Contratados: O Prazer - Capítulo XI

Um conto erótico de KaMander
Categoria: Gay
Contém 6193 palavras
Data: 24/04/2023 21:06:00

CAPÍTULO XI

*** EDUARDO ***

COMO SEMPRE, meu próprio reflexo me assusta, mas, dessa vez, de um jeito completamente diferente. Levo a mão ao meu rosto, tocando, inclino a cabeça para o lado, pisco, mas nada disso muda o que vejo. Sentado no chão do closet, sobre o tapete felpudo e gostoso com as pernas cruzadas, eu encaro o espelho à minha frente sem conseguir acreditar que sou eu. Quando li as palavras barbearia no bilhete hoje de manhã, eu nunca imaginaria um resultado como esse.

Acordei sozinho. Eu sabia que aconteceria, mas, ainda assim, uma sensação estranha tomou conta de mim e eu precisei lembrar a mim mesmo que, não importa o quanto tenha sido bom estar nos braços de João, ter seu corpo sobre o meu, senti-lo dentro de mim... Não importa o que achei ter visto em seus olhos, ainda foi só sexo, e vai continuar sendo, até não ser mais, porque terá acabado. Sozinho. Depois de tudo, eu acordei sozinho e, independente de quantas vezes ele estivesse ao meu lado, eu precisava não me deixar esquecer disso, eu continuava e continuaria sozinho, repeti para mim mesmo várias vezes, mas não conseguindo evitar pensar que ele nem mesmo falou comigo antes de sair de casa, e precisando fazer o papel de grilo falante para mim mesmo outra vez.

Precisando lembrar a mim mesmo que ele não tem nenhuma obrigação de fazer isso. Funcionário, Eduardo. É isso o que você é! Repeti mentalmente, como um papagaio, e eu estava me convencendo de que não deveria esperar despedidas e bom dias de João, até rolar na cama e reparar em um pedaço de papel sobre a mesa de cabeceira. Um bilhete com a minha agenda do dia, e mesmo que aquilo fosse, de certa forma, ele falando comigo, o conteúdo de suas palavras fizeram eu sentir que a realidade queria confirmar minhas próprias advertências, me dizendo exatamente a mesma coisa que eu tinha acabado de mentalizar até a exaustão, ainda que eu tivesse acabado de acordar: funcionário, Eduardo! É isso o que você é!

Li e reli minhas tarefas até que o papel tivesse as marcas dos meus dedos e alguns amassados em suas bordas. Tudo que estava escrito no bilhete me deixou nervoso, porque eu sabia que precisaria estar em lugares e lidar com pessoas com os quais não estou acostumado. Pessoas que tentariam deduzir quem e o que eu era só de me olharem, que notariam o quãoacostumadoo eu sou para cada um daqueles ambientes, e que me julgariam por isso. Em poucas palavras, João disse que eu faria três coisas: a primeira delas, ir a uma consulta médica que já estaria marcada e, basicamente, me informou o que seria feito com o meu corpo nela.

Exames e prescrição de vitaminas. Meu primeiro pensamento foi que era um pouco absurdo ele escolher um médico para mim, marcar uma consulta e me informar o que aconteceria lá, afinal, é do meu corpo que estamos falando. Mas me lembrei de suas palavras antes que eu assinasse o contrato. Minha vida pertenceria a ele pelo tempo que o contrato durasse. Isso não fez com que eu deixasse de achar tudo isso ultrajante, porém, fez com que eu me desse conta de que concordei exatamente com esse tipo de coisa, então não adianta chorar pelo leite derramado.

A consulta foi um teste de ansiedade desde o momento em que pisei na sala de espera do consultório que gritava luxo. Não era preciso ser nenhum grande gênio da matemática para concluir que uma consulta naquele lugar deveria custar o suficiente para pagar as compras do mês de uma família de cinco pessoas. Era exatamente um lugar como aquele que eu temi estar. Nem mesmo minhas roupas novas foram capazes de impedir que eu recebesse olhares curiosos ou julgadores, e precisando fugir deles, deixei que minha mente repassasse pela milésima vez no dia cada segundo da noite passada.

“As palavras podem ser tão excitantes quanto toques...” João me disse alguns dias atrás e não me resta mais a menor dúvida sobre isso, porque ele mal tinha me tocado e o calor já tinha se espalhado pelo meu corpo, incendiando minha pele mais do que qualquer beijo ou carícia trocado entre nós até então. A verdade contida nas palavras me aqueceu de dentro para fora, e me tornou superconsciente de absolutamente tudo ao meu redor, segundos antes de eu parar de me importar com cada um desses detalhes.

Me tornei consciente da luz amarela sobre nossas cabeças, que inundava o quarto e me deixava ver cada detalhe do rosto esculpido pelos anjos de João. Me tornei consciente de quão bonito é aquele homem. Não sei se algum dia vou deixar de considerá-lo o homem mais bonito que eu já vi em toda a minha vida. Me tornei consciente das janelas, cobertas por persianas, escondendo a luz e a noite lá fora de nós, ou, a nós delas, não saberia dizer. Me tornei consciente do cheiro gostoso do quarto, que era, ao mesmo tempo, diferente e igual ao que eu senti no dia em que fui até o grupo Govêa editorial. Diferente porque não era o mesmo, igual, porque era tão bom quanto.

E então vieram as sensações que me fizeram ignorar todas as outras. O corpo de João, tão perto do meu, sua pele roçando a minha em lugares em que as roupas de nós dois permitiam, o calor do toque eletrizando meu ser, parecendo estender sob a minha pele uma rede de estímulos elétricos que era ativada cada vez que ele fazia um pequeno movimento, me forçando a piscar os olhos de maneira praticamente involuntária.

A expectativa por qual seria o próximo passo... Era como uma dança, e, nela, eu era completamente conduzido. Arrepios me dominaram, meus lábios se entreabriram quando meu corpo implorou por mais ar. Como se isso pudesse ajudá-lo de alguma maneira...

Eu tinha certeza, eu poderia sobrecarregá-lo de oxigênio naquele momento, e ele, ainda assim, permaneceria com a sensação de estar sem fôlego.

Eu senti tudo, eu quis tudo, e, ao mesmo tempo, eu não era nada. Era como se minha consciência estivesse usando aqueles últimos segundos para se dissolver e perder, e tudo o que restava de mim era sensibilidade e corpo, todos os meus sentidos eram dele e para ele. Seu cheiro se infiltrava em meu nariz, dominando meu olfato, seu hálito quente soprava minha pele e o ar que João expirava se tornou aquele que eu inspirava, capturando meu tato. Minha boca entrou num jogo desesperador de secar e salivar constantemente, ansioso por sentir o gosto da dele e o sabor das suas língua e pele, quase desesperado. Meus ouvidos foram invadidos pelo som das nossas respirações descompassadas e eu jurava que podia ouvir meu coração agredir meu peito em pancadas fortes e ritmadas.

Mas eram seus olhos, sempre os olhos. Azuis, azuis como o céu é e, eu me perguntei, naquele momento, como o inferno deveria ser também. Mais do que nunca, eles me atraiam, aprisionavam, subjugavam e, ao mesmo tempo, me libertavam. Eram seus olhos, me observando com um desejo explícito e opressor que faziam com que eu me sentisse observado e tocado por eles ao mesmo tempo e, tenho quase certeza, os meus espelhavam as mesmas vontades. Foram segundos dominado por eles, mas eles seduziam não só a mim, ao tempo também! Manipulando-o como queriam, submetendo-o à sua vontade, alongando-o, ou encurtando-o conforme desejavam.

A proximidade entre nós era tão grande que não sobrava espaço entre eles, talvez, apenas para um fio de cabelo. As batidas cada vez mais violentas do meu coração ressoavam em meu peito, mas eu não me sentia ansioso, apenas entregue. Como se, finalmente, tivesse alcançado um objetivo depois de muito persegui-lo. Me dei conta do quão verdadeira se tornou a palavra escrita há mais de uma semana naquele currículo fajuto: pronto. Eu não estava naquele momento, mas era exatamente como me senti noite passada, pronto para o que quer que viesse dessa loucura, desse contrato. Pronto para me entregar à João Pedro, mesmo sabendo que não havia nada que pudesse me salvar depois. Pronto. E quando eu estava completamente tomado por essa consciência, João me beijou.

Foi a chamada do meu nome que me despertou dos pensamentos que levaram minha mente para longe daquele consultório, do seu luxo opressor, e dos olhares que me bombardearam. O médico era um homem de meia idade, tinha seus cabelos loiros, e olhos azuis limpos. Diferente das suas pacientes, que praticamente me devoraram na sala de espera, ele me cumprimentou com um sorriso no rosto e ficou chocado quando eu disse que aquela era a minha primeira consulta na vida inteira.

Os exames foram extremamente invasivos e incômodos..., e quando acabou, dei graças a Deus.

Depois de ser virado do avesso, finalmente chegou a parte confortável da consulta, em que conversamos sobre minhas condições de saúde, fiz até exame de HIV, e confirmaria depois dos resultados dos exames que, para meu choque, foram liberados hoje mesmo. Recebi a ligação com a confirmação há alguns minutos.

Meu segundo compromisso foi a barbearia. Na verdade, chamar aquele lugar de barbearia não faz justiça a ele. Era mais algo como um SPA, com cabelereiros, manicures, pedicures, depiladores, esteticistas, massagistas, absolutamente tudo o que se possa imaginar quando o assunto é estética e aparência. Fui esfregado, alisado, depilado com cera, mesmo que meus pelos estivessem curtíssimos. Fui massageado, minha pele passou por uma limpeza profunda, meus cabelos foram cortados e tratados, e eu juro que o ouvi chorar de emoção.

Minhas unhas foram limpas e feitas, minhas sobrancelhas foram modeladas e eu saí de lá preparado para um baile real, mas meu próximo destino era o lugar em que me encontro agora: o chão do meu quarto. Faz vinte minutos que Luiz me trouxe de volta e, desde então, eu simplesmente não consigo fazer nada além de olhar para mim mesmo. Eu pareço tão bonito. Meus cabelos estão lisos, brilhantes.

É impossível não me perguntar como foi que tudo isso aconteceu. Enquanto o carro deslizava pelas ruas de São Paulo em minhas idas e vindas hoje, passei por lojas, restaurantes, cafés... Tantos lugares em que, há semanas atrás, eu quase implorava para trabalhar e, hoje, eu poderia entrar em qualquer um deles e consumir ou comprar qualquer coisa que eu quisesse. Até mesmo seu estoque inteiro, se essa fosse a minha vontade. E por quê? Porque eu enviei um e-mail errado para a pessoa certa. Quer dizer, eu poderia ter esquecido uma outra letra e o e-mail poderia ter ido parar na caixa de entrada de uma velhinha, de um adolescente, de uma mulher de meia idade, ou, ainda, em caixa de entrada nenhuma. O endereço errado poderia simplesmente não existir.

Mas não, aqui estou. Eu sei que o mundo dá voltas, mas, para mim, ele sempre havia parado no mesmo lugar, até agora. Porque, se depois da noite passada eu ainda não me sentisse diferente, o cara que devolve meu olhar no espelho com certeza se encarregaria de selar essa percepção. Ele não é quem eu costumava ser. Ele não está onde eu costumava estar. Eu só não faço ideia de como ser ele.

Ouço batidas suaves na porta do quarto e me obrigo a sair do meu esconderijo. É dona Laura quem me espera na porta com uma caixa de presente nas mãos que me faz franzir as sobrancelhas.

− Senhor Eduardo, acabou de chegar pra você. - Há um sorriso um pouco radiante demais em seu rosto. E não é a primeira vez que me pergunto quem ou, o que, ela pensa que sou. O que será que João disse para seus outros funcionários a meu respeito? Não que eu ache que ele seja alguém que dá satisfações à muitas pessoas...

− Dona Laura, eu já disse que o senhor tá no céu... É só Eduardo. -reclamo, porque ela é bem mais velha que eu, não faz o menor sentido me chamar assim: − Pra mim? -Acabo fazendo uma pergunta completamente desnecessária. Mas eu não estou acostumado a receber presentes, e nem esperava que João me mandasse um, afinal, ele já me deu mais coisas do que eu vou precisar, não sei, pelos próximos dez anos da minha vida? Ela ri do meu comentário.

− Mas eu posso ser chamada de Dona?

− Claro que pode! Eu tenho educação, ué! É um sinal de respeito. Mas a senhora já viveu muito mais que eu... Quer dizer, não tô chamando a senhora de velha nem nada assim...

A gargalhada dela corta a minha fala.

− Seu Eduardo, não importa a sua idade. O senhor é meu patrão, e se eu chamo o seu João de senhor, tenho que chamá-lo de senhor. -O comentário faz eu franzir as sobrancelhas. Patrão? Tsc! Preciso perguntar ao João o que foi que ele disse. A campainha toca e dona Laura estende a caixa para mim.

− Deve ser o arquiteto. Mando que ela suba?

− Sim, dona Laura. Mas isso ainda não acabou! Eu vou convencer a senhora! Pode ter certeza disso! -Ela sai sorridente em direção ao primeiro andar.

Levo a caixa até a minha cama e, mesmo sabendo que em minutos terei alguém aqui, abro-a. O que encontro me surpreende de várias formas diferentes. Uma sunga e um cartão. A peça de banho é simples, lisa, mas muito elegantes. É preta e pequena, porém tem a cintura alta e fivelas laterais. Fico surpreso por João ter se lembrado do que eu disse momentos antes de virmos para o quarto, porque foi dito em meio a coisas muito mais importantes para que ele se lembre justamente disso.

Fico ainda mais surpreso pelo quanto gosto da peça. Ela é linda, mas não como todo o resto do meu novo guarda-roupas. São igualmente elegantes e, muito provavelmente, igualmente caras, mas eu consigo me ver vestido nelas e ainda me sentir eu, aquele eu que eu não reconheço no espelho desde que saí do salão.

Pego o cartão que estava aninhado entre papeis finos e sedosos na caixa:

“Você não tem mais desculpas para só olhar a piscina. Espero encontrá-lo nela mais tarde. Não me espere para o jantar. J.P.G”

Um sorriso bobo toma conta do meu rosto, porque ele se lembrou. Tudo isso é tão confuso, é tão difícil entender o que posso ou não esperar dele. Mas, apesar disso, ele se lembrou. É sorrindo que o homem na minha porta me encontra, entretanto, assim que percebo seu olhar de julgamento, o riso se apaga dos meus lábios.

O homem diante de mim não pode ser descrito como nada além de deslumbrante. Pisco os olhos, abismado. Ele é, simplesmente, estupidamente, lindo! Seu corpo é alto e magro mas com músculos, com quadris largos e um peitoral. Seus cabelos são negros, formando cachos volumosos que se espalham por todo o seu rosto. A pele, morena, faz com que ele tenha um aspecto bronzeado que eu jamais alcançarei, e as roupas... Deus! As roupas! Ele veste um terno masculino rosa escuro que se agarra ao seu corpo deixando-o incrivelmente sexy, mas, ao mesmo tempo, sofisticado e profissional.

− Eduardo? -pergunta com uma sobrancelha levantada.

− Sim, sou eu. -confirmo com a cabeça e ele volta a dirigir a mim um olhar extremamente analítico e incômodo que faz com eu me sinta estranho. Ok, bonito, porém não é simpático, anotado!

− Eu sou Manuel Galt. João Pedro me pediu para vir conversar com você...

− Sim. Eu acho isso desnecessário, mas quando ele decide alguma coisa, não há santo que o faça mudar de ideia...Ô homem teimoso! -Desabafo em voz alta, ainda com o bilhete de João em mãos e ele abaixa os olhos para a caixa aberta sobre a minha cama, expondo a sunga preta. Quando seu olhar volta a encontrar o meu, há uma crítica tão escancarada neles que me faz enrubescer e decido que é melhor acabar logo com isso.

− Fique à vontade para olhar o quarto, ele disse que você poderia me dar algumas ideias... -Ele simplesmente concorda com a cabeça, entrando no quarto e começando a caminhar por ele sem me dirigir uma só palavra. Eu o observo em silêncio, incomodado com sua presença, mas sem ter o que fazer sobre isso. Alguns minutos que mais pareceram uma eternidade depois, ele finalmente volta a falar.

− Então... Eduardo... -Demora a dizer meu nome, como se estivesse fazendo um esforço para se lembrar dele, quando não faz nem cinco minutos que nos conhecemos e, pior, quando ele já chegou aqui sabendo dele: − O que você tem em mente? Eu já tinha pensado em algumas coisas, mas você está longe de ser o que eu esperava, então nenhuma delas vai servir.

Atrás dele, enquanto seus pés continuam caminhando por todo o ambiente, suas mãos tocam móveis e paredes e seus olhos escrutinam cada pedacinho do lugar, pisco, confuso com o comentário, troco o peso de perna e passo as mãos pelos cabelos, torcendo-os antes de soltá-los novamente. Como assim estou longe de ser o que ele esperava?

− Desculpe, eu não acho que tenha entendido. -Ele gira em seus próprios calcanhares, voltando seu corpo para mim. Um sorriso que não alcança os olhos e que não parece nem um pouco verdadeiro se espalha em seus lábios antes de ele me responder.

− Eu estava esperando um adolescente... Um primo do João Pedro, ou algo assim... -Mais uma vez, desliza seus olhos por todo o meu corpo: − Mas, claramente, não é esse o tipo de relacionamento de que estamos falando.

Engulo em seco.

− Eu não tenho muita coisa em mente, na verdade... Como eu disse, gosto do jeito que está. Isso é muito mais coisa do João do que minha. Ele falou sobre uma estante de livros, e um divã, talvez... Acho que seria o suficiente... Faço um imenso esforço para não dar atenção às suas insinuações, mas seu olhar me lança facas e faz com que eu me sinta pequeno. Muito pequeno.

Assim que processa minhas palavras, seu rosto ganha uma expressão incrédula, como se eu tivesse acabado de lhe estapear o rosto.

− Só uma estante e um divã? Você não acha que eu perderia meu tempo apenas para comprar dois móveis. Certo?

É a minha vez de me sentir esbofeteado. Abro a boca, chocado com as palavras que saíram das dele, tão incomodado e constrangido com seu tom, olhar e postura de superioridade, que não consigo organizar meus pensamentos em uma frase coerente.

− Eu... -Pigarreio: − Eu...

− Você? -Impaciente, e com as sobrancelhas arqueadas, me questiona. Tudo o que sou capaz de fazer é piscar. Seus olhos voltam a me medir de alto a baixo e, se em algum momento, ele tentou esconder o desprezo que claramente sente por mim, não tenta mais, e eu nem faço ideia do porquê.

Quer dizer, eu estou bem vestido, bem arrumado, teoricamente, estou lhe dando um trabalho. Que motivos esse cara poderia ter para me tratar desse jeito? Meus olhos ardem, sinto as lágrimas começarem a fazerem seus caminhos até eles, mas me recuso a chorar na frente dele. Já é ruim o suficiente chorar por causa dele.

− Eu vou deixar que você me diga no que pensou. Algo que valha seu tempo. - Decido que esse é, provavelmente, o jeito mais rápido de acabar com isso. Deixá-lo fazer o que quiser. Mas mesmo que seja esse o meu objetivo ao dizer as palavras, minha voz sai muito mais baixa do que eu gostaria. Ele sorri, satisfeito consigo mesmo.

− Perfeito! Assim vai ser muito melhor. -Afirma, enquanto abre sua bolsa e tira de lá um objeto retangular, pequeno, e um tablet: − Eu vou tirar algumas medidas e envio o projeto para o João Pedro quando estiver pronto. -

Apenas aceno com a cabeça, concordando.

O objeto em suas mãos é uma espécie de laser. Ele aponta para a parede, depois lê algo nele, e anota em seu tablet. Repete a ação até que tenha todas as medidas do quarto e começa a caminhar na direção do closet.

− Não! -A palavra sai alta e clara pela minha boca, quase desesperada sem que eu nem mesmo tenha a chance de impedi-la, mas assim que a digo, percebo que eu não queria mesmo ter me parado.

− Desculpe?

− Não. O closet não. -digo, enfático. Não o quero lá. Não no lugar em que eu me sinto bem, não no meu esconderijo. Não quero que ele o contamine com sua arrogância e ar de superioridade. Não quero que ele olhe para as roupas lá penduradas e decida que elas são mais um motivo para me diminuir. Não quero.

− Tudo bem. -Concorda, claramente a contragosto: − Então nós já terminamos aqui.

− Obrigado. Tenha uma boa noite. Caminho para a porta do quarto e a mantenho aberta para que ele passe. Manuel atravessa e, não só passa por ela, como por mim também, andando à minha frente, descendo as escadas antes de mim, como se fosse ele quem

morasse na casa e eu a visita. O que só faz com que eu queira ainda mais que o homem vá embora.

Nos despedimos sem toques, ele nem mesmo me estende a mão. Fecho a porta, e dona Laura aparece sorridente, me perguntando como foi. Eu respondo um tudo bem, peço licença e quase corro para o meu esconderijo. Mal entro no closet e sinto as primeiras lágrimas escorrerem. As palavras de seu Josias se fixam em minha mente imediatamente, “Garoto de programa”, “vergonha”, “desgraça” ... Tanta coisa aconteceu desde então que eu quase tinha me esquecido da sensação de ser humilhado desse jeito. Idiota! É o que eu sou.

Não deveria ter achado que poderia simplesmente esquecer. As pessoas não vão me deixar esquecer, eu sei que não. E isso porque João Pedro e eu ainda nem fomos vistos juntos. Eu nem quero imaginar o que vai acontecer se eu tiver que conhecer seus amigos e familiares.

*** JOÃO PEDRO ***

O CORPO PEQUENO flutua pela piscina. Eduardo tem os olhos fechados e os cabelos espalhados ao seu redor, como uma aura escura circulando o rosto de pele clara. Sorrio, porque quando ele quer, sabe ser obediente. A sunga preta se sobressai em seu corpo e, mesmo à distância, posso ver o quão perfeita ficou.

Me aproximo da piscina com passos cautelosos e ele continua na mesma posição, quase me pergunto se ele teria sido capaz de adormecer ali, boiando na água. Desço pelas escadas, a água morna atinge minha pele eu caminho na direção dele. Nem mesmo os movimentos produzidos pela minha aproximação o fazem abrir os olhos. Posiciono meus braços embaixo de suas costas, e então o toco. Seus olhos se abrem imediatamente e o impacto que sofro é quase físico.

O sorriso que ele me dá é pequeno, mas ilumina o rosto de sardas delicadas e lábios rosados. Abaixo a cabeça, sem conseguir mais esperar para fazer aquilo pelo que ansiei o dia inteiro, beijá-lo. Começa com um toque de lábios e permanece assim por algum tempo, é a língua de Eduardo que sai para brincar primeiro, lambendo minha boca e me fazendo sorrir. Mordo seu lábio e o puxo para mim. Ainda deitado em meus braços, ele abaixa as pernas, firmando os pés no chão e envolvendo meu pescoço com seus braços, na nova posição, o beijo acontece.

Sua língua busca a minha, encontra-a e elas se envolvem em um toque gostoso e faminto, necessitado. Aperto seu corpo contra o meu, desejando mais dele e menos da água, querendo senti-lo inteiro em minhas mãos. Seus cabelos molhados se embolam em meus dedos e eu os seguro com força, inclinando sua cabeça para trás e enfiando minha língua em sua boca com uma urgência que ao invés de diminuir, apenas cresce. O ar me falta, mas eu não quero parar de beijá-lo e Eduardo parece tão interessado em parar quanto eu. Nem um pouco.

Suas mãos puxam meus cabelos, seu corpo se impulsiona contra o meu, e sentir seu desejo eleva o meu à milésima potência. O beijo acaba apenas pela necessidade de respirar, mas continuamos com as bocas, testas e narizes grudados uns nos do outro. Não dizemos nada, eu subo minha mão pela água, escorregando-a pela sua bochecha, fazendo um carinho ali e Eduardo suspira. Seus lábios fazem um biquinho antes de o som de um beijo estalado ecoar entre nós, e eu sorrio.

− Sentiu minha falta? -Abro os olhos, e encontro os seus ainda fechados. Um sorriso pequeno e desconfiado toma conta do seu rosto antes de ele deitar a cabeça em meu peito. Eu o abraço longamente e aquela sensação que começou a aparecer despois que o conheci, me inunda. Eu senti falta dele. Puta merda. Senti, mesmo que ele não tenha deixado meus pensamentos nem por um segundo ao longo do dia. Beijo seus cabelos molhados e ficamos assim por algum tempo, apenas aproveitando a companhia um do outro, até que ele afaste o rosto do meu peito e volte a olhar para mim.

− Foi um dia estranho...

− Estranho? -questiono, divertido.

− Você nunca vai ser capaz de entender...

A resposta me faz gargalhar e Eduardo revira os olhos para mim.

− E o spa?

− Estranho! Eu nunca tinha sido tão esfregado e tocado na vida. -Tem os olhos arregalados.

− Nunca? -Brinco, subindo e descendo as sobrancelhas para ele.

− Nunca! Acredite! Você não chegou nem perto de fazer o que aquelas pessoas fizeram comigo!

− Ah, Edu... Isso é inaceitável! sussurro, e estalo a língua: − Precisamos corrigir isso imediatamente! -Deslizo minhas mãos pelo seu corpo, alisando suas coxas, subindo para o seu quadril, escorregando pelas suas laterais até alcançar seu peito e fazer um carinho suave nele, roçar o polegar sobre seus mamilos e senti-lo estremecer em meus braços.

− E foi gostoso assim? -sussurro em seu ouvido.

− Não... -Responde em uma voz arrastada: −Não mesmo...

Ouvir sua voz manhosa me excita, saber que é o meu toque que o deixa assim, perdido, ansioso por mais. Volto a colar minha testa na sua e a lamber seus lábios enquanto minhas mãos passeiam por cada centímetro de sua pele submersa, ou não. Meu pau lateja, ficando dolorosamente duro por tê-lo tão perto de mim. Os olhos azuis de Eduardo se fecham devagar enquanto ele aproveita a sensação de meus dedos percorrendo, apalpando sua pele, mas o que era para ser uma brincadeira, começa a ficar sério à medida que o desejo entre nós cresce e nos domina, tornando-se tão palpável que seria possível cortá-lo com uma faca.

− João... -Murmura, provocando minha vontade de tocar e lamber cada centímetro de pele seus. Espalmo minhas duas mãos em sua bunda, agarrando embaixo delas e levantando as pernas de Eduardo até que ele as entrelaça em minha cintura e eu aperto suas coxas com vontade. Impulsiono meu quadril na direção do seu, Eduardo morde o próprio lábio e me lança um olhar embriagado de tesão, delicioso, que me faz querer mais dele, mais dele.

Em poucos passos eu já o encostei na parede da piscina. Apoiando suas costas no azulejo azul e espremendo meu corpo no seu enquanto giro os quadris, esfrego aquele ponto entre suas pernas. Sua respiração, já descompassada, sopra minha boca e seus olhos de pupilas dilatadas encaram os meus, desejosos, pedintes, implorando pelo meu toque.

− Ah, Edu! Eu vou devorar você! - Desço minha boca sobre a dele e o beijo, explorando-o com minha língua, me deliciando com seu gosto, esfregando-me em suas pernas abertas e engolindo seus gemidos excitados. Seus braços se soltam de meu pescoço e suas mãos deslizam por minha pele molhada, agarrando minhas costas, ombros e peitoral. Arrasto os dentes por seu queixo e garganta, mordo seu pescoço, e ele geme tão gostoso, que preciso fechar os olhos e respirar fundo quando sinto seu rebolado, lutando pelo meu autocontrole, lutando para não rasgar sua sunga e me afundar dentro dele imediatamente.

Lambo seu pescoço, chupo seu maxilar, até minha boca reencontrar a sua e se apossar dela por completo, beijando-o profundamente. Minha língua massageia a sua com um tesão e necessidade filhos da puta. Escoro seu corpo na parede e afasto meu tórax do seu o suficiente para enfiar minhas mão, e sem conseguir resistir, abandono sua boca e abocanho um de seus mamilos excitados com fome, mamando gostoso, circulando-o com a língua, mordendo suas auréolas, chupando e lambendo sua pele.

Os gemidos de Eduardo perdem o som, mas seu corpo reage com desespero aos meus toques. Ele se move, esfregando o pau gostoso em mim, fazendo a água ao nosso redor balançar e espirrar. Minhas mãos permanecem firmes em sua cintura enquanto minha boca se banqueteia, alterno entre um e outro e a lembrança dele gozando apenas com esse toque torna tudo mais intenso, me faz acelerar, chupar mais rápido, mais intensamente. Sua reação acompanha, tornando-se mais violenta, mais entregue, mais e mais gostoso. Suspendo-o, colocando-o sentada na borda piscina e ele me olha completamente bêbado de prazer, com o olhar perdido, fora de órbita.

Dobro seus joelhos, apoio seus pés

no limite entre a borda e o nada e ele estica os braços atrás do corpo, mantendo-se inclinado sobre neles. Os lábios entreabertos e peito ofegante deixam-me enlouquecido de tesão. As reações de Eduardo me desestabilizam, me colocam em uma ânsia por mais a cada grama de si mesmo que ele me entrega.

Espalmo minha mão em sua barriga e a escorrego para cima até agarrar um de seus mamilos e torcê-lo entre meu polegar e indicador. Eduardo geme meu nome, alucinando-me. Meu coração bate tão rápido que tenho a impressão de que ele vai explodir fora do peito, quando com a mão livre, tiro sua sunga e Eduardo fica completamente exposto, arreganhado, diante dos meus olhos.

Arrasto meu nariz até seu pau rosado, delicioso, brilhando, duro, completamente melado. Aspiro seu cheiro e meu pau praticamente escapa inteiro da sunga. Minha boca saliva para sentir seu gosto em minha língua outra vez. Não me impeço, afundo o rosto entre suas pernas e Eduardo grita imediatamente. O som que sai de sua boca me delicia e, ao mesmo tempo, me testa e provoca, porque quanto mais dele eu tenho, mais eu quero. Seu grito me faz desejar seus gemidos, me faz desejar ouvir meu nome sendo derramado de novo e de novo por seus lábios, até que ele convulsione e exploda em minha boca.

Esfomeado, devoro-o sem dó de seus apelos desesperados. Ele levanta o quadril, completamente descontrolado, esfregando sua bunda na minha cara quando chupo seu cuzinho apertado. Me afundo dentro dele, giro minha língua em seu buraco apertado e minha mão massageia seu pau delicioso e duro. Arrasto a língua de fora para dentro de novo e de novo enquanto Eduardo se contorce sob mim e, quando ela está prestes a gozar, chicoteio seu pau e enfio dois dedos dentro dele. É imediato. Eduardo goza gritando meu nome e convulsionando com um abandono total de si mesmo.

Bebo seu orgasmo com a boca e com os olhos. Me sentindo consumido pelo prazer de vê-lo completamente entregue, totalmente a minha mercê, absolutamente meu. Continuo chupando sua pau até que seu corpo desabe no chão, exausto, saciado. Em um salto estou fora da piscina. A água escorre pelo meu corpo e eu tiro a sunga, antes de montar em seus quadris. Meu pau lateja de tesão e, mesmo estando molhado, o pré-gozo fica evidente na cabeça larga e veiúda.

Com seu corpo preso entre minhas pernas, aperto-o inteiro em minhas mãos e sua pele delicada e quente é como a porra do céu. Seus olhos se abrem para mim, tão moles, ainda perdidos em uma névoa de prazer e eu ataco sua boca. Deixo que ele prove o próprio sabor em minha língua, e ele retribui, explorando cada canto molhado da minha, lambendo, circulando, esfregando até que ambos estejamos sem ar e o beijo acabe apenas para permanecermos com as bocas abertas, aspirando tanto oxigênio quanto é possível com os rostos ainda grudados.

− Eu quero sentir o seu gosto... sussurra, arrastado, em minha boca, em um tom apelativo que me arremessa para longe do plano físico, tamanho é o tesão que explode em minhas bolas, deixando-me muito além do ponto de bala.

− Porra, Eduardo! Você é mesmo um putinho, não é? -Agarro a raiz dos cabelos em sua nuca e puxo-as ao mesmo tempo em que mordo seu lábio. Impulsiono meu corpo para trás, ficando de joelhos no chão e me movo até estar montado sobre sua cabeça.

− Abre a boca pra mim, meu putinho! -Ele faz exatamente o que pedi, ansioso, desejoso, e quando sua boca envolve meu pau, é a porra da perfeição! Puta que pariu! Seu calor molhado desliza sobre a minha pele e a visão é do caralho: seus cabelos úmidos jogados sobre os ombros e costas, sua pele branca completamente nua, seu peito espremidos sob o meu corpo, as bochechas rosadas, o peito arfante e a respiração ofegante enquanto ele me engole quase por completo...

Trinco os dentes, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos. Eduardo me chupa timidamente, mas, ainda assim, fodidamente gostoso e, no momento, eu não tenho condições de orientá-lo, completamente alucinado por estar em sua boca. Ele sobe os dedos pelas minhas coxas até alcançar meu abdômen e suas mãos alisam-me, até pararem, agarradas firmes em meus quadris.

− Chupa tudo, Eduardo! -Praticamente rosno, fodidamente descontrolado pela necessidade de ter sua boca me engolindo cada vez mais fundo e ele obedece, abrindo mais a boca e engolindo tudo o que lhe dou.

Impulsiono meus quadris devagar e ele começa a engolir até mais da metade do meu pau. Puta que pariu, tão quente! Que boca gostosa, porra! Ele me chupa, engolindo até onde consegue e voltando até a ponta, circulando a língua por ela, sugando devagar, antes de deixar que meu pau invada sua boca até sua garganta outra vez. Gostoso pra porra!

Controlo meus gemidos, mordendo os lábios, apertando os dentes, mas quando ouço um gemido baixo vindo de Eduardo, fica impossível impedir que um rugido de prazer me escape. Levo as mãos aos seus cabelos, segurando sua cabeça e prendo seus olhos nos meus, seguro-o e fodo sua boca alucinadamente. Me entrego ao momento, os gemidos de Eduardo se tornam mais altos, mais fodidamente provocantes, a porra da boca molhada e quente desliza ao meu redor, me lambuzando inteiro, me enlouquecendo, descontrolando.

− Eu vou gozar, Eduardo! Engole tudo! - Ordeno, sem dar chance para que ele recue, e ele nem mesmo parece pensar em fazer isso, de qualquer forma, ansioso pra tomar meu leite, só não mais do que eu para vê-lo fazendo isso.

Sinto o orgasmo percorrer meu pau até explodir fora de mim. Gozo, tão forte, que meu corpo inteiro vibra em espasmos. Afrouxo o aperto na nuca de Eduardo, dando a ele uma saída no último minuto, mas ele agarra minhas coxas e bebe minha porra como se fosse água no deserto. Aperto os olhos, sentindo seus lábios, língua, sua boca inteira me mamando até que ele tenha bebido tudo e deslize meu pau para fora da boca lentamente.

Minha respiração ofegante e o peito arfante me mantém fora de órbita por vários minutos, e quando meus olhos voltam a encontrar os de Edu, ele está sorrindo. Ah, homem! Você é uma coisinha vadia, não é?!

******************

Nossas gargalhadas soam altas enquanto nossos corpos nus e suados são sacudidos pelo riso. Deitados na cama de Eduardo, estávamos falando sobre seu dia no Spa e nenhum de nós dois se contém quando ele descreve uma das mulheres que lá estavam. Segundo Eduardo, a mulher era a cara do galinho chincken little.

− E não era só a testa dela, mas a boca, e os olhos enormes, e eu juro por Deus! João! A cabeça dela era muito desproporcional. -diz, entre risos, mas ao final não consegue aguentar e explode em novas gargalhadas. Eu o acompanho, mas não sei bem do que rio, se da situação ridícula que ele está narrando, ou se do seu riso, que é uma delícia de ouvir.

− E aí, ela foi entrar numa banheira de rosas, e tudo o que eu consegui imaginar foi um pintinho dentro de uma casca de ovo quebrada! E o cabelo dela era loiro! -Eduardo fecha os olhos e seu corpo inteiro treme, completamente descontrolado por suas risadas. Seus olhos apertados lacrimejam e ele é a porra de uma visão. Lindo! Lindo para um caralho!

Eu observo enquanto ele rola na cama, embolando os lençóis sob si, e seus cabelos escuros, espalhados pelo travesseiro branco, parecem ocupar a cama inteira. Seu olhos se abrem e me encontram a encarando.

− Que foi? -pergunta, ainda sorrindo.

− Você é lindo! -Naturalmente, o vermelho se espalha em sua pele, eu aproximo meu corpo do seu e beijo seu nariz, depois seus lábios antes de me levantar da sua cama.

− Boa noite, Eduardo. -O sorriso se apaga do seu rosto assim que as palavras deixam minha boca, mas ele pisca e volta a sorrir, dessa vez, um sorriso muito menor e que não alcança seus olhos. Percebo, me incomodo, mas não me permito pensar sobre isso. Eduardo morde o lábio e só depois de soltá-lo responde.

− Boa noite, João. -Meneio a cabeça para ele antes de ir para o meu quarto.

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Comentários

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Perfeito. Não há como expressar o tesao e a maravilha de ler este conto.

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Esse João é um babaca, no fundo ta morrendo de vontade de dormir com Edu mas fica fazendo cu doce so pra mostrar quem manda. Bundão não sabe o que está perdendo ou até sabe mas não quer dar o braço a torcer.

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Quando sentir ameaçado pelo amigo sedutor , daí ele vai dar o braço a torcer,viu. Tomara que Eduardo de um.pe na bunda dele

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