"Claire de Lune" - Capítulo 46 - Recorrência

Um conto erótico de Annemarye (Por Mark)
Categoria: Heterossexual
Contém 3481 palavras
Data: 28/03/2023 18:19:00

Ela desviou o olhar, mas não se abateu com meu comentário, o que reforçou ainda mais minha desconfiança contra ela e o Erick. Guto nos observava em silêncio e vi que, naquele momento, ele era o único com quem eu poderia contar de verdade:

- Vamos tomar um chope, Guto. - Convidei-o para podermos conversar sem espiões por perto.

Fomos até um bar que eu conhecia bem e sabia que poderíamos conversar sem medo de sermos interrompidos. Sentamo-nos em uma mesa de canto, mais retirada das demais e fui objetivo:

- É o seguinte, acho que o Erick tá fraquejando e talvez a Renata esteja por trás disso. Talvez a gente tenha que adaptar o plano para a gente abater a potranca. Daí se ele quiser participar, beleza, a gente deixa, senão a gente aproveita sozinho, no máximo colocando o Guimba na jogada. Aliás, acho que vou colocar ele de qualquer jeito: é um pau a mais para amansarmos a fera!

- Por mim tá beleza, pai. O que o senhor tá pensando em fazer?

- Eu já disse para a Annemarye que queria me reunir com ela para explicar o mal entendido desse suposto relacionamento entre eu e a Renata. Tô pensando em marcar com ela num lugar mais reservado, talvez no apartamento, alegando que a Renata também estará presente, mas isso eu ainda vou analisar. Daí ofereço uma bebida ou um café “batizado” para ela. Você ficará escondido no quarto e quando ela tiver bebido, a gente age.

- Joia! Então, o senhor vai tirar a Renata da jogada?

- Então, isso eu não decidi ainda. Preciso me certificar se tem dedo dela nessa mudança repentina do Erick. Já não sei se ela é tão confiável assim…

- Entendi. - Guto respondeu e depois de virar uma caneca de chope e pedir outra, continuou: - Mas e aí? Como vai ser?

- Vou esperar o Erick até amanhã. Se ele não vier para cá, vou marcar com a Anne e vamos executar o plano. - Bebi uma bela golada e completei meu raciocínio: - Até amanhã eu decido sobre a Renatinha também. Se eu desconfiar dela, dou um jeito de despachá-la do apartamento.

Capítulo 46 - Recorrência

Seguimos bebendo e conversando, fazendo planos do que faríamos com aquela potranca na cama e como a subjugaríamos depois. Quando nos demos conta, a noite já havia caído e os detalhes do plano já estavam bem costurados. Restava apenas duas incógnitas: Erick e Renata. Resolvi jogar a espiga de milho para ver se a potranca morderia. Liguei para a Annemarye:

- Alô? - Disse uma voz sedosa do outro lado da chamada.

- Annemarye, minha querida, é Rubens. Tudo bem com você?

- Vou bem, seu Rubens, e o senhor? - Ela respondeu com um tom já não mais tão amistoso.

- Estou ótimo, querida. Está podendo falar?

- É alguma questão profissional de urgência ou emergência, seu Rubens? Se for o caso, talvez fosse melhor o senhor ligar para um dos sócios do escritório.

- Não, querida, não é nada disso. Até peço desculpas pelo adiantado do horário, mas é que eu queria marcar com você para elucidar aquela sua dúvida sobre mim e a Renatinha. Quando você volta para cá? - Simulei não saber de seu retorno.

- Já estou aqui em São Paulo, seu Rubens, e eu também gostaria de entender melhor essa história…

- Então, ótimo! Eu gostaria de marcar um jantar com você aqui em meu apartamento, que tal?

- Eu e o senhor, sozinhos!?

- Não, não… Claro que não, querida. Com a família toda! Eu, Renata, Guto, provavelmente o Erick, talvez apenas minha esposa não esteja presente, mas vou tentar trazê-la também.

- Seu Rubens, o senhor vai querer tocar nesse assunto na frente da sua esposa? - Ela me perguntou, curiosa.

- Falarei tranquilamente sobre isso, minha querida, porque minha consciência está limpa. Não tenho nada a esconder de minha querida e amadíssima Isabel.

Ela se calou por um momento, talvez confusa com a inversão que lhe dei ao falar de minha esposa, e só voltou a falar um tempo depois:

- Sei lá, Seu Rubens…

- Ora, Annemarye, o que é isso? Está desconfiando da gente? Você namorou o Erick, sabe que somos boa gente.

- É, sei… - Resmungou num tom de quase deboche.

- Algum problema?

- Não, não, nada. - Ela respondeu: - Façamos assim, pede para a sua esposa ou a Renata me ligar e nós, mulheres, combinaremos esse encontro. Talvez não no seu apartamento, mas num local público, um restaurante talvez, eu ficaria mais confortável.

- Credo, Anne! Só queremos te receber e te tratar como merece ser tratada. - Falei sorrindo e sentindo meu pau endurecer, imaginei socá-lo na boca dela até sufocá-la.

- Pede para elas me ligarem e combinaremos os detalhes, ok? - Ela insistiu.

- Tudo bem então, querida. Boa noite.

- Boa noite, seu Rubens.

Guto me encarava e sua conclusão era a mesma minha, Renata precisaria participar do esquema. Erick, talvez, mas ela seria essencial para tudo dar certo ou talvez nem tanto.

[...]

Receber o telefonema do Rubens numa terça-feira à noite era tudo o que eu não queria, mas ainda assim eu continuava curiosa com sua história com a Renata. Estranho foi ele me convidar para um jantar em seu apartamento e mais ainda quando disse que sua esposa Isabel estaria presente. “Será que eu estou enganada?”, pensei e fiquei com mais dúvida ainda: “mas e os boatos dos corredores do escritório, então…”:

- Afff! Que caramba! - Resmunguei em voz alta.

Voltei minha atenção para a limpeza da gaiola dos meus porquinhos da índia e logo meu celular voltou a tocar:

- Porra, tenho que lembrar de desligar essa porcaria… - Reclamei para o Bacon.

- Qui-qui-qui! - Respondeu-me objetivamente.

- Concordo, carinha: é chato pra caramba! - Brinquei enquanto já o colocava de volta em seu “habitat”.

Fui então até meu celular e vi o Erick tentando completar uma chamada, provavelmente relacionada ao convite feito por Rubens. Atendi porque eu ainda precisava conversar com ele sobre os vídeos que a Renata havia me falado:

- Alô, Erick?

- Oi, Anne, tudo bem com você?

- Estou bem e você?

- Indo… Será que a gente pode conversar?

- Claro, eu queria mesmo falar com você. Precisamos ter uma conversa bastante séria, né mesmo, mocinho? - Brinquei tentando quebrar o gelo.

- É, acho que sim. Que tal jantarmos ou almoçarmos amanhã?

- Jantar!? Uai, seu pai acabou de ligar para me convidar para um jantar. Pensei que você tivesse ligado para reforçar o convite. Foi não?

Ele se calou por um breve momento, mas já emendou:

- Hããã… Olha, meu pai não tinha comentado nada comigo ainda não. Na verdade, eu queria comer só com você, para conversarmos nós dois, só nós…

- Joia! Prefiro assim também... Que tal almoçarmos naquele restaurante japonês que nós comemos várias vezes naquele shopping próximo ao escritório?

- Por mim, está ótimo!

- Onze horas, está bom pra você?

- Perfeito.

- Maravilha! A gente se encontra lá então, Erick. Beijos.

- Beijos, morena, bem na sua boca carnuda.

- Safado…

- Sou mesmo e sei que você gosta.

Acabamos rindo e desligamos. Assim seria melhor, um ambiente público, e só nós, afinal, eu queria colocar o preto no branco sobre essa história dele ameaçar vazar meus vídeos, mesmo que meu rosto não aparecesse claramente neles. Como se minha vida já não estivesse confusa o suficiente, bem tarde na noite desse mesmo dia, Marcos me fez uma chamada de vídeo. Eu já estava deitada, lendo um livro quando meu celular tocou e eu o atendi:

- Oi, caipirinha, está ocupada?

- Oi, Marcos. Não, eu só estava lendo um pouco.

- Como você está? Acalmou?

- Ah sim, estou bem e muiiiiiito mais calma. E você? Amadureceu?

- Porra, Anne, que grossa! - Disse e riu divertido, me fazendo sorrir também: - Estou morrendo de saudades de você, bichinho bravo.

- Tá nada…

- Claro que eu tô.

- Se tivesse mesmo, já teria vindo me ver.

- Estive bem ocupado aqui na empresa, tentando consertar aquela merda de negócio que me fodeu a cabeça naquele dia.

- Pois é! Prioridade é tudo, né, Marcos…

- Nossa, hoje você tá foda, hein? Tá de TPM, caramba!? - Ele brincou novamente, sorrindo.

“Uai, já era pro tio Chico ter vindo me visitar mesmo.”, pensei enquanto olhava séria para o celular:

- O que foi? Algum problema?

- Não. Acho que não. - Respondi.

- Você não está com saudade de mim?

- Um pouquinho…

- Eu estou um bastantão de você. Ó… - Disse e virou a câmera para filmar um volume obscenamente armado em sua cueca, voltando logo após para seu rosto.

- Sério que você me ligou para mostrar a barraca armada, Marcos? - Perguntei e ri alto, enquanto caçoava dele.

- Não só por isso, mas já que ficou incomodada com a cueca. - Disse e após seu celular ser jogado na cama, e apanhado novamente, voltou a filmar seu pau, agora desnudado e duríssimo, dando conta que sua “saudade” era forte e verdadeira.

- Você não me ama coisa nenhuma! Só quer saber de me foder…

- Te foder é um prazer certamente, mas quando se faz isso com o amor que eu sinto por você, fica maravilhoso! - Disse, já alisando seu pau.

- Para com isso, Marcos. - Pedi, já sentindo minha xereca ficar mais úmida com as boas lembranças de momentos vividos: - Vai dormir, menino! Guarda isso…

- Cê não tá com saudade dele não, hein? De dar uma sentada gostosa…

“Ah, vou desabusar esse cara e é agora”, pensei e me virei para meu criado mudo, pegando um consolo praticamente da mesma grossura que seu pau, entretanto, um pouco mais comprido:

- Pra que vou ter saudade disso aí se eu tenho isso aqui. - Disse e o coloquei ao lado do meu rosto: - E este aqui pelo menos não me trata mal… Judia bastante, mas não me trata mal.

- Poxa, Anne…

- Desculpa, mas não resisti. - Falei, esfregando meu rosto em meu consolo.

Decidi naquela hora que iria puni-lo de uma forma que doeria bastante no ego dele. Dei um beijinho no meio do meu consolo e ele arregalou os olhos. Segui correndo minha língua de baixo a cima no meu brinquedo e ele ficou boquiaberto, reclamando em seguida:

- Ah, Anne, não faz isso…

- Faço! Aliás, nem comecei.

Olhei para o canto do meu quarto e vi uma “ring light” que poucas vezes havia utilizado para fazer umas vídeo conferências. Instalei meu celular nela e a posicionei de frente para onde eu estava na cama. Agora, com as duas mãos livres, eu iria torturar o Marcos pra valer. Ele ainda me olhava atônito e sem saber o que fazer. Eu passei a chupar o meu consolo como se fosse um pau de verdade. Marcos literalmente babava do outro lado da chamada. Tirei meu sutiã e passei a esfregá-lo em meus mamilos, umedecendo-os com minha própria saliva. A providência divina ou o descuido dele, fizeram a chamada ser encerrada. “Nóóó!”, pensei e ri para mim mesma enquanto tirava minha calcinha. Foi o tempo exato de eu terminar de tirá-la para ele me ligar novamente. Atendi e fingi que o sinal estava ruim:

- Mar… Mar… cos… Tá ou… ou… ouvin… do? - Fingia, esforçando-me para não cair na gargalhada.

- Anne, Anne! Eu tô aqui. Tá me ouvindo? Anne!? - Falava tomado pela ansiedade.

Encerrei a chamada e caí numa gostosa gargalhada:

- Rala, bobinho. Quer pisar em mim. Cê não me conhece, Marcos…

Ele fez nova chamada, eu atendi, fingi novamente que o sinal estava ruim, fazendo cara de inconformada e desliguei:

- Ai, delícia! Eu já devia ter feito isso há muito mais tempo. - Falava comigo mesma em meio às minhas risadas.

Ele fez nova chamada e eu recusei. Insistiu mais três vezes e recusei duas. Na última, eu atendi e mostrei de relance que o consolo já estava sobre minha púbis nua, afinal, não queria que ele desistisse de tentar falar comigo. Quando ele viu a imagem, abriu a boca e eu encerrei a chamada, imaginando sua situação e rindo horrores. Ele insistiu outras três vezes e eu recusei as três. Daí ele me mandou uma mensagem escrita:

Ele - “Ah, Anne, a vídeo chamada não funciona.”

Ele - “Faz um vídeo e manda pra mim. Por favor…”

Eu - “Faço nada!

Eu - “Esse negócio de vídeo tá quase fodendo minha vida, Marcos! 😡”

Eu - “Sem chance!”

Ele - “Poxa. Não faz isso comigo…”

Aproveitando que meu consolo já estava babado e eu molhada pelo prazer da brincadeira, posicionei-o na entrada da minha vagina, introduzindo a cabeça dentro. Fiz uma vídeo chamada para ele que, quando viu tudo funcionando perfeitamente, ficou impressionado e sem entender nada:

- Eu estava te sacaneando, seu bocó! - Falei, gargalhando.

Expliquei tudo o que fiz com ele e ele, depois de me xingar um pouco, brincando é claro, começou a rir também:

- Covarde do caralho! - Disse para mim ainda rindo.

- Acha!? Você não viu nada…

Após dizer isso, voltei a câmera em direção a minha vagina com o consolo e disse:

- Covardia é fazer isso aqui, sem que você possa aproveitar nadica de nada!

Passei a introduzir o consolo para dentro de mim e quando consegui colocá-lo quase completamente um arrepio gostoso me correu a espinha de baixo a cima:

- A-a-ai! - Gemi alto e de uma maneira bem manhosa pra ele: - Hummm, que gostoso…

Ele já não falava mais nada, certamente hipnotizado pela cena. Passei a me comer com meu consolo, alternando a velocidade e a profundidade das penetrações, e ainda o torturava acima de tudo:

- Hummm… Podia ser você, Marcos. Ah, se você fosse mais carinhoso e não me maltratasse… - Falava e gemia: - Nossa que saudade de um pau de verdade.

- Deus do céu, Anne. Cê vai me matar assim, mulher! - Dizia e notei que seu braço se movimentava, certamente numa punheta em minha homenagem.

- Boa ideia! Vai ser só na punhetinha para o senhor por um bom tempo, doutor Marcos. Quem sabe assim aprende a me respeitar! - Falei e introduzi o consolo até o fundo, me contorcendo na cama: - Ai, caralho, que gostosuuuuiiii!

Toda aquela situação, a raiva, a decepção, a tortura, minha exibição, queimaram forte dentro de mim. Não aguentei mais e tive um baita orgasmo, tremendo e gemendo alto em minha cama, enquanto apertava aquele consolo o mais profundo possível dentro de mim. Acabei esquecendo-me do Marcos por um momento e só me lembrei quando meu corpo relaxou sobre a cama. Quando olhei para o celular, ele se masturbava rápido, mordendo o lábio inferior, e resolvi sacanear mais um pouco. Tirei meu consolo de dentro de mim e ele brilhava, coberto pelos meus sucos, e eu o enfiei na boca, empurrando-o o máximo que eu pude até quase engoli-lo todo. Só tive a oportunidade de ouvi-lo gritar:

- Puta que o pariiiiuuuuuu!!! Ahhhhhhhhh…

Marcos estrebuchava enquanto seu esperma era lançado para cima, sem controle, espalhando-se para todo lado e certamente sujando tudo em sua cama. Comecei a rir e assim que ele parou, começou a se xingar:

- Caralho! Sua sacana do caramba… Como eu vou explicar isso amanhã para a camareira? Não faço uma lambança dessas desde que era adolescente.

Gargalhei de chorar na minha cama. Ele também não se aguentou e gargalhou alto. Despedimo-nos porque ele alegou que precisava dar uma “ajeitada” em seu quarto antes da manhã chegar. Acabei dormindo bem nessa noite, relaxada, calminha, coisa que eu já não fazia há dias.

No dia seguinte, fui trabalhar mais leve e assim foi até a hora do almoço. Liliandra quis sair comigo para almoçar, mas eu disse que já tinha um compromisso e ela entendeu de cara minhas intenções. Aliás, enquanto eu conversava assuntos profissionais com ela antes de sair, fui encoxada sem prévio aviso e abraçada com vontade por trás. Naturalmente eu me assustei e arregalei os olhos para a Liliandra. Quando olhei para baixo, reconheci aquelas mãos, ainda mais por usar um imenso anel de ouro maciço do curso de administração:

- Marcos! - Falei de imediato.

- Oi, Anne. - Ele me soltou e me rodopiou para ficar de frente para ele, dando-me um caprichado beijo de imediato: - Não aguentei de saudades…

Sorri para ele e o beijei novamente. Eu, apesar de ainda brava ou decepcionada com ele, sei lá, também estava com saudades. Naturalmente, Liliandra entendeu errado:

- Almoço com “tã-nã-nã” de sobremesa, “Jéssica”!? Que inveja! - Falou e riu alto.

- Não, Liliandra, claro que não, né! Ara, sô!

Fomos saindo para o estacionamento e Marcos já foi se impondo:

- Você já estava saindo para o almoço, né? Está com vontade de comer alguma coisa em especial?

- Marcos, olha só… Eu já tenho um compromisso para o almoço. Não vai dar para almoçar com você.

- Que história é essa, Anne?

- Lembra daquele meu amigo, daquela história do vídeo? Então, marquei de almoçar com ele num restaurante de um shopping aqui perto.

- Vou com você então, ué…

- Não vai não! - O interrompi, gentilmente, mas firme para aquilo não se tornar uma discussão como a primeira que tivemos na casa da dona Gegê: - Vou almoçar com ele a sós para colocar os pingos nos “is”.

- Sozinha com ele!?

- Deixa de ser bobo, Marcos. É um lugar público, num restaurante no shopping. Você acha que ele vai o quê? Me arrastar pelos cabelos como um homem pré-histórico ou me violentar?

- Por favor, só quero te proteger.

- É, eu vi bem…

- Anne, pelo amor de Deus, não me maltrata assim. - Pediu e dessa vez estava constrangido de verdade: - Aliás, pode falar o que quiser, só quero o seu bem e essa história ainda está mal contada…

- Tá! Desculpa… - Pedi, dando-lhe um beijo na face: - Vamos fazer assim: o restaurante onde vamos almoçar fica no início da praça de alimentação. Eu vou almoçar com ele a sós e você fica de um lugar onde possa nos ver, mas sem participar ou interromper nada, ok?

Ele me encarou por alguns segundos e não respondia nada. Insisti:

- Marcos, eu tenho que ir. Já está na minha hora. Vou me atrasar.

- Tá bom, então. Melhor que nada, né!?

Entramos no meu carro e minutos depois chegávamos ao shopping. Fomos até a praça de alimentação e lhe mostrei o restaurante. Eles haviam mudado a fachada e não seria possível o Marcos me ver lá dentro. Mesmo inconformado, eu diria até preocupado, ele aceitou ficar numa mesa de um restaurante novo que ficava de frente. Fui até o outro, chegando um pouco atrasada e Erick já me esperava numa mesa. Aproximei-me e ele me recebeu como nos velhos e bons tempos, aos beijos e abraços. Sentamo-nos e ele foi direto comigo:

- Atrasada, né, Annemarye! Eu já estava pensando que iria me dar o bolo novamente.

Já que ele havia se sentido no direito de ser objetivo, também decidi ser direta e reta com ele:

- Que história é essa de querer foder com a minha vida distribuindo aqueles vídeos que nós fizemos, Erick? Cê tá querendo que eu te processe? Quer conhecer o meu lado profissional?

[...]

A filha da mãe da Annemarye acabou fodendo com minha paz de espírito e com a organização e limpeza do meu quarto. Apesar de ter sido uma das melhores gozadas da minha vida, me vi enrascado com um problemão: como fazer para limpar meu quarto e lençóis sem chamar a atenção? Porra! Sim, muita porra por todo o lado. Eu já era um adulto, não havia nada que eu dissesse que justificasse aquilo. Derrotado e envergonhado, enrolei o lençol e tranquei meu quarto. Fui atrás da minha mãe e expliquei toda a situação. A velha quase infartou de tanto rir na mesa do café da manhã. Quando meu pai chegou e viu a cena, quis saber, afinal, ele queria rir também. Ela não me poupou em nada:

- Seu filho gozou no quarto todo fazendo uma vídeo chamada com a namorada, Balthazar! - Disse e gargalhou de se afogar com a própria saliva novamente.

Meu pai me encarou e tentou ficar sério, mas não durou mais que dois ou três segundos. Logo, ele acompanhava minha mãe numa das gargalhadas mais gostosas que eu já o ouvira dar. Após um tempo, ele falou:

- Gegê, se à distância ela faz nosso filho se acabar assim, pessoalmente ela vai matar ele. Acho melhor eles se separarem mesmo.

- Ai, Marcos… Não acredito nisso! - Minha mãe repetia, gemia e gargalhava: - Ai, ai, eu não vou aguentar. Não vou…

- Bom, vamos lá “Zé Punhetinha”, vamos trabalhar para pagar sua internet de banda larga. Vai que sua namorada resolve te ligar outra vez, né!? - Meu pai falou e minha mãe voltou a gargalhar alto, até batendo a mão na mesa.

Depois de um tempo e de meu pai até abaná-la com um jornal, ela se controlou e me disse:

- Pode ir trabalhar, filho, eu dou um jeito no seu quarto. Aliás, eu não, quem vai pôr a mão lá é a Aline. - Disse e sorriu para mim: - Vou falar para ela por uma luva de braço inteiro. Eu, colocar a minha mão lá, nem a pau!

- Pau!? É bem por aí… - Respondeu meu pai, caçoando de mim novamente.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DO AUTOR, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 197Seguidores: 554Seguindo: 19Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Mark !!! Publica logo !!! Estou com urticária!!!

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Anne tá brincando com o perigo indo almoça/jantar com a corja.

Marcos que não abre o olho não.

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Eu acredito que o Mark não vai deixar que nada de mal aconteça com a Anne. Acredito até que seja criado um clima de tensão, mas que, no final ela seja salva por seu "príncipe encantado".

Na verdade acredito não ... espero muito que isto aconteça !!!! Rsrsrs

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Acho que vamos ser surpreendido pela Renata.

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Eu espero ser surpreendida… positivamente !!!

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Acho que vai ser positivo sim, mas tbm acho que a Anne vai passar um aperto com os crápulas.

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Este é o estilo do Mark ... Vai fazer a gente sofrer (e quase ter um ataque cardíaco) antes de "salvar a mocinha" !!!

O Mark não vai ser malvado com a gente e, principalmente, com a Anne !!!

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Gostaria que ele fosse malvado com o Rubens e o Nelinho.

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O Mark tem que ser malvado com o Rubens, com o Guto, com o Aurélio, com o Erick e com a Renata. Estes dois últimos dependendo da postura dos mesmos a partir de agora !!!!

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Concordo mas acho que iremos nos surpreender com os dois.

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Marcelo, eu vi que você me mandou uma mensagem. Infelizmente eu não tenho plano com acesso à mensagens !!!

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Desculpa, fui da uma olhada nos seu conto e não achei o primeiro capítulo

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Marcelo, o Primeiro Capítulo da Primeira Temporada está lá. Infelizmente eu não consegui colocá-los em ordem (por uma regra do site). Para ajudar segue abaixo o link o mesmo:

https://www.casadoscontos.com.br/texto/2022101053

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Pronto !!!! Já estou "up to date" !!!! Que comecem os jogos !!!!

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Essa Anne e das minhas sabe dar o troco e se torturar o namorado,viu depois como Marco foi atraz rapidinho,agora por outro lado Anne colocar rápido os pingos dos is com Erik sobre os vídeos,e descobri o plano da família Rubens logo,e voltar rápido para os braços do amado carioca,e por falar seu Chico não veio,atrasou kkkk isto quer dizer bebê a bordo,tomo cuidado mamy,bjs

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Ai Bianca, acho que o Mark é que vai nos torturar um pouco mais, colocando mais tensão (tensão mesmo) para cima da Anne. Ela vai ter que trabalhar com o Rubens e com o Aurélio no projeto de fusão/incorporação, e "vai ser o bicho" até a hora que descubram as falcatruas do Aurélio.

Só espero que a Renata veja a cilada que caiu e que não ajude os canalhas e fazerem mal para a Anne.

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Ainda tenho esperança de o Erick ter um pouquinho de consciência, e alertar sobre o que o pai pretende fazer...

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Beto, eu não sei não. Acho que esta conversar que a Anne vai ter com o Erick vai "entornar o caldo". Ela vai dizer que está apaixonada pelo Marcos e o Erick vai ficar P* da vida e aceitar o plano do pai.

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Boa noite parabéns mas ela vai pisa o Marcus infelizmente humilhação e mato

Espero está errado

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Adorei o bicho vai pegar daqui pra frente em parceiro parabéns nota mil

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Parabéns! Escritor nota 10! Nem vou comentar nada dessa vez! Só estou ansioso pelo próximo episódio!

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Pra fechar a noite com chave de ouro. A calmaria antes da tempestade...

⭐⭐⭐

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E o Mark sabe muito bem como promover uma tempestade !!!!!

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Eita! Será se o Marcos vai salvar ela? Não gosto nem de pensar que o plano desse Rubens dê certo! Show Mark!

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Muito bom esse capítulo. Aliviou as tensões dos capítulos anteriores!!!

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Caro Mark, que casal para ter atropelos, não vejo a hora de todo esse enredo ser desvendado. Parabéns pelo maravilhoso conto. Um grande abraço para vc e família.

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Como eu gosto desse conto. Porém a cada novo capítulo fico num medo de fazerem mal pra Anne.

Não fica torturando a gente desse jeito Mark.

O Marcos errou mas tem caráter. Só foi muito juvenil.

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A Anne é maravilhosa pqp

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Jromao, estou contigo: #TEAMANNE !!!!!

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