O meu melhor amigo tem onlyfans - 25

Um conto erótico de Joca
Categoria: Gay
Contém 2617 palavras
Data: 29/03/2023 18:53:34

CAPÍTULO XXV

Ian prensou-me contra a cama, ele mantinha-se em cima dos punhos ao lado do meu corpo, seu pênis roçava minha coxa. Eu passeei com a palma da mão sob seu peitoral, até o ombro, ele me beijava a boca abrindo com os lábios os meus, empurrava o corpo contra o meu estreitava o calor entre nós. Eu respirava aos solavancos por causa do peso do peito de Ian me esmagando. Mas salivava de desejo, sobretudo quando ele movia o quadril contra mim, e a extensão do seu pau inteiro arrepiava-me dos pés a cabeça.

Ele puxou o cós da minha cueca e colou o pênis no meu, nossas bocas unidas em um fôlego só. O braço de Ian envolvia-me, ele me virou ficando embaixo e eu por cima. Ian sorriu com os braços atrás da cabeça. Os pelos de suas axilas embora um pouco altos, conformavam um perfil viril entre o peitoral bem pronunciado e o pênis entre as pernas.

- Estava morrendo de saudades... - murmurei.

- Aproveita bobo... - ele brincou.

Os meus poros voltaram a se contrair assim como meus esfíncteres.

Ian dormia com as pálpebras leves sob as lapelas dos olhos, a boca formava um graveto entre o amarronzado dos lábios com formato de coração, desses de estampa em doces, perfumes, adesivos.

Eu recostei-me na parede com o travesseiro como apoio. A noite em silêncio lá fora e dentro de casa, Ian respirava sem ressonar, sem movimentos bruscos, os braços ao comprido do corpo, eu abracei meus joelhos.

Ele continuava em um processo de metamorfose "não mais no corpo", tão saboroso quanto sempre "esses pelinhos só fizeram dele mais tesudo", desciam do peito para a barriga, e com um palmo até o pubis. O lençol cobria a nudez do umbigo aos pés.

Mas o desenho das pernas deixavam-no em evidência "um homem pode ter três pernas", nada como um tecido fino para acusar a nudez, quantos pensamentos idiotas passam por nossa cabeça numa insônia! Eu vesti uma cueca limpa e a parte de baixo do meu pijama.

Ian estremeceu e os poros ergueram-se, puxei o edredom para cima de nós dois, Ian aproximou-se mais de mim, fechei os olhos com um ressono de esperança num sono ainda apenas no olho esquerdo. O sono como o amor vem sempre quando a gente menos espera, distraídos...

Eu via o Felipe cair de um barranco com as mãos para cima, gritava "socorro", eu sabia tratar-se de um pesadelo mas não conseguia me desprender da ideia de que tinha de pular atrás do meu amigo. "Mas não sei nadar" tentava dizer. Um enxame de borboletas pousavam na minha testa, boca, queixo, pescoço.

Eu respirei fundo de volta ao quarto da minha casa mas com um nome preso na garganta:

- Felipe! - gritei.

Meu coração disparava, abri os olhos, Ian em cima dos calcanhares na cama com as mãos nos joelhos, olhava para mim.

- É a primeira vez que você não tem aquele tique de riso enquanto dorme, - ele disse. - Mas confesso, ser chamado de Felipe foi brochante...

Ele moveu os dedos por cima do meu braço até o meu umbigo.

- O que? - perguntei. - Não, não, eu estava tendo um pesadelo com ele...

- Felipe está bem, - Ian disse.

- Falou com tanta certeza, sabe de algo? - perguntei.

Ian abaixou as sobrancelhas apoiou o queixo no meu peito, e sorriu, dedilhava com as pontas dos dedos por minha pele, erguia um caminho de arrepios.

- Ah bom! Porque assim que percebi você tão sério dormindo, - ele disse se aproximando. - Comecei a encher esse seu rosto que eu amo tanto, de beijinhos...

Ele subiu em cima das minhas pernas inclinando-se sobre mim, espalmei as mãos no peitoral de Ian, e o peso do corpo dele, recaiu sobre minhas mãos. Ele passeava com as mãos pelos lados dos minhas pernas. Ian cheirava a hortelã e ao amadeirado de Malbec.

- Espera, - o empurrei. - Você escovou os dentes, eu ainda não...

Apoiei-me nas palmas das mãos para me erguer, Ian empurrou-me para o colchão mais uma vez.

- Ãhn, ãhn, - ele me beijou. - Primeiro, parabéns, meu amor, por mais um ano de vida. E depois, para o que vou fazer...

Eu desmoronei sob a boca dele por meu peito, Ian mordeu meu mamilo esquerdo, passou ao direito, desceu até o meu umbigo, e puxou o edredom. Ele havia me despido do pijama enquanto eu dormia. O calor das suas pernas sobre a minha, os lábios macios e molhados em volta do meu pênis.

Em cima da mesa da cozinha havia uma cesta de vime com pães, suco, bolos, e um café da manhã completo.

- Isso custou uma nota! - falei ao ver.

- Deixa de chatice... - ele respondeu.

Não vi sinal de mamãe pela casa, nem do encosto do meu pai. A manhã de delicias foi encerrada com um banho delicioso, em que devolvi ao Ian o boquete de mais cedo. Saímos do banheiro como de uma praia com as peles meio vermelhas.

Eu segui para a escola e Ian a oficina. Os nossos ganhos não eram extraordinários mas davam para quitar as principais dividas. Só não nós permitia sonhar com um canto só pra gente tão próximo.

"- Quando eu te encontrar te mato!" - mandei um áudio ao Felipe. "- Quero contar um monte de coisa e você não está aqui para ser minha orelha."

O trabalho em uma secretaria é tudo o que se pode imaginar de uma função burocrática com um adendo "atendimento", os pais, e os alunos, os professores, e os funcionários de segundo escalão. Você perde a noção de tempo.

Eu imprimia as atividades dos professores e separava por turma. Além de realizar as entregas aos que buscavam na unidade, e enviar por email. Minha colega criava salas online e as rotinas de aulas que os professores programavam no sistema.

Apesar do trabalho consumir oito horas do meu dia, ao chegar as dezoito, eu respirava aliviado por estar envolvido em algo concreto. Ainda havia o only, cada vez mais distante da minha realidade pessoal. Eu não me adaptava a ideia de exposição a preço. Diferente do Felipe.

O ponto de ônibus ficava uma rua acima a da escola, pela direita, eu seguia sozinho por aquele trecho. Quando percebi umas luzes atrás de mim, olhei por cima do ombro, e vi os faróis de um carro.

- Não é cego! - falei alto.

O motoristas ou a motorista acelerou o veículo e veio para cima de mim, meu coração começou a bater forte, eu tropecei e cai de bumbum no chão. A luz em cima de mim, pareceu aquele no final do túnel que dizem aparecer no último minuto "mas só de quem vai para o céu", o pensamento idiota me escapuliu.

Eu respirava com dificuldade e o calor do carro em cima das minhas pernas, o cheiro de carburador. A luz me impediu de ver quem dirigia. Eu levantei com gosto de gás na boca.

- E aí veado! - gritou.

Meus olhos encheram de lágrimas e descomprimi meu peito no mesmo instante. A silhueta por trás da luz não deixavam dúvidas, corri até o Felipe e o abracei com toda a força.

- Seu... seu...! - comecei. - Por pouco não pensei que...Idiota! Por que sumiu?

Ele soltou um riso por trás da máscara com a estampa do coringa, e sacodiu os ombros. Ao volante estava o Kevin com óculos escuros e um boné com a viseira para trás.

- Meu motorista, - ele abriu a porta. - Entra, vou te dar uma carona.

- Vocês quase me matam de susto, - eu disse. - Tinha que ser coisa sua né?

- Com emoção é sempre melhor, - Felipe disse e tossiu.

Kevin acendeu a luz de dentro do veiculo, enquanto Felipe puxava de cima do painel um pequeno bolo nas cores azuis e branco com os dizeres em cima "OnlyFans". E a minha nova idade ao lado.

- Vocês são tão jovens, - Kevin falou.

- Motorista não fala, - disse Felipe. - Parabéns amigo! Você sabe o quanto te amo né? A história de por que eu desapareci... é um pouco longa, depois eu conto.

A tosse o atacou mais uma vez e o Felipe encolheu-se para o canto abriu a janela. Eu segurava o bolo nas mãos mas os acessos de tosse dele me preocuparam. Felipe fez um gesto com a mão para Kevin, que deu partida.

- E você Kevin, acabou mesmo encontrando o Felipe, né? Ele me encheu o saco atrás de você e com razão.

- Ele que me encontrou, - Kevin respondeu. - Na verdade, retornou anteontem para casa...

- Ai quanto drama, meu irmão também fez um carnaval, - Felipe defendeu-se. - Eu avisei que ficaria fora por um tempo.

- É mais não disse onde... espera aí... que caminho é esse? - bati no ombro de Kevin. - Aonde está nos levando?

- Relaxa, - Felipe disse.

Era reconfortante tê-lo por perto novamente, Felipe emanava alegria mesmo que a tosse não largasse. Kevin dirigiu em direção ao bairro onde ficava a casa de Felipe, ou antes, a que pertencia a avó dele, e que ocupamos. "Puxa parece que se passaram anos", em realidade coisas de meses.

Ele mostrava os seus posts privacity em outros aplicativos pelos quais conseguia dinheiro suficiente para viver com conforto sem precisar de um centavo do pai. Realmente o Onlyfans era a vocação do meu amigo.

- Como é bonito alguém encontrando a vocação, - Kevin brincou. - Chegamos.

- Isso não é o que eu estou pensando é? - perguntei já animado.

- Entra e descobre... - Lipe disse.

Eu abri a porta o portão da casa entreaberto, eu o empurrei, tudo apagado lá dentro e um silêncio cortante. Felipe me empurrou para dentro e eu caminhei mais um pouco até alcançar a porta.

- Surpresa! - gritaram.

As luzes se acenderam em todos os lances da casa interna e externa. Ian, mamãe, Jackson, uns rapazes que eu não me lembrava já ter visto alguma vez, Luana e mesmo Hilda estavam reunidos, Ian segurava um bolo de onde explodia no topo uns chuviscos.

Eles começaram a bater palmas e cantar "parabéns pra você", eu não sabia nem o que fazer com minhas mãos. Nem banho havia tomado, e todos arrumados, cheirosos.

"A Felipe você me paga", ele pareceu ler meu pensamento porque veio no meu ouvido e sussurrou.

- Foi ideia do Ian...

- Com quem será! Com quem será! Com quem será que o Joca vai casar, vai depreender, vai depender se o Ian vai querer!

Minhas bochechas e orelhas viraram brasas. Minha mãe era a principal cúmplice quem puxava com a voz mais alta que todos para que continuassem a cantoria. Eu apenas podia esconder meu rosto nas mãos.

Ao final me inclinei sobre o bolo e apaguei a vela que era possível de ser apagada com um sopro, pois a outra era uma espécie de fogo de artificio. Ian abraçou meus ombros e beijou meu rosto.

- Eu te mato... - falei entredentes.

- Agora o primeiro pedaço! - mamãe gritou.

Eu tremia dos pés a cabeça, logo até para segurar a espátula foi difícil não tremer enquanto cortava a primeira fatia de bolo. "Só por maldade", mas meu coração até doeu na hora, tinha que só dele.

Todo mundo abriu a boca num "Ah" de compreensão, gozação e ternura. As bochechas do Ian ficaram rubras também, ele me puxou e nós nos beijamos. Sob os aplausos e assobios.

- Eu te amo, - falei a ele.

Ian abriu ainda mais o sorrisão. A música começou a tocar, eu fiquei uns dez minutos recebendo os "parabéns", abraços e beijos. Até Felipe segurar minha mão e me puxar pelo corredor.

- Entra aí, toma teu banho, e veste a roupa que está em cima da cama... - ele me abraçou. - Como é bom estar de volta...

Sorrimos, meus olhos cheios de lágrimas. Tomei um banho rápido na suíte de Felipe, a casa recebera uma atenção mais ao estilo de Felipe, embora não houvesse muitos móveis, as cores das paredes, os tapetes, as escolhas de espelhos.

Enquanto eu abotoava a camisa que ficou um pouco justa no meu peito, Ian entrou.

- Seu safado! - falei. -

- Ah, para de graça, que eu sei que você gostou.

Nós sorrimos e nos beijamos ali mesmo. Eu o segurei pela cintura, e o empurrei um pouco.

- Uma rapidinha dá tempo, - falei.

- Nessa cama?

Nós dois olhamos para a cama e as ideias do que Felipe já poderia ter feito ali passou como filmes em nossos olhos.

- Olha como estou, - falei a ele.

- Segura, - ele disse. - Vamos sair de fininho, para nossa noite, lembra do hotel?

Uma luzinha estalou na minha cabeça "verdade", há tempos atrás, antes do acidente, ele havia me proposto irmos para uma suíte em um hotel com uma bela vista e todo o conforto que esses lugares oferecem. Saímos do quarto, a casa estava parcialmente cheia.

A covid ali não existia. Uma drag de rosto fino e voz poderosa cantava na parte de trás da casa, em um tipo de pequeno palco na frente da piscina.

- Felipe seu louco! - eu bradei.

Ele ergueu um copo na mão. Eu nunca havia visto a drag, vestia uma saia dourada e a parte de cima do busto também dourada, o cabelo negro até a cintura, um gloss estilo glitter nos lábios, sombras escuras em cima dos olhos e a voz lisa alta.

Ian passou um braço em volta do meu corpo, as luzes se apagaram e luzes lilases, verdes e azuis, saiam da piscina e davam um efeito pirotécnico a Drag, eu, Ian, Jack, Felipe e a Luana, além de mamãe, nós soltamos na dança. Eu ainda vi Kevin, o Marcos aquele do almoço na casa do Ian também dançava.

Eu beijei a boca do Ian e nós dançamos de bocas coladas. As músicas iam de um remix de Nina Simone aos Stones, passava por Marina Sena e Anita, mas um remix especial de "Carolina" do Luiz Gonzaga e "Non, je ne regrette rien" da Edith Piaff. Eu dancei com Lipe essa parte.

"- Não desistir jamais!"

- Jamais retroceder!

A gente cantava essa música na nossa infância me lembrei de quando éramos moleques no chão do meu quarto a gente dançava essa e outras músicas que os primórdios da internet nós permitiam. Ian também participava mas ele sempre preferiu os Stones.

Meu rosto estava banhado de suor, quando mamãe me abraçou, me fez beber uns goles de água, já depois de eu encher a cara com uísque e refrigerante. Ainda comi uns pedaços de bolo, antes de Ian me puxar pelo braço. Ian havia chamado um uber para nós levar.

- Dá vontade de ficar... - falei.

- Você quer? - Ian perguntou.

Eu sacodi a cabeça nos nós devíamos esse momento apenas nosso. Ian entrou no carro e eu ao lado dele. A noite estava alta quando fizemos o chek-in na recepção, e bobos com a vista que o elevador nos dava da cidade, conforme subia íamos capturando um pouco mais.

Eu assediava o Ian com o maior despudor, a bebida havia me soltado, comecei a apertar seu corpo, a querer tirar a camisa dele, ainda quando estávamos tentando abrir a porta com o cartão. Eu e ele caímos para dentro da suíte. Nos levantamos sorrindo, caminhei até a varanda.

- Nossa como é linda a vista daqui.

Ele veio por trás, sem camisa, o calor e o cheiro de perfume, intensificado pelo suor reacendeu meus poros, Ian passou os braços em volta da minha cintura, e eu o abracei de volta. Ele puxou a barra da minha camisa, eu desabotoei sua calça. Ouvia o barulho de água.

- A banheira, - ele sussurrou.

- Mentira?

Um frio na barriga percorreu meu corpo inteiro, no banheiro caberia o meu quarto, a sala e a cozinha. O cheiro doce e refrescante da espuma junto a cor de porcelana tão alva quanto a espuma em cima. Os lábios de Ian atacaram meu pescoço, e suas mãos percorreram minha barriga. Nos voltamos a nos beijar.

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Comentários

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Se ninguém morrer de COVID e tiver uma cena de sexo sem ser cortada esse conto vai continuar a ser bom.

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Seu conto é ótimo mas a sua pressa em termina-lo faz com que fique meio estranho tipo a mãe de Ian que estava fazendo de tudo pra separar ele de Joca ficou como? E o carro ela realmente pagou o concerto? Poderia fazer com calma sem estipular uma quantidade de capitulos

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Pior que você percebeu bem hahaha estou com alguma pressa em terminá-lo mesmo, porque o tempo está corrido pra mim no momento, e gostaria de fechar a história para deixar pelo meio do caminho, e ainda estou escrevendo enquanto posto. Mas obrigado pelos toques!!

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