Começarei a história esclarecendo algumas coisas:
1- não estamos mais juntos.
2- escrevo com a autorização dele, inclusive, terá partes com a perspectiva dele.
3- não passará de 10 capítulos.
4- nos primeiros dois capítulos não haverá cenas hot.
5- aproveitei o relato.
Tudo começou em 2015…
Me chamo André. Tenho 19 anos, sou moreno com cabelos cacheados, 1.69m de altura, corpo atlético devido a atividades físicas, estudante de odontologia. Estudo em uma universalidade particular de minha cidade (PUC) e lá reencontrei um amigo de infância, o Gabriel. Começamos a frequentar um a casa do outro por morarmos perto e com isso conheci o Murilo, o bendito “homofóbico”. Murilo tem 21 anos, é estudante de educação física na mesma universidade, porém em turno diferente, 1.77m de altura e corpo atlético.
Em uma tarde de sábado no prédio do Gabriel, Murilo apareceu destilando seu veneno mas ao contrato do Gab eu não me calei.
Murilo: olha, a bichinha saiu do casulo.
Gabriel: para Murilo, sai daqui.
M: ah, claro, perdão. Darei espaço para as bichinhas se pegarem.
André: sinto um tom de ironia, ou será inveja? Se quiser participar não me oponho.
M: como é ?
A: tá surdo? Não convidarei de novo.
Murilo tenta avançar em minha direção, mas é impedido por um de seus companheiros fiéis. Gabriel ainda me xingou (acreditam?) com o argumento que eu “deveria respeitá-lo e não retrucar o mesmo” , mas como eu não estava a fim deixei passar. Algum tempo depois durante a comemoração do Gab no salão de festas do condomínio tivemos outro “incidente” que terminou em processos entre a futura sogra e eu:
M: os dois viadinhos, que lindos… tão delicadinhos.
G: cara, dá um tempo, nem te queria aqui.
M: mas vai ter que engolir.
A: amigo, não faz isso, pode apodrecer todos teus dente e dar câncer de boca.
M: como é?
A: tu nunca entende nada, né? Já foi no otorrino?
M: FDP - a novamente em seus ataques de fúria avançou em minha direção, mas dessa vez tive que agir para não levar a pior.
Murilo acertou um soco em meu rosto, o que fez eu perder o equilíbrio, mas vendo que ele viria novamente avancei e peguei em seu pau, disfarçadamente, apertando o suficiente para lhe causar dor enquanto lhe falava umas verdades:
A: olha aqui homofóbico de merda, seja homem uma vez na vida e para de apurrinhar teu primo e eu. Honre tuas cuecas e seja uma criatura decente, além de deixar de sustentar essa marra as custa dos teus pais, playboy de merda (não esqueço as palavras pq o próprio nunca deixou eu esquecer kkkkk)
Após, soltei. Porém Murilo permaneceu em minha frente, eu não entendi o porquê, esperava qualquer coisa menos isso.
Sandra, mãe dele, veio em minha direção destilando seu ódio cotiando:
S: larga meu filho viado, ele é homem.
A: acredite se quiser , ou não, sou homem também.
S: até parece.
A: pelo jeito não estudou biologia, né?
S: sou advogada querido, não exerço por opção.
A: dos outros, só pode.
S: não vou perdeu meu tempo com um viadinho meia tijela e ainda por cima de cor.
A: OLHA O PROCESSINHO VINDO.
S: EXPERIMENTA ME PROCESSAR FILHO DA PUTA, te meto a mão da cara.
A: só vir coroa.
Sandra avançou, mas parou quando eu falei:
S: enconsta um dedo em mim que te arranco até as calças. Não vai sobrar pro pão da semana.
Terminamos a noite na delegacia, com advogados e depoimentos envolvidos…
Após alguns dias, Gab me disse que a família estava totalmente dividida. Parte a meu favor, pois apesar de serem todos cristãos acreditavam que cada um deveria fazer o que quisesse e “arcar” com as consequências de suas escolhas e a outra parte muito homofóbica. (Não sei o que é pior). No fim, o processo não rendeu tanto quanto eu imaginei, somente uma multa para sogrinha e uma indenização de 8 salários mínimos para mim, por racismo, já que homofobia não era crime. Porém, ganhei um amor, Muri…
