Papo de Futebol (história real)

Um conto erótico de ...
Categoria: Homossexual
Contém 4813 palavras
Data: 28/10/2022 22:56:16

Papo de futebol

Nos tempos de ouro, grandes craques da bola eram idolatrados pelos moleques, jovens e adultos. Quem não parava pra assistir um jogo da copa ou de algum outro campeonato era maluco. E nos anos 90, depois de várias taças de copa, o Brasil vivia sua melhor fase e eu, ainda adolescente, me inspirava naqueles caras para ser, no futuro, um grande jogador.

Perto da maioridade, meu pai me levou até uma cidadezinha pequena daqui do interior do Rio para uma seletiva. De acordo com os boatos, os olheiros da região — leia-se os olheiros dos grandes times como Flamengo, Botafogo, Fluminense — estariam visitando a região para recrutar os melhores afim de montar um sub-18 imbatível. Como faria um grande amigo, meu pai, que sempre me incentivou, tirou dinheiro de onde não tinha para irmos à tal cidade.

Lembro-me que aquele dia estava, no mínimo, fazendo um calor de 37º. O campo tava rodeado de moleque da minha idade, muitos apenas com uma roupa furada no corpo é uma chuteira velha no pé... o que me diferia dos outros era que eu estava de mochila nas costas, mas estava tão mal vestido quanto eles. Eram tempos difíceis, minha família mal tinha dinheiro para uma carne ou utensílios pessoais... sem contar que era uma região pobre, carente... Mas todos estávamos lá a procura de uma melhora de vida, estávamos atrás do nosso sonho.

Paulo, o responsável pelo recrutamento, se apresentou a molecada, reunindo todo mundo para escutar suas palavras. Paulo apresentou-se discretamente, ele de cara já aparentava ser um homem sério e apressado; ele disse que nós faríamos um jogo e que ele nos avaliaria de acordo com nossa performance, os melhores seriam levados para a capital para treinar num time grande que eu não vou dizer qual era. A felicidade e o brilho nos olhos dos moleques estontearam a reunião. Meu pai e eu nos entreolhamos, nervosos, confiantes e ansiosos, e ouvimos o restante das palavras de Paulo. Eu não sabia ainda, mas tudo daria certo.

Nós fizemos uma partida teste e Paulo observou cada lance do jogo. Eu consegui marcar um gol, mesmo sendo volante, e meu time ganhou por 3x1. Os outros dois gols marcados de meu time foram protagonizados por um carinha que arrebentava no campo, mas que eu ainda não conhecia.

Paulo, ao fim da partida, dispensou uma boa parte da molecada e reuniu os 5 melhores do jogo. Eu e o outro goleador do time fomos escolhidos. Lembro-me de ter dado um abraço muito forte no meu pai no momento em que nos foi dito que eu iria pro Rio. Meu pai até chorou... grande dia!

Uma semana depois, uma kombi branca buzinou em minha porta as 6h da manhã de uma segunda-feira, estavam prontos para me levar. Eu me despedi de meus pais com uma dor no peito bem grande, mas eles me abençoaram e pediram para que eu só voltasse para casa quando fosse um jogador titular. Eu prometi que realizaria esse sonho, que não era só meu mais.

Dentro da kombi, eu e os outros quatro moleques convocados fomos nos conhecendo mais. José, Cândido e Matheus eram seus nomes. E o outro, meio calado, só disse que se chamava Marcio e ficou na sua, sem trocar qualquer palavra a mais. Mas uma coisa me chamou atenção: aquele cara estava me olhando disfarçadamente, e aquilo me intrigou um pouco.

Ao chegar no Rio, nós conhecemos o nosso alojamento. Era bem pequeno: uma sala com uma tv velhinha, dois quartos, uma área de lavar roupa, um espaço aberto com chuveiros, mictórios e dois boxes com bacia, uma cozinha pequena e uma área com duas cadeiras velhas. O alojamento ficava por trás do estádio num cantinho meio isolado da rua, lugar quase que escondido. Nos dois quartos que íamos nos instalar, apenas um tinha duas camas, no outro haviam três. No quarto que coloquei minha mochila já tinha outra instalada, até então eu não sabia de quem era. Paulo chegou até nosso alojamento para dar as boas-vindas e nos disse algumas coisas importantes sobre o período que ficaríamos la.

— Café da manhã, almoço, lanche e janta vocês vão ganhar todo dia, a gente vai entregar marmita todo dia sem falta. Vocês também vão receber uma grana pra estar aqui, pra comprar o que quiserem, só não é alto o valor, mas da pro gasto. Aqui tem tudo, banheiro, água, energia, tem tudo.

Paulo encerrou falando qual seria a nossa rotina no campo e nos aconselhou a não fazer merda, ja que essa oportunidade poderia melhorar nossa vida pra sempre.

Naquele mesmo dia, nós recebemos fardamento de treino do time e uma chuteira nova para já começar com o trabalho. Lembro que fiquei admirando o uniforme antes de vestir, sem acreditar que aquilo estava acontecendo. Paulo nos mandou pro chuveiro e disse que nos encontraríamos em dez minutos no campo para dar início ao treinamento, afirmando que não toleraria atrasos, saindo em seguida. Como mencionei, o banheiro do alojamento era coletivo. Os chuveiros não tinham divisórias e nos boxes com bacia não tinham chuveiro. Ficou um silêncio entre nós cinco porque nenhum, obviamente, queria tomar banho na frente do outro. Nós não nos conhecíamos, era tudo muito novo, sem contar que aquilo nunca tinha acontecido com nenhum de nós. Mas Cândido, um dos caras, resolveu ter coragem. Tirou a roupa, ficou peladão, pegou uma toalha e entrou no chuveiro:

— Quem olhar pra mim é viado! — ele disse, rindo em seguida.

Nós caímos na gargalhada e vimos que não existia nenhum bicho de sete cabeças. Todos partimos pra debaixo do chuveiro. Nós tomamos banho conversando sobre nossas expectativas pro primeiro dia.

— Acho que ele vai pegar pesado — disse um dos caras.

— Não tenho preguiça não, to aqui pra pegar pesado mesmo! — disse um outro.

Marcio era o único que não falava nada, mas toda vez que eu o olhava, ele estava olhando para mim, sempre disfarçando quando notado. Ao perceber que ele estava realmente me olhando e disfarçando, eu passei a olhá-lo também. Eu nunca tinha visto outro cara nu. Nem meu pai, que morava comigo. Na verdade eu nunca tinha visto qualquer outro corpo nu pessoalmente, nem de mulher. Mas eu, ao olhar para Marcio, não pude deixar de notar o quão diferente de mim ele era. Ate aquele dia eu nunca havia tido a curiosidade de saber como era outro cara nu, porque eu não sentia atração por homens, mas eu olhei, eu realmente olhei. Marcio tinha um corpo mais fortinho que o meu: era baixinho, pele morena, com o peitoral definido e liso, barriga seca e com bastante pêlo do umbigo até o penis, pênis meio grossinho bem moreno com a pele sobre a glande e saco bem estirado, pernas peludinhas e grossas. Enquanto eu era magrelo, preto, alto, com quase nada de pêlo no corpo (porque não crescia), braços finos e desnutridos como o resto do corpo. Um consenso não proposital era que todos os caras tinham o pênis bem peludo, e todos aparentavam ter o mesmo tamanho, menos o meu, que era bem maior, mas eram bem diferentes na aparência. Ver Marcio pelado tomando banho me chamou a atenção e até aquele momento eu não entendia o motivo, eu só conseguia pensar o quão diferente era o seu corpo do meu, o seu pênis do meu. Mas aquela neura passou quando nos demos conta que a hora estava passando rápido. Nos vestimos lá mesmo no banheiro e fomos pro campo.

Assim que chegamos ao campo, o treinador nos apresentou ao resto dos moleques. Eram 15 meninos de nossa idade, que moravam no Rio mesmo, e estavam ali para completar a equipe. O treino correu legal. Treinamos passes e chutes de início e partimos para uma partida treino de 10x10. O entrosamento da galera era fenomenal, parecia que nós nos conhecíamos há meses. Marcio novamente foi a estrela do treino, dessa vez o cara meteu 3 gols... era brilhante dentro do campo. Depois do treino, fomos pro vestiário do campo à pedido do treinador. Lá, todo mundo ficou despojado, de cueca, conversando sobre os passes errados durante a partida. O treinador entrou e pediu para que prestássemos atenção no aviso que ele tinha para nos dar: Naquele fim de semana, iríamos ter nosso primeiro jogo como equipe do sub-18 num amistoso, seria a partida teste para saber se continuariam conosco ou não. Nós nos empolgamos pra caralho, prometemos dar nosso melhor durante os treinos e durante o tal amistoso. Conversamos por um tempo lá no vestiário sobre o que esperávamos do jogo e novamente Marcio, a estrela do time até então, não falava nada. Eu apenas o observava na minha, quieto, calado. Queria muito descobrir qual era a daquele cara.

O dia se passou e à noite, depois de jantarmos e ficarmos de frente à tv jogando tempo fora, fomos nos preparar para dormir. Demos boa noite e fomos para nossas camas. A bolsa que estava na cama ao lado da minha era de Marcio, somente naquele momento eu tinha percebido isso. Marcio fechou a porta do quarto e, pela primeira vez no dia, falou alguma coisa:

— Tranco? — ele se referiu à porta com um ar de desconfiança.

— Precisa não, eu acho. — eu não via necessidade de trancar a porta do quarto, não era como se alguém fosse invadir ou fazer alguma coisa.

— Beleza.

Marcio tirou a camisa, o calção e ficou só de cueca. Deitou-se na cama, pôs o braço direito na testa e fechou os olhos para dormir. Eu não pude deixar de notar o seu volume na cueca e compará-lo com o meu. Sua cueca era branca, de elástico, e estava bem velhinha, coisa normal antigamente nas cuecas estilo V. Por conta do calor, decidi fazer o mesmo: tirei minha roupa e deitei na cama de cueca, depois de apagar a luz. Naquela noite, minha mente ficou me lembrando da cena do banheiro no início do dia, de Marcio tomando banho e me olhando disfarçadamente. Ao olhar pro lado, eu não conseguia vê-lo por causa da escuridão no quarto, mas eu estava com a mente fresca, tinha acabado de ver o cara de cueca do meu lado. Tudo era novidade pra mim, por isso eu estava tão curioso e fazendo comparações o tempo todo do meu corpo com o dele.

Nos dias seguintes, a nossa rotina permaneceu a mesma: acordávamos, tomávamos banho, íamos treinar e passávamos o resto do dia no alojamento jogando conversa fora. Os moleques sempre comentavam o fato de Marcio ser calado, na dele, e não fazer amizade com a gente. Inclusive até me perguntavam se ele conversava comigo e eu sempre dizia que não, porque realmente não acontecia. Mas isso ia mudar, estava perto de mudar.

No domingo, na nossa primeira partida, ainda no vestiário enquanto vestíamos o uniforme, o treinador escalou o time: nós cinco do alojamento e mais seis dos outros moleques. Nos reunimos, ja prontos para entrar em campo e fizemos uma oração coletiva; no fim, juntamos nossas mãos e erguemos, juntos. Os caras foram saindo do vestiário e Marcio, antes de sair, olhou para mim e me desejou sorte, saindo em seguida. Dei um sorriso leve sem entender muito bem aquela simpatia, mas agradeço e fui pro campo. Nós ganhamos aquele jogo por 5x2. Dois gols meus, um de Marcio e dois de Alecsandro, um dos caras do time. A vibração do treinador e da equipe foi massa demais, nós comemoramos pra caralho no vestiário e ate rolou uma "viadagem" que eu não curtia muito: de fazer montinho coletivo em alguém só de cueca — não era proposital, apenas coincidia — e como eu fui o cara que mais marcou gol, o montinho foi em mim. Tive que relevar. O que me surpreendeu foi que Marcio, pela primeira vez, estava alegre, participativo, sorridente, conversando com os moleques. Marcio me parabenizou pelos dois gols com um aperto de mão bem firme, seguido de dois tapinhas nas minhas costas suadas. Nós sorrimos um para o outro e ali eu vi que o cara era, sim, gente boa.

À noite, nós recebemos umas pizzas e refrigerantes dos dirigentes do clube para comemorarmos a vitória estreante. Nós comemos no terraço do alojamento, onde batia a brisa da noite e conversamos enquanto isso.

— Que tu vai fazer quando a gente receber a grana? — perguntou Matheus.

— Vou num cabaré — disse José.

Nós rimos disso.

— Tô nessa, vou contigo! — disse Matheus.

— Já pensou, ir num cabaré e passar a mão nas mulheres... — José disparou.

— Bora a patota toda! — disse Cândido.

A turma tava marcando para ir a um cabaré transar. Nós éramos moleques, perto da maior idade, mas nunca tínhamos transado.

— Eu já passei a mão na minha prima, mas foi ela que pediu!

— Eu nunca fiz nada, só espiei minha vizinha botando o sutiã.

— Eu ja ouvi falar que é muito bom...

E os caras ficaram contando histórias sobre sexo, somente eu e Marcio não falamos nada. Acho que nós dois não tínhamos nada pra falar. Papo vai, papo vem, os caras decidiram ir dormir, deixando quase uma pizza inteira de lado. Eu ainda tinha fome, então continuei sentado comendo. Marcio também não levantou. Ficamos sentados, calados e comendo, observando a lua, quando um ou dois minutos depois:

— Tu vai também gastar o pagamento no cabaré com os moleques? — Marcio me fez essa pergunta rindo levemente.

— Ah vou nada! — ri também — Vou mandar uma parte pros meus pais, tão precisando lá, já ajuda. O resto eu guardo.

— Vou fazer isso aí também. Mandar um dinheiro tá ligado?

— Pro teus pais?

— Não.

Marcio não quis responder nada além de um "não", e eu também não perguntei mais nada. Esperei-o falar.

— Jogão o de hoje, tu ensinou como se joga.

— O artilheiro do time é tu, parceiro.

— Sou nada! Tu me passou nos gols hoje.

— Sai dessa. Tu é o artilheiro, só precisa falar mais.

Marcio riu. Nós trocamos mais um papo besta e fomos pro quarto dormir. Como todos os dias, Marcio tirou a roupa e deitou somente de cueca, e eu fiz o mesmo em seguida, apagando a luz do quarto antes. Mas aquele dia foi diferente.

— Até que não seria ruim ir com os moleques no cabaré, na moral. — Marcio falou.

— Ia ser bom pra descolar uma mulher.

— Tu ja fez sexo?

Demorei uns segundos para responder. Eu fiquei com vergonha de admitir que era virgem e ficar pra trás dele, que provavelmente já tinha transado com alguém.

— Nunca. E tu?

— Também não.

O cara que era bonito, meio carequinha, nariz afinado e boca bem desenhada, nunca tinha transado... aquilo me surpreendeu.

— Achei que tu ja tinha feito, cara — falei.

— Ainda não, mas sou louco pra experimentar. Na moral, colocar a piroca numa mulher deve ser parada de outro mundo...

Não sei porque, mas aquele papo tava me deixando excitado. Eu senti um friozinho de leve na barriga que desceu pro meu pênis e eu fiquei duro de imediato, sorte que não dava pra ver nada por causa do escuro.

— Deve ser daora. Eu fico pensando as vezes em como é a sensação.

— Ta ligando punheta? Então, deve ser tipo punheta, mas ao invés da mão é mais macio, molhado e quente. Um conhecido meu me dizia isso.

Meu pau estralou de tesão nesse momento. Coloquei minha mão direita em torno dele e apertei com força, senti minha cueca melando.

— Deve ser isso aí. Quando os moleques forem a gente vai com eles, na moral.

— Combinado.

Rimos de leve e nos calamos por um tempinho. Nada tirava da minha cabeça a necessidade de gozar naquele momento. Eu apertava com muita força meu pau contra a cueca e doía de tão duro que tava, de tanta vontade que tava de gozar. Eu não aguentei. Vesti meu calção e fui ao banheiro. Num dos boxes particulares, entrei, sentei na tampa da privada, tirei o calção e comecei uma punheta. Tava bem molhado, bem duro, bem gostoso. Meu pau nunca coube na minha mão, desde quando eu era mais novo sempre tive esse "problema", mas eu curtia ficar admirando, eu achava o máximo o fato de ser dotado (mesmo não conhecendo essa palavra naquela época). Meus olhos reviravam do tanto que aquilo tava gostoso... sei que gozei bastante na minha barriga e, sem querer, soltei uns gemidos baixinhos porque não consegui controlar. Naquele mesmo momento, ouvi o chuveiro sendo ligado e a agua começando a cair. Me assustei, era algum dos moleques. Esperei dois minutos para me limpar e meu pau abaixar para poder sair do box. Do lado de fora era Marcio tomando um banho, peladão, de olhos fechados.

— Banho essa hora? Um frio desse cara! — eu disse.

— Não tava conseguindo dormir. Tá calor demais. Água fria ajuda.

Marcio me olhou dos pés a cabeça. Ele percebeu alguma coisa de diferente em mim.

— Vai tomar banho também? - ele perguntou.

Eu decidi tomar banho porque eu tinha acabado de gozar, estava sujo por baixo do calção, querendo ou não.

— Bora ver se ajuda a dormir mesmo!

Tirei a roupa e entrei debaixo do chuveiro. Deixei minha cueca e o calção no chão e, de longe, deu pra ver que estava melado, mas não quis guardar ou dar a volta nisso, por mim Marcio não ia perceber.

Não lembro muito bem o que conversamos naquele momento, mas rimos um pouco de algumas piadas que ele contou. Mais uma vez eu percebi algumas olhadas diferentes que ele me dava, e eu retribuía, mas as minhas ele não percebia porque eu disfarçava, mesmo não sendo inteligente. As minhas olhadas praquele cara eram só pra comparação, eu curtia ficar olhando pro corpo dele e ficar buscando diferenças entre nós dois, entre dois caras prestes a se tornarem homens.

Quando acabamos o banho, Nos enrolamos na toalha e fomos pro quarto.

— Tranco? — Marcio perguntou após fechar a porta.

— Precisa não, cara.

Eu realmente não via necessidade em trancar a porta do quarto. Marcio não retrucou, só não trancou. Ele vestiu sua cueca e eu vesti a minha. Nós dois caímos na cama, demos boa noite e dormimos. Apesar de não ter acontecido nada até então, eu tava curtindo muito aqueles momentos com o Marcio, papo reto.

Nos dias seguintes, os treinos fluíram muito bem. Marcio estava entrosado com a equipe, brincando, tirando a onda dele, fazendo o que não fazia antes. E comigo ele tava buscando fazer uma amizade mais forte do que com os outros caras. Nos dois passamos a conversar, a nos ajudar nos treinos, ajudar na hora de marcar um gol aqui e outro lá... o cara era camisa 10 dentro e fora do campo.

Três ou quatro semanas depois, depois de uma vitória num jogo amistoso, o clube fez o nosso pagamento. Era uma quinta-feira. A gente comemorou pra caralho porque era mais dinheiro do que o prometido. Cada um fez seus planos com a grana e eu fiz aquilo que eu disse que faria: mandei pros meus pais uma parte e guardei o resto. Os moleques marcaram de ir no tal cabaré no sábado a noite, era perto do alojamento então não tinha problema sair e voltar tarde, ja que no domingo não haveria treino. Naquela quinta, antes de dormir, Marcio e eu conversamos no quarto sobre o cabaré, se a gente ia ou não.

— Os moleques tão marcando ja. Ja ta certo. A gente vai também né? — disse Marcio.

— Com certeza cara! Na moral to doido pra ver como é.

— Porra! A gente vai meter a piroca nas mulher lá! To ansioso!

Combinamos de ir também. Mas após aquele papo eu senti uma leve dor de barriga. Vesti o calção e, quando ia saindo do quarto:

— Vai tocar uma punheta de novo lá no banheiro né irmão? — Marcio riu.

Eu nada disse, só ri também, não levei a serio. Quando eu tava no banheiro fazendo o que todo mundo faz, ouvi a porta do banheiro abrindo e fechando bem devagarinho. O boxe do lado estava sendo ocupado, entraram e fecharam. Imaginei que fosse o Marcio, mas não disse nada. Uns segundos depois, comecei a ouvir um barulhinho diferente tipo um vai-e-vem e uma respiração mais ofegante, gostosa de ouvir. Eu demorei para ter a noção do que estava acontecendo, tive que prestar bastante atenção no som para poder entender. E quando entendi, fiquei de olhos arregalados, surpreso, nervoso, e um frio na barriga foi surgindo. Eu não quis esperar o final daquilo porque estava me deixando curioso, meio doido, não sei explicar, mas era diferente. Eu me limpei, saí do banheiro e fui pro quarto. Deitei e fingi que dormia. Na minha cabeça havia uma curiosidade incontrolável de ter a confirmação daquilo que eu tinha certeza: que Marcio tava tocando uma do meu lado. Mas na verdade eu queria mesmo entender porque ele tava fazendo aquilo, o que o motivou a chegar nesse ponto de tesao? Era loucura da minha cabeça. Eu não conseguia parar de pensar naquilo. Quando ele abriu a porta do quarto e foi se deitar, minha vontade de perguntar a ele foi tão grande, mas tão grande que eu não consegui abrir a boca. Parece ironia, mas foi isso mesmo. Decidi não perguntar nada e morrer com aquilo, fingir que nunca aconteceu. Mas ainda assim era difícil pra mim porque eu não sabia o que tava acontecendo comigo.

No dia seguinte, mais treino. Quando fiz um gol, Marcio ja veio me parabenizar, colocando sua mão em meu ombro e apertando. Ele também marcou gols e eu o parabenizei. Eu queria estar perto daquele cara o tempo todo e queria conversar com ele mais e mais. Na hora do banho eu não tirei o olho do corpo dele, só conseguia imaginar o cara tocando uma no boxe colado ao meu. Tive até que sair mais cedo do banho para não correr o risco de ficar excitado na frente dos caras. Eu tava todo estranho, sem entender nada do que tava acontecendo comigo. No almoço e no jantar, Marcio e eu trocamos ideias sobre a nossa vida, ele foi me contando coisas sobre os pais dele, eu contei sobre os meus. A gente tava alcançando um nível de intimidade muito grande.

Naquela sexta-feira, ja a noite, os moleques foram dormir e deixaram Marcio e eu conversando no terraço, como sempre acontecia. Nós conversamos umas besteiras e depois fomos pro quarto. Marcio perguntou, pela vigésima ou trigésima vez, se eu queria que ele trancasse a porta. Eu nunca entendia a persistência dele sobre isso porque todas as vezes eu dizia não, mas eu disse "sim" como resposta pela primeira vez só para fazer ele parar de me perguntar aquilo toda noite. Marcio trancou a porta, tirou seu calção e deitou. Eu fiz o mesmo de sempre.

— Boa noite, cara. — dei boa noite como educação, mas tava torcendo para ele puxar algum assunto.

— Vai dormir já?

— Tu não vai não?

— Vou nada. Vou conseguir não. Amanhã é dia!

— Dia de que?

— Tu esqueceu mané? A gente vai sair pra onde amanhã de noite?

— Ah, eu esqueci mesmo. Mas é isso, a gente vai la.

— Porra, to ansioso, to ansioso!

— E eu também. Na moral, vai ser bom demais.

— Eu vou escolher uma loira peituda e com a xereca bem peludinha. Porra, me amarro.

— Eu quero uma pretinha, da minha cor assim — eu disse.

— Porra eu quero qualquer uma. Só de pensar já fico maluco aqui. Imagina aí ela pulando em tu. Puta que pariu.

O papo daquele cara me deixava maluco. Se era as palavras que ele falava, ou o jeito que ele falava, eu não conseguia saber, mas funcionava: meu pau começou a endurecer durante a última frase dele.

— Porra nem fala! Tô maluco também — eu disse.

— Se tu ficar falando nisso ai, eu vou ter que tocar uma punheta — Marcio disse, rindo.

— Quem tá falando é tu cara! — eu ri também.

— Tá beleza! Bora dormir então!

— O sono passou cara. — eu não queria que aquele papo acabasse. Eu curtia pra caralho conversar sobre putaria com o Marcio e eu já tava com tesão nas alturas, cortar o papo ia fuder tudo.

— Passou aqui também.

— E agora?

— Agora tem que tocar a punheta! — ele disse, rindo novamente — Tô brincando, tô brincando!

— So com a punheta mesmo pro sono aparecer agora. Fica ai que eu vou no banheiro — eu disse rindo.

— Toca aí na cama mesmo. Porta tá trancada.

Dessa vez, Marcio não falou na brincadeira. Percebi na hora a sua entonação, e finalmente a questão da porta fez sentido pra mim. O cara só queria falar putaria a vontade e não ser descoberto, porque qualquer um dos caras podiam entrar.

— Tu toca aí e eu toco aqui — Marcio completou.

Eu não respondi nada de imediato porque eu não sabia o que dizer. Meu coração acelerou um pouco, mas a minha vontade era de dizer sim, não sei porque.

— Ja comecei aqui — Marcio falou.

Eu não pude ignorar isso. O cara tava na cama ao lado tocando uma. O mesmo da noite passada, mas dessa vez não tinha uma cabine nos dividindo. Eu escutei novamente aquele movimento com as mãos e a respiração ofegante dele, mas vinha de mais perto, era mais gostoso... Eu não tive o que fazer. Tirei a cueca e comecei a tocar uma também. Eu não queria imitá-lo, meus gemidos de sussurros saíam involuntariamente, aquilo estava gostoso ao extremo.

— Tu tá pensando em quê? — Marcio perguntou sussurrando, enquanto tocava sua punheta.

Sendo sincero, eu não tava pensando em nada, era o momento que me excitava, o fato de eu ta ali com o cara tocando uma quase que lado a lado, e também o fato de estarmos sussurrando putaria um pro outro.

— Em muita coisa, e tu?

— Tô pensando em nada, só to tocando.

— Eu também — eu tive que assumir.

— Ta gostoso?

— Demais mané...

— Imagina quando alguém te chupar amanha... quando tu sentir alguém encostando na piroca...

— Porra aí é loucura! — fui ao céu com essas palavras dele.

— Alguém pegando na tua piroca e colocando na boca, tu sentindo o quentinho...

— Shhhh, oohhhh! — não sei digitar gemido, mas foi esse o gemido que soltei.

— Caralho mané eu vou gozar! — Marcio anunciou.

— Porra eu também vou! — eu tava com o ápice do tesão quando Marcio disse aquilo.

Nós dois sussurramos nosso gemido de gozo e gozamos. Eu não fiquei com vergonha de gemer baixinho pro cara ouvir, ele fez o mesmo. Eu gozei pra caralho na minha barriga, e o gemido de Marcio me fez gozar um pouco mais que o normal.

Nossa respiração estava ofegante demais, não tinha como negar que aquilo tinha sido estranho mas grandiosamente gostoso.

— Gozei muito cara. To tremendo. — Marcio disse.

— Mané eu to todo melado. Todo mesmo.

— Puta que pariu tô tremendo de tesão.

— Isso foi bom demais, que onda.

Não falamos mais nada por aproximadamente um minuto.

— Aí, vou acender a luz, preciso limpar essa porra — Marcio quebrou o silêncio.

— Acende, vou me limpar também.

Marcio acendeu a luz do quarto... cara, que coisa magica. Não consigo, ate hoje, esquecer aquela cena. Marcio estava em pé perto da porta, com o peitoral completamente melado de porra já líquida e de pau durasso. O pau do cara era bonito pra caralho. Eu não tinha senso de beleza ou de comparação porque era a primeira vez que eu via o pau de outro cara naquele estado. Mas descrevendo pra quem ta curioso, era grande (chuto uns 17cm), grosso, com a glande exposta só ate a metade, com muita veia em cima e torto pra cima, pontudo. Era bonito demais, demais mesmo. O cara, ao acender a luz, me olhou sentado na cama e, quando eu me levantei, percebi de imediato que ele ficou deslumbrado ao me ver pelado naquele estado. Ele nada falou. Tentou disfarçar mas não dava, eu notei.

— A gente vai se limpar com que? — tentei quebrar o silêncio.

— Tem minha toalha aqui. Pega.

Eu peguei a toalha do cara e me limpei bem lentamente. Fiz de propósito só pro cara me olhar mais. Segurei meu pau bem firme, puxei-o pra trás bem devagar e fui limpando cada parte melada cuidadosamente e entreguei-lhe a toalha. Ao olhar para Marcio, vi que ele não tirava o olho do meu pau. Ainda estava duro como Rocha, mesmo o tesao tendo passado. Como falei, sempre tive o pau muito grande, e naquela idade já beirava os 20,5cm. Era impossível o cara não olhar. Mas eu tinha certeza que ele não tava só olhando, ele estava admirando. E por algum motivo eu estava amando aquilo, papo reto.

Eu observei, mais afastado, Marcio se limpar por completo. Ele jogou a toalha de canto, apagou a luz e deitou. Nós ficamos conversando o resto da noite sobre algumas coisas, mas não mencionamos o que tinha acabado de acontecer. Mas pelo menos aquele tinha sido o ponta-pé inicial para tudo o que viria.

Continua... essa é a 1/2.

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Comentários

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EXCELENTE. gosto muito dessas histórias que o contexto vai sendo apresentado... até que tudo vá acontecendo.

Continue narrando... curioso demais aqui... e tb todo gozado.

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Que delicia. Pena que não teve nem uma mão amiga mas também estou aqui todo gozado.

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DEMOROU DEMAIS. DEVIA POSTAR MAIS DO QUE UM CAPÍTULO POR VEZ. TÁ MUITO BOM.

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Muito bom. A descoberta sexual de 2 caras contada na 1ª pessoa. É sempre um tema muito excitante. Continua.

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