Dos braços de um, pros braços da outra: O mundo dá cambalhotas!

Um conto erótico de Astrogilldo Kabeça
Categoria: Lésbicas
Contém 4084 palavras
Data: 10/05/2023 22:53:48

Em uma sala de aula direcionada para concurseiros, havia mais ou menos 25 alunos. Tinha gente de várias idades, mais especificamente entre 17 e 27 anos, ou seja, uma turma jovem em sua maioria. Uma das alunas, Gisele, prestava mais atenção ao colega que sentava cadeiras à frente, a sua direita, do que nos ensinamentos dos professores. Ela, 18 anos, morena do cabelo curto, estilo “Joãozinho”, seios médios, 1,60 de altura, coxas grossas, bunda redondinha. Quase sempre se vestia de preto, meio gótica, meio emo, esmaltes sempre negros, saias rodadas e coturnos, jeito sapeca, de quem está entrando na adolescência, e não saindo – caso dela. O rapaz admirado era Bruno, 19 anos, magro, alto, com cabelo estilo Rambo, andava com camisetas do Spliknot, parecia vocalista de banda de metal dos anos 80. Não era simpático, no entanto, tinha um rosto de galã, chamativo para as menininhas que se apaixonam fácil. Tinha uma lambretinha (uma scooter) e Gisele sempre tentava uma carona com ele, embora conversassem pouco, era mais cumprimentos típicos.

Um dia, ao fim da aula, Gisele viu uma loirinha bem bonita na porta do curso, olhos castanhos, rosto perfeito, lembrava muito a atriz Leandra Leal quando bem jovem.. Corpo bem equilibrado, nada exagerado. Ia aventurar mais uma carona a Bruno, mas o mesmo se direcionou e beijou a loirinha com paixão. Gisele gelou. Era a namoradinha dele. E lá foi aquele casalzinho modelo, deixando a gótica arrasada.

Mesmo assim, Gisele continuava a paquerar Bruno, ainda mais que a turma foi pegando amizade e aos sábados alguns marcavam uma cervejinha após o curso. Mesmo tímida, Gisele passou a ir, pois Bruno ia quase sempre. Nesse dia, a namoradinha dele não aparecia. Puxava papo, conversava mais com ele, porém, nada além disso. À noite, seus sonhos eram com ela agarrada a ele pilotando a moto, numa estrada deserta, rumo não se sabe onde, ao som de alguma banda setentista...

Um dia, a loirinha apareceu no bar. Nesse dia estavam umas oito pessoas, e rolou brincadeiras de passatempo. Ela chamava-se Eneida, 17 anos, ainda no ensino médio. A cervejada foi bem animada, Bruno e Eneida pareciam bem apaixonados, Gisele sentindo na pele não ser ela o foco daquele amor. Já estavam juntos há quase um ano. O casalzinho saiu mais cedo pra curtir a sós, e quando saíram, veio a fofocada: muitos falando que Bruno, apesar de participar daquele grupo, era bem tiradinho, metido a besta, com papos sobre grandeza, amigos morando em Nova York, passeios de barco pelo litoral, campeonatos de skate vencidos por ele. Gisele discordava, e alguns se deram conta que ela estava era caidinha por ele. Ela negava, mas isso já estava bem claro. Só ela não concordava que ele tinha um jeitão pernóstico.

Passam-se os meses, a grade do curso apertando, alguns processos seletivos já rolando. Foi então que nessa correria, Gisele se deu conta que Eneida não mais apareceu no curso e Bruno estava mais fechadão, todo reservado. As cervejadas diminuíram, mas quando rolava ele mal aparecia. Foi aí que apareceram os boatos de corredor que eles haviam terminado. Isso acalentou o coração de Gisele. Ela pensou em um jeito de consolar ele, parecia bem tristonho.

Um dos caras que mais integravam aquela turma era Valsérgio, o Valquito, o gaiato da turma, o gordinho camarada, aquele que faz as perguntas mais esdrúxulas, arrancando risos gerais. Ele propôs uma festinha junina no condomínio onde morava, pois ele estava achando que o grupinho estava começando a se afastar demais. Bruno acabou indo por morar relativamente próximo, na verdade foi mais porque Valquito encheu o saco dele pra ir. Gisele estava lá, bem maquiada e bonita, com roupas mais leves, sem aquele visual trash.

Pois bem... Gisele estava tão iluminada e disposta que conseguiu fisgar Bruno, que estava bem desambientado, tomando um licor atrás do outro, e se no inicio nem olhava pra cara dela, aos poucos foi se rendendo a vozinha doce que tentava levantar seu astral. A festinha terminou com um provável novo casal aos beijos. Valquito até brincou com ela:

- Tá me devendo essa, Hein dona Gisele?! Quase dei a bunda pra esse cara vir! E você deu o bote direitinho, boa jararaca tá me saindo, viu?!

E assim, o segundo semestre do curso começou: Bruno com mais uma namorada, agora colega de sala. Gisele estava radiante, diariamente era ela que ocupava a garupa daquela motoca. Sinal que o mundo não gira, dá cambalhota. Mas o dia a dia foi mostrando a faceta de Bruno que todos comentavam: ele não era um cara gentil, era soberbo, não cumprimentava os atendentes nos estabelecimentos que iam, e só socializava quando lhe convinha. Foi então que Gisele percebeu o que muita gente de fora já tinha notado sobre ele. Pouco solicito, meio grosseiro, “de lua”, ou seja, um dia falava com todo mundo, e no outro passava e nem olhava pra cara. Quando rolava uma brincadeira, sorria meio forçado.

Num dia de domingo, estava rolando uma festinha com palco numa praia e o casal estava lá. Gisele muito queria ir e quase que arrastou Bruno pra lá. Estavam lá de boa, quando avistaram Eneida. Ela estava com um amigo gay e também viu o casal concurseiro. Que mundo pequeno! Ela estranhou estarem juntos, ela nem sabia. Foi então que coincidentemente, as duas foram comprar cerveja e se encontraram.

- Oi... Você é colega do Bruno, daquele curso né?

- Sim, sim... Você era a namorada dele... isso?

- É, fui... Eneida.

- Gisele...

- Lembro de você naquele barzinho que sua turma frequenta... Ainda saem juntos?

- Sim, é... menos agora, todo mundo com a acara no livro... outros trabalhando, nem sempre dá...

- Sei como é... também estudo pra faculdade, mas queria mesmo é ter estabilidade. Tô terminando a escola, acho que se nascesse um ano antes estaria nessa turma também, rs...

- Puxa, estou mais voltada pra concurso, mas espero entrar na faculdade quando tiver segurança financeira...

- Somos muito jovens... é isso... prazer revê-la, meu amigo tá me esperando.

- Vou retornar também, prazer

Gisele observou que ela não perguntou em nenhum momento sobre o namoro, apesar de ter sido uma conversinha rápida bem básica e educada. Achava que ela estaria azeda, afinal, era uma conhecida que estava com o ex dela. Mas ela foi bem agradável... e lembrou dela do barzinho, olha só. Foram tão poucas vezes que se viram. Quando chegou perto de Bruno, este estava com cara de poucos amigos.

- Foi fabricar a cerveja?

- Pô, tava uma filinha... não fala assim...

- É que você estava de conversinha com a Neida... Papinho tava bom né?

- Porra, Bruno, sério? Encontrei ela por acaso, durante a compra, vai ficar esquentadinho por isso??

- Tá bom... relaxa... esquece aquela songamonga

- Cara, não fala assim da garota! Não sei por que terminaram, nunca perguntei isso, nem você me falou sobre o término, é seu passado, nada a ver... e ela foi bem-educada, nem mencionou o fato de eu estar com você.

- Ah, nesse tempinho já viraram amiguinhas né?

- Ami... Bruno, que porra é essa!! Vai ficar de bronca aqui, caralho? Eu vim pra curtir, e não pra você ficar questionando com quem converso ou deixo de conversar!

- Porra, Gisele! Já não tava afim de vir, você encontra minha ex, e ao invés de ficar na sua você vem cheio de elogios àquela mocreia??? Era só o que me faltava! Você gostaria que eu encontrasse seu ex pra ficar em altos papos gargalhando como se fossem amigos de longa data??

Gisele estava atônita

- Velho!!! O que tá acontecendo contigo!!?? Sério que você está alterado por que eu EDUCADAMENTE cumprimentei ela num encontro casual? Ah, vai à merda! Gargalhada? De onde você tirou isso? Olha, Bruno... talvez eu saiba agora, aliás, descobri tarde demais por que ela terminou com você!

- Ah, foi ela que terminou? Puxa, nesse tempinho foi isso que ela te contou? Que intimidade, viu???!!!

- Olha, Bruno... vá pra porra, vá tomar no cu!

E Gisele saiu desatinada. Bruno ficou rindo sordidamente e aí se deu conta que falou demais. Foi procurar ela e encontrou-a sentada num banco de pedra.

- Foi mal, gata. Vem, deixa de firula...

- Firula, um caralho! Tô puta com você, vai embora, Bruno, me deixa em paz!

Percebendo que ela realmente estava fula, até bufando de raiva, resolveu ir embora. Foi pra casa e deixou ela chorando lá sentada.

Uma hora depois, Eneida e o amigo havia encontrado mais gente, curtiam e dançavam. Até que ela percebeu ao longe Gisele sentada na areia, solitária, bebendo uma latinha. Estranhou e foi ao encontro dela.

- Oi... Tá tudo bem aí?

- Oi... oi, é você?

- Sim, o que aconteceu? Cadê Bruno?

- A última coisa que quero saber é onde aquele traste está!

- Puxa... vem aqui ficar com a gente. A turma é boa, não fica aqui chateada.

Depois de ficar com cabeça cheia de uma discussão idiota em um dia que só queria aproveitar ao lado do namorado, ela foi com aquela quase estranha tentar salvar alguma coisa daquele dia atípico.

- Galera, essa aqui é Gisele, encontrei ela sozinha, chamei ela pra se divertir com a gente.

Após ser bem recepcionada, Gisele foi ficando mais a vontade de ficar com os novos amigos, excelente ocasião pra esquecer de vez aquele chato. Já era noite quando rumaram pra um barzinho próximo, tipo boate, onde rolava um tecno vigoroso. Ambiente underground, gente vestida de E.T., E.T. vestido de gente, alto astral. Naquele embalo, Gisele e Eneida eram as que mais curtiam. Ensaiavam dancinhas sensuais, inventando passos, muita cerveja gelada, e brindes animados. Foram ao banheiro. Lá, animadas, Gisele abraça Eneida.

- Puxa, brigadão por você ter me incluído na sua turma, coisa de alguém gente fina!

- Nada, me dói o coração ver alguém magoado e perdido em meio a multidão

- Foi o Bruno, deu uma de babaca e quase acabou com meu dia. Velho, como não notei que ele era o maior mala?!

- Ah, falar daquele asno agora? Pelo amor de Deus, né?

- Ah, você tem razão! E olha que eu não fui com sua cara quando vi você namorando com ele! E olha você aqui salvando meu sábado!

Eneida, bastante solidária, abraçou Gisele mais uma vez, uma espécie de conforto. Dessa vez, um abraço mais apertado.

- Você tá comigo, ok? A noite pode ser longa, muita coisa pra rolar. Perder tempo pensando no passado ou em alguém que não merece, quebra a energia, a corrente que você criou com a gente, comigo...

Gisele fechou os olhos. Tava se sentindo aconchegada, o corpo de Eneida era quente, macio. E assim, perdeu um pouco a noção do tempo. A vibração que vinha dela era boa, estava se desfazendo um imaginário totalmente errôneo sobre aquela moça, que um dia sentiu inveja sobre ela estar com o rapaz pelo qual estava apaixonada e agora estava ali lhe resgatando de uma barca furada.

Sem se dar conta, sentiu em seus lábios uma boca se encostar e procurar o interior de seu paladar. Inebriada por estar passando por momentos altamente virtuosos, deixou-se levar por um beijo ardente, caloroso, intenso, voluptuoso. Quando deu por si, devorava também aquela boca. Não importava quem fosse, beijo quando é bom e refrescante, pode vir de quem for.

Após minutos de muita chupação de língua, se afastaram e ai Gisele abriu a boca surpresa.

- Uau! Olha....melhor voltarmos pra pista, pra pegarmos um ar!

- E tomar logo uma gelada, senão vou ficar carbonizada aqui dentro!

Foi ai que se deram conta que estavam numa cabine e não em frente ao espelho quando entraram no sanitário! Isso quer dizer que a coisa foi tão gostosa que podiam ter caminhado agarradas pra um precipício, se ali estivesse um.

E na pista a coisa pegou fogo! Extenuadas por um momento afetuoso, pulavam e dançavam como se fosse carnaval na avenida. E se pegavam. Agora não estavam nem aí, se beijavam com volúpia. Pra Gisele, estar com aquela garota era uma espécie de vingança, cada beijo dado era um recado tipo “Olha aí, seu imbecil, foi dar uma de palhaço e me jogou nos braços de sua ex!”

Já era quase madrugada e Eneida praticamente arrastou Gisele pra sua casa. Morava com a mãe que estava passando o fim de semana fora, então a casa era das duas. Ao chegarem no quarto, nem se desvencilharam das roupas ou foram tomar banho. Suadas e com odor de quem passou o dia todo na rua, se atiraram e se embolaram na cama aos beijos de luta, como se as línguas tivessem numa rinha de serpentes. Eneida atacou o pescocinho e foi chupando até cair de boca nos seios médios e balançantes de sua peguete. Mordiscou e mamou como se fosse uma bebê faminta. Arrancou a saia rodada e foi dando mordidinhas na virilha até atacar a bucetinha raspada de Gisele. Essa só fazia gemer e dar tesudos gritinhos de prazer. Aquele dia foi tão louco, começando com um despertar ao lado do namorado, o bom humor de uma festa na praia, uma briguinha besta, uma turma nova, um espaço show para dançar, e uma amante nova que era a ex do seu quase ex! Era muita coisa pra ela poder raciocinar e processar tudo isso com tanto acontecimento rolando em menos de 24 horas.

E assim , resolveu colaborar com aquela doideira. Arreganhou as pernas pra Eneida poder lamber e chupar sua buça com gosto. Puxava os cabelos loiros dela, apertava a cabeça, gritava que ia gozar.

- Ahhh, delicia....Eneida, sua louca, me chupa assim, vaaaaaaaaaaaaiiiiiiii

Após mais uma sessão de beijos tórridos e linguadas foi a vez de Gisele explorar pela primeira vez um corpo feminino. Mesmo processo, ataque aos seios, menores que os seus, mais muito mais duros e empinados. Logo após foi dar sua língua na bucetinha da recém-amada e descobrir o sabor de uma xota melada. Aquilo era tão inesperado que mesmo os corpos exalando cheiros nada agradáveis, o tesão era maior que qualquer olfato sensível. E lá ela se esforçou pra arrancar uma gostosa gozada de Eneida.

Aos beijos, as duas passaram a se esfregar. O suor seco ajuda as peles a grudarem, mas não estavam nem aí. Naturalmente, as vulvas se encontraram e ali debruçadas uma na outra se esfregaram, com gemidinhos agudos, muita beijação até os corpos vibrarem de puro tesão.

Resolveram tomar banho e novamente nova sessão de beijos e chupadas. Na cama novamente, Eneida estava agachada rebolando como Gretchen na língua de Gisele, que se esbaldava em linguadas sórdidas. Eneida se inclinou e começaram um 69. Eneida enviava os dedinhos enquanto chupava, e logo Gisele aprendia a fazer o mesmo. Cheirosinhas, beijavam as pernas pés, torço, exploravam cada parte de corpo.

Encaixaram as bucetas e mais uma vez se roçavam, com mais intensidade, sem beijos, uma olhando o rosto de prazer da outra.

- Vai, Gisele, minha gostosa, mexe o quadril, delicia, assim....ai, que gostoso...

- Vai, Neidinha, mexe assim, vai puta, vai...ai, caralho, que bucetinha melada, escorrega gostoso na minha prexeca...ai...

- Vai, Gisa....vai.....vai, gostosa, mais rápido...

- Ai, Neida, vou gozar, ahhhhhhhhhhhhh...

E ambas gozavam na putaria, se roçando, até que se agarram num beijo avassalador!

Eneida pega um cintaralho, grandinho, uns 20 centímetros, e veste. Gisele cai na gargalhada

- kkkkkkkk... que troço é esse? Ahahahahahahahah

- Gostou do meu brinquedinho? Vem delícia, chupa aqui, que ele fica bem escorregadio...

E aos risos, Gisele mama aquele caralho artificial. Ria muito enquanto chupava. Eneida se afasta, derrama lubrificante e deita sua ficante

- Relaxa, amor...

E vai penetrando... Gisele não tinha como recusar, tudo era muito louco, nada daquilo era normal

- Ai, Eneida... É muito grosso, ai... vem, tesuda...

Pouco tempo depois Eneida bomba, mais não com vigor, era até carinhosa. Gisele pedia pra ela ir mais fundo

- Ai, Neida, tá gostoso... afunda esse brinquedinho mais, vai...óooooooooo. deliciaaaaaaaaa, come a namoradinha do Bruno, vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai

E Eneida fode a namoradinha do seu ex. Olhinhos fechados, Gisele goza com aquele pinto postiço e beija Eneida com volúpia. Eneida entrega o cintaralho e fica de quatro.

- Vem, puta, come sua gatinha gostosa, vem

- Aahahahahahah... que louco! Não sei se consigo, nunca fiz isso... não cansa o quadril?

- Descubra, amor! Vem!!

E Gisele veste aquele colosso. Segura na cintura, vê aquele bundão se oferecendo a ela... E vai enfiando. Já não ri tanto. Sua cara era de puro tesão. Arfando ela vai enfiando aquele troço, enquanto Eneida cerra os olhinhos.

- óoooooo... assimmmmmmmmm, Gisele... agora bomba, vai... bomba, vaca, mete em mimmmmmmmm

Gisele acelera os movimentos. Logo sente que tem aptidão pra coisa.

- Ai, que louco! Tô adorando meter! Ai, Eneida que lindo eu metendo em sua xotinha,ai!!

- Enfia! Vai, doida, me lasca! Lasca essa putinha!Ahhhhhhhhhh

E Gisele acelerava, já com os dois pés na cama e socando pra valer.

- Puta que pariu! Não acredito! Tô comendo outra mulher! Que doideira é essa!!! Ai que loucuraaaaaaaaaaaaaa!

- Issooooooooo... vai, porra, mete em mim, eu adoro isso, meteeeeeeee

- Ahhhhhhh, que loucuraaaaaa! Meu Deus, o que estou fazendo!!! O que estou fazendo, ahhhhhhhhhh!!!!

De repente a virilha de Gisele começa a bater na bunda de Eneida num choque brutal de corpos

- Puta que pariu, caralho!!!vou gozar socando isso!!!! Sua vagabundaaaaaaaaaaaa

- Vou gozar, Gisele, vou gozaaaaaaaaaaaaaaaarrrr!!! Enfiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

- Ahhhhhhhhhhhhhh...quero morrer metendo em você!!! Que sensação maravilhosaaaaaaaaaaaa!!!

E na maior gemedeira e gritaria, Eneida cai de bruços cansada e Gisele por cima dela já banhada em suor. Respirando forte, Gisele sente um desconforto leve no quadril

- Gente do céu!! Que foi isso!

Um pouco mais recompostas, tomaram banho novamente e se beijavam mais apaixonadas. Desceram pra comer algo e conversam até cair em Bruno.

- Neida... não é por nada não, mas estamos aqui por causa do carrancudo do Bruno... Posso saber por que terminaram? Algum problema contar isso?

- Que nada, já esqueci aquele idiota. Ele era amigo de um primo meu, andavam de skate, um dia fui com ele e Bruno tava lá. Ai já sabe, começamos a namorar, ele é o maior gato. Com o tempo, percebi alguns defeitos nele, mas não ligava muito, a gente transava sempre e era bom. Só que fui me abrindo com ele e contei que achava que era bissexual, pois tinha ficado com uma colega antes de conhecê-lo. Ele ficou meio intrigado. Disse a ele que não era algo pra se preocupar naquele momento. Um dia, me atrasei pra um encontro com ele e ai ele ficou meio irritado. Justifiquei o atraso e ele me veio com essa: “será que você não encontrou sua coleguinha por aí e tava no maior amasso enquanto o otário aqui esperava?”. Fiquei abismada, sem palavras, aturdida mesmo com aquilo. Tentei ainda argumentar, mas comecei a ficar com nojo dele. Ele foi se dando conta da besteira, mas explodi. Mandei ele ir pra porra, disse que ele era um babaca, e sai de lá pisando forte. Não tinha mais como ficar com ele. Como ia namorar alguém que iria jogar sempre na sua cara algo que você contou pra ele na maior intimidade? Eu nem lembrava o nome da menina, pô! Não dava. Nem terminei. Ele não ligou pra mim pra pedir desculpas e dei graças Deus por ter se livrado daquele panaca. Meu primo conversou com ele, e ele disse que eu quem tinha que pedir desculpas por ter feito uma ceninha estúpida com ele no meio da rua! Ah, me poupe!

Gisele ficou boquiaberta

- Caralho! Olha que verme! Veja bem o que rolou hoje! Sabe por que brigamos? Porque encontrei você na hora da cerveja e fiquei conversando. Quando retornei, ele falou algo “tava de papinho com ela? Quer ficar amiga da minha ex?” Chamou você de songamonga, foi bem deselegante... e a gente conversou maior besteira, coisa de dois minutos!

- Típico daquele bosta! Mas sabe de uma coisa? Por causa daquele débil eu conheci você. Como eu disse, quando lhe vi, achei você uma graça, gosto de meninas assim do seu perfil. Por isso lembrei de você. Se eu soubesse que ele tinha lhe destratado assim, pegava você na frente dele! Quando lhe vi sozinha, deu uma dó de você, queria lhe agarrar ali mesmo, lhe levar pro mar e fazer amor gostoso com você!

- Nossa... Não sabia que você curtia mina. Não dá pra perceber, aliás. Inclusive, desde que vi Bruno me apaixonei por ele. Quando você esperava por ele pra irem embora juntas, me dava uma dor no coração enorme. Cheguei a desejar que vocês terminassem. E depois que terminaram investi nele e o conquistei. Tava feliz da vida, mas o tempo me mostrou que ele não era nada daquilo que eu idealizava. E hoje se comprovou. Somos duas vítimas de um cara inseguro, cheio de neuras, e totalmente insensato.

- Sem dúvida.

- Mas, olha... ficamos hoje, foi uma delícia, jamais esperava me envolver assim, mulheres nunca me atraíram. Acho que descobri algo de mim que não conhecia, vou ter que ir com calma com isso

- Obvio. Eu senti que você estava vulnerável e acabei sentindo mais atraída por você. Desculpe se forcei a barra. Não quero ver você infeliz por essa noite se tornar um estorvo pra você.

- Relaxa... O mundo não vai se acabar por isso

A partir daí, cessaram o papo e Gisele foi pra casa. Daí se deu conta que não parava de pensar em Eneida, ainda mais que Bruno ligou pedindo desculpas e querendo voltar, mas ela foi bem firme e disse, por telefone mesmo, que queria ficar só e focar nos estudos. Ele ainda ficou enchendo o saco, porém, ela estava determinada e deu um basta de vez. Saiu do curso, mas continuou mantendo contato com a maioria dos colegas. Só então reencontrou Eneida. Se deu conta que gostava dela e pediu pra ir devagar enquanto se conheciam. Não se considerava bi. Ela gostava de Eneida, da companhia, mas não passou a admirar outras mulheres, nenhuma delas lhe despertava qualquer desejo. Eneida foi um aprendizado, de como se pode pegar um azedo limão e transformar numa saborosa limonada.

Sete anos se passaram. Bruno está na praça de alimentação de um shopping center comendo um sanduba. De repente, um carinha chega junto.

- Brunão, é você? Quanto tempo, cara!

Bruno levanta a cabeça e reconhece também o sujeito. Se levanta pra apertar a mão dele.

- E aí, Valquito? Tudo bem, bicho?

- Pô, velho, que sumiço! E aí, como vão as coisas?

- Na paz...

- Você não mudou nada!

- E você emagreceu, hein?

- É, rapaz, academia, alimentação balanceada... Uma hora tinha que me arrumar

- O que tem feito?

- Tô trabalhando no Tribunal de Justiça, dois anos e meio já

- Concursado?

- Sim, claro!

- Que bom!

Bruno fez curso de designer, mas foi demitido de uma empresa e trabalha como autônomo, quando aparece um trabalho avulso ele pega, de tempos em tempos. Mora com a mãe ainda. Vendeu a lambreta. O tempo era de vacas magras.

De repente ele morde o sanduiche e levanta a cabeça. E seu mundo para. Duas mulheres vêm andando até o caixa sorridentes, uma delas carregando uma criança de colo. Impossível não reconhecer: Eneida, encorpada, de cabelo curto, mas cheio, esvoaçantes. E carregando a criança, Gisele, corpo atlético, cabelos longos em um rabo de cavalo. As duas bem sorridentes, escolhendo algo no cardápio. Enquanto isso, o catchup escorre dos lábios dele para o queixo. Valquito conta as novidades.

- Pois é, Brunão... Você se afastou da galera, não deu retorno... E agora taí sem entender nada. Eu explico: Depois que Gisele terminou com você procuramos ela, demos moral, ela havia deixado o curso, contou tudo. Fizemos um grupo de estudo, nos encontrávamos sempre pra estudar, vários editais abrindo... Um dia, Gisele aparece de mãos dadas com a namorada dela... Todos ficaram surpresos... Pois é, rapaz, esse mundo dá cambalhotas, hein?! Eneida passou a estudar com a gente. Resultado: Elas moram em Brasília, se casaram há três anos, fui testemunha. Eneida tá no TCU e Gisele trabalha no Cerimonial do Congresso Nacional. A menina, elas adotaram recentemente. Vieram visitar as familias, eu que trouxe elas aqui pro shopping, vim comprar um presente pra minha noiva.

As duas pediram milk sheik e saíram caminhando de mãos dadas pela praça, se viraram e deu pra ouvir a leitura labial “te amo” ditas simultaneamente, com um selinho apaixonado. Elas não viram Bruno. E se vissem, e daí?

- Pancada essa, hein Brunão? Ah... aproveita e limpa esse catchup aí. Tá parecendo que você levou um murro na boca.

Valquito também foi embora deixando um solitário Bruno, que era o bam-bam-bam do curso, e agora via suas duas namoradas bem de vida e morando juntas. Pra ele, o mundo não gira. Capota.

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