Pamonhas - Grande Final

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2553 palavras
Data: 12/12/2023 17:06:58

Agora era a hora da verdade: finalmente a Miss Pamonha Daboa seria revelada.

Pode parecer algo trivial, mas não era. Desde que essa edição do concurso começara, Jorginho, o inocente rapaz criado na fazenda, meteu os pés pelas mãos, ou melhor, meteu o espeto na pamonha - e tudo se complicou infinitamente.

Primeiro ele provou as pamonhas de Silvia e Madá, mães das finalistas, prometendo escolher uma de suas respectivas filhas como miss. Daí ele soube que as candidatas andavam oferecendo pamonha para os outros juízes, uns safados que andavam se fartando com as garotas em troca de seus votos.

Mas o pior de tudo foram as coisas que Jorginho descobriu. Seu pai, o famoso Coronel Jorjão, dono da pamonharia, também era o proprietário secreto da casa da dona Mercedes do Brejão, onde as candidatas eliminadas do concurso seriam obrigadas a vender a preço de banana suas pamonhazinhas durante os próximos quatro anos - ou seja, quando saíssem do Brejão não sobraria nem um carocinho de milho.

Já a ganhadora, a famosa Miss Daboa, não teria lá um destino muito melhor. A escolhida seria obrigada a dar amostra grátis da pamonhazinha para manter os clientes da fábrica, o que também não era nada decente.

E tudo isso porque a pamonharia estava à beira da falência há anos, servindo somente como uma fachada para lavar o dinheiro que vinha da verdadeira fonte da riqueza da família de Jorginho: a casa do Brejão, antro conhecido de prostituiçao local.

Assim, o tradicional concurso de miss só era realizado para manter o estoque de pamonhazinhas do Coronel renovado a cada quatro anos, e nada mais! Sim, o negócio da pamonha era uma sujeira só, um mar de lama onde o rapaz fora atirado e onde já se enterrara até o pescoço.

Se vocês estão achando pouco, tem mais.

Ao salvar uma jovem negra linda eliminada do concurso lá do Brejão, Jorginho sucumbiu aos encantos da tal neidinha e terminou se apaixonado pela dona da pamonhazinha mais doce que ele já havia provado.

Tentando convencer Naty, a finalista loirinha e tesudinha, a desistir do concurso e evitar um futuro ingrato quer ganhasse ou perdesse, Jorginho terminou sendo atacado pela garota e provou a pamonhazinha mais saborosa de sua vida.

Daí, num último intento desesperado por fazer algo digno, decidiu que faria Lina, a finalista morena, esguia e elegante, abdicar de sua candidatura, mas terminou sendo acuado pela jovem no bar-molhado e aí provou a pamonha salgadinha mais molhadinha de todas.

Bem, se antes Jorginho não se decidia em qual das duas finalistas votar, agora ele tampouco conseguia escolher qual das três pamonhazinhas era a melhor de todas!

Lina, ou Naty? Naty ou Neidinha? Neidinha ou Lina?

Céus, como era difícil ser o herdeiro da pamonharia!

Sentado ao centro da mesa ao lado do palco, logo após Lina e Naty desfilarem com seus vestidos de gala, Jorginho suava frio enquanto os demais jurados declaravam suas escolhas finais: dois votos para Lina e dois votos para Naty.

O pior dos pesadelos de Jorginho se tornava realidade. Ele seria o último responsável, teria que desempatar a disputa e decidir quem passaria os próximos quatro anos dando amostra grátis aos clientes e quem distribuiria a pamonhazinha lá no Brejão!

Além dessa angústia, pesava sobre o rapaz também a noção de que, ao proferir qualquer escolha, ele também estaria desistindo de duas das três melhores pamonhazinhas que já provara, o que ele simplesmente não conseguia fazer.

Se votasse em Naty, além de trair a Lina, decepcionaria à Madá, a quem jurara votar em sua filha quando provara uma amostra grátis da sua pamonha no banheiro do Hotel Colonial.

Caso votasse em Lina, não somente desapontaria à Naty, mas também provocaria a ira de Silvia, uma mãe que fora capaz de montá-lo como se fosse uma domadora de garanhões só para que ele prometesse votar em sua filha.

E, seja lá em quem ele votasse, estaria desfazendo-se de Neidinha, a candidata eliminada a quem ele jurara que não concordava em nada com essa história sórdida do concurso de Miss Pamonha Daboa.

Era uma sinuca complicada, não havia como sair daquilo bem, não importava o que ele fizesse. O silêncio da audiência era absoluto, todos esperando que Jorginho declarasse seu voto. Somente uma música de suspense preenchia o ar, ficando a cada segundo mais alta, aumentando a tensão no local.

E foi nesse instante que um rebuliço se formou no salão, com uma senhora negra muito distinta e bem vestida se levantando e gritando na direção de Jorginho.

- Jorginho! Não faz isso não, rapaz! Não condene essas garotas a um destino ingrato! Não faz isso!

- Mas… Como assim? A senhora sabe? Sabe o que acontece no concurso?

- Eu sei melhor do que ninguém a sujeirada do Coronel Jorjão! Você não tem que ser igual ao seu pai!

- Desculpe, dona, mas a senhora não entende… A pamonharia depende disso!

- Jorginho, quem não entende é você! O seu pai sempre comeu a Miss Daboa! Sempre se fartou com a pamonhazinha das garotas que ele escolheu! E agora colocou você aí só para forçá-lo a seguir seus passos!

- Dona, cuidado! Não fala assim do Coronel em público não, é uma acusação grave, ele pode querer se vingar…

- Pois ele que venha, eu não vou me calar! Sabe quem eu sou? Sabe? Eu sou a famosa Camilona!

- Eh… Camilona? A primeira Miss Daboa?

- Isso mesmo! Eu fui obrigada a dar a pamonha pro seu pai durante quatro anos, só pra depois ele me dispensar e cuspir na pamonha que comeu! E as coisas não terminam por aí não, o seu pai é um facínora!

Aquele era um momento decisivo e Jorginho viu uma oportunidade que não podia perder de expor de uma vez por todas ao Coronel e acabar com aquela palhaçada nefasta que era o tal concurso de miss inventado por seu pai há tantos anos atrás.

- Então vai, dona Camilona! Põe pra fora! Conta tudo o que você sabe!

- Depois de dar a minha pamonha de todo jeito que o seu pai quis, eu fiquei grávida! Grávida!

- Eu… Eu tenho um irmão? É isso?

- Rapaz, você tem uma irmã! Depois que eu pari a minha filhinha, o Coronel tirou ela de mim e deixou na Igreja, mas eu nunca deixei de velar por ela!

- Peraí, Camilona… Na igreja? Essa não… Você está dizendo que… Caralho, a Neidinha!

- Isso mesmo, Jorginho, a Neidinha é a sua irmã! Quando eu soube que ela estava no concurso, vim correndo alertá-lo! Você não pode comer a pamonhazinha da Neidinha!

- Mas Camilona, a Neidinha já foi eliminada do concurso!

- E você acha que eu não sei do esquema do seu pai lá no Brejão? Ele manda as garotas que perdem pra lá, só pra fazer mais dinheiro com a pamonhazinha delas! Ele é o verdadeiro dono daquilo!

- A Neidinha… Essa não, a Neidinha é minha irmã! Não pode ser… Quer saber? Eu vou acabar com essa merda de concurso!

O mundo de Jorginho veio abaixo. Aquela jovem bela e negra, cuja pamonhazinha doce ele comera durante toda a noite passada, era sua irmã, filha da primeira Miss Daboa com o seu pai. Contudo, nem bem ele disse que terminaria com a competição, Silvia, a mãe de Naty, levantou-se da cadeira na primeira fila, revoltada.

- Como assim você vai acabar com o concurso? Você não pode fazer isso! Você tem que votar na Naty!

- Dona Silvia, me desculpe, mas eu não posso condenar sua filha a ser Miss Daboa!

- Condenar? Não rapaz, essa é uma questão de justiça! A minha filha nunca teve o que ela merecia! Nunca! Ela tem que ser Miss Daboa!

- Mas dona Silvia, você não ouviu o que a Camilona disse? Sua filha pode ser obrigada a ter que dar a pamonhazinha para o meu pai, ou para mim, ou para todos os clientes da pamonharia!

- Ora Jorginho, o seu pai é um canalha, mas ele nunca faria isso com a Naty!

- Não? Tem certeza? Se ele estava ontem mesmo lá no Brejão provando as pamonhazinhas de outras meninas eliminadas, porque ele não faria isso com a Naty se ela ganhasse?

- Olha rapaz, você não sabe de nada! O seu pai… Ele… Ele tem uma dívida comigo!

- Uma dívida? Como assim, Silvia, explica isso agora mesmo ou eu termino com essa merda de concurso de miss!

- Quando eu perdi o concurso, há uns vinte anos atrás, fui mandada pro Brejão. Eu confesso, eu virei mulher da vida! Mas…

- Mas o quê? Fala mulher!

- Mas o seu pai é mesmo o verdadeiro dono de lá e sempre aparecia pra comer minha pamonhazinha… Nós nos apaixonamos, foi lindo, íamos largar tudo e fugir juntos, até que eu fiquei grávida! Grávida!

- Grávida? Essa não…

- Isso mesmo Jorginho, grávida! A Naty vai ser Miss Daboa e ninguém vai encostar um dedo nela, porque ela é filha do Coronel! Ela é a sua irmã!

Jorginho queria morrer. Naty, a dona daquela pamonhazinha extraordinariamente gostosa que tinha pulado no seu pescoço e lhe proporcionado o sexo mais tesudo que ele já fizera, era na verdade sua irmã.

O rapaz estava estático, sem saber, havia cometido incesto duas vezes em menos de vinte e quetro horas. E agora, para piorar mais ainda, Madalena, mãe de Lina, se levantara e começara a falar também.

- E o que vocês duas estão reclamando? Vocês sabiam bem onde estavam se metendo quando se candidataram a Miss Daboa! Todo mundo na cidade sabe o que rola aqui!

- Mas… Dona Madá, como assim todo mundo sabe?

- Jorginho, querido, você cresceu na fazenda e por isso nem tinha ideia, mas a cidade inteira sabe das armações do Coronel Jorjão. E agora essas duas aí ficam se fazendo de rogadas por conta das suas filhas, querendo tirar vantagem!

- Vantagem? Mas Madá, que vantagem existe em revelar que elas tiveram uma filha com um Coronel tarado, dono de uma pamonharia falida e do puteiro local? Como essas verdades sórdidas as beneficiariam?

- Eu sei bem o que elas querem. Com o Jorjão afastado do concurso, elas querem reclamar seus direitos. Por isso a Silvia quer fazer da filha a miss pamonha e por isso a Camilona apareceu depois de tantos anos. Acorda, Jorginho, elas estão de olho no que é seu!

- Mas eu já disse, a pamonharia está falida, só serve pra lavar dinheiro sujo! Lá não tem nada pra ninguém!

- Não seja bobo! Elas estão atrás da mesma coisa que eu! Mas elas podem ir tirando as mãos daí, porque, se alguém merece ser a futura dona do Brejão, essa sou eu!

- Vocês querem ser donas da casa da dona Mercedes no Brejão? Peraí, essa eu não entendi… Quer dizer, a Camilona se sentiu abandonada e a Silvia, traída, mas, e você? Madá, o que o meu pai fez pra você?

- Jorginho, mas você é bem burrinho mesmo, não é? Eu fui Miss Daboa e passei quatro anos levando o espeto do Jorjão na pamonhazinha! Não que fosse de todo ruim, o Jorjão entende das coisas, mas daí, quando a gente estava apaixonado e ele ia deixar a sua mãe por mim, eu fiquei grávida… Grávida!

- Ah, não, essa não, de novo não… A Lina?

- É, isso mesmo.. A Lina é sua irmã e eu tenho direito de herdar a casa do Brejão!

Era inacreditável, Lina, aquela moreninha esguia e tentadora, cuja pamonha molhada e salgadinha Jorginho comera na piscina fazia poucas horas, também era sua irmã.

Agora era oficial. Mais canalha do que o Coronel Jorjão, somente o seu filho Jorginho. Mesmo que não soubesse, ele havia praticado incesto por três vezes num curto espaço de tempo. O inocente rapaz da fazenda agora sentia-se o pior homem do mundo.

Como ele algum dia poderia superar isso e dar a volta por cima? Camilona, Silvia ou Madá? Quem seria a futura dona da casa de tolerância lá do Brejão? E o que seria de Lina, Naty ou Neidinha? Alguma das três ainda seria coroada Miss Daboa depois de tudo isso?

Depois de tantas revelações bombásticas, uma confusão sem precedentes se estabeleceu na grande final do concurso de Miss Pamonha Daboa. Madalena e Silvia saíram no tapa, puxando cabelos e rasgando vestidos.

Camilona subiu no palco e tomou o microfone para começar um discurso em prol do orgulho feminino e contra o patriarcado feudal, gritando a pleno pulmão que o reinado do Coronel Jorjão havia chegado ao fim.

Naty e Lina agarram os braços de Jorginho, puxando-o cada uma para seu lado como se o disputassem e exigindo que o rapaz anunciasse quem era a ganhadora do concurso, afinal, depois de tanto esforço e empenho das duas em conquistar o título de miss era uma terrível injustiça que tudo terminasse assim.

Até Neidinha apareceu por lá em meio à bagunça e avançou aos sopapos sobre Pedroca, o jurado e gerente financeiro que a havia levado até a casa da dona Mercedes no Brejão, culpando-o por querer obrigá-la a virar mulher da vida.

Durante muito tempo a final do concurso foi um tema recorrente na cidade, fosse entre os fiéis após a missa de domingo ou nas rodinhas dos botecos onde os peões da fazenda de milho iam recuperar-se da dura lida no campo.

Aquela edição do concurso sem dúvida fora muito especial, não somente por Jorginho ter decidido declarar a Silvia, que perdera o concurso a vinte anos atrás, como a nova Miss Pamonha Daboa e saldar assim uma dívida histórica que a fábrica tinha com ela por tê-la obrigado a virar mulher da vida, mas também por todas as mudanças que provocou.

O Coronel Jorjão teve que se afastar totalmente dos negócios e Jorginho terminou assumindo o controle de tudo: a fazenda, a fábrica de pamonhas e até a casa da dona Mercedes do Brejão.

A fábrica Daboa teve uma repaginada completa na direção e voltou a ser um negócio lucrativo nas mãos das três candidatas do concurso.

Neidinha cuidava do marketing, reinventando o concurso de Miss, agora em termos mais honestos que o passado e capitalizando o empoderamento feminino na marca com a ajuda de Camilona, sua mãe recém-descoberta.

Naty assumiu a gerência de produto e utilizou seu curso de gastronomia molecular para reinventar a receita das pamonhas, jogando a velha fórmula desenvolvida por Chicão no lixo. O resultado foi uma pamonha que era doce, salgada e saborosa ao mesmo tempo, uma verdadeira revolução no mercado.

Lina, a sua vez, fez uso do seu diploma de economista e assumiu a gerência de finanças, separou os negócios da família e agora a casa da Mercedes do Brejão e a Fábrica Daboa passaram a ter contabilidade totalmente separadas - e sem caixa dois.

Madalena teve seu pleito atendido e passou a ser a gerente da casa do Brejão, que deixou de ser uma casa de tolerância e foi transformada pela nova direção numa casa de strip-tease tão famosa que atraía os clientes da pamonharia de todos os cantos do país.

Jorginho assumiu a fazenda ele mesmo, pois conhecia aquilo como ninguém. No final do dia, enquanto tomava uma cervejinha gelada na varanda, esperava suas três esposas chegarem do dia na fábrica. Naty, Lina e Neidinha nunca estiveram tão lindas, para a felicidade do rapaz - e suas pamonhinhas nunca estiveram tão bem recheadas, para felicidade delas!

Nota: Confira os demais contos, sagas e séries desse autor em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Excelente final, principalmente porque eu adoro pamonhas, kkkkk. Valeu, parabéns.

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Eu amo pamonha, mas daquela outra que as donas tem entre as pernas, rs. Obrigado!

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Magnífico final como sempre dos teus contos endiabrados trás

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Sensacional esse final ! Me surpreendeu. Só não entendi esse trecho "pamonhinhas nunca estiveram tão bem recheadas, para felicidade delas!'

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As pamonhas que es irmãs de Jorginho tem entre as pernas estavam sendo recheadas por ele, rs

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Grande final mesmo, mais uma jmaluquisse nuito boa

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*maluquice

Nossa sou uma anta

Foi mal Bayoux

Kkkkkk

Que vergonha!

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Que isso, eu digito errado, reviso varias vezes e, mesmo assim, continua tendo erro, rs.

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