(...) do berro que a gata deu! - Parte 1

Um conto erótico de Mark e Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 2508 palavras
Data: 12/11/2023 17:22:00
Última revisão: 12/11/2023 22:06:46

Amigos/amigas,

Este conto é na verdade a adaptação e continuação de outro muito antigo chamado “Por curiosidade acabei me dando mal”. Já o conheço há muito tempo e gostei muito da história que, infelizmente, não chegou a ser concluída pelo autor original, chegando a ser repostado aqui em 2019 pelo Leonardo Floripa.

Coincidentemente, um leitor me enviou um e-mail com o seu link, perguntando se eu não gostaria de dar um fim a ele para saciar seus devaneios, inclusive, enviando algumas ideias.

Quem abriu o e-mail e gostou da ideia foi a minha digníssima que, entusiasmada, convenceu-me a topar. Alteramos o nome dos personagens e esmiuçamos um pouco mais as situações apresentadas, mas dentro da mesma ótica do conto original.

Caso o verdadeiro autor não concorde que a gente o reescreva e conclua, peço que nos avise que eu o excluirei imediatamente de meu perfil (casalsulmgbr@gmail.com).

Forte abraço,

Mark e Nanda

(...) do berro que a gata deu!

Leonardo Branco Bustamarte, somente Bustamarte no trato profissional ou Léo para os de casa, na época em que estes fatos se desenrolaram, tinha trinta e dois anos e trabalhava como administrador de empresas. Loiro de nascimento, tinha olhos de um verde penetrante, possuindo ainda boa estatura, mas que não passava de mediana para os padrões nacionais, além de um corpo normolíneo, nem gordo nem magro. Pessoalmente, ele não se achava bastante normal, mas sua esposa vivia lhe dizendo que ele era o homem mais lindo que ela já havia conhecido em toda a sua vida. Aliás, ela, Vivian Vanessa Bustamarte, com vinte e nove anos… Ah, ela sim sempre fora um arraso: loira, com quase um metro e setenta de altura, cinquenta e alguns quilos, olhos azuis como um dia de sol sem nuvens, cabelos lisos quase chegando na altura de sua cintura, além de seios turbinados há pouco tempo com quase quatrocentos mililitros de silicone, pernas fortes e bumbum redondinho, trabalhados diariamente numa academia de musculação. Não havia um lugar em que ela entrasse e não chamasse a atenção, tudo despretensiosamente.

A loirice era herança genética e geográfica, pois ambos eram nascidos e moravam no interior do Rio Grande do Sul. Conheceram-se ainda na infância, mas só namoraram na adolescência, mas foi uma paixão arrebatadora, culminando em um noivado rápido e um casamento quase prematuro, pois num descuido, ela quase engravidou antes da cerimônia. A relação deles se mantinha há pouco mais de cinco anos. Vivian, apesar de aparentar certa timidez, contraditoriamente era bastante atirada, mas dizia que Leonardo havia sido o seu primeiro e único homem, apesar de não ter sangrado em sua primeira relação com ele. Leonardo já havia tido duas ou três namoradas e transado com todas, e aquilo lhe pareceu estranho. Inseguro, bobo, quis saber o porquê daquilo, duvidando da virgindade da amada, mas ela por ser médica lhe deu uma aula magna sobre a anatomia do órgão sexual feminino para explicar que aquilo era mais comum do que ele imaginava, explicando os vários tipos de himens, inclusive um tal de complacente. Era a área dela e ela parecia saber do que falava. Ele, entretanto, nunca gostou de biologia, não tendo argumentos para contrapô-la, além disso, não tinha porque duvidar de sua honestidade e acabou deixando por isso mesmo.

Como todo casal, tiveram que se adaptar um ao outro, mas se acertaram e viviam felizes numa rotina diária de casa-sexo-trabalho-casa-sexo-dormir. Com o tempo, o sexo começou a deixar de ser duas vezes por dia e com algum tempo deixou de ser diário. Aliás, passou a ser duas ou três vezes semanal e, nos últimos tempos, uma, e olhe lá! Vivian justificava o menor entusiasmo em decorrência de sua profissão:

- Ah, Leo, desculpa, mas, eu clinico, faço cirurgias e ainda tenho que dar plantão no hospital, amor. Eu... Eu... Ah, eu sei que você tem razão. Eu vou me organizar melhor para você, eu prometo. – Dizia, sempre que ele cobrava um pouco mais de sexo.

Leonardo não tinha porque duvidar, haja vista que o seu próprio trabalho na diretoria de relacionamentos de uma multinacional também estava lhe arrancando o couro e diminuindo consideravelmente sua libido, mas a dela estava numa situação de quase inexistência. Ele ficava incomodado, pois, vez ou outra quando precisava buscar sua esposa, não podia deixar de notar que nos locais em que ela trabalhava não faltavam médicos e enfermeiros malhados, alguns bonitos, outros charmosos, mas todos com hormônios visivelmente à flor da pele, pois não perdiam a chance de brincar com Vivian, além de tocá-la, abraça-la e secá-la descaradamente quando passava. Já em seu trabalho, tirando a Julinha, uma mulata de olhos verdes, linda de viver no alto de seus quase trinta anos, as demais já haviam passado dos cinquenta e relaxado no trato com o visual.

Leonardo não achava aquilo correto, pois as chances eram muito piores contra si de um chifre nascer. “Chifre!?”, criticou-se em silêncio e decidiu buscar uma forma de novamente reacender a chama de seu casamento. Foi assim que, certo dia, navegando pela internet enquanto aguardava o retorno de sua esposa de um de seus plantões, com uma pizza que já devia ter esfriado no forno, ele entrou no site de uma Casa de Swing. Ele acabou gostando do que viu e acabou ficando curioso em conhecer uma por dentro. Sua vontade de conhecer o local foi maior que o medo de qualquer coisa que pudesse acontecer ali. Além disso, a ideia de ser traído por Vivian era completamente inimaginável para ele, pois seu discurso de fidelidade era uma premissa desde que começaram a namorar: “Sou sua e você é meu! Nunca me traia, porque não vou te perdoar e te prometo que eu nunca vou trair você.”

Ele resolveu convencê-la a fazer uma viagem para o Rio de Janeiro, afinal, já estavam se aproximando das festividades de fim de ano e estariam em férias. Por ingenuidade ou talvez por não saber como abordar a esposa de suas pretensões, caiu na besteira de comentar com ela sobre sua curiosidade e Vivian praticamente cancelou as férias. Ficou tão brava com sua proposta que foi dormir na casa dos pais e só retornou dois dias depois e isso após muito Leonardo insistir. Ele então teve a primeira atitude digna e correta desde então, dizendo tudo que o afligia até então:

- Mas Léo, eu nunca te deixei faltar nada, deixei? – Viviam perguntou, estupefata com uma verdade que lhe fora atirada nua e crua na cara.

- Não! Há quanto tempo a gente não faz amor, Vi? Já deve ter umas duas ou três semanas. Estamos parecendo dois “manos” aqui dentro de casa.

- O que é isso, amor? Claro que não! – Disse Vivian, chateada.

Ela o encarava e levantou uma mão para contar nos dedos o dia da última transa deles de que ela se lembrava e quando os dedos das duas mãos acabaram sem que ela se lembrasse, entendeu que algo realmente estava errado. Seu semblante mudou e ela compreendeu que não estava agindo corretamente com seu marido. Ainda assim ela estava inconformada:

- Mas... Mas por que casa, clube, sei lá, esse negócio de swing aí? Não dá para a gente se entender só nós dois? Eu não quero colocar mais ninguém no meio da gente.

Leonardo sorriu de uma forma quase paternal e explicou:

- Pelo que eu entendi, é uma casa de shows como qualquer outra. A gente vai, conhece, bebe alguma coisa, dança, se diverte, vê umas coisinhas diferentes... – Disse e agora sorriu maliciosamente, piscando após: - Depois, voltamos para o hotel e fazemos um amorzinho gostoso, Vi. Eu só quero conhecer e sei lá, apimentar um pouco as coisas.

- Sei não, hein! Essa historinha parece bem meio mal contada, Leo. Você está se engraçando com alguém, é isso? Está me traindo e querendo me levar para o mau caminho?

Leonardo riu da dúvida da esposa, gargalhou na verdade, deixando-a vermelha de vergonha e repetiu sua tese de “apimentação” do relacionamento. Ela não se convenceu totalmente, mas disse que iria pensar no assunto. Viajaram como o previsto, mas um calafrio estranho, tirava um pouco do brilho de Vivian assim que ela pôs os pés na Cidade Maravilhosa:

- Ah, amor… A gente não precisa disso! Eu vou me organizar melhor para me dedicar mais a você. – Vivian voltou a insistir, sentindo que aquilo não era uma boa ideia.

- Vi, fica tranquila. Só quero conhecer por curiosidade mesmo. A gente vai, se diverte, vê o que acontece lá e depois volta pra fazer um amorzinho gostoso, topa vai? Por favor...

Que topar o quê!? Vivian não concordava mesmo! Chegou a dizer que Leonardo não tinha mais interesse nela e que, por isso, estava propondo essa maluquice, já interessada em outras bucetas. A muito contragosto, depois de muita conversa e de praticamente ele implorar, ela topou. Para aliviar o estresse da amada, fizeram diversos passeios: Cristo Redentor, Arcos da Lapa, Calçadão de Copacabana e outros vários, chegaram a andar até de bondinho! O passeio estava tão bom que aquela chama voltou a acender e ficar alta, forte. Fizeram sexo praticamente todas as noites, até de dia chegaram a fazer e até na escada de incêndio do hotel, correndo riscos de serem pegos. Na fatídica noite, enquanto Vivian terminava de se arrumar, Leonardo já havia até desistido de ir na Casa de Swing, primeiro porque Vivian não queria e segundo porque ele já não considerava mais necessários, mas quando falou para ela, foi repreendido veementemente:

- Ah, você vai! Agora você vai. Me fez dar uma geral em tudo e em todos os lugares, comprei um vestido de biscate, sapato de salto, e você não quer ir!? Vai sim senhor! Se não for, eu vou sozinha.

Leonardo riu de sua forma de se impor e não pode deixar de imaginar o “trupe” que ela faria se aparecesse sozinha lá. Certamente, chamaria a atenção de todos os machos descompromissados e dos compromissados também, e companhia não lhe faltaria. Ele acabou concordando em leva-la, mais para não irritá-la, afinal aqueles dias estavam tão gostosos que não queria correr o menor risco de se desentender com ela. Além disso, ele mesmo tinha aquela curiosidade ainda latente…

No hotel, enquanto se arrumava, Vivian colocou e tirou o “vestido de biscate” umas dez vezes, sempre perguntando se estava bem. Parecia indecisa e até mesmo nervosa, como se fosse em um encontro com um namorado. Por fim, Leonardo propôs que ela usasse o vestido e sapatos comprados com uma meia calça sete oitavos e algumas joias simples. Ela se vestiu e ele a ajudou a prender seu cabelo num simples, mas sensual, rabo de cavalo. Vivian estava lindíssima naquele vestido que, justo e aberto nas costas, evidenciava ainda mais suas curvas. Por fim, ela borrifou um pouco de seu perfume preferido, Elysée, que ele tanto adorava e pegou sua bolsa para celular e cartão. Leonardo também não queria ficar para trás e colocou uma simples, mas bonita, calça social “skin” de alfaiataria azul marinho com uma camisa social azul clara de mangas dobradas, além de sapato social preto e caprichou no seu perfume noturno, um Ferrari Black. Por fim, ele pegou sua carteira, celular e um pacote de preservativos:

- Pra que isso!? – Vivian perguntou assustada: - A gente só vai assistir os shows e dançar um pouco, talvez beber alguma coisa, nada mais, entendeu?

- Claro, amor. É só para prevenir…

- Prevenir, o caramba! Pode deixar essa merda aí. A gente não usa isso quando transa! Pra que levar? Leonardo, Leonardo! – Ela insistiu e repetiu seu nome duas vezes, num tom de advertência e reprovação.

Ele se rendeu, pois não tinha como justificar e deixou os preservativos sob uma mesinha do quarto. Pediu um Uber e ficaram aguardando no saguão do hotel. Vivian chamava a atenção de todos que entravam e saíam do recinto, e se sentiu uma verdadeira puta, pronta para atender um cliente. Não era essa a intenção, nem era assim que os homens a viam, pois sobre aqueles saltos altos ela ficou com mais de um metro e oitenta, bem mais alta que Leonardo e dona de uma imponência sem igual. Ela estava realmente lindíssima, inegavelmente lindíssima!

O carro chegou e, quando Leonardo disse o endereço ao motorista, não pode deixar de ver um sorriso de malícia em seu rosto. Vivian também notou e o fuzilou com os olhos, quase falando por pensamento: “Olha o lugar onde você está me metendo, Leonardo!”. Chegaram na casa, mas antes de entrarem, ela o segurou forte pelo braço e disse:

- Olha aqui, ó… Não vamos aprontar nada, viu? Nós só vamos olhar!!! Não é para fazer nada mesmo, entendeu, amor?

- Claro, Vi. Combinado. – Ele respondeu, dando-lhe um selinho na boca e aproveitou para elogiá-la, enfim, brincando com um jargão televisivo: - Você está linda, sabia? Um verdadeiro tesão! Se prepare, porque hoje “eu vou lhe usar.”

Ela sorriu e depois riu. Foi bom, porque entraram muito mais leves naquele ambiente desafiador. Por ser a primeira vez do casal, ganharam um tour pelo local que era muito sofisticado, com vários ambientes temáticos, espaços para interações sociais e outros mais particulares, labirinto, pista de dança e palco com um mastro de “pole dance”. Foram conduzidos a todo o momento por uma funcionária atenciosa que tudo mostrava e explicava, até que os dirigiu a uma mesa próxima do palco onde seriam realizados os shows. A casa não estava muito cheia ainda devido ao horário, mas já notavam alguns casais sentados em outras mesas, alguns conversando, outros paquerando. Leonardo podia sentir a mão de Vivian tremendo pela sua própria, demonstrando todo o seu nervosismo. Olhava para os lados sem parar, talvez com medo de ser reconhecida por algum conhecido, algo que era praticamente impossível:

- Calma, Vivian, relaxa. Você quer ir embora? – Ele perguntou.

- Ah, não sei. Eu só… Sei lá. É tudo muito estranho. Estou me sentindo uma puta na zona prestes a bater o cartão para começar o turno.

- Se quiser, a gente sai agora mesmo.

- Não. Vamos… Vamos esperar um pouquinho. Só não me deixa sozinha.

Um garçom veio até a mesa deles com duas taças e uma garrafa de champagne fina, chique mesmo, de uma marca que eu não conhecia. Então, os cumprimentou, pediu licença e começou a servi-los. Imediatamente Leonardo disse que não havia pedido nada ainda e o garçom respondeu que a champagne era uma cortesia de outro cliente, apontando para um homem que aparentava uns cinquenta e poucos anos, cabelos grisalhos, uma barba grande e vistosa, com cara de poucos amigos e uma barriga já saliente. Ele os encarava e, assim que o garçom o apontou, ele fez um meneio com a cabeça, levantando sua taça como que brindando com eles. Leonardo o cumprimentou à distância, ainda que meio reticente com aquela gentileza. Mal sabia ele, o quão caro aquela champagne iria lhe custar.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

FICA PROIBIDA A CÓPIA, REPRODUÇÃO E/OU EXIBIÇÃO FORA DO “CASA DOS CONTOS” SEM A EXPRESSA PERMISSÃO DOS AUTORES, SOB AS PENAS DA LEI.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 192Seguidores: 530Seguindo: 20Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Olha que legal, vocês de volta, sentimos muitas saudades.

e escolheram um conto bem legal para voltar, com certeza ira fazer muito sucesso.

grande abraço

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Rapaz olha ele aí gente, falta só a senhora sua esposa,da a da graça 😅 com as histórias do ponto de vista do multe verso da Nanda... parabéns nobre por nós da a alegria da sua volta🙌

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A volta do mestre do erotismo. O conto tem tudo para ser espetacular.

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Delicioso capitulo veremos no que vai dar

bom retorno

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Bom regresso Mark e Nanda, gostava de ler a continuação da Marmita

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Fala casal lindo sumidos, Mark estou para continuar a história da Annemeiry e a Nanda do trio para fechar o conto delas parabéns pela essa nova empreitada nota mil me responda por favor obrigada casal.

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Que prazer ver vocês escrevendo novamente. Mil estrelas. Um grande abraço para vcs.

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Excelente é o mínimo a se dizer! Parabéns Mark!

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👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👊🏼

Bora ler

⭐⭐⭐

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Que que que como??? Olha o domingo melhorando! Show!

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Roberto13
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