Muito além de uma simples traição.

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Heterossexual
Contém 3248 palavras
Data: 14/10/2022 00:28:26
Última revisão: 14/10/2022 00:50:55

Não vou dizer que tenho uma piroca de setecentos e quinze centímetros ou que sou o sósia do Brad Pitt. Muito pelo contrário, sou um cara normal, que leva uma vida normal e faz coisas de gente normal. Talvez o que me diferencie dos outros é a minha timidez. E quando digo timidez, falo de um estado quase patológico de inércia frente a uma mulher. Não importa se seja feia ou bonita, eu sempre travava.

Essa situação começou no início da adolescência e só foi piorando com o tempo. No meio dos homens, amigos ou conhecidos, eu até era um sujeito divertido, sociável e até bastante falador. Mas bastava entrar uma mulher na roda e eu ficava mudo. Não sei quantos de vocês assistiram a série The Big Bang theory, mas eu era igual ao Raj, o indiano. Só que no meu caso, nem o álcool ajudava.

Eu sou o Fernando. 1,78m de altura, cabelos e olhos negros e corpo atlético, mais esbelto do que forte. Hoje com trinta e dois anos anos e já curado das minhas mazelas da adolescência e início da vida adulta.

Para contar essa história da forma correta, precisamos voltar um pouco no tempo, mais precisamente ao início da adolescência.

Como toda regra tem a sua exceção, existia apenas uma garota, uma amiga de infância, com quem sempre tive um pouco de intimidade. Clara não era da minha roda de amigos, mas éramos vizinhos. Ela, um ano mais velha, conseguiu quebrar a minha timidez aos poucos. Não éramos colados. Na verdade, mais trocávamos cumprimentos cordiais do que tínhamos longas conversas. O bate-papo era raro e sempre rápido, geralmente em frente às nossas casas, ao chegar da escola ou no muro do fundo, que dividia nossos quintais.

Do ensino fundamental ao começo do ensino médio, eu sempre a ajudava em suas lições. Clara era a típica garota popular. Estava sempre rodeada de amigos, dava as melhores festas (que eu sempre recusava ir), trocava de namoradinhos como quem trocava de roupas. Enfim, ela estava sempre sob os holofotes.

Já eu, era o típico nerd. Estudioso e estranho. Óculos de grau, rosto cheio de espinhas, zero traquejo social… quando me procuravam, geralmente era para pedir ajuda em alguma matéria.

Nessa época, minha família era de classe média baixa. Meu pai metalúrgico e minha mãe, professora de inglês. Minha mãe sempre fora muito rigorosa em minha educação e aos doze anos, eu já era bilíngue. Acredito que mais fluente no inglês do que no português, dada a facilidade e a menor complexibilidade da língua estrangeira.

Por ser bolsista na escola que minha dava aulas, uma instituição tradicional, e sendo um dos melhores alunos de lá, acabei sendo selecionado no final do ensino fundamental para concorrer a bolsas de estudos em uma High School americana, o equivalente ao nosso ensino médio.

Rapidamente a notícia se espalhou e todos me viam como um felizardo. Virei uma celebridade de quinze minutos e passei as duas semanas seguintes, o tempo de espera do resultado, me escondendo do mundo.

Só Clara não tinha vindo tentar falar comigo. Logo que o resultado saiu e eu me vi entre os selecionados, o pânico tomou conta de mim. "Eu mal conseguia falar com brasileiros, como faria para me relacionar com americanos? E o pior, como meu pais conseguiriam dinheiro para me mandar para lá? Como eu viveria sozinho, sem saber cozinhar ou lavar uma roupa?" Esses pensamentos me assombravam.

A possibilidade de não ir era inexistente. Nas poucas semanas seguintes, antes da minha partida, minha mãe fazia longos discursos sobre o meu futuro, sobre aquela oportunidade única, sobre o quanto aquilo seria uma experiência maravilhosa na minha vida… meu pai apenas concordava, pois dentro de casa, quem mandava era ela.

Com toda a documentação pronta, uma semana antes da partida, fui levado por minha mãe ao escritório da empresa de intercâmbio. Lá me foi explicado como seriam os próximos quatro anos. A bolsa era completa: estudo, alimentação e moradia. Minha única preocupação seria aprender, mais nada. Um pouco mais calmo, tive aulas diárias com minha mãe. Ela me ensinou a usar a máquina de lavar, como cozinhar o básico, como arrumar um quarto e organizar as roupas… faltando apenas um dia, ouço a voz de Clara me chamando nos fundos de casa. Saio e sou recebido com um lindo sorriso:

- Está sozinho aí? Vi seus pais saindo mais cedo.

Sem entender, respondo:

- Estou sim. Meu pai foi trabalhar e minha mãe só deve voltar no começo da noite.

Clara pulou o muro e já foi entrando na cozinha. Eu estava confuso, mas a acompanhei. Ela perguntou:

- Então você vai mesmo?

Só nesse momento, ao reparar melhor em seu rosto, percebi que ela não estava normal. Sua fala estava um pouco arrastada, seus olhos vermelhos, ela ria de qualquer coisa. Eu respondi:

- Vou sim! É uma oportunidade única na vida. Se bobear, minha mãe me coloca à força no avião.

Clara se acabou de rir. Um riso intenso, potencializado pelo que quer que ela tenha consumido.

Sem que eu esperasse, ela veio caminhando em minha direção e me abraçou. O riso se transformou em lágrimas. Agora com uma voz pastosa, sofrida, ela disse:

- O único bom indo embora. Por que eu demorei tanto? Que burra eu fui. Você estava aqui o tempo todo e só agora eu me toquei.

Eu era tímido, não idiota. A fala dela tocou fundo em mim. Mas não só por minha mãe, eu também estava feliz com tudo o que acontecia em minha vida. Preferi me fazer de desentendido.

Clara veio subindo o rosto e respirando próximo ao meu pescoço, se esfregando em mim. O tempo parecia ter parado, as imagens estavam lentas e sem foco. De olhos fechados, senti seus lábios tocando os meus e sua língua me invadindo a boca. Meu primeiro beijo!

Tomada por uma fúria que eu desconhecia, Clara foi me empurrando até a sala e me fez sentar no sofá. Me fez não, praticamente me obrigou, com um empurrão forte em meu tórax e se sentando sobre mim na sequência. Realmente, alguma coisa estava diferente. Aquela Clara que estava ali, parecia possuída. Sem saber o que fazer, ou como agir, me deixei conduzir.

Ela me abraçava, me beijava e se esfregava em meu colo. Sua saia já havia se levantado e só o tecido fino da calcinha e do meu short impediam o contato total de nossos sexos. Meu pau reagiu em segundos e ao senti-lo, Clara se esfregava ainda mais forte:

- Não posso deixar você partir sem esse presente.

Eu estava entre a euforia e a realização. Clara era linda e tudo indicava que a minha primeira vez estava prestes a acontecer. Comecei a agir instintivamente, também a abracei e passei a retribuir seus beijos. Ela não parava de falar:

- Você merece ser o primeiro.

Eu não acreditava. Eu jamais poderia imaginar que aquela garota ainda era virgem. Aquilo não era possível. Clara dizia:

- Só você sempre me tratou com respeito. Nunca me procurou com segundas intenções.

Ela levantou os braços, me encarando. Por alguns segundos, eu não sabia o que fazer. Ela, descontraída e certa do que queria, me instruiu:

- Vamos, tire a minha blusa.

Um pouco atrapalhado, mas sem pestanejar, comecei a despi-la. Sua pele branquinha ia se revelando, o contorno dos seios… e lá estavam eles, biquinhos quase invisíveis, de aréolas quase do tom da pele. Intumescidos e apontando para mim, me convidando a apreciá-los.

Dei um beijinho carinhoso, bem leve e senti a mão de Clara em minha nuca, forçando o contato e me obrigando a abocanhar aqueles seios médios, já no final do desenvolvimento. Chupei, lambi, babei… não tinha a mínima ideia do que fazer, apenas fazia. Seus gemidos me diziam que eu estava no caminho certo. Seu rebolado em meu colo, davam a certeza que eu estava agradando:

- Que delícia! Se já é bom assim, imagina se soubesse o que faz.

Sua respiração ficava mais ofegante, seus movimentos mais ousados, até que ela se levantou do meu colo em um pulo:

- Para! Assim você vai acabar comigo.

A frustração foi inevitável, mas passageira. Clara pediu:

- Vamos para o seu quarto.

Levantei como um foguete e a segui corredor a dentro. Novamente, Clara me empurrou na cama e se jogou para cima de mim, me beijando e se esfregando toda. Tirei minha camisa e senti aqueles biquinhos durinhos espetando meu peito, pele com pele, eletricidade pura sendo trocada entre nossos corpos.

Clara mesmo, quase em desespero, retirou meu short, travando os olhos em meu pau, admirada e com um olhar malicioso. Senti suas mãos o envolverem por completo e o movimento ritmado da primeira punheta que eu ganhava de uma mulher. Eu só gemia, tentando falar palavras desconexas:

- Isso… gostoso… puta que pariu… que isso…

Curtindo o momento, o maior da minha vida até então, senti sua boca, quente e macia, engolindo a glande. Foram poucos segundos, mas intensos. Os melhores.

Quando dei por mim, Clara me montava, segurando o pau ereto e o direcionando para sua rachinha. Ela falou séria:

- Só temos uma oportunidade, não goze antes de mim. Fica quietinho, deixe que eu conduza. Se estiver chegando lá, me avisa que eu sei o que fazer.

Senti o membro sendo engolindo, uma leve resistência, e após uma mexida de quadril de Clara, ele finalmente encontrou o caminho e se enfiou totalmente entre suas carnes. Percebi um leve desconforto em seu rosto:

- Você está bem? Quer que eu tire?

Ela me olhou brava:

- Claro que não! Ardeu um pouquinho, mas já estou acostumando.

Como disse, não sou bobo, ficou claro que aquela não era a sua primeira vez. Mas quem iria reclamar? Eu é que não. Clara passou a cavalgar gostoso em mim, subindo e descendo aquele corpo perfeito e me levando ao delírio. Ela levava minhas mãos até os seios e pedia para eu apertá-los com carinho. Seu dedos friccionavam o próprio clitóris e ela gemia manhosa, ronronando como uma gatinha no cio:

- Aiiii… delícia! Você é gostosinho. Ãããã… me fode, seu safadinho.

Eu não queria decepcioná-la:

- Você é gostosa demais. Acho que está vindo…

Clara, sem parar de cavalgar, cravou as unhas em minha costela:

- Ai, caralho! O que foi isso? - Reclamei.

Sorrindo, ela me beijou:

- Passou a vontade?

Realmente, ela estava certa. Eu apenas confirmei:

- Claro que passou!

Ela foi direita:

- Relaxa então. - E voltou a me cavalgar e a gemer.

Clara rebolava gostoso, subindo e descendo por mais alguns minutos, aumentando os movimentos de sua mão no grelo e respirando pesado:

- Goza comigo, estou quase… vamos juntos!

Senti sua boceta apertando meu pau e as contrações em seu interior. Foi impossível resistir. Gozamos juntos, eu dentro dela e ela novamente me cravando as unhas, aos berros e eu, anestesiado pela sensação maravilhosa de prazer. Clara se deitou sobre o meu peito, acariciando os meus cabelos. Minha primeira vez tinha sido incrível.

Após alguns minutos de relaxamento, com ela acariciando meus cabelos e dando beijinhos no meu corpo, ela se sentou na cama, me olhou com ternura e disse:

- Você jamais se esquecerá de mim.

Eu a encarei completamente apaixonado. Enquanto se vestia, ela tinha mais a dizer:

- Quem sabe, quando você voltar, a gente possa continuar de onde paramos?

Aquilo era poesia para os meus ouvidos. Iludido, eu achava que quatro anos passariam voando e logo eu estaria de volta aos seus braços.

Já vestida, ela veio até mim e me deu um último beijo de tirar o fôlego. Se virou nos calcanhares e saiu, me deixando ali, nu e apaixonado.

Eu estava nas nuvens e durante o jantar, até minha mãe percebeu:

- Nossa, está tão animado assim para viajar? É a primeira vez que vejo esse sorriso de orelha a orelha em você.

Eu apenas concordei. Dormi aquela noite extasiado, já fazendo planos de como seria o futuro, de como eu voltaria ao Brasil ao terminar os estudos e Clara e eu teríamos um relacionamento longo e duradouro.

Embarquei no outro dia cheio de sonhos e com o único objetivo de cumprir os quatro anos letivos e logo retornar para a minha amada.

Mas a vida é aquilo que acontece enquanto fazemos nossos planos e rapidamente tudo mudaria. A falta de empatia do americano comum, a frieza do estrangeiro, me fizeram ficar à vontade. Acabei me enturmando rapidamente e os planos de voltar ao Brasil foram ficando para trás. Assim como, minha paixão por Clara.

O sexo se tornou uma coisa comum e eu já começava a ficar muito bom. As americanas não tem muito problema em fazer sexo. A perda da virgindade não é um tabu fora dos estados mais tradicionais, como o Texas por exemplo. Não era preciso vínculo afetivo e nem horas de conversa para isso. Se elas gostassem, o sexo era garantido.

Me tornei um amante mais completo e após concluir a High School, decidi tentar uma bolsa também para a universidade. Minha habilidade no vídeo game, me credenciou para uma bolsa na Robert Morris University, em Pittsburgh, na Pensilvânia.

As universitárias são ainda mais adeptas do sexo livre. É claro que existem as mulheres mais conservadoras, com fortes padrões morais e religiosos, mas a maioria, adorava uma boa farra. As festas de fraternidade eram regadas a álcool, sexo e drogas. Transei como nunca no primeiro ano, ainda mais por ser exótico, brasileiro e já ser um homem mais bonito do que feio. De um padrão bem diferente dos homens de lá e agraciado com toda a sexualidade natural que nos envolve. Os americanos acreditam que somos os povos mais sexuais do mundo. Acham que Brasileiros já nascem sabendo tudo sobre erotismo e sexualidade.

Foi lá, no meu segundo ano, que conheci Savana. Uma filha de brasileiros nascida por lá. Em pouco tempo estávamos juntos e não nos separamos mais. O que começou como uma relação casual, sexo sem compromisso, se transformou em uma enorme vontade de estar juntos.

Savana era uma garota incrível e muito parecida com Clara em tudo. Popular, articulada, paciente, gostosa e principalmente, sabia como chegar em mim, contornar minha timidez e falta de traquejo social. O sexo casual se transformou em um relacionamento e eu me sentia cada dia mais longe de Clara e apaixonado por Savana.

Mas muitas coisas me deixavam com o pé atrás. Savana tinha o costume de sumir por alguns dias e não dar a mínima satisfação. Para mim, era estranho, mas para eles, era normal. Americanos são menos sociáveis e mais diretos. Quando não gostam de uma coisa, não fazem rodeios ou dão desculpas. Eles não tem nenhum problema em falar não.

Achando que era apenas uma diferença cultural, eu acabava não me importando muito com nada daquilo. E principalmente, Savana também não me fazia cobranças. Ela pouco se lixava para o que eu fazia quando ela não estava por perto.

Por vezes, eu sempre a encontrava discutindo com um rapaz no campus da faculdade. Geralmente eu estava longe e sempre que eles me viam, acabavam cortando o assunto. Como nossos prédios eram distantes, ela sempre me via de longe, parecendo vigiar a minha chegada.

Da mesma forma que as Americanas tinham curiosidade com homens brasileiros, o mesmo não se poder falar do sexo masculino. Fazer amizade era quase impossível. Eu era mal visto, me chamavam de selvagem, bárbaro, imigrante…

Estar com Savana, uma americana, mesmo que de pais Brasileiros, era um insulto para eles. Eu era o excluído. Somente os latinos como eu se aproximavam de mim. Meus poucos amigos eram uma mexicano e um porto riquenho. Para completar, eu ainda trabalhava no restaurante da faculdade e era visto como um ser humano de valor inferior. Somente estrangeiros faziam esse tipo de serviço.

Eu estudava durante o dia, trabalhava no restaurante da faculdade nos intervalos e aos finais de semana, viajava com a equipe de e-sports para campeonatos pelo país.

Assim se passaram aqueles últimos três anos de faculdade e eu já estava de saco cheio, louco para voltar ao Brasil. Formado em sistemas de informação por uma faculdade americana, eu já estava sendo disputado de forma feroz pelas grandes empresas do Brasil.

Nos últimos três meses, uma coisa estranha começou a acontecer. Sempre que me viam, os americanos, que me odiavam, me chamavam das coisas mais pejorativas em sua língua. De garoto da selva, macaco branco a corno. Savana e eu já tínhamos conversado sobre tudo e o fim da relação era inevitável. Eu também já estava de saco cheio dos seus sumiços e da falta de comprometimento, que nem cogitei convidá-la para vir comigo. Dificilmente uma americana aceitaria.

Meu contato com Clara, por mensagens, tinha terminado logo nos primeiros três meses em que cheguei e sempre que eu pedia para fazer uma chamada de vídeo, ela recusava. Aquilo me cansou e eu mesmo parei de ligar ou enviar mensagens. Ela também nunca retornou.

Os prêmios ganhos nos campeonatos me fizeram guardar um ótimo dinheiro. O suficiente para começar uma vida sem muitas preocupações no Brasil. A primeira coisa seria comprar meu próprio apartamento e um carro. Voltar a morar com os pais depois de uma experiência internacional, não era uma opção.

Depois de algumas entrevistas, acabei me decidindo por trabalhar em uma multinacional do ramo alimentício, com sede na minha cidade natal. O cargo era ótimo, o segundo em comando do TI da empresa e o salário, para o Brasil, astronômico.

Com tudo pronto, relacionamento com Savana terminado, formado e já empregado, faltando um dia para a minha partida, Savana me procurou e disse que tinha entrado com a documentação e queria me fazer uma surpresa: ir comigo para o Brasil.

Confesso que aquilo me pegou completamente desprevenido, mas o meu sentimento por ela era verdadeiro. Não consegui negar. Fizemos amor naquela noite e embarcamos juntos para o Brasil no dia seguinte. Savana parecia preocupada, mas disse que era apenas por causa da mudança. Mesmo sendo filha de brasileiros, tudo seria novo para ela.

Com a escala, a viagem durou quase um dia inteiro. Chegamos a São Paulo esgotados. Meu pai e minha mãe estavam nos esperando e ficaram muito felizes por conhecer Savana. Na cabeça deles, eu nem voltaria mais. Ainda teríamos mais uma pequena viagem pela frente até minha cidade natal. Chegamos quase de madrugada e só pensávamos em dormir uma boa noite de sono.

Eu acordei cedo no dia seguinte. Um dos costumes que adquiri, era correr durante as primeiras horas da manhã, antes de estar na faculdade e servir o café dos estudantes. Me arrumei e fui correr pelo meu antigo bairro, que não havia mudado nada nos oitos anos em que fiquei fora. Tirando algumas lojas que não existiam mais, as casas eram as mesmas, os pontos de encontro tradicionais estavam lá, a praça principal do mesmo jeito… deu uma volta completa e ao retornar, meu pai estava saindo da padaria, com um pacote de pães quentinho na mão. Ao me ver, ele disse:

- Filho, olha quem está aqui.

Ao sair da frente, me dando a visão da pessoa, lá estava ela. Ainda mais bonita do que eu me lembrava. Clara tinha encorpado mais, estava com os cabelos tingidos de loiro e seu sorriso continuava radiante. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, uma criança de no máximo sete, oito anos, agarrou o seu vestido:

- Mamãe, você prometeu que ia comprar pão de queijo.

Clara me olhou assustada, não conseguindo falar nada. O garotinho era a sua cara. Menos os olhos e os cabelos, que eram negros como a noite.

Continua.

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Comentários

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Cara! Muito bom ....será que está criança que está com clara e teu! Bom...e Savana? Vai aprontar contigo Hem! Fique esperto.!

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Muito bom seu conto,vou continuar a ler, parabéns muito bem narrado

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Escreve muito bem! Até aqui não dá pra saber ainda o foco, deixando a pessoa curiosa a continuar. Vou comentando nos outros!

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Porra, mulher! Que raba é essa. Seu marido tá passando bem. 🤣🤣🤣

Estou acompanhando sua história.

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Dogão Safado, hahaha, estou zoando. Amigo travesso, eu recebi a dica de ler seu conto, mas estava enrolado. Desculpe demorar. Gostei da narrativa, dos detalhes, da construção da trama, embora de certa forma seja mais ou menos fácil saber o rumo da história, ela foi sendo construída com cuidado, e com boa narrativa, o que nos prende. Não houve surpresa, a não ser esse misterioso jeito da Savana de ser, e que pode nos indicar boas fontes de conflito. Gostei da primeira parte, e está de parabéns pelo texto. 3 Estrelas. Ando sem tempo. Mas vou tentar ler mais rápido. Nada posso dizer mais por já ter publicado mais partes que eu vou ler.

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Da minha trinca de escritores favoritos tualmente, só faltava você comentar aqui. Obrigado pelos elogios.

Acompanho você desde os primeiros textos. Junto ao Candir e a jornalista777, formam a trindade dos melhores para mim, os pioneiros.

E agora, na nova geração, temos Mark, as meninas do ménage, Neto, Max, Bukowisk.

É um prazer tê-lo por aqui comentando.

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putz...o bebê eu adivinhei que viria. Belo relato vc escreve.muito bem parabéns

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Obrigado pela recepção!

Fique tranquilo quanto ao resto, na terceira parte tem uma resposta minha bem objetiva sobre o que eu penso.

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Excelente conto Naughtydog! Muito bem escrito, toda a dinâmica e ricos detalhes para descrever a situação, em particular a primeira transa dele, perfeita. Bacana, imaginando os rumos que a vida dele vai ter, supondo ser ele o pai da criança… rsrsrs

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Cara, sem palavras! Um capítulo foda como esse logo de início já vai avisando que tua série vai ser excepcional!

Parabéns!

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O conto é bom mas estou prevendo que nao tem prazer sem dor. Nao vou nem continuar. Votado

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Começo interessante. Notei uma semelhança com alguns contos já publicados aqui, o que é bom porque são contos de qualidade. Prevejo o surgimento de mais um escritor diferenciado no site. Boa sorte e tem as minhas estrelas.

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Concordo! Mas sendo um conto de traição, não seria muito diferente.

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...estou gostando da história...RS...continue...👁

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Vara legal sua história, gostei, realmente muito interessante, com certeza, os próximos vão ser mais interessantes ainda... bem legal

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Te acompanho desde o começo. Renata e Amanda são ótimos contos. Como disse as meninas, também é um prazer tê-lo aqui. Obrigado pelo apoio.

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