Clique - Sonhos Depravados

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2637 palavras
Data: 28/01/2024 09:40:13

O mundo digital atordoa.

Às vezes, uma simples diversão se transforma em algo mais, algo compulsivo, obsessivo, contumaz, desenfreado. Atire a primeira pedra quem nunca entrou numa rede social, ou fez uso de algum aparelho digital e, quando percebeu, o dia já havia se feito noite e várias horas haviam se passado sem dar-se conta.

Assim estava Alice, nossa protagonista nesta pérfida história: atordoada.

Com a mente desligada, atirada no chão de seu quarto, usando somente uma fina calcinha erótica negra bordada e meia de seda na mesma cor, tremendo, tendo espasmos involúntarios oriundos de seu sexo, caída sobre a própria urina, acabada, esgorata, sem forças após uma sessão de mais de uma hora de orgasmos sucessivos.

O responsável? Um jovem freelancer digital chamado Buster, que havia hackeado o telefone da garota e lhe roubado as fotos um tanto ousadas que ela tirara de seu próprio corpo, só para chantageá-la e ameaçá-la.

Em troca, Buster exigia diversas chamadas de sexo em linha, às quais a jovem teve que se submeter a contragosto às tarefas mis aviltantes para tentar preservar sua dignidade moral ante todos os amigos e suas redes sociais, agora controladas pelo canalha.

O que Alice nem imaginava é que não era somente Buster quem a assistia caminhando de quatro pelada pelo quarto grunhindo feito uma porquinha, ou inclinando-se de costas para a câmera com uma mão no chão e um dedo entrando e saindo de seu traseiro, ou mesmo gozando incessantemente com um vibrador comandado à distância pelo rapaz…

Do outro lado da cidade, em seu esconderijo sinistro, o articulador de toda a trama se divertia cercado por mais de vinte meliantes, assistindo a tudo. Sim, o terrível facínora digital conhecido por Zoião, responsável por crimes como estelionato, chantagem e invasão de privacidade, desejava expor Alice à humilhação vergonhosa e aproveitar para chantagear sua mãe.

Agora, com a compilação dos vídeos vexaminosos de Alice, Zoião mal podia esperar para terminar sua vingança. Obcecado com aquilo, ele repassava uma e outra vez os vídeos de Alice, com a calça desabotoada e estimulando seu membro rombudo, curto e grosso.

Zoião chegava e gemer vendo Alice dançando nua em frente a câmera e tocando suas vergonhas acintosamente, como se a garota estivesse num transe, esfregando suas partes compulsivamente até gozar em profusão.

Depois, ele acelerava sua masturbação apreciando como a garota imitava uma porquinha linda, andando pelada de quatro pelo quarto e grunhindo, humilhada e rendida, até ela se deixar levar pela excitação e voltar a tocar-se lá em baixo, com um dedo enfiado no traseiro e dando gritinhos incontroláveis de prazer, quando sua amiguinha começou a escorrer um líquido espesso que brotava desde adentro dela.

Agora, a cerejinha do bolo era a transmissão direta que Buster estava obrigando a Alice a participar, com um pequeno mas eficiente vibrador controlado por ele à distância dentro da garota enquanto ela se esfregava num travesseiro entre suas pernas, sobre a cama, com os peitinhos balançando ao ritimo dos espasmos incessantes que aquela espécie de tortura tesuda lha provocavam.

E eis que, num lance inesperado do destino, de volta à casa depois de um árduo dia de trabalho, a Delegada Damasceno se viu de uma hora para outra em meio a um tormento sem fim. Ao abrir a porta do quarto de Alice, deparou-se com a cena de sua filha absorta num transe sexual, à beira do desmaio, vestida com roupas eróticas e esguichando urina em frente ao telefone, fazendo uma transmissão ao vivo daquela bizarrice.

Seu primeiro desejo foi o de matar a garota. Que ela não quisesse fazer uma faculdade e ficasse procurando um emprego de balconista já era burrice suficiente, mas, ora bolas, ela já era uma adulta, como havia sido tão estúpida a ponto de deixar-se filmar numa situação daquelas? Quem no mundo podia ser tão idiota assim? Acaso ela não sabia que, o que cai na rede digital, nunca mais se apaga?

Contudo, a Delegada mal teve tempo de reagir, quando Chibunga, a inteligência artificial do quarto da filha, começou a falar por conta própria como se fosse o pato Donald, provavelmente tratava-se de alguém usando um misturador para que não conhecessem a verdadeira voz por trás daquilo.

- Oi Delegada Damasceno, boa noite? Tudo bem por aí? Como está a tesuda da sua filhinha?

- Mas… O que é isso? Quem está falando?

- Ora, Damasceno, pensa um pouquinho… Quem é capaz de hackear o telefone de sua filha? Quem conseguiria roubar todos os nudes sensuais que ela tinha guardado lá?

- Não é possível…

- Sim, Delegada, sou eu mesmo… O Zoião!

- Zoião? Essa não… Eu vou… Eu vou…

- Você não vai fazer nada, Delegada! A sua filhinha ficou com tanto medo… Daí já viu, ela teve que ser uma boa menina e fazer na frente da câmera tudo o que a gente mandou!

- Nossa, você é um homem morto!

- Não, Damasceno, eu sou um homem livre, mais do que nunca! Eu quero sair desse esconderijo e poder voltar a transitar pela cidade. Dê uma olhada no celular da Alice, daí nós conversamos.

Quando a delegada pegou o telefone, uma mensagem anônima trazia a coletânea de filmes que Buster fizera ao longo do dia obrigando Alice a se masturbar das maneiras mais explícitas. Abismada com a exposição de sua filha, as pernas de Damasceno perderam a força, a ponto dela cair no chão sentada ao lado de Alice.

- Então, como é, Delegada? Você não era a tal? Não ia me prender?

- Zoião, você… Você… Você venceu, eu me rendo. O que você quer?

- Vejamos. Acho que, no mínimo, você vai largar do meu pé. Quero que feche o caso contra mim, senão a sua filha vai ser estrela do mês em todos os canais de pornô da internet.

- Tudo bem, eu paro de investigar você, mas por favor não divulgue essa coletânea! Alice é só uma jovenzinha! Isso vai acabar com a vida dela!

- Ótimo, estou vendo que você entendeu bem a situação. Então Delegada, já sabe, amanhã mesmo feche o caso, termine com essa investigação, deixe-me em paz e os vídeos de sua filhinha nunca irão ao ar!

- De acordo, Zoião. Eu vou fazer isso tudo em troca da dignidade de Alice.

Zoião despediu-se ironicamente da Delegada todo satisfeito. Seu plano havia funcionado, a mulher iria retroceder e ele poderia voltar a cometer seus crimes com sua quadrilha sem preocupações - e, principalmente, poderiam sair todos daquele esconderijo humilhante!

Já para Damasceno, contudo, as coisas não eram bem assim. Ela ainda nutria esperanças de reverter tudo, pois havia um pequeno detalhe, um erro menor na forma com que fora executado o plano de Zoião que poderia mudar o jogo: Buster.

Durante a exibição dos vídeos, Alice mencionava várias vezes o nome deste marginal que a estava obrigando a fazer tudo aquilo - e essa informação não passou despercebida pelo olhar astuto da Delegada. Ora, não deveriam existir muitas pessoas que usassem esse apelido e fossem espertas em sacanagem virtual, não é?

Enquanto isso, Buster se dirigia com sua moto ao endereço indicado por Zoião no outro lado da cidade para recolher seu pagamento. Mais do que nunca, finalmente conhecer Dragon Lady em pessoa era necessário neste momento, pois as sacanagens que havia feito com Alice durante o dia excitaram mas, ao mesmo tempo, ele desejava esquecer ao lado de sua musa tudo o que fizera com a pobre garota.

Para sua surpresa, após receber seu pagamento das mãos de um dos comparsas de Zoião, mandou apressado o aviso à loira que o esperava - e no mesmo instante a mulher enviou-lhe o endereço secreto de sua alcova forrada de veludo vermelho, de onde fazia suas transmissões nem um pouco comportadas.

Após quarenta minutos dirigindo a moto, Buster finalmente encontrou o local indicado por Dragon Lady. Era um edifício velho e de aspecto soturno. Para piorar, a entrada da alcova não se dava pelo acesso principal, mas sim por uma discreta portinha ao costado que levava ao porão, onde, adiante de uma pesada porta de metal reforçada, o rapaz agora tocava a campainha com o coração na boca.

Contudo, todas as preocupações de Buster desapareceram quando Dragon Lady em pessoa lhe abriu a porta. Com sua usual máscara negra que cobria a metade superior do rosto, a loira vinha embalada numa lingerie erótica vermelho intenso, com cinta-liga e meias de seda na mesma cor, o que realçava sua pele clara sobre suas pernas musculosas e seus seios fartos.

Com um largo sorriso muito branco emoldurado pelos cabelos cacheados pintados de loiro à altura de seus ombros, a cam-girl recebeu animada o visitante.

- Busterzinho! Até que enfim nos conhecemos! Nossa, eu já estava aqui toda ansiosa esperando eplo nosso encontro!

- Eh… Oi Lady… Nossa você é ainda mais linda ao vivo! O seu corpo é muito mais esguio e musculoso, acho que a câmera dá uma achatada, sei lá…

- Obrigado, seu galanteador! Mas não fica parado aí na porta, entra, por favor. Hoje a noite vai ser especial!

- Já está sendo, minha linda. Conhecer você é realizar um sonho antigo meu!

- Rapaz, eu andei pensando no seu desejo… Sabe, você se dedicou todos esses anos a me seguir no canal, acho que deve ser meu fã mais antigo, então…

- Então…

- Então vamos fazer valer a pena cada um desses dez mil que você trouxe. Hoje, Buster, vou fazer algo que nunca fiz para o público!

- Ôpa! Céus, Lady, eu não acredito! Você está me dizendo que hoje nós vamos… Vamos… Vamos mesmo?

- Isso, garoto esperto! Hoje em frente às câmeras, eu vou te algemar na cama e você vai ser o único fã em dez anos de história que vai conseguir comer a Dragon Lady!

- Caramba, eu nem estou acreditando nisso tudo… mas isso das algemas… Sei lá, eu nunca fiz assim. É realmente necessário?

- Vai por mim, gatinho, você vai curtir. Algemar um cara é um antigo sonho meu. Sou capaz de fazer loucuras se você deixar!

- Hum… Loucuras mesmo?

- Sim, Busterzinho. Eu tô falando serviço completo, todo o cardápio que a Dragon Lady é capaz de lhe oferecer…

Com essa oferta especial, Buster teve que aceitar ser algemado. Com os braços e as pernas presos à cama, Buster, completamente nú, admirava tudo ao redor.

Dragon Lady era uma coroa enxuta, suas pernas torneadas e musculosas, de coxas grossas, subiam até suas nádegas polpudas e firmes, com uma cacinha vermelha intenso ajustada bem entre elas desaguando num ventre com gominhos de musculação que se escalonam até chegar a um par de seios fartos, bem fartos e duros, contidos por um sutiã quase transparente na cor da calcinha e que permitia ver seus mamilos de aréolas grandes bem marcadas.

Enquanto ela ajeitava as coisas no computador e acionava as três câmeras do recinto para iniciar a transmissão, Buster passava o olhar pela tão sonhada alcova de Dragon Lady. O veludo vermelho das paredes e os adornos dourados com os quais ele tanto sonhara em conhecer durante a última década eram reais, tão reais quanto a dona de tudo aquilo.

A iluminação calculada para as transmissões da cam-girl, aquela cama redonda de lençóis macios, os espelhos estrategicamente distribuídos pelos cantos, tudo aquilo era real e ele estava ali, nem meio à ação, esperando pelo momento supremo em que possuiria o corpo voluptuoso de sua adorada Dragon Lady.

Com todo o aparato pronto, a loira fez uma introdução solene comunicando aos seus seguidores que aquela seria uma sessão especial onde ela se despedia do mundo digital e que, portanto, havia convidado seu seguidor mais antigo para algo diferente: sexo total e irrestrito em frente às câmeras!

Engatinhando cobre o corpo estendido e algemado de Buster, Lady veio engatinhando sobre ele como uma pantera e começou a beijá-lo na boca, com seu corpo esfregando-se sobre o do rapaz, enquanto sua mão de unhas longas buscava pelo membro já em riste por aquele momento tão sonhado por ele.

Com a lingua deslizando pelo pescoço de Buster, Lady veio descendo, parou em seu peitoral para dedicar-se a mordiscar-lhe os mamilos pequenos do jovem enquanto ele gemia de tanto tesão, para seguir descendo pepor seu ventre até chegar ao sexo, o qual a loira veterana segurou mantendo-o apontado para cima e, olhando diretamente nos olhos de Buster com uma expressao provocativa, pôs a lingua para fora e começou a aplicar-lhe lambidas controladas mas completas, só na pontinha.

Enquanto Buster se esforçava para não chegar ao fim antes mesmo de começarem, Lady fazia de tudo para levá-lo à loucura, batendo com o pênis em seu rosto, masturbando-o calma e lentamente, lambendo de trás para adiante, digo, desde lá atrás mesmo até a pontinha à frente, passando demoradamente por tudo no caminho com uma língua experiente e desejosa por fazê-lo sofrer.

Buster estava ofegante e sua mente se encontrava totalmente obnubilada pelas carícias íntimas que recebia de Dragon Lady. Sua musa agora retirara a roupa e o rapaz podia ver, em todo o seu esplendor, os seios grandes de mamilos redondos e biquinhos endurecidos livres adiante de si enquanto ela subia com as coxas por seus lados para montá-lo com a perícia de uma vaqueira que domina um touro selvagem.

Mais do que nunca Buster quis agarrá-la, reter aqueles seios em suas mãos e apalpar o traseiro tentador de Dragon Lady, mas as algemas que ela estrategicamente exigira que ele colocasse o impediam completamente, deixando-o submisso às vontades da mulher.

Sobre o membro de Buster deitado, Lady o torturava deslizando seus lábios ao redor dele com movimentos dos quadris para frente e para trás, lentos, compassados, incessantes. Buster agora implorava à Lady que o deixasse penetrá-la, mas a mulher ria para as câmeras e seguia sua tortura desfrutando cada centímetro daquele rapaz rendido em sua cama, sem dar-lhe nenhum descanso.

A esta altura era inevitável para Buster deixar de pensar no que ele mesmo havia feito com Alice algumas horas antes, usando o vibradorzinho fatal de controle remoto. A vida às vezes prega este tipo de peça - e Buster passava de predador selvagem à mera caça nas mãos de Dragon Lady, mas somente agora se dava conta.

Enquanto Lady seguia seu remelexo ininterrupto sobre o membro do rapaz e ele já suava frio tentando conter a iminente ejaculação que isso estimulava, a loira agora o mordia com força nos mamilos do peito e cravava suas unhas em seus braços, como se estivesse dominada por algum ser sobrenatural, mas, quando seus olhos se cruzavam em meio àquilo tudo, Buster podia ver uma estranha frieza e um sorriso sarcástico escapando entre os lábios vermelho e carnudos da cam-girl veterana.

O que nenhum deles sabia, nem tinha como adivinhar, é que bem perto dali uma porta era arrombada num apartamento pequeno de um prédio modesto…

Sim, era ele, o facínora digital, o Zoião. O fato é que, obcecado com os vídeos de Alice que repassara na tela do celular uma e outra vez, bem como desconfiado pela naturalidade com que a Delegada Damasceno conhecera sua derrota ante ele, o meliante chefe de quadrilha não conseguia dar-se por satisfeito.

É bem certo que seu plano funcionou, ele conseguira os vídeos comprometedores da filha da Delegada e a chantageou, fazendo-a desistir de persegui-lo e prometer que encerraria a investigação contra seus crimes, mas ele não era homem de se contentar com pouco e acreditava que podia tensionar mais ainda as coisas para humilhar sua inimiga.

Por isso, Zoião pacientemente esperou que as luzes no apartamento de Damasceno se apagassem e aguardou um tanto mais ainda para ver se parecia tudo tranquilo. Quando viu que a barra estava limpa, concluiu que a delegada havia saído de casa e decidiu seguir adiante para entrar em seu apartamento na calada da noite.

Seu objetivo? Possuir ele mesmo a pobre Alice, a garota tesudinha dos vídeos!

Nota: Confira os demais contos, sagas e séries desse autor em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Putz, agora danou-se! Não esperava essa ação por parte do Zoião. Já estou temendo pelo destino de Alice… ou não? Rsrsrs

⭐️⭐️⭐️

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