Diários de caça - Capítulo 6 – Família, gênero e espécie

Um conto erótico de Fábio Mendes
Categoria: Homossexual
Contém 5361 palavras
Data: 16/11/2022 09:17:39

Em seu trabalho, “Totem e tabu”, Freud nos dá uma análise bastante interessante de como a sociedade, ao longo dos anos, foi organizando suas estruturas de forma a decidir e controlar as relações sexuais humanas. Muito ainda se polemiza sobre o incesto, problema esse que não observamos em praticamente nenhuma outra espécie. Seja entre irmãos ou primos. Mesmo sabendo que há dados científicos que provam que, para fins reprodutivos, tal ação tende a ajudar a perpetuar problemas genéticos no material familiar, é no mínimo engraçado a permanência de certos entendimentos de com quem podemos nos deitar. Pois, em pleno o séc. XXI, onde transar e reproduzir já foram devidamente desvinculados e, em geral, a sociedade entende que sexo não tem essa como única finalidade, ainda observamos as permanências de certos tabus, mostrando que nossa liberdade sexual ainda está passando por um processo de evolução.

Agora, feita essa pequena explanação, continuemos com a temporada que passei na casa dos meus primos. Pois esta ainda me guardava a maior surpresa de todas. Que ocorreu na manhã do dia seguinte a festa.

Acordei com o pescoço doendo, pois havia dormido em má posição e aquele travesseiro que me deram era também mais duro do que eu estava acostumado. Levantei e notei que meus primos já estavam de pé. Estranho, a julgar que eles dormiam mais que eu. Mas eu já estava entendendo que não conhecia mais Lucas e Thales como antigamente.

Saí do quarto e a casa estava silenciosa. Meus tios, pela hora, já tinham saído para trabalhar. Então eu fui até o quarto deles atrás de um outro travesseiro, pois sabia que eram guardados no baú abaixo da cama.

Entrei direto e me espantei com o que vi:

meus tios, de fato, não estavam, mas não esperava ver meus primos ali. Ambos estavam deitados na cama. Thales, completamente nu, se colocava deitado de barriga pra cima, de pernas abertas, recebendo carinhos do irmão na região do rego. Lucas ainda usava o short de dormir, mas tinha o órgão duro pra fora. O mais novo o beijava e massageava seu pau. Ambos gemiam baixinho, ocultos e perdidos no êxtase até o som da porta os despertar em um salto.

- Ai, caralho. Desculpa - levei um susto e saí do quarto às pressas, fechando a porta.

Ainda fiquei estático do lado de fora, sem saber o que fazer. Até ouvir a voz de Lucas:

- Você falou que tinha trancado a porta.

- Não, perguntei se você tinha trancado - rebateu o mais novo.

Decidi sair dali e ir pra cozinha. Meu sono já tinha se perdido e até meu torcicolo sarado

Fiquei na cozinha e peguei um pouco de iogurte com frutas. Comi em silêncio quando uma vontade irrefreável de rir começou a me acometer.

Os dois ainda não tinham saído do quarto. A casa, em profundo silêncio, parecia morta. A cena de poucos minutos ainda era passada em minha cabeça e me deixou excitado. Mas talvez, o que mais me deixava aceso era o fato de que, pela primeira vez desde que eu chegara ali, eram meus primos quem estavam na situação de saia justa.

Quando enfim chegaram, com aquelas caras de cachorro que comeram o chinelo, pude ter certeza que, por mais liberais que fossem, ainda assim haviam limites e o que eles estavam fazendo no quarto era um desses tabus. Que gostavam, mas que não queriam que ninguém soubesse.

Naquele momento, me sentindo enfim por cima da onda, fiquei tentado a brincar com a situação. Então, nada falei, tomando meu café da manhã em silêncio e esperando eles se explicarem.

- Ah, primo - Lucas começou, tentando parecer descolado, sorrindo, enquanto o irmão os servia com suco e umas torradas - eu... Não sei o que você viu... Só.

- Relaxa - pareci casual - Tá tudo bem

Ele sorriu sem graça

- Sim, mas... Não sei se você viu algo... Se entendeu e...

- Vocês estavam fazendo meinha. - completei naturalmente - por mim, beleza.

Eles se entreolharam, desconfortáveis.

- Desculpa. Não sei se é assim que vocês chamam aqui na cidade – completei.

- Não é bem isso - Thales tentou argumentar. - Só... Curtimos umas brincadeiras. É mais uma broderagem.

- Uma o que?

- Só uma parada que fazemos entre amigos. Não tem nada haver com ser gay nem nada.

- Hum. Vocês se beijam? - questionei.

- Aham - Lucas respondeu, sem graça.

- E curtem brincar pelados um com o outro. Mexendo no pau um do outro - não era uma pergunta e eu me diverti, sentindo eles encolherem - Pra mim parece meinha.

A verdade era que eu já tinha ouvido àquela expressão. Na verdade era só mais uma das muitas que as pessoas usavam para categorizar suas brincadeiras entre garotos, tentando fugir do rótulo de sexual.

Mas, como eles me viam como o primo capiau, achei que seria divertido bancar o papel e deixar eles mais sem graça.

- Você não vai entender, primo - Thales tentou intervir.

- Não tem muito o que entender. Na minha cidade têm uns garotos que curtem, são mais afeminados e tal. De vez em quando alguém leva um deles pro meio do mato e ganha uma mamada, ou alivia o saco comendo ele. Nada demais.

E para pôr a cereja no bolo, completei:

- Dos dois aí, quem dá?

Por pouco não recebo na cara o jato de suco que escapou da boca de Lucas, tamanho o susto que minha pergunta causou.

- Não. Não tem isso não. - tossiu

- Não, primo. Tu entendeu errado - Thales tentou ajudar. Enquanto pegava um pano para secar a bagunça.

- Qual o problema? - me fiz de absorto

- É que ninguém dá não. Digo. Não somos gays, entende?

Fiz minha melhor cara de estranheza e fiquei em silêncio.

- Assim, curtimos uma coisa e outra. Mas penetração... - essa última palavra foi dita com uma espécie de repulsa. Thales olhava pro irmão atrás de ajuda.

- Então ele dedar seu cu, belezinha? Mas meter... É proibido? - questionei.

Silêncio. Não esperei eles responderem:

- Tá bom - dei de ombros e voltei para meu iogurte, deixando apenas o silêncio ser interrompido por um riso ocasional, o qual eu não explicava o motivo, apenas para ver eles se mexerem desconfortáveis em suas cadeiras.

Achei que aquela minha brincadeira ia perder logo a graça, mas me enganei. Quando minha tia chegou em casa, foi ainda melhor. Fui ajudar na cozinha e, enquanto conversávamos, pude notar que eles estavam sentados na sala, próximos, aparentemente jogando um jogo de cartas.

Mas tive certeza de que minha conversa com a mãe deles era muito bem acompanhada. Então fiz um teste:

- Nossa, Fábio, que rapaz prendado é você. Queria que meus filhos tivessem esse interesse.

Recebi esse elogio e aproveitei a deixa.

- Thales e Lucas fazem muitas coisas, tia - relativizei, falando o nome deles e percebendo os dois erguerem rapidamente a cabeça.

Pareciam dois suricatos no deserto, atentos a chegada do predador.

Jantamos e os dois não tiravam aquela cara de cachorro que caiu da mudança. Percebi então que era hora de parar com a tortura ou minha estadia ali seria um saco. Talvez fosse hora de mudar a estratégia

Naquela noite não sairíamos. Após a janta, Thales foi se arrumar. Tinha um aniversário para ir e Lucas não estava com a menor vontade. Resolvi então ficar em casa com meu primo mais velho. Assumi o lugar do caçula no jogo de cartas. Meu tio ia ficar de plantão na delegacia e não iria pra casa.

Deu 22h e minha tia logo foi se recolher, ficando apenas eu e ele na sala. Jogamos em silêncio, boa parte, até eu resolver quebrar aquilo:

- Posso fazer uma pergunta?

Ele me olhou desconfiado, mas concordou.

- Só uma dúvida - completei - Assim... Você e seu irmão - segurei a vontade de rir ao o ver ficar tenso - O que rola, afinal? Digo. Vocês se beijam na boca. Brincam pelados um com o outro... Você até admitiu que beija outros caras em uma festa, então...

Apesar de gostar da reação desconfortável que minhas perguntas faziam, também era verdade que eu estava intrigado com tudo aquilo. Acho que nunca tive problemas em admitir pra mim mesmo minha bissexualidade. Apenas a escondia por reconhecer as dificuldades de me assumir no lugar onde resido.

Admito também que tais hábitos acabaram criando em mim uma trava, tal como quando não consegui beijar o garoto na festa, mesmo querendo e sabendo que seria socialmente aceito no lugar onde estava. Mas mesmo assim, eu não conseguia entender porque meus primos, que viviam em um ambiente muito mais liberal, criavam tais regras para tentar tangenciar assumirem que gostavam de fazer sexo com outros homens.

- Você está me zoando - ele parou de jogar.

- Não. Não. Juro - corrigi, sabendo que era hora de parar de brincar - O que eu digo é... Pra mim é estranho pois, vocês acham super normal um monte de coisas, mas outras não. Parecem regras de etiqueta.

Ele deu um meio sorriso.

- Sei lá, na verdade - admitiu - Só. Não me vejo comendo um cara. Nem dando então...

- Mas já experimentou?

- Não. E você?

- Já.

Minha sinceridade o atingiu em cheio

- Sério?

- Aham. Já comi... Alguns rabos - e ri, sacana.

- Caramba - e ficou um minuto em silêncio

Eu deixei sua mente maquinar.

- Mas fala aí agora. O que você já fez? Pode falar pra mim - e me inclinei pra frente, para falarmos mais baixo, em cumplicidade.

Ele riu, mas se inclinou também.

- Assim... Umas brincadeiras só. Já ficamos eu e uns colegas do Cross, no vestiário. Batendo um para o outro, sabe?

- E aquele estagiário? Participou?

- Não. Não - riu - Se ele tivesse lá, ia ser estranho.

- Por que? Ah tah. Ele é gay e vocês não - brinquei, cruzando os braços.

- Você não entenderia. Na sua terra deve ser mais fácil - rebateu, sem graça.

- Ah sim, esqueci que sou roceiro pra você - ataquei com maldade e ele logo se arrependeu.

- Não. Não é isso. Desculpa... Não quis dizer isso.

- Relaxa - e dei de ombros - Mas você está enganado. Na minha terra, não há espaço para viado. Esses caras que dão no mato são execrados. Pior, muitas vezes por aqueles que os comem. Esses não se veem como veados, mas como caras que comem veados. Pra eles, acho, é o mesmo que comer um cabrito. Como se o passivo fosse de uma espécie diferente e ficam de boa com isso enquanto apontam o dedo pros outros - então comecei a rir, caindo enfim a ficha - Eh. Acho que não é tão diferente assim aqui ou lá.

Ficamos em silêncio e eu pensando em um milhão de coisas.

- Mas só fico pensando. Vocês lá, no crossfit, com aquele garoto que tá na cara que curte. Se fosse na minha terra, botavam ele na roda e mandavam brasa. Mas isso não quer dizer que qualquer um assumiria que sentiram tesão nele. Seria algo feito na farra, sacou?

Lucas ouvia minha epifania, mas não parecia tão reflexivo. O interesse dele devia estar convergindo para um outro ponto do assunto. O qual eu julguei saber ao ver ele mexendo no pau.

Então, resolvi tentar seguir por esse caminhão - Imagina, você e tua galera enrabando ele no vestiário? Pra mim, isso que é parceria entre homens. Afinal, em amizade é assim, não? Alguém sempre cede alguma coisa. Aposto que o estagiário não se importaria de ceder pra vocês se divertirem.

Minhas palavras entravam como veneno. Podia ver a ideia penetrando e encontrando terreno fértil em sua cabeça.

Tentando fugir do efeito, ele se levantou correndo e pegou os copos e talheres que usávamos.

- Eh, tá tarde. Melhor lavar essa louça logo. Deixa comigo - fez sinal para me impedir, ao me ver levantar - minha mãe já ralhou comigo por você fazer a comida e eu não. Deixa a louça comigo.

- Posso te ajudar - ofereci.

- Não! - e fez sinal novamente com a mão. Sua ânsia em me conter fez eu me sentir como um leão, prestes a dar o bote. Meu primo estava assustado. E isso me animou ainda mais.

Na verdade, não sabia o que me animava mais. Pois não era o desejo da caça comum, que eu sempre senti. Este tinha um tempero especial. Desejar alguém tão próximo a mim dessa forma, sangue do meu sangue, e ainda tendo minha tia dormindo no cômodo ao lado. Todo esse ambiente familiar me fez sentir como se caçasse um membro de minha própria espécie. Uma caça canibal.

Em alguns casos, o canibalismo é uma opção em tempos de escassez de comida, em outros casos é um estilo de vida ou uma iguaria digna de experimentação. E aquela era uma iguaria, com certeza. Lembrar que aquele garoto gordinho tinha crescido e se tornado aquele homem delicioso. Que apesar de ser maior e mais forte que eu, se acuava como um filhote diante de mim. Na savana, os leões, quando assumiam o posto de macho Alfa, devoravam os filhotes do antigo líder como garantia que sua linhagem seria a que se perpetuaria. Algo parecido ocorria ali. Pois eu, como macho alfa, iria garantir que aquele leãozinho ainda seria dócil a minha vontade. Tal era como nos tempos de infância, em que eu garantia minha supremacia pela força.

Olhei mais uma vez seu corpo, aprovando. Vi o volume em seu short e o que uma simples conversa causou. Ele foi pra cozinha e eu esperei uns segundos e o segui.

- Pode sentar, Fábio. Eu cuido aqui. - falou rispidamente. Com uma leve pontada de medo. Um tipo de prazer tão pitoresco.

Me segurei para não rir .

- Só vim te fazer companhia - cruzei os braços, relaxado, e o olhei descaradamente de cima a baixo enquanto lavava a louça.

- O que foi? - interrompeu o que fazia.

- Relaxa, primo. Estou só conferindo umas coisas.

- Que merda é essa?

- Continua lavando. Tá desperdiçando a maior água aí, com essa torneira aberta sem lavar

Ele fechou, mas não voltou a lavar.

- Por que você tá me olhando assim?

- Só estou avaliando - repeti e me aproximei, sentindo ele se encolher. - Lava logo essa louça, pra gente ir pro quarto.

Ele tentou passar a esponja nos talheres, mas não conseguia se concentrar. Em especial quando alisei sus costas com o nó do dedo indicador. Ele arrepiou na hora.

- Uma pena você não curtir dar, sabia - comentei, olhando a bunda dele - conheço muitas meninas que não tem metade da bunda que você tem

Ele riu, nervoso

- Tá. Mas dá pra parar? - pediu. Quase implorando.

Obedeci. Não falei mais nada, mas alisei sua bunda. Ele deu um salto, como se eu o tivesse tocado com ferro em brasa. Eu o empurrei, o mantendo rente a pia.

- Qual é primo? Você e teu irmão se tocam mais.

- Mas eu sei que meu irmão não vai passar dos limites

- Está dizendo que não confia em mim? - me fiz de ofendido

- Isso mesmo - respondeu na minha cara

- Caramba, e eu achei que tivéssemos uma ligação - baixei a cabeça, com um leve desanimo. Só para depois voltar com tudo - deixa eu tirar essa impressão que você tem de mim. Que tal?

E colei atrás dele. Lucas tentou virar mas eu o segurei novamente.

- Olha a merda que tá fazendo aí. - alertei - sujando a pia toda. Lava esse negócio direito, garoto.

- Sai daí - rosnou

- Relaxa. Relaxa se não eu não saio. Deixa eu só te provar, beleza? Só vou te mostrar.

- Caralho - praguejou, mas o senti desistir de brigar.

Então, alisei de leve por cima do short, uma bunda durinha. Aí, o segurei pelas laterais e desnudei, só as nádegas. Ele ia se queixar, mas eu o detive

- Relaxa. Eu falei. Continua lavando

Mas ele não mexeu mais na louça. Ficou quieto, concentrado, de olho em cada movimento meu.

Com a bunda a mostra, eu rocei de leve, sem botar meu pau pra fora, pois sabia que isso o faria fugir. Percebendo que estava relaxando, continuei meu joguinho. Alisei seu peito, abraçando por trás, depois seus braços, alisei de leve meu rosto por suas costas, respirando e sentindo seu cheiro. O cheiro do medo, mas também do tesão. Os animais liberam feromônios distintos dependendo da situação. Por alguma razão, meu faro sempre foi apurado para esses dois. Gostava do odor que deixava na pele desses dois elementos em sincronia. O prazer de sentir a presa acuada, sem ter para onde correr, mas também sem o menor desejo de fugir. Sentiria o Louva Deus tais sentimentos quando se via prestes a ser devorado por sua parceira durante o coito?

O ajudei a tirar a blusa e arriei mais seu short, soltando e deixando cair no chão. Dei uma boa olhada em seu corpo nu e pude fazer uma avaliação mais precisa: meu primo estava muito gostoso. As costas cortadas pelo desenho dos músculos, a cintura fina e as ancas grossas. Não era uma bunda muito empinada, mas grande. Duas nádegas redondas e fartas.

Voltei a abraçar, lambendo suas custas até a nuca. Precisei ficar na ponta dos pés. Meu pau, ainda dentro no short, tocou a linha de suas nádegas. Sua mão foi rapidamente para trás, mas o que eu pensei que seria uma expulsão, virou uma boa pegada, seguida de massagem.

- Você sempre teve um pirocão - comentou, respirando baixinho.

Ainda na ponta dos pés, eu virei seu rosto e o beijei. Lucas apertou meu volume mais forte ainda. Enfiando a mão dentro do meu short. Eu alisei sua barriga e agarrei seu pau. O dele não era grande, mas era grosso. Estrangulei com força ,fazendo a cabeça saltar. Lucas gemeu mais.

- Vamos pro quarto - ele sugeriu

Então, deixamos as coisas como estavam e fomos.

Passamos pelo quarto de minha tia e a televisão ligada anunciou que ainda estava acordada. Lucas fez sinal para fazermos silêncio e entramos. Eu lembrei de trancar a porta após entrar. Ali dentro, tirei o short e meu primo ficou admirando meu corpo. Pegou meu pau com uma mão, e bateu na palma da aberta da outra, como se fosse um cassetete

- Caralho. - foi tudo o que comentou.

Investiu então, e me beijou. Retribui, sentindo o roçar de sua barba em minha boca. O trouxe para perto, espremendo nossos corpos um no outro e fazendo nossos membros colidirem em um duelo.

Beijei seu pescoço e fui descendo até o peito. Mordisquei um mamilo e ele tremeu

- Ai - chiou.

- Exagerei? - perguntei e ele sorriu

- Faz de novo

Rimos e eu obedeci. Brinquei com o peitoral dele, dando umas mordidinhas vez ou outra. Enfraquecido pelo tesão, o fui guiando até a cama, onde o deitei. Lucas me puxou e voltou a me beijar. Rolamos e nos agarramos, roçando todo o corpo um no outro.

Foi a vez dele de ficar por cima. Segurou meus braços junto a cama, deixando-me de barriga pra cima. Dali, seguiu lambendo minha pele. Rosto, pescoço. Me soltou e continuou descendo. Chegando até a virilha. Lambeu e chupou tudo meu saco. Eu então lhe ofereci o pau.

- Não, não chupo - recusou, sorrindo.

Eu não ia entrar em uma discussão sobre as diferenças conceituais em chupar o saco e um pau, então apenas o deixei continuar do seu jeito.

Desceu pelas minhas pernas e chegou aos meus pés. Nesse momento, senti cócegas e tentei tirar o pé. Ele o segurou, olhando-me com maldade

- Então você sente cócegas?- e começou a lamber.

Eu gargalhei, tendo de me segurar para não fazer muito barulho e também não o chutar com força devido aos espasmos. Meu primo se divertia e eu gostei. As cócegas eram suportáveis e então eu o deixei brincar mais um pouco. Só depois de ele ter se divertido o bastante, eu o agarrei pelas axilas e joguei no colchão. Fiquei por cima e o virei de bruços.

- Que isso - surpreendeu-se com a facilidade com que o virei. Ele podia ser mais musculoso, mas eu ainda era mais forte.

- Minha vez de testar uma coisa - sibilei.

- Não vai meter, né?

- Confia em mim - o prendi, quando fez menção de tentar levantar. - vai gostar. E não, não vou meter - completei, quando vi que tentava de novo voltar a ficar de barriga pra cima..

Aproveitei que parou de brigar uns instantes e dei o bote certeiro em meu alvo. Abri suas nádegas e enfiei o rosto. A língua atingiu o alvo certeiramente.

-Ahhh - o grito de susto foi alto e ele logo levou a mão a boca

Paramos os dois, em completo silêncio, para ver se nosso esporro havia atraído a tia. Nada, nenhum ruído. Ainda devia estar dormindo.

- Faz silêncio - sussurrei.

- Desculpa.

Eu desci novamente, e voltei a lamber. Desta vez, Lucas pegou os travesseiros a seu lado e levou ao rosto. Enquanto gemia e respirava de forma pesada.

O senti abrir as pernas, e empinar a bunda, bem mais relaxado. Deitei na cama e aproveitei melhor aquela bunda. Beijei, lambi, mordi. Cheguei até a apoiar minha cabeça, afundando a cara como em um travesseiro.

Abri novamente as nádegas e lambi o orifício, que piscou. Um buraco fechadinho, virgem. Estava doido para inserir meu primo na lista dos rabos que deflorei, mas sabia que se isso acontecesse, não seria naquela noite. Ele ainda precisava relaxar mais.

Esbaldei-me naquela bunda gostosa o quanto pude, e depois fui subindo e beijei suas costas, até chegar a nuca, novamente.

Meu pau roçou em suas nádegas, que enriqueceram, fechando passagem.

- Fica calmo, primo. Se eu quisesse te foder, já teria feito. - falei ao teu ouvido. - deixa só eu brincar.

E comecei a roçar, de leve, alisando o pau na região entre as nádegas.

Ele estava todo arrepiado, gemendo contido pelos travesseiros. Até que, num momento, levou a mão pra trás e me empurrou. Voltou a deitar ao meu lado e pegou meu pau, depois, conduziu a minha mão até o dele.

Olhando-me nos olhos, começou a me masturbar. Eu fiz o mesmo por ele.

Nossas respirações começavam a entrar em sincronismo. Nossos olhos não desgrudavam um do outro e a pressão que investíamos no órgão do outro ia ficando maior, mais intensa.

- Vou gozar - sussurrou, num espasmo.

Eu também já estava a ponto de bala. Ejaculamos na pele um do outro e, sentindo o alívio proporcionado, caímos exaustos, com o tórax sujo de sêmen.

- Eh. Admito que é legal - falei por fim - Mas ainda não supera comer um rabo

Ele riu.

- Quem sabe um dia não descolamos um - ponderou.

- Um não. O seu - ataquei e ele me olhou surpreso, então sorriu.

- Você e suas piadas

E levantou para se lavar. Mesmo tentando levar na farra, deu para sentir em seu olhar que ele havia sacado a ameaça. Olhei aquela bunda gostosa ao sair, conforme ele caminhava até banheiro.

Após o orgasmo e um banho, caímos exaustos. Mas não necessariamente com sono. Como de praxe, Lucas dormiu logo, mas fez questão de deitar de frente pra mim, creio que com medo de deixar a retaguarda a mostra pra minha ameaça.

Continuei acordado, sentindo o tesão me queimar por dentro. A brincadeira com Lucas, ao invés de me acalmar, só me deixou mais aceso.

Nem sei quanto tempo fiquei ali em claro, virando de um lado a outro e olhando meu primo dormir. Cada vez mais aquela presa dormindo me era mais e mais suculenta. Meu pau, recusando-se a amolecer, implorava por penetrar.

Eu já ia me levantando e partindo pra cima dele quando foi salvo pelo gongo. Ouço a porta da sala abrir. Thales havia chegado. Foi direto ao banheiro e se lavou. Eu esperei.

Quando entrou no quarto, estava só de cuecas e deitou sem fazer barulho ao meu lado. Eu fingia dormir, observando por uma fresta entre os olhos. Ele deitou, virou de costas e não demorou muito, emitiu os sons da respiração sonolenta.

Olhei para trás e Lucas continuava apagado.

Eu não conseguia mais me segurar. Contudo, resolvi mudar o alvo.

Levado por impulso, me aproximei de Thales e o abracei, colando bem meu volume em sua bunda.

O senti despertar aos poucos, então o abracei e falei ao seu ouvido

- Primo. Ta acordado?

Ele despertou e sussurrou:

- Fábio? O que você está fazendo.

- Relaxa. Fica quieto.

E passei a mão eu sua cueca, tirando.

- Mas, primo...

- Shiiii - sibilei - mandei ficar quieto.

Tirei sua cueca sem seu consentimento (embora não tenha encontrado maiores obstáculos) e comecei a massagear seu cuzinho. Meu pau imprensado contra ele.

Thales abriu as pernas e deixou, acostumando-se muito rápido para alguém que acabara de ser acordado. Segurou meu pau sem pensar duas vezes e gemeu baixinho no meu ouvido

- Achei que nunca fosse tentar - falou, com ar divertido.

- Safado - sorri.

Então levei os dedos a boca e enchi de saliva. Voltei ao buraquinho e comecei a dedar.

Foi nesse instante que percebi e desconfiei da facilidade com que meus dedos entraram.

- Você deu esse cu, né safado? - sussurrei e ele logo se retraiu.

- Eu, não... Eu ..

- Deu sim. Não mente - e enfiei mais - olha como entra fácil. Você já dá esse cu tem um tempo.

Thales gaguejou, olhando a toda hora para o lado do irmão.

- Fica calmo. Não vou contar pro teu irmão. Embora ache uma sacanagem você distribuir o pão e negar a família.

Então, me coloquei por cima dele e me encaixei entre suas pernas.

- Fábio...

Tentou falar, mas eu fechei sua boca e mandei se calar.

- Mas chegou a hora de você dar pra família também. - completei

E sem avisar, enfiei o pau, sentindo ele escorregar pra dentro. Thales se envergou todo, mas aguentou firme até eu meter tudo.

- Nossa. Como eu estava precisando disso - suspirei. Depois, tomei fôlego e meti com vontade.

O cuzinho dele era macio, completamente diferente da rigidez de Lucas. O pau entrava fácil, deslizava. Ele dava muito aquele rabo, mas escondia o segredo. Encaixei-me melhor e colei seu tronco ao meu, cravando fundo. Meu primo mordeu o lábio e ergueu a cabeça, soltando um suspiro

- Ele... Ele vai acordar assim - sussurrou, segurando os gemidos mais altos.

- Melhor assim, não acha? - sorri e beijei sua boca - Pensa bem - e lambi seu rosto - Um dia, mais cedo ou tarde, você vai acabar dando pra ele - e beijei de novo, estalando seus lábios aos meus - e quando esse dia chegar - outro beijo, mordiscando seu lábio - ele vai descobrir que você vêm mentindo - cravei fundo, fazendo ele se contorcer de novo.

Estava gostoso ver ele se segurar. Continuei a narrativa

- Ele que sempre acreditou que você era como ele. Que não curtia sexo real - beijei de novo - mas se ele acordar agora - e olhei maliciosamente para o sonolento Lucas - você pode dizer que foi sua primeira vez - meti mais, lambendo seu rosto, sentindo o gosto do suor - Vai poder por a culpa em mim. Falar que foi o primo roceiro quem tirou seu cabaço a força. - beijei mais - que você não queria, mas. - outro beijo - que quando sentiu a piroca gigante te rasgar por dentro - cravei de novo e desta vez ele deixou escapar um espasmo.

Olhamos para o lado e Lucas apenas se mexeu, sem acordar. Cheguei bem perto de seu ouvido e, após um beijinho no rosto, falei:

- Vai dizer que não quer mais outra vida. Que provou e adorou. Que agora quer ser comido todo dia. Por ele, pela galera do seu crossfit, por qualquer amiguinho que teu irmão quiser trazer. Imagina - e comecei a meter rápido - você servindo de depósito pro teu irmão e pros amiguinhos dele. Mas - e dei um tapinha na cara dele. Thales tomou um susto, mas gostou - espero que não esqueça do cara que te libertou hein. Afinal - e voltei a meter com tudo - Fui eu quem te deu essas dicas e vou querer ter minha parte nessa bunda sempre que vier te visitar.

Me ergui, ajeitando melhor e então voltei a penetrar, com força e velocidade, Thales, de pernas abertas, pegou um travesseiro, tal como seu irmão fez mais cedo, e gritou abafado por ele. Seu pau já babando e melando a barriga

Percebi um movimento suspeito ao meu lado. Lucas enfim acordara. Fingi não ver, concentrando em dilacerar minha presa. O vulto de Lucas se ergueu nas sombras e se aproximou. Eu suava e bafejava pesadamente.

Foi então que olhei para Lucas, que estava bem próximo, excitado. Thales, com o rosto tampado, não olhava o irmão, nem o havia notado ainda. Ver meu outro primo nos observando foi o que eu precisava para chegar ao clímax. Ejaculei dentro de Thales, deixando o pau cravado e garantindo que cada gota entrasse em seu corpo.

Depois, sorri para Lucas e dei um tapa no volume do seu short.

- Vai ficar só olhando? - E saí.

Thales tirou o travesseiro e paralisou ao ver o irmão. Lucas, igualmente calado pelo clímax, apenas tirou o short, foi se colocando acima dele e abrindo suas pernas.

O mais novo não oferecia qualquer resistência. O olhar dos dois estavam completamente fixos um no outro e eu tive a certeza de que minha presença era completamente ignorada aquela altura. Lucas se colocou onde antes eu estava, encaixou e cravou de uma vez. Thales tremeu, soltou um gemidinho, e se colocou a disposição recebendo as estocadas com o olhar fixo nos olhos do outro.

Eu, cansado e satisfeito, me recostei, sentado no chão mesmo. E apreciei a cena. Ouvindo os gemidos abafados daqueles dois. Sentindo o cheiro do sexo que empesteava o quarto com sua doce neblina. Ver os dois ali, desfrutando daquele momento de intimidade, fazendo baixinho para não serem percebidos pela mãe me fez pensar.

Afinal, eu, mais do que ninguém deveria saber o que era usar de estratégias para esconder quem eu realmente sou. Com medo da reação do entorno. Mesmo vivendo em um ambiente liberal, aquilo que os dois partilhavam ainda era um tabu e devia se manter oculto. Pelo menos por ora. Talvez, dar um nome diferente para aquilo fosse só mas uma das muitas estratégias para se viver com aqueles desejos que nem sempre podemos declarar.

Passados alguns minutos, cansado de olhar e refletir, me levantei. Antes de eles terminarem, eu sai e me adiantei no banho. Quando acabei, foram eles, um de cada vez, e depois adormecemos, abraçados em três. Eu no meio, com a cabeça de Thales apoiada em um ombro e a perna de lucas me enlaçando pelo outro lado.

E esse foi o tom que se seguiu durante aquela minha estadia. Em que eu partilhei com eles aquela experiência Qualquer momento que roubávamos para nós, sem a presença de mais ninguém, nos entregávamos àquele joguinho. Em que nos colocávamos nus e a disposição um do outro. Lucas, infelizmente, não me liberou a bunda. Acredito que mais por uma questão de manter a postura na frente do irmão do que por falta de interesse, mas ainda assim, me proporcionou muito prazer, em especial quando me permitia lamber seu orifício, deixando-o aberto a minha Bel degustação.

E naquela semana, também fiz uma coisa inédita em toda a minha vida. Em uma outra festa que fomos, beijei pela primeira vez outro homem, a olhos públicos e a sensação foi libertadora. Pois era a primeira vez que eu me via exposto daquela maneira, sem medos, sem máscaras. Beijando um cara que havia me interessado sem me importar com o que os demais pensariam ou falariam.

Aquela visita foi sem dúvidas uma quebra fundamental de paradigmas em minha vida, a qual eu considero um grande marco em minha juventude.

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Pois é, ninguém aqui ia imaginar que uma coisa como família ia impedir nosso predador, não é mesmo? Sei que muitos não gostam dessa temática, mas vamos combinar que se trata de algo muito mais cultural do que qualquer outra coisa. E podemos dizer que Thales e Lucas puderam aproveitar muito mais sua parceria agora que venceram determinadas barreiras. Afinal, meus amigos, na selva a única lei é a lei do desejo.

Aproveito o momento para dar uns dois informes rápidos.

O primeiro: pode ser que esse fim de semana não role capítulo, pois estarei viajando. Hora do Fábio descansar e deixar o autor se divertir um pouco. Mas no dia 26, com certeza, eu volto com mais aventuras desse nosso querido predador.

O segundo é que um de meus livros da Amazon, que alguns já devem ter lido aqui (Incubus) estará disponível para download gratuito na Amazon dos dias 18 até 22 de novembro. Quem quiser, podem aproveitar acessando o link abaixo.

https://www.amazon.com.br/dp/B0BJ7MZR9S

Pois bem galera, os deixo por aqui. Até mais, pessoal.

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Comentários

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Estou fascinado por sua escrita e seus contos, meu caro. Queria ser seu aprendiz e ser iniciado assim como seu personagem iniciou tantas pessoas mais.

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Uauuuu ! Delícia de cumplicidade sadia entre vocês. Afinal o prazer não tem rótulos tolos e com responsabilidade deve ser curtido ao Máximo. Nota dez e três merecidas estrelas.( rubilaser@yahoo.com )

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Essa "farra" entre os primos foi simplesmente enlouquecedora, nível hard no tesão, uma pena que Lucas ainda não liberou a "rosquinha"....

😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂 Mas tenho certeza que isso não tardará...

Também estou curioso para saber mais sobre o casal da igreja...

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Tudo é uma questão de incentivo certo 😈🔥

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Não vai escrever mais sobre o casal da igreja? Fiquei interessado em saber mais sobre eles.

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