Pamonhas - A Casa do Brejão

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 4111 palavras
Data: 07/12/2023 17:08:02

Parecia que a responsabilidade sobre o mundo se abatera sobre aquele pobre rapaz criado na fazenda.

Lina ou Naty? Naty ou Lina? Jorginho teria que escolher uma das duas finalistas do concurso de Miss Pamonha Daboa - e essa escolha seria determinante, afetando vidas e negócios em muitos sentidos.

A ganhadora receberia um contrato de quatro anos representando a marca e teria um futuro assegurado. É bem certo que Jorginho descobrira recentemente que as funções da miss também envolviam dar amostras grátis de sua pamonha aos futuros compradores, garantindo os contratos e assegurando o crescimento dos negócios, mas isso ainda era bem melhor que perder o concurso.

Justamente agora, na véspera da decisão, Jorginho estava no bar do Hotel Colonial afogando as mágoas, pensando no destino infeliz da candidata que perdesse, destinada a virar mulher da vida lá na casa da dona Mercedes do Brejão e dar a pamonhazinha quase a troco de nada para qualquer pinguço que aparecesse.

Angustiado, o rapaz se preocupava também com o possível escândalo que uma das mães faria se ele tivesse que declarar o voto na filha da outra, pois Jorginho havia comido a pamonha das duas senhoras nas noites anteriores e, irresponsavelmente, prometido a cada uma delas votar em suas respectivas filhas - algo impossível, visto que ele só poderia votar numa delas.

E foi nesse momento, com Jorginho se afundando numa garrafa de pinga de cabeça, quando foi abordado pelo Manoel, o gerente financeiro da fábrica e último jurado do concurso.

Manoel era um funcionário relativamente novo, assumira o cargo depois que seu pai e antecessor tivera um infarto, logo, seria o melhor candidato para ser influenciado por Jorginho, mas a esta altura nada mais importava: os outros três jurados se negaram a declarar em quem votariam e, assim, jorginho teria que aceitar o destino se tivesse mesmo que proferir um voto de desempate.

Contudo, chamou a atenção do rapaz o jeito com que Manoel o abordou, falando baixinho e olhando para os lados, como se quisesse esconder dos demais aquele encontro.

- Jorginho! Que coincidência! Eu estava mesmo querendo falar com você!

- Oi Manoel. Olha, se for sobre o concurso nem adianta, porque eu não quero pensar nisso.

- Mas o que é isso, mano? Por que esse baixo-astral todo?

- A candidata que ganhar vai dar amostra grátis da sua pamonha para os clientes, a que perder vai trabalhar na casa da Mercedes do Brejão, os outros jurados andam pegando as meninas em troca de votos e não dizem quem vão escolher… Para piorar, eu comi as mães das duas finalistas e agora provavelmente vou ter que escolher qual entre suas filhas vai virar mulher da vida. Tô na merda, Manoel.

- Então, não fica assim não. Tudo bem, você pegou as mães das candidatas, mas e daí? Eu também comi elas e nem estou dando trela pra isso.

- O quê? Você também pegou a dona Silvia e a dona Madalena?

- É claro! Uns mulherões daqueles vem no meu quarto querendo coisa e eu vou negar?

- Mas Manoel, isso é muito errado! E agora, se você pegou as duas, como vai escolher em qual das filhas votar?

- Jorginho, errado seria se a gente comesse só uma delas, daí sim estaríamos sendo corrompidos. Como as duas garotas chegaram na final, já cumprimos o nosso papel. As trepadas com a Madá e a Silvia já estão pagas. Agora só depende de suas filhas.

- Mas… Como assim? Você não teme que a mãe da perdedora faça um escândalo?

- Escândalo? Deixa de ser besta! Você acha que alguma delas vai fazer barulho, dizendo que deu pra você em troca do seu voto e que você não cumpriu essa promessa? Nunca!

- Nossa, Manoel, eu não tinha visto as coisas por esse ângulo… Então é como você disse, que vença a melhor garota, agora só depende delas!

- Isso mesmo! Só depende delas virem se oferecer para a gente! Aquela que tiver a pamonha mais saborosa e que fizer melhor na cama com a gente, ganha! Topa?

- Mas… Manoel, deixa de delirar! Você acha mesmo que elas vão vir se oferecer pra gente? Já se passaram quatro dias e nada aconteceu!

- Acho não, Jorginho, eu estou seguro disso! Meu pai foi jurado do concurso por anos e sempre comeu as finalistas no último dia, eu sei bem como funciona! Vai, por mim, as garotas virão atrás da gente para oferecer pamonha de bandeja!

- Ah, sei lá, Manoel. Isso está meio estranho. De qualquer forma, meu voto vai condenar uma delas a ser mulher da vida lá no Brejão…

- Jorginho, pensa bem. Se elas vierem querendo dar a pamonhazinha pra você em troca do título de Miss Pamonha Daboa, nem mereciam estar concorrendo, deviam mesmo é estar trabalhando na casa da Mercedes faz tempo!

O pior é que tudo que o gerente comercial falara fazia muito sentido, por mais sórdido que fosse. Jorginho estava decepcionado sobre como as coisas funcionavam no concurso de Miss Pamonha que seu pai realizava há décadas e, ainda por cima, nem tinha ideia de qual das duas jovens escolheria.

- nimo Jorginho! Levanta a cabeça! Deixa de ser baixo-astral, que amanhã a gente vai comer pamonha grátis!

- Manoel, meu pai é o dono da pamonharia. Eu nunca paguei, nem vou pagar, só pra comer uma pamonha. Não importa o tipo!

- Uai, vai dizer que você nunca foi na zona?

- Não Manoel, nunca fui, nem pretendo. Eu cresci na fazenda e, sinceramente, deveria ter ficado por lá. Isso de miss, de concurso, de finalista, de mãe de candidata e de pamonha, seja grátis ou a preço de banana, não é pra mim!

- Duvido. Você está falando isso porque ainda não comeu uma pamonha das boas, só pegou as mães das candidatas, tudo prato requentado. Vamos comigo lá no Brejão que você vai ver o que é uma pamonhazinha úmida e quentinha se desmanchando na sua boca!

- Não, Manoel. Você não entende? Eu tô cheio de problema e você falando de pamonha?

- Bora lá, mano! Olha que eu soube que a tal Neidinha já estreia hoje no cardápio!

- Mas… Você tá falando da Neidinha, aquela negra bonitinha que eliminamos faz algumas horas do concurso, após a prova dos biquininhos?

- Isso, rapaz! A bichinha nem perdeu tempo e depois de ser eliminada já se empregou lá na casa da Mercedes! Então, vamos lá dar uma melhorada no seu humor?

Jorginho não podia acreditar. Movido pela curiosidade, ou porque talvez quisesse ver com seus próprios olhos o destino fatal a que estava condenando as garotas que não virariam miss Daboa, terminou aceitando o convite e foi com Manoel para o bairro do Brejão.

O lugar na verdade mais parecia uma chácara, era preciso atravessar uma porteira e seguir por uma estradinha de terra morro acima onde no topo havia uma casona sem mais atrativos que a luz vermelha escapando pelas janelas.

Ali dentro, numa sala de tamanho normal, havia vários sofá velhos com mesinhas sem padrão definido adiante onde os clientes se esparramavam acompanhados das garotas que trabalhavam para Mercedes, uma senhora velha de idade indefinida escondida atrás de uma peruca feia e uns dois quilos de maquiagem exagerada no rosto.

Jorginho e Manoel não deram nem três passos quando ouviram uma voz imperativa chamando-os pelo nome. Percorreram o lugar com os olhos e, mais ao fundo, lá estava ele: o próprio Coronel Jorjão, dono da pamonharia e pai de Jorginho, refestelado num sofá abraçando uma menina da idade do filho de cada lado.

- Rapazes! Que bom que vocês vieram! Manoel, obrigado por trazer o meu filho como você prometeu. Não vou esquecer desse favor!

- É claro que ia trazer, Coronel. Seu pedido é uma ordem!

- Pai? Manoel? Que história é essa? Vocês estavam combinados?

- Ai Jorginho, você às vezes é tão burro! Nada acontece nessa merda de cidade sem que eu esteja de acordo! Mas deixem de coisa. Sentem-se aqui comigo!

- Mas… E a Neidinha? Era tudo mentira, Manoel?

- Jorginho, eu tinha que te trazer aqui de alguma maneira porque seu pai pediu. Mas a história da Neidinha é de verdade, hoje ela vai entrar no buffet de pamonhas da Mercedes, eu juro!

- A Neidinha? Você está de olho nela, meu filho? Por que não me disse nada? Se eu soubesse, mandava o motoboy levar ela pra você. Pamonha Daboa delivery!

O Coronel Jorjão e Manoel riam às gargalhadas e pareciam muito à vontade na tal casa do Brejão. Manoel sentou ao lado de uma das loirinhas no sofá e já tinha uma mão nas pernas magras da garota, enquanto o Coronel segurava a outra com o braço em volta de seu pescoço e a mão gorda agarrando um de seus peitinhos.

As meninas riam meio sem graça, parecendo incomodadas mas ao mesmo tempo sentindo-se na obrigação de agradar ao Coronel. Devido aos rostos muito maquiados e à terrível luz vermelha, Jorginho tardou em dar-se conta, mas quando por fim as reconheceu, quase teve um troço: ambas eram garotas que ele havia eliminado nas duas primeiras noites do concurso!

- Pai! O que você está fazendo aqui? E essas garotas… Elas não foram eliminadas do concurso? Mas afinal, o que está acontecendo?

- Ora, meu filho, como eu dizia, você é mesmo meio burrinho! Mas eu te explico. Essas garotas foram eliminadas sim e, se uma candidata não dá pra ser Miss Pamonha Daboa, vai ter que vir pra cá por quatro anos para dar a pamonhazinha numa boa! Essa é a regra!

- Mas pai, isso é uma vergonha! Você não teme que isso manche o nome da pamonharia?

- De jeito nenhum. A casa da Mercedes é discreta. Eu arranjei esse acordo há mais de vinte anos e até hoje nunca deu merda. E nosso negócio segue crescendo, seja com a miss vendendo nossas pamonhas ou com as outras garotas vendendo a pamonha delas. Isso aqui, meu filho, é uma máquina de fazer dinheiro!

- Pai, eu não sei se entendi bem. Você ganha dinheiro mandando as candidatas derrotadas pra cá? É isso?

- Ai meu santo, mas é burrinho mesmo! Jorginho, acorda! Nós somos os verdadeiros donos daqui! Isso tudo pertence à pamonharia Daboa!

- Não! Isso não faz o menor sentido! Se nós temos uma fábrica de pamonha, por que teríamos um bordel? Não faz sentido!

- Manoel, eu cansei de tentar. Vê se consegue explicar a esse idiota o bê-a-bá do negócio!

O Coronel virou-se impaciente com o filho e começou a beijar na boca da jovem loirinha sentada ao seu lado, fazendo um sinal para que Manoel seguisse a conversa.

Enquanto o Coronel enfiava a mão no decote da garota apertando com força um de seus seios e metia a outra mão entre suas pernas por dentro da calcinha, a ex-candidata a miss se limitava a ficar estática, apática, permitindo que o velho avançasse para fazer com ela o quisesse bem ali, no meio da sala, à vista de todos os clientes.

Manoel, que pusera a outra loirinha sentada no seu colo e seguia alisando suas pernas, ria da avidez do Coronel sobre sua vítima e seguiu a conversa como o velho ordenara.

- Jorginho, você acha mesmo que alguém fica rico vendendo pamonha de milho? Fala sério!

- Mas Manoel, o nosso negócio é vender pamonha e sempre foi muito bem!

- Bem porra nenhuma, Jorginho! Há anos que a fábrica não dá lucro, lá só rende umas migalhas, mas dá emprego pra cidade, então seu pai mantém aquilo funcionando.

- Não é verdade! A gente é rico!

- Você quer saber mais que eu, o gerente de finanças? Aquilo só dá dor de cabeça. A grana da sua família vem daqui, das pamonhas que não são de milho! Abre o olho!

- Essa não, eu não posso acreditar. A gente tem uma fábrica de pamonha, mas ficou rico explorando mulher da vida? É isso?

- Parece que você finalmente entendeu, é isso mesmo. Sem isso aqui, a fábrica já tinha fechado. Hoje em dia, lá só serve mesmo é pra lavar o dinheiro que vem do Brejão.

- Mas e o concurso? Pra que tudo isso? A gente tem o maior trabalho pra escolher uma Miss Daboa a cada quatro anos só para manter uma fábrica falida?

- Aí Coronel, está comprovado, o Jorginho é mais imbecil do que parece!

- Jorginho, meu filho, essa é a verdade. Há décadas que a única razão da gente fazer o concurso de Miss Pamonha Daboa, é abastecer esse outro negócio, o das pamonhazinhas que não são de milho!

Bem, dizem por aí que a verdade vos libertará, mas, no caso de Jorginho, ela o estava atirando na lama sem piedade.

O concurso de Miss Pamonha Daboa, ao qual ele tanto se dedicou nesta última edição e que tanta dor de cabeça vinha dando, era uma absoluta farsa.

A cabeça de Jorginho parecia que ia explodir, vendo a cena de seu pai rindo ao obrigar uma loirinha seminua, candidata recém-eliminada do concurso, a inclinar-se no sofá e colocar na boca o membro grosso do velho, engolindo até o fundo da garganta e engasgando com aquilo.

Ao seu lado, no mesmo sofá, Manoel tinha outra loirinha do concurso sobre seu colo, já havia afastado sua calcinha para o lado, puxado o espeto pra fora, enfiado na pamonhazinha da garota e agora, retendo-a pela cintura fina, a fazia quicar sobre ele enquanto fumava um charuto fedido.

E toda essa cena grotesca se desenrolava no meio da sala da casa do Brejão, à vista de todos os clientes presentes, para quem quisesse admirar, como uma humilhação suprema para Jorginho, o inocente rapaz que nunca soubera de nada e agora era obrigado a aceitar a tal da nefasta verdade.

Foi então, zonzo em meio a toda aquela bagunça, que Jorginho a viu: Neidinha.

A jovem negra ainda trazia no corpo o biquininho minúsculo verde-limão que usou na prova onde fora eliminada faziam apenas algumas poucas horas. Estava num cantinho escuro da sala, acuada, tremendo de frio e com cara de assustada, outra visão que fez Jorginho querer morrer novamente.

Indignado, a raiva tomou conta do rapaz. Numa explosão, ele se levantou decidido, foi até Neidinha, a tomou pela mão e se meteu no corredor ao fundo da sala puxando a garota em meio ao seu choro e às súplicas de que ela a deixasse em paz.

O Coronel e Manoel riam abertamente e seguiam degustando as loirinhas apáticas no sofá, dizendo que agora sim Jorginho havia entendido como as coisas funcionavam e tomado uma atitude de homem, mas, o que eles não sabiam era que Jorginho, ao invés de ir para um dos quartos chafurdar como parecia, na verdade os estava enganando.

- Seu Jorginho, por favor, não faz nada comigo não! Eu me arrependi, eu não quero ser mulher da vida! Eu só sonhava em ser miss, só isso!

- Quieta, Neidinha, senão eles vão te escutar! Olha, eu não vou fazer nada, eu só queria te tirar daquela sala!

- Mas… Então você não me trouxe para o quarto pra comer minha pamonha? Não foi por isso que você me eliminou hoje à noite?

- Não Neidinha, eu juro que não sabia nada disso até há pouco! Eu nunca quis mandar ninguém ser mulher da vida!

- Tá bom, mas mandou. A mim e a aquelas meninas lá na sala que estão sendo abusadas pelo seu pai, o velho mais safado que eu já vi.

- Eu sei, nem me fale, estou morrendo por dentro. Quando me dei conta, já era tarde demais pra elas, mas pelo menos salvei você.

- Mas e agora? O que a gente faz? O que eu vou fazer da vida?

- Sei lá. O importante agora é tirar você daqui sem ninguém ver… Já sei, vamos pular a janela! Daí vamos pro hotel e eu te escondo lá até as coisas esfriarem. Nesse tempo a gente pensa no resto!

Assim, Jorginho e Neidinha fugiram escondidos da zona e voltaram para o Hotel Colonial. O recepcionista da madrugada fingiu que não tinha visto nada quando Neidinha, uma negra que chamava atenção pela beleza de seu corpo jovem e voluptuoso, entrou vestida só com um biquininho fio-dental verde-limão.

Afinal, quem em sã consciência iria se meter com o filho do Coronel Jorjão?

Já no quarto, o constrangimento mútuo ante a perspectiva de terem que dividir a mesma cama não evitou que, quando Neidinha saiu do banheiro vestindo apenas uma camiseta velha de Jorginho, o rapaz não ficasse de queixo caído ao constatar que a negra, sem maquiagem e seminua, conseguia ser ainda mais sensual do que antes, quando trazia o tal biquininho.

A camiseta branca realçava ainda mais a pele negra e reluzente sobre os músculos de suas coxas grossas, bem como deixava muito evidentes os mamilos escuros e eriçados sobre o volume tentador de seus seios. Neidinha não era uma incitação ao pecado, a garota era a própria encarnação dele - e nesse momento se preparava para dormir ali, naquela cama, ao seu lado, para o desespero de Jorginho.

Na escuridão da noite, em meio ao silêncio do quarto, os dois jovens estavam deitados lado a lado, mas nenhum deles lograva abraçar o sono. A tensão sexual no ar era tão pesada que chegava a aplastar seus peitos, causando em ambos uma respiração densa, carregada de desejo, que ressoava entre as paredes.

- Jorginho, não consigo dormir.

- Também não consigo Neidinha. Foi um dia intenso, cheio de altos e baixos, muita correria e expectativa. É natural tardarmos em desacelerar.

- É mesmo. Mas, no final, acho que vai ficar tudo bem. Você me salvou.

- Bem, eu só desfiz a merda que havia feito sem saber. Jamais imaginei que as candidatas eliminadas eram enganadas e iam parar no Brejão. Você é boa demais pra isso!

- Não, eu não fui enganada, desculpa. Eu sabia das regras do concurso quando me inscrevi. Eu sabia e ainda assim assinei o contrato com a inscrição, entende?

- Mas, se você sabia, por que foi adiante com aquilo?

- Ora Jorginho, o que você acha? Eu sou formada em Comunicação e Marketing, fiz curso universitário e fui uma das primeiras alunas. Só que a vida é assim, a sua fábrica só contrata homens para a gerência, então eu só tinha a opção de tentar ser Miss Pamonha!

- Tá bom, Neidinha. Mas uma coisa é querer trabalhar na Pamonharia e outra bem diferente é topar correr o risco de ir parar lá no Brejão!

- Ora Jorginho, vai dizer que vocês substituiriam o seu Pedroca, amigão do Coronel, por uma jovem negra? O máximo que eu conseguiria seria uma vaga de operária fazendo pamonha! Daí eu pensei que, como Miss Daboa, ao menos eu teria uma chancezinha de entrar no setor de Marketing!

- Desculpe, Neidinha, mas é bem difícil de aceitar esses argumentos. E a sua mãe, o que ela pensa disso tudo?

- Jorginho, eu sou orfã. Fui abandonada na igreja quando era bebê, nunca conheci minha mãe!

Jorginho pôde sentir que Neidinha se encolheu na cama e começou a ouvi-la chorar baixinho. Realmente, a vida era perversa, havia empurrado aquela bela jovem negra a aceitar o risco de virar mulher da vida só porque seu pai jamais contrataria uma mulher para o Marketing, mesmo que a fábrica não valesse mais nada e que estivesse falida.

Consternado, não pôde resistir a envolver Neidinha em seus braços. Permaneceram por um longo tempo assim, no escurinho, ela encolhida na cama e ele abraçando-a, colando seu corpo por trás da jovem. O corpo morno de Neidinha, seu perfume natural entrando pelas narinas de Jorginho e a noção de que ela estava completamente nua por debaixo daquela camiseta usada, terminaram por excitá-lo.

Constrangido com a situação, ao sentir que ela parava de soluçar, o rapaz quis recolher seus braços, mas a garota o segurou, mantendo-o junto a si.

- Não sai não, Jorginho, por favor. Fica aqui, seu abraço e acalma.

- Desculpe, Neidinha, eu não quis me aproveitar desse momento de fragilidade seu. Você não se incomoda mesmo?

- Ah, você está preocupado pelo volume que eu estou sentindo aí embaixo? Que bonitinho! Não me incomoda não, bobo, eu gosto quando um rapaz se interessa por mim.

- Sério? Não fica decepcionada que eu, depois de tudo pelo que você passou, esteja tendo esses pensamentos involuntários sobre o seu corpo?

- Jorginho, eu fico lisonjeada ao ver que você sente algo por mim, acho você um gato! Além do mais, você me salvou lá do Brejão e eu queria muito retribuir de alguma maneira…

Antes mesmo que Jorginho pudesse dizer qualquer coisa, Neidinha se virou e começou a beijá-lo suavemente no rosto. Quando chegou à boca do jovem, começou a dar pequenas mordidas em seus lábios e a passar a própria língua por eles, como num passeio sem maiores compromissos, até começarem a se beijar de verdade.

Já com a língua enroscada na do rapaz, a negra o abraçou segurando-o pelas nádegas, apertando-o contra seu corpo. Jorginho podia sentir sentir o corpo morno e a respiração ofegante de Neidinha através dos seios duros colados ao seu peito e quase foi ao delírio quando ela levantou uma das coxas para colocá-la entre as pernas dele, mexendo com a cintura diretamente sobre seu membro e excitando-o mais ainda.

Aquilo era diferente do que Jorginho experimentara nas últimas noites.

Se com Silvia, a mãe da candidata Naty, havia sido algo um tanto brusco e sem controle e com Madá, a mãe da candidata Lina, havia acontecido tudo de uma maneira muito sedutora, com Neidinha as coisas se desenrolaram de uma forma natural, espontânea, como se estivessem destinados a ter esse encontro em algum dia de suas vidas, independentemente do concurso de Miss Pamonha Daboa.

Os dois permaneceram beijando-se e esfregando-se avidamente, mantendo-se colados ao segurar as nádegas um do outro para evitar que se afastassem, até que Neidinha tomou a iniciativa de escorregar uma das mãos e, através da fenda do pijama de Jorginho, alcançar seu membro teso para começar a manuseá-lo, não deixando de dar um suspiro longo ao constatar o tamanho daquilo que estava segurando.

Ao ter o membro de Jorginho retido, a jovem negra foi descendo por entre as cobertas ao longo do corpo do rapaz, beijando seu tórax, seu umbigo, seu ventre, até chegar ao destino que procurava. Sem reservas nem rodeios, começou a beijar Jorginho lá embaixo, passando a língua dando-lhe mais beijos, para então começar a colocar na boca, a chupar e a mover-se como se simulasse uma penetração em si mesma.

Quase à beira do delírio ao ser acariciado daquela forma, Jorginho teve que conter-se para não terminar o que desejava que durasse uma eternidade. Com jeito, afastou-se de Neidinha e ficou sentado na cama, respirando fundo para acalmar seus clamores. Dois palmos abaixo, apoiada na cama sobre os cotovelos, Neidinha ria divertida com a reação do rapaz, constantando o que ela fora capaz de causar-lhe com um simples beijo erótico.

Quando ele deu um longo suspiro e pareceu voltar ao planeta terra, a jovem negra reacionou imediatamente, colocando-se sentada à sua frente e retirando a camiseta, o que permitiu a jorginho apreciar o seu corpo negro e tenro, no ápice da excitação, com os mamilos endurecidoe e os seios em riste.

Devagar, ela veio se aproximando mais e mais, entrelaçando suas pernas às do rapaz e apontando aquele membro latejante para entre suas próprias pernas, introduzindo-o em si mesma de pouquinho a pouquinho, para só então subir sobre o colo de Jorginho e começar a mover-se lenta e compassadamente, enquanto voltava a beijar-lhe a boca.

As mãos de Jorginho percorriam o corpo da jovem negra, ora segurando-a pelas costas e ora seguindo seus movimentos pelas nádegas, sentindo como o sexo da garota se amoldava em torno de seu membro, acolhendo-o em seu calor e retendo-o adentro de si suavemente.

Neidinha agora tinha uma respiração densa, profunda, acelerava a maneira como se mexia colada à cintura de Jorginho e gemia sem reservas, enquanto ele lhe sugava os seios, apertava suas nádegas e deixava que ela sentasse sobre si com volúpia. Em mais alguns minutos, o casal de jovens se retesou sobre a cama gozando, para depois cairem os dois para o lado, rindo de como haviam se entendido bem naquela noite.

Nesse momento, a nenhum dos dois lhe ocorrera esse pensamento, mas o sol lá fora já raiava e este não seria um dia mais como outro qualquer: mais tarde, durante a noite, ocorreria a fatídica prova final do concurso - e Jorginho teria que anunciar quem seria a próxima Miss Pamonha Daboa.

Naty ou Lina? Lina ou Naty?

Qual delas seria destinada a dar amostra grátis de sua pamonha aos clientes? E qual outra estaria condenada à ser mulher da vida, lá no Brejão?

Sinceramente, para os dois jovens no quarto, isso pouco importava agora!

Nota: Confira os demais contos, sagas e séries desse autor em mrbayoux.wordpress.com

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