante.

- AaaaaaaahhhhHHHHHHRRRRRRRRRRRRRR!!

Um gemido primordial, um grito libertador, a vida e a morte se misturando ao mesmo tempo nos nossos corpos. Senti o golfar do esperma quente dentro do meu útero e mais denso no meu ânus. Uma porra grossa sendo cuspida em grossas escarradas e o meu prazer descendo em litros molhando os nossos corpos.

Artur tremia de prazer minha bucetinha piscando sem parar.

Só que ao prazer intenso dos orgasmos multiplos veio a onda do mais puro ódio, o ponto máximo do ritual. Olhei Artur com os olhos injetados de sangue, a boca aberta de uma louca. Magicamente cristalizou uma adaga dourada e curva presa na minha mão.

- NÃO, NÃO Samantha, NÃO!!

O olhar apavorado de quem sabe que vai morrer. Rasguei a garganta do técnico da Tv de orelha a orelha, sacrificando o cordeiro em nome da Irmandade do Espelho.

A sensação de raiva, rancor e ódio se somando ao prazer de um orgasmo incrível. Fiquei extasiada admirando seu corpo morrendo enquanto seu pênis cuspia seu sêmen dentro da minha vagina.

O sangue quente jorrando e manchando os nossos corpos, o cheiro enjoativo da morte se somando ao sabor nojento do sêmen. Artur morria liberando sua alma para viver aprisionada para sempre na Irmandade do Espelho.

O sacrifício do cordeiro fez as vozes se transformarem em gritos, os uivos de criaturas selvagens comemorando o ritual. E eu sendo referenciada por ter adquirido o meu primeiro Servo.

O pau mole saiu da minha vagina sem vida, ao mesmo tempo que o tentáculo saiu murcho do meu ânus, o sêmen escorrendo dos meus orifícios. Foi até eu ficar de pé sobre o pedestal do sacrifício. Meu corpo manchado de vermelho e branco.

Encarei as figuras que agora me olhavam mudas. Uma onda de calor e amor tomando conta do meu ser. A sensação de finalmente pertencer a Irmandade do Espelho.

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Comentários

Foto de perfil de Paulo_Claudia

Excelente!!!

Conto muito bem escrito, poderia fazer parte de um livro.Alta carga erótica, com uma mistura de misticismo que prende a atenção.

Parabéns!

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três estrelas né ? de novo! Você deve ser algum (a) escritor(a) profissa contratada(a) pelo CDC para dar uma sacudida geral. Vai escrever bem assim lá na casa do...espelho.

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Incrível capítulo! A história está ganhando aínda mais densidade e se aprofundando nesse universo onírico, bestial. Muito legal você colocar na narrativa o mito da Baba Yaga, e essa transformação e entrega da personagem Samantha a corrupção das bruxas e de seus próprios desejos! Que venham mais capítulos.

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Agradeço mais uma vez seu comentário.

Tentarei dar continuidade, é uma estória difícil de escrever, não é o meu estilo de conto.

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É a continuação da Irmandade do Espelho I - A Iniciação de Samantha.

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