E se... (Capitulo 7)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 3764 palavras
Data: 06/12/2023 17:24:41
Assuntos: Amigo, Amor, bar, Gay, Sexo, Traição

— O que você tem está calado. — Bernardo pergunta no caminho do motel.

— Foi um dia meio ruim. — respondo.

— Posso fazer algo para ajudar. — Olho para ele e uma certeza me vem à mente, não sou uma boa companhia para essa noite.

— Na verdade pode sim, me leva para casa por favor. — Ele me olha confuso.

— Está chateado comigo?

— Não, e deus sabe como eu queria arrancar essa farda de você fuder feito um louco, mas não vou conseguir fazer isso hoje, estou cansado e tive um fim de noite péssimo, me perdoa.

— Relaxa, nunca forçaria você, tudo bem posso te deixar em casa.

— Eu sei que não era o que você esperava, desculpa ter feito você vir me buscar.

— Tranquilo Chico, fica de boas.

Bernardo me deixou na porta do meu prédio e foi embora, não rolou beijo de boa noite e nem posso culpá-lo só em me trazer para casa já foi muito legal da parte dele, ainda mais depois de levar um fora que nem esse, odeio fazer as pessoas terem trabalho, mas não iria conseguir transar com ele pensando nas coisas que Ryan está fazendo com Santi, também tem a outra coisa, posso mentir para os outros, mas sozinho no elevador as lágrimas escorrem no meu rosto, as palavras do Pedro me machucaram, posso nunca ter me escorado no Max, mas Pedro não mentiu no que ele falou, Max terminou comigo porque nunca acreditou de fato em mim, no meu potencial de ter meu próprio bar.

O amor que entreguei a ele não foi o bastante, quero superar esse história e seguir em frente, mas não consigo, toda vez que vejo ele ou que escuto o nome dele algo em mim se quebra, não sei em quando pedaços mais meu coração vai se partir até que consigo colá los de novo.

Quando entro no apartamento vejo a porta do quarto fechada, meu coração se aperta e sou capaz de ouvir os pedaços trincando, ele trouxe o Santi para cá e dessa vez sem me consultar, faço o possível para não fazer barulho, estou tão cansado que apenas me deito no sofá cama e me encolho, essa noite chorei baixinho e encolhido até pegar no sono.

— Chico, Chico? — Acordo com Ryan me chamando. — Vai para cama.

Quando durmo no sofá ele me manda ir para a cama antes de ir surfar, pelo horário e conhecendo a libido dele acredito que ele nem dormiu, estou com tanto sono que não consigo nem abrir os olhos direito e no fim melhor assim, tudo que menos quero agora é vê-lo todo meloso com Santi, sigo as tropeços para o quarto e caiu na cama, pelo menos ele teve a decência de arrumar a cama antes de me mandar pra cá.

Pego no sono agarrado com o travesseiro que tem seu cheiro, o simples cheiro dele já basta para me fazer relaxar, quando acordo ele já voltou do surf e está cozinhando nosso almoço, passo no banheiro para lavar o rosto e sigo para a cozinha atrás de algo para comer estou morrendo de fome.

— Desculpa dormi de mais. — Falei já que normalmente o almoço é tarefa minha.

— Tranquilo. — Acho que a noite dele não foi tão boa já que ele parece estar de mau humor, ou deve ser porque está virado desde ontem.

— Posso te ajudar com algo.

— Não, estou fazendo macarrão já vai ficar pronto porque não toma um banho e veste algo mais confortável. — Ele fala um pouco menos ríspido.

— Certo.

Vou para o banheiro me questionando o que pode ter acontecido para que o Ryan estivesse com uma cara de poucos amigos, ele é mais na dele, mas normalmente tem um sorriso safado no rosto, será que ele brigou com o Santi, tomo meu banho me corroendo de curiosidade, só tem uma pessoa que deve saber sobre isso e é o Fabim, depois do almoço vou atrás dele e torcer para que ele me conte algo de bom.

Não é nada pessoal com o Santi, é só que se eles tiverem brigado tenho mais sorte de ficar com ele, nesse meio tempo penso em como posso me desculpar com o Bernardo, tenho que dar um jeito de recompensar ele.

Durante o almoço Ryan já parecia normal, nós falamos sobre coisas de casa que temos que consertar, nada muito profundo e revelador, depois do almoço ele foi tirar o sono dele enquanto eu arrumei a louça e fui para a casa do Fabim, ele abriu a porta com o telefone na orelha.

— Não quero saber, ele pode ser o papa, diga a ele que se convidar meu marido de novo para esse tipo de lugar eu acabo com a raça dele. — Fabim parecia inrritado. — Tá bom, bom almoço, também amo você.

— O que aconteceu?

— O filha da puta do Bernardo dando em cima do meu marido, acredita nisso, convidando o Di para ir beber com ele ontem tarde da noite, na mensagem ele falava para o Di me deixar dormindo acredita nisso.

— Como você soube?

— O Di me mostrou a mensagem, ele né nem louco de me esconder uma coisa dessas, eu mato essa bixa metida a hetero se chegar perto do meu homem. — Pelo jeito os homens por quem me interesso são todos iguais.

— Di deu um chega para lá nele, espero que ele se manque.

— Eu dei um fora nele ontem.

— Ainda bem. — Meu amigo falou enquanto voltava a regar suas plantas.

— Como foi a entrevista com o Maike?

— Foi perfeito amigo, ele amou a gente, ele é a criança mais fofa e inteligente do mundo, tão lindo e gentil, ele é cheio de sonhos, juro que deixá-lo lá foi a coisa mais difícil que já fizemos na vida, até o Di ficou triste na volta para casa.

— Mas e agora, como ficam as coisas?

— Chico por mim me mudava para porta do abrigo até poder trazer meu menina para casa, mas temos que esperar o juiz liberar a guarda, até lá temos permissão só de visitá-lo e podemos levar ele para passear no fim de semana, desde que a assistente social nos acompanhe, o advogado falou que esse processo pode demorar um pouco, mas tem tudo para dar certo, só termos paciência.

— Nem sei o que dizer, o tio já ama também. — Falei.

— Ai Chico ele é lindo, os olhos dele até se parecem um pouco com os meus, ele torce pro mesmo time do Di, foi tão louco, parece que a gente já se conhecia a anos, foi uma conexão super louca.

Meu amigo estava tão feliz, relutei em descarregar meus problemas nele, não queria estragar o memento, mas Fabim já me conhecia o bastante, então ele me levou até o sofá se sentou de frente para mim e me olhando nos olhos falou.

— Conta.

— Não tenho nada para contar. — Tentei mentir.

— Até parece, fala ou ligo pro Sargento.

— Tá tudo bem, vou contar não precisa apelar. — Deus sabe como o Di consegue ser pior que o Fabim quando pega no meu pé.

Contei tudo ao meu amigo, do que aconteceu no bar até o final da minha noite solitária na última parte que foi chegando em casa e percebendo que Ryan estava no quarto com Santi Di entrou pela porta de casa, deve ter dado uma escapada para falar com o Fabim, nunca vi eles brigados por muito tempo, sempre correm para fazer as pazes logo.

— Amor falei com ele, ele não vai mais mandar mensagem.

— Acho bom.

— Fabim nunca vou trocar o pai do meu filho. — Eles são o casal mais fofo do mundo.

— Amor você tem que dar uma bronca no Ryan. — Fabim fala.

— O que ele fez agora. — Di pergunta indo para a cozinha e voltando com uma garrafa d'água.

— Levou o Santiago pro apê sem falar com o Chico antes.

— O Santi? — Ele pergunta confuso.

— Sim, quando cheguei à porta do quarto estava fechada e ele disse que ia comemorar o aniversário do Santi com ele. — Falei.

— Impossivel. — Di fala terminando sua água.

— Por que? — Fabim pergunta.

— Porque descobri hoje que Bernardo saiu com o Santiago ontem depois de levar um fora de mim.

— Espera o Capitão saiu com o Santiago. — Agora eu é quem estou perdido.

— Sim. — Di confirma.

— Se Santiago não estava lá em casa então quem estava? — Me pergunto em voz alta.

— Vou perguntar agora. — Fabim diz puxando o celular do bolso, mas o imenso.

— Não, por favor não faça isso, ele vai saber que sou eu perguntando.

— Então pergunta. — Di falou me encarando.

— Não posso, falei que só teríamos uma amizade colorida. — Digo triste.

Di tem razão, deveria falar com ele, mas não tenho coragem, nem sei como poderia entrar nesse assunto com ele, — oi boa noite, quem foi a vadia que você trouxe para casa ontem? — Não tem como chegar nesse assunto sem parecer que estou cobrando algo, ainda mais agora com essa pessoa misteriosa, não consigo pensar em quem seja, por mais que me esforce, o que me leva a crer que pode ser uma pessoa do passado dele.

Estou pirando com isso, vou para casa para deixar o Fabim curtir o marido durante a hora de almoço, no apartamento Ryan está numa rede na varando tirando o cochilo da tarde dele, é o lugar mais ventilado da casa, ele está só de cueca, isso mexe tanto comigo, quero entrar nessa rede e me acabar com ele, o que me faz pensar que posso, já que temos uma amizade colorida, então em um ato sem pensar, me aproximo e com todo cuidado tiro o pau dele de dentro da cueca e caio de boca nele o acordando com uma mamada gostosa.

Ryan segura meu cabelo e soca sua rola toda na minha boca, engulo o máximo que consigo, ele me faz engasgar só me deixa voltar, uso a rola dele para bater no meu rosto, sei que ele gosta disso, continuo mamando, quando minha boca começa a cansar ele me puxa para beijá-lo, trocamos beijos quentes de língua enquanto masturbo nossos dois pau juntos, sentindo o membro duro dele pressionado no meu, suas mãos na minha bunda, um de seus dedos brincando na minha entrada, estou gemendo de tanto tesão, tanto que não consigo aguentar e gozo em cima do pau dele.

— Fica de quatro para mim. — Ele pede e obedeço.

Ryan fica pincelando minha entrada e se basturbando, uso minhas mãos para abrir bem meu cuzinho dando uma visão tesuda para ele, sinto seu pau entrando em mim, doi um pouco no começo, mas aguento firme, ele deixa só a cabecinha dentro para me provocar, então provoco ele também rebolando no pau dele.

— Caralho isso é muito bom. — Ele fala.

— Me fode. — Peço com a voz de tesão.

— Quer meu pau?

— Quero, me coma.

Ele me leva para o sofá e fico de quarto, ele segura minha cintura com força e soca sua rola em mim, as primeiras metidas bem devagar, ficamos assim até que eu me acostume com o pau imenso dele me arrombando.

— Me arromba.

— Ah, quero muito isso. — Ele diz sedento.

— Pois me come.

Ele começa um vai vem com força, e rápido, é tão bom sentir a rola dele entrando e saindo de mim, Ryan sabe como me deixar louco pelo pau dele, ele vai me arrombando enquanto choro e peço mais.

— Ai, ai, ai, me come.

— Quer pau, quem é teu homem?

— Você, você é meu homem.

— Sou, esse cuzinho é meu? — Ele me abraça e o sinto indo mais fundo, ele fala no meu ouvido me deixando todo arrepiado.

— Só seu.

— Só meu, você é só meu. — Estou delirando, aquele homem gostoso com o pau socado no meu cuzinho e dizendo que sou dele no meu ouvido.

— Sou só seu.

— Meu pau e seu também.

— É? — Pergunto manhoso.

— Sou seu homem. — Ele afirma, mas entendo como uma pergunta.

— É sim, você é meu homem.

— Eu amo te fuder.

— E eu amo seu pau.

Ryan goza dentro do meu cuzinho e mesmo assim não para de me comer, ele está sedento, socando em mim até perder as forças, nem ele quer sair de dentro de mim e nem eu quero que ele saia, naquele momento até esqueço que ele transou com outra pessoa no quarto, quando as forças acabam ele deita no sofá e me faz deitar em cima dele, com o rosto no peito dele.

— O que foi isso?

— Como assim.

— Você me acordar assim. — Ele fala.

— Você não gostou?

— Tá maluco, quero acordar assim todo dia. — Ele me beija, seu humor melhorou muito pelo jeito.

Ficamos namorando no sofá até perder a noção da hora, mas o som da campainha nos tira do nosso momento, como ainda estou gozado vou para o banheiro tomar um banho enquanto ele atende a porta, escuto a voz do Santi, ele ficou com o Bernardo e agora está aqui atrás do Ryan, to começando achar que ele é cínico também, mais uma vez respiro fundo e vou tomar meu banho, não temos uma relação então não posso me importar.

Quando saio do banho Ryan está só de toalha e pronto para entrar no banheiro, Santi já foi embora, ele me beija e entra para tomar o banho dele, na minha mente se constrói a teoria de que no mínimo Santi chupou ele ou coisa assim, para ele já está de toalha, mas pode ser algo da minha cabeça, ele já vive nu dentro de casa mesmo.

Estou pensando em mil possibilidades, pego meu celular para me distrair, tem uma mensagem do Fabim falando que foi comprar um presente pro Maike e que vai pro trabalho de lá, também tem uma mensagem do Max, já bloqueei o número dele, mas ele arruma outros números para falar comigo, nem abro a mensagem dele, não quero falar com ele ou saber que ele existe, também têm uma mensagem do Bernardo, perguntando se estou melhor, resolvo responder ele só para tirar uma prova.

— To sim, sinto muito ter feito você perder sua noite.

— Tudo bem, acabei indo para casa e dormi, outro dia a gente remarca.

Não esperava que ele fosse comentar do Santi, mas estranhamente ele ter comido o Santi não me afeta como quando o Ryan faz isso, Bernardo é um gostoso, mas não sinto nada por ele além de tesão, já imaginava isso, não sei o que vou fazer, mas sei que tenho que pedir para o Ryan parar de ficar com o Santi, mas não faço ideia de como fazer isso, nem posso pensar nisso ainda, vou para a cozinha preparar um lanche para gente.

Ryan vem usando uma calça jeans, ele fica delicioso só de calça, magrinho safado e pirocudo, ele me abraça por trás enquanto preparo nosso lanche e sinto o pau dele duro mesmo por cima da roupa.

— Tá vendo como você deixa seu macho.

— Deixa disso, vamos nos atrasar. — Falei rindo.

— Sério, te ver assim cuidando de mim me dá um tesão.

— Tudo te dá um tesão Ryan.

— Tudo que você faz. — Ele enfatiza na parte do você e não aguento me viro e beijo sua boca, me perco no beijo dele até sentir o cheiro de queimado do ovo que estava fritando.

Depois de comer a gente vai para o trabalho, ele está tão carinhoso e feliz que nem parece o cara mau humorado de mais cedo, na verdade ele está até mais feliz que o normal, deve ter se entende com o Santi, me pergunto se ele sabe que Santi dormiu com outro ontem, será que o Di contou para ele, nem sei Di não gosta de se meter na vida dos outros, mas a curiosidade me corrói.

— O que o Santi queria? — Nem sei de onde criei coragem, mas perguntei.

— Nada de mais. — Tenho a impressão de que ele está desconversando.

— A noite de comemoração não foi boa? — Pergunto tentando arrancar algo.

— Não dormi com ele. — É agora que ele fala que dormiu com outro ou outra, mas o telefone dele toca. — Desculpa tenho que atender.

— Claro.

Já estamos chegando no bar, não tem como tentar ouvir a conversa dele, então entro enquanto ele fica lá fora em sua ligação misteriosa, Fabim está mais radiante do que o sol limpando o balcão.

— Qual o motivo de toda essa felicidade?

— Primeiro meu filho é lindo e segundo o pau do meu marido é perfeito.

— Di é tipo um pai para mim então gostaria de não saber sobre o membro duro dele por favor. — Falo arrancando risadas do meu amigo.

— É filhinho seu pai sabe como deixar a mamãe aqui uma vagabunda realizada por um macho, qualquer dia desses ele fica viúvo.

— Já me arrependi de ter perguntado. — Falo e agora nós dois estamos rindo.

— Mas sério, o advogado ligou e disse que a juíza que vai avaliar nosso pedido é lesbica e muito bem casada, o que significa que ela não vai e

enxergar nosso caso com preconceito.

— E por falar em pau duro transei com o Ryan. — Solto como se não fosse nada.

— Finalmente resolveu me ouvir, conversou com ele.

— Não exatamente, o Santi foi lá em casa, você acha que o Ryan sabe de algo?

— Até onde sei Di só contou para você.

— E para você.

— Somos casados, tudo que ele sabe eu sei, nem chega a ser segredo. — Fabim fala de uma forma engraçada.

— Vocês são uma figura.

— Melhor respeitar seu pais, ou a mamãe vai te dizer a posição que fez o papai chorar de tesão ontem.

— Por favor alguém dé um tiro nos meus ouvidos. — Fabim está rindo da minha reação exagerada, quando Ryan entra.

— O que eu perdi? — Ele pergunta.

— Nada, só os detalhes sórdidos da vida do Fabim e do Sargento. — Respondo.

— Ah, eles não tem pudor mesmo não. — Ele fala entrando no depósito.

— Fala com ele. — Meu amigo sussurra para mim.

Deixamos tudo no ponto para quando o bar for abrir, Ryan parece estranho, acho que a ligação que deixou ele assim, assim que o bar abriu vejo ele respondendo uma mensagem depois olha para mim com um sorrisinho amarela.

— Vou dormir fora hoje, beleza? — Pareceu que ele estava me pedindo, mas devo está enganado.

— Claro. — Respondo e tento focar no trabalho para não ter que pensar em meu coração se despedaçando, a quantidade de vezes que ele se estilhaçou me fazem acreditar que se abrir meu peito só vai ter pó onde deveria está o coração.

A sexta é um dos dias de muito movimento, então não tem como conversar muito ou prestar atenção no Ryan, a noite é bom até, estamos vendendo bem e as pessoas estão especialmente generosas hoje, de vez em quando olho para a porta com certo receio do Max aparecer, já que ele não parou de me mandar mensagem, nem quando a gente namorava ele queria falar tanto assim comigo, ele tem os esquemas dele, porque não pode me deixar em paz, o que mais ele quer ferrar na minha vida.

Na minha pausa vou para fora do bar pegar um ar, hoje está particularmente quente lá dentro, mas do que o comum, assim que saiu vejo Max, mas antes de conseguir voltar ele me segura, olho serio para ele, seus olhos estão fundos, não deve ter dormido, quero muito não sentir pena dele, mas é difícil, ele não se afasta, tenho raiva e pena dele.

— Max por favor, não posso mais fazer isso.

— Me perdoa, eu terminei com o Pedro, a forma como ele te tratou não foi certa.

— Não acredito em você.

— Chico, volta comigo, eu te ajudo a abrir o bar que você tanto quer? — Passei meses esperando que ele dissesse isso para mim e agora essa simples frase me faz ter ainda mais raiva dele.

— Você não pode me comprar Max, eu fui seu, eu era seu, totalmente seu, e você me trocou por seus casos, afinal eu devo ter sido mais um desses casos, quem era o oficial de fato?

— Sempre foi você amor.

— Não me chama assim, eu já tenho outra pessoa. — Minto.

— O barman marginal, ele não pode te dar o conforto que eu posso.

— Mais o pau dele é muito mais gostoso que o seu. — Falo para machucar, quero que ele sinta pelo menos um pouco do que ele me fez passar e ainda faz.

— Ele não te ama.

— Ah e você ama?

— Claro que te amo Chico.

— Forma estranha de demonstrar Max. — Estou me esforçando para manter meu tom de voz.

— Uma hora vou desistir e você vai se arrepender.

— Sabe do que me arrependo Max? — Falo olhando bem nos olhos dele. — Me arrependo de não ter visto quem você era, me arrependo de ter sido tão cego, tão idiota de ter acreditado em uma pessoa ridicula como você, volte para o Pedro se é que vocês terminaram mesmo, afinal ele é tudo que você precisa.

Falei e dei as costas para ele entrando no bar, foco o resto da noite no meu trabalho, agora mais do que nunca preciso das gorjetas e desse salário, vou montar meu bar e vou mostrar para todos que duvidaram, meu sonho se realizando, para quem me conhece percebeu que passei o resto da noite triste e puto, mas me esforçando para manter as aparências para os clientes.

— Vamos para casa. — Ryan falou no final do expediente.

— Você não vai dormir fora?

— Não vou deixar você assim.

— Estou bem, não quero atrapalhar sua noite. — Ryan me olhou como se quisesse decifrar um quebra cabeça.

— Você não me atrapalha.

— Ryan estou bem, serio. — Quase me traí e cedi, não vou mais permitir gostar de alguém e ser traído de novo.

— Aos poucos o mau humor do Ryan volta e ele só da boa noite e vai embora.

— Amigo qual seu problema? — Fabim pergunta.

— Ele já tem o esquema dele.

— Que esquema amigo, Ryan é leal já te falei isso, ele ia para casa com você.

— Ele marcou algo com alguém, não quero ficar pensando se ele realmente queria ficar comigo ou se só estava em casa por estar preocupado.

— Chico deixa de ser cabeça dura, liga para ele e pede para ele ir para casa.

— Não posso fazer isso. — Mesmo que eu queira muito.

— Chico, Max te traiu e isso foi uma merda, eu entendo, mas você precisa seguir em frente, esse papo de todos os homens são iguais não rola amigo.

— Doi tanto Fabim. — Ele me abraça, Di que acabou de chegar, se aproxima também e me abraça junto sem nem saber sobre o que é o momento.

— Agora estou pensando em vocês transando obrigado Fabim. — Ele começa a rir e Di olha confuso. — Vão pagar meu terapeuta.

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Comentários

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Chico precisa abrir seu coração para Ryan. Tem que arriscar.

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Não entendo bem estas atitudes do Chico. Parece-me que no profundo do seu inconsciente ele gosta de sofrer. Já não é possível tanta autoestima baixa. Levanta a cabeça. Bola pra frente.

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Aaahhh cadê essa conversa entre os dois??? Hahaha

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Por favor, faz logo o Ryan se resolver, o menino Chico não merece sofrer mais tanto assim. Das duas uma ou ele assume logo que gosta ou some da vida do Chico que merece muito mais do que uma foda gostosa.

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Concordo, já tá ficando estranho isso, os dois não admitem logo que eles se amam.

Ps autor quando vai ter o próximo capítulo do "O filho do pastor" segunda temporada ?

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