Erros e acertos de um passado intenso (01)

Um conto erótico de O Bem Amado
Categoria: Gay
Contém 1908 palavras
Data: 28/03/2023 23:45:08

Durante algum tempo eu procurei por uma parceria valendo-me inicialmente das notórias salas de bate-papo cujos frutos colhidos não foram dos melhores obrigando-me a migrar para ou nicho existentes nos conhecidíssimos “anúncios classificados”, cuja verborragia escrita além de chula e as vezes ofensiva não era uma das melhores leituras, impondo uma espécie de garimpagem em busca de ouro em meio a tanto cascalho e cujo resultado mostrava-se tão pífio que tornava-se desestimulante. Então por conta de todos esses fatores me dei por vencido abandonando uma busca que se mostrava absolutamente frustrante.

Tempos se passaram e de alguma forma incompreensível o universo conspirou para que aqueles fatídicos anúncios redundassem em algumas experiências boas e outra muito ruins. Em uma delas eu estava em uma loja de departamentos procurando por roupas que fossem capazes de atender às minhas formas quase esféricas quando notei que estava sendo observado; valendo-me de olhares disfarçados notei que se tratava de um homem negro já adentrando à terceira idade, mas que aparentava uma forma física invejável cuja expressão denunciava seu interesse por mim; curioso por saber sobre suas intenções dei corda retribuindo os olhares com sorrisos discretos.

Em dado momento acabei perdendo o sujeito de vista e voltei minha atenção para as compras; caminhando pelos corredores do centro comercial decidi parar em uma cafeteria para tomar um expresso; sentado em torno de uma mesa eu saboreava a bebida acompanhada de um pequeno canolli, quando vislumbrei em outra mesa o tal sujeito acompanhado de uma mulher que eu supus ser sua esposa; achei muito divertida a expressão dele ao me ver, pois estando acompanhado não tinha chance de vir ao meu encontro, esforçando-se com olhares e gestos furtivos para indicar que estava interessado em mim. Terminei meu pequeno lanche e fiz questão de passar por entre as mesas chegando a ficar bem próximo dele.

Caminhando para o estacionamento dei aquilo como um lance perdido e desviei minha mente para coisas mais imediatas. “Oi! Desculpe, mas você tem um minutinho?”, perguntou ele com tom esbaforido ao me abordar enquanto eu abria a porta do carro; notei seu açodamento e achei melhor deixar as firulas de lado para não prejudicá-lo sem necessidade aceitando ouvi-lo.

-Sabe …, faz algum tempo eu vi o seu anúncio – disse ele com tom encabulado – E queria saber se ainda procura pelo que escreveu?

“Ai! A porra do anúncio! Justo agora?”, pensei eu com a triste lembrança dos resultados decepcionantes que tive; mesmo assim pensei que não havia como negar e a melhor ação era entrar no jogo. “Infelizmente ainda procuro! Porque a pergunta? Ficou interessado?”, respondi com tom quase intimidador. O sujeito engoliu em seco olhando ao redor com um ar apreensivo antes de me responder.

-Olha, esse aqui é o número do meu celular – disse ele me estendendo um cartão – quando puder me ligar ou manda um whats para conversarmos a respeito …, agora preciso ir! Você entende, não é?

Sem esperar por minha resposta o sujeito me deu as costas e saiu andando de volta para o centro comercial. Helton era o nome no cartão de visitas e era contador com endereço não muito longe de minha casa; guardei o cartão e voltei para casa sopesando se deveria ou não manter contato com ele. A bem da verdade demorei uns dois dias até criar coragem para mandar uma mensagem para ele. As cifras indicavam que ele havia recebido e lido a mensagem, porém não houve nenhuma resposta, o que me causou um certo desânimo quase frustrante, já imaginando que fora outra expectativa perdida.

-Oi! Tudo bem? Desculpe a demora em responder! – disse ele assim que atendi a ligação – estava com um cliente chato …, você entende, né?

-Er, sim! Claro que entendo! – respondi um pouco sem jeito surpreso pela ligação – Tá tudo bem?

-Sim, está! Você está ocupado agora? – respondeu ele já soltando um questionamento alarmante.

-Não muito, tenho alguma folga. Porquê? – devolvi contendo minha ansiedade.

-É que estou sozinho aqui no escritório – respondeu ele com tom hesitante – E devo passar a tarde sem compromissos por isso perguntei querendo saber se você poderia vir até mim!

“Puta merda! É sério isso?”, pensei receando aceitar o convite; muito embora Helton parecesse um sujeito boa-praça, eu não guardava boas lembranças de experiências furtivas e fortuitas advindas dos meus velhos anúncios e cheguei a ponderar que o melhor a fazer era arrumar uma desculpa.

-Tudo bem, posso sim! – respondi após um breve intervalo silencioso contradizendo o que minha experiência aconselhava a fazer naquele momento – Me dê alguns minutos que chego aí!

Dentro do meu carro rumando para aquele encontro incerto eu supunha estar cometendo um novo erro, mas não podia simplesmente recuar e esquecer a oportunidade para depois me arrepender ainda mais. Estacionei em frente ao edifício de três andares onde ficava a empresa de Helton e fiquei mais surpreso ao descobrir que ele ocupava todos os andares; me identifiquei na recepção para uma loira escultural de sorriso arrebatador que interfonou para ele autorizando minha subida ao último andar. Ao sair do elevador vi duas portas de vidro fumê com dizeres gravados nela; na primeira estava o nome de Helton seguido da expressão “Diretor-Presidente”, e na outra lia-se o nome Olívia seguido da expressão “Vice-Diretora”.

Antes que eu pudesse dar as costas e voltar para dentro do elevador a porta de vidro se abriu e Helton surgiu com um enorme sorriso nos lábios. “Oi! Que bom que você veio! Vamos entrar, por favor!”, disse ele com tom efusivo e amável; enredado pela minha própria cobiça sorri de volta entrando no escritório que se tratava de uma sala ampla com uma lateral envidraçada munida de uma grande mesa executiva, cadeiras giratórias para os visitantes, um sofá de couro escuro e outros móveis típicos. Ele fez questão de sentar-se em uma das cadeiras destinadas aos visitantes enquanto me convidava a sentar na outra.

-Se me lembro bem do anúncio, você procurava por um parceiro, estou certo? – perguntou ele com o mesmo tom amável e sem rodeios – Creio que disse também que queria alguém carinhoso e gentil com quem pudesse desfrutar de alguns momentos de prazer …, era isso, não é?

-Sim, sem dúvida você reproduziu bem o que eu havia escrito – respondi procurando manter a calma, enquanto examinava Helton e suas reações – E você ficou interessado?

-Sim, fiquei …, muito interessado! – respondeu ele já perdendo um pouco da formalidade com tom mais insinuante – Mas, do que você gosta?

-Depende do que você procura! – respondi a queima-roupa.

Helton era um negro vistoso com cabelo cortado rente, sem barba e com uma compleição encorpada; naquele dia usava uma camisa social branca de mangas compridas, gravata em tons de azul e uma calça também azul que parecia fazer parte de um terno, cujo paletó devia estar em algum lugar. “Olha, não sou experiente nesse assunto, mas confesso que ao te ver naquele dia fiquei excitado pensando em você chupando minha rola! E é isso que eu procuro nesse momento!”, retrucou ele inclinando-se em minha direção com uma expressão repleta de safadeza.

-Hummm, e quando e onde você quer que façamos isso? – perguntei já desconfiando sobre a resposta.

-Aqui e agora, se você topar! – respondeu ele com tom enfático – Só tem uma coisinha que eu lhe pediria sem parecer ofensivo.

-E que coisinha seria essa? – tornei a arguí-lo com tom curioso e também ansioso.

-Você pode ficar pelado pra mim? – questionou ele com tom mais comedido – Infelizmente eu só vou abrir minha braguilha …, isto é, se você concordar é claro!

“O sujeito deve ser um tarado bem safado!”, pensei eu já me pondo de pé e tirando minha roupa até ficar nu diante dele; Helton mordiscou os lábios ostentando uma expressão lasciva que me deixou muito excitado. Helton então abriu as pernas pedindo que eu ficasse de joelhos entre elas o que eu obedeci; em seguida ele pediu que eu abrisse a braguilha de sua calça e expusesse sua pistola; enquanto fazia isso podia sentir as dimensões e a rigidez de sua ferramenta o que me excitou ainda mais e quando meti a mão dentro da calça senti um membro grosso e duro que imediatamente puxei para fora libertando-o de sua prisão.

Fiquei extasiado com aquela piroca preta grande e grossa de uma dureza intrigante dotada de uma glande estreita como a ponta de uma lança; apertei-a algumas vezes e apliquei uma punheta suave antes de começar a lambê-la desde as bolas até a chapeleta espremendo-a com meus lábios e ouvindo o sujeito grunhir de tesão; me deliciei com longas lambidas por toda a sua extensão antes de tê-la em minha boca ávida; envolvi a glande com meus lábios e tornei a apertá-la fazendo o mesmo com as bolonas duras e enrugadas levando Helton a jogar a cabeça para trás soltando um gemido rouco prolongado colocando as mãos sobre o rosto.

Lentamente fui engolindo aquele pistolão que mal cabia na minha boca obrigando-me a abri-la ao máximo sentindo as veias saltadas e a rigidez que pulsava forte avolumando-se ainda mais; não consegui tê-la por inteiro e assim que cheguei ao meu limite pus-me a mamá-la com enorme sofreguidão provocando mais gemidos e grunhidos roucos em meu parceiro que parecia dominado pelas sugadas que eu lhe proporcionava; cingi a piroca pela base apertando-a suavemente fazendo a chapeleta crescer um pouco mais dentro da minha boca engolindo e cuspindo sempre com um breve intervalo mantendo-a presa entre os lábios.

Nos quedamos naquela diversão oral sem maiores preocupações senão aproveitar o momento naquele escritório amplo com a porta de vidro fumê destrancada correndo o risco de sermos flagrados por alguém que inadvertidamente ousasse ultrapassá-la. “Ahhh! Argh! Espera! Espera! Não quero gozar na tua boca! Quero esporrar na sua bunda! Uhhh!”, balbuciou ele em tom de súplica ardente; aceitei a proposta e libertei a piroca de sua prisão bucal. Mostrando-se afoito Helton me fez levantar conduzindo-me até o sofá onde pediu que eu ficasse de quatro. Para provocá-lo não apenas atendi ao seu pedido como apoiei a cabeça entre as mãos empinando ainda mais o meu traseiro.

O safado oportunista separou minhas nádegas com suas mãos e começou a esfregar aquela jeba dura no meu rego chegando a apertar minhas nádegas contra ela e intensificando suas esfregadelas projetando sua pélvis para frente e para trás. Tal era a impetuosidade de Helton que eu me vi enlouquecido com todo aquele assédio na minha bunda cuja excitação era tão envolvente que uma penetração era absolutamente desnecessária. Por fim, Helton começou a estrebuchar apertando ainda mais as minhas nádegas até que uma forte contração muscular seguida de um espasmo o levou ao clímax resultando em uma ejaculação quente, viscosa e profusa.

Desfrutei da sensação dos jatos quentes de esperma lambuzando minhas costas e meu rego, escorrendo até as bolas e a parte interna das coxas com meu parceiro grunhindo, gemendo e suspirando arfante. Helton acabou sentado no sofá com a piroca ainda a escorrer sêmen em filete enquanto eu me esforçava para sair da posição de cata-cavaco; mal conseguindo balbuciar as palavras ele indicou a porta do banheiro onde encontrei algumas toalhas limpas de que me vali para uma limpeza pouco eficiente. Ao sair do banheiro dei com ele pedindo que eu me deitasse de bruços sobre seu colo para que ele pudesse acariciar minhas nádegas; atendi ao seu pedido sentindo suas mãos quentes passeando carinhosamente por elas com direito e algumas dedadas no meu brioco. Antes de nos despedirmos algum tempo depois, Helton me fez prometer que nos veríamos mais vezes.

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Comentários

Foto de perfil de Tito JC

Uma viagem pelas estradas e curvas do desejo... O erotismo às vezes nos pega de surpresa, tamanhas e variadas são as possibilidades... Lerei as outras partes pra descobrir onde esse caminho vai levar... Belo começo! Abraços!

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