Clique - O Canalha

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2664 palavras
Data: 14/01/2024 11:02:04

O mundo digital é perigoso.

Enquanto eu digito daqui e vocês lêem daí, um monte de coisas estão acontecendo à nossa volta em vários aplicativos diferentes, alguns inocentes, outros nem tanto. Sim, coisas estranhas, intrusões, invasões, exposições extremas e intimidadoras.

Assim se encontrava Alice, a protagonista desta história: intimidada.

Agora já era muito tarde para voltar atrás.

Ao bisbilhotar num aplicativo suspeito Alice sentiu-se estimulada e tirou várias fotos íntimas. Contudo, quando fez sua inscrição para um teste grátis de um mês, um tal de Buster lhe enviou uma mensagem dizendo: “Oi amorzinho, seu telefone acaba de ser hackeado. Tenho as suas fotos íntimas aqui comigo. Agora você me pertence!”

Alice não fazia ideia, mas estava sendo alvo de um chefe do crime digital, um sujeito sem escrúpulos chamado Zoião, só tinha uma coisa em mente: vingar-se da mãe de Alice, a poderosa Delegada Damasceno, que o investigava sem piedade por crimes digitais como estelionato, chantagem e invasão de privacidade.

O fato é que Buster fora contratado como hacker freelance por Zoião e já vinha monitorando a vida de Alice havia algum tempo, preparando-se para agir se o criminosos assim ordenasse - e Alice havia justamente aberto a porta da frente de sua vida nas redes sociais para ele.

Assustada, Alice largou o aparelho na mesma hora e ficou olhando para aquilo como se fosse um escorpião, uma aranha caranguejeira ou qualquer outro inseto venenoso. Sua respiração ofegava enquanto o coração golpeava seu peito. Tratou de se acalmar. Aquilo devia ser um spam qualquer disparado por ter feito sua inscrição naquele maldito aplicativo, uma ameaça vazia, só isso.

Raciocinando com mais calma, imaginou que nem devia ser uma pessoa de verdade, não devia passar de uma inteligência artificial programada para dar golpes e tentar extorquir os outros, tal como viu numa reportagem há algumas semanas atrás. Era só deletar o programa do celular e esquecer o susto, só isso.

Voltou a segurar o aparelho, mas agora via prompts de um outro aplicativo com mensagens de um tal de Buster saltando na tela. Sua mão começou a tremer e o nervosismo voltou. Ao abrir para ver do que se tratava, lá estavam elas: Buster estava enviando-lhe suas próprias fotos nua, só para provar que aquilo não era uma brincadeira.

Ao final das fotos, chegou uma última mensagem exigindo que Alice clicasse num enlace para conversarem, se ela não quisesse ver suas fotos íntimas divulgadas na internet. A garota estava aflita, mas, vendo novamente as tais fotos de seu corpo, deu-se conta de que ninguém poderia dizer que eram realmente suas.

Seu rosto não aparecia, havia somente algumas fotos de sua boca e uma de seu olho, as mais ousadas de maneira alguma poderiam ser relacionadas a ela. Sim, as fotos poderiam ser qualquer pessoa! Mas… E se o tal Buster houvesse roubado algo além das tais fotos? E se ele, de alguma maneira, tivesse conseguido roubar também suas senhas de acesso às redes sociais?

Droga, o cara subiria as fotos dela nas suas próprias páginas e ela se veria exposta! Ora, isso era somente uma hipótese, mas uma bem perigosa. Como Alice poderia estar segura de que isso não aconteceria? Não havia maneira, ela precisava falar com aquele canalha. Terminou clicando no enlace.

Ao abrir a conversa, Alice bloqueou a câmera, de maneira que Buster não pudesse ver seu rosto. Ela havia caído num golpe a primeira vez, mas não seria burra de mostrar seu rosto, caso o rapaz ainda não soubesse exatamente como ela era. Já ele, contudo, estava com a sua câmera ligada, mas não focava o próprio rosto.

Em vez disso, Alice podia ver somente seu membro ereto e uma mão grossa que o masturbava. Tendo o membro entre o punho cerrado de dedos atarracados, a mão subia e descia ao longo da pele suavemente, devagar, como se fizesse carinhos prolongados, parando à vezes em torno da glande para alisar a cabeça com o polegar e depois voltar aos movimentos originais.

- Oi Alice. Que bom que você entrou. Eu queria te conhecer melhor.

- Eh… Você sabe o meu nome?

- Sei o seu nome, Alice Damasceno de Oliveira. Sei o seu endereço, na rua dos Retirantes, número 402. Se eu quiser, posso saber tudo sobre você, baixei todas as informações do seu celular quando o hackeei.

- Merda!

- É, realmente é uma merda. Mas tenho uma boa notícia. Eu posso apagar tudo… Só depende de você se portar como uma boa garota.

- Olha Buster, eu não tenho grana. Eu nem trabalho…

- Eu sei, Alice. Já entrei na conta do cartão que você usou para se inscrever no aplicativo. Está praticamente vazia. Pobrezinha… Mas fica tranquila que eu não quero o seu dinheiro.

- Não? E o quê você quer comigo então, posso saber?

- Bem, como eu disse, eu quero que você seja uma boa menina. Só isso.

- Como assim?

- Vamos ver… Você pode começar ligando sua câmera. Não tem porque se esconder de mim, eu entrei nas suas redes sociais e já vi o seu rosto. Você é bonita, tem um corpinho na medida, devia se orgulhar.

- Seu babaca…

- Hum, vai falar baixaria pra mim? Tudo bem, mas liga a câmera antes, por favor.

Sentindo-se acuada, com medo e ódio ao mesmo tempo, Alice ligou a câmera. Tomou o cuidado de focar somente em seu rosto, considerando que estava só com a camiseta do pijama e de calcinha. Buster já tinha imagens demais de seu corpo e ela não desejava facilitar aquela chantagem mais ainda.

- Isso, boa menina. Acho que a gente vai se entender bem. Não seja tímida, afaste mais o telefone para eu poder olhar pra você. Como pode notar, eu estou no meio de uma coisa aqui e queria ver o seu corpo.

- Não, nem pensar. Está achando que eu sou burra?

- Não. Eu estou achando que os seus amigos vão adorar quando receberem as fotos que eu vou mandar para sua lista de contatos usando o seu perfil. Será que tem algum crush seu aí? Nossa, o cara vai achar lindo você mandar foto pelada para a galera…

- Está bem, eu me afasto. Mas é só isso, eu não estou a fim de…

- Silêncio, por favor, Alice. Lembre-se de que você tem que ser uma garota boazinha comigo. Nossa, você só de calcinha e com essa camiseta é ainda mais tesudinha do que nas fotos.

- Olha Buster, você já conseguiu o que queria. Eu tenho uma entrevista de emprego agora. Será que dá pra me deixar em paz?

- Nem pensar. Você teria coragem de me deixar assim, na mão? Não Alice, você só pode desligar quando me fizer gozar.

- Mas…

- Alice, só depende de você, eu já disse. Quanto antes eu gozar, mais rápido você vai poder sair para essa sua entrevista.

Meio sem jeito e sem saber o que fazer, Alice pediu uma música ao aparelho de inteligência artificial em seu quarto, a Chibunga, e começou a dançar timidamente. Era somente um gingado com os quadris flexionando um pouco os joelhos com os braços estirados ao lado de seu corpo, aquilo a deixava incômoda e não conseguia fazê-lo com naturalidade.

- Isso Alice, isso mesmo. Está bom, mas pode ficar melhor. Capricha aí, garota, faz o Buster gozar!

- Olha, eu tô tentando. Mas é que eu nunca me exibi assim.

- Relaxa, Alice. Isso é só uma brincadeira entre nós dois. Ninguém vai saber, eu prometo. Agora seja uma boa garota, como eu pedi. É só pensar no que você pode fazer pra eu gozar, só isso…

De olhos fechados, Alice tentou entrar no clima. Quanto antes ela atendesse ao pedido de Buster, melhor seria para ela. Só assim aquele pesadelo terminaria. Com uma das mãos, apertou um de seus mamilos salientes sobre a camiseta enquanto seguia gingando suavemente. Sentiu uma pontinha de prazer despertar em si mesma ao fazê-lo, mas logo em seguida lembrou-se da situação em que estava e o aquilo fugiu de sua mente.

Tentando concentrar-se novamente, ficou passando a mão em círculos sobre o seio por sobre a camiseta branca justa do pijama e pôs a outra sobre seu sexo, pressionando-o sobre a calcinha de malha cinza. Uma pontada de prazer ao sentir seu próprio toque retornou ao seu corpo.

Num descuido provocado por aquela sensação, Alice abriu os olhos e viu na tela do aparelho que seu algoz agora acelerava os movimentos com o membro ao redor de seu punho. Buster estava inchado, com veias marcando-lhe a pele lustrosa e agora havia crescido mais alguns centímetros.

Aquela imagem fez com que Alice mordesse seu lábio inferior e sacudisse a cabeça, seu tique de quando ficava com raiva. Ela estava se exibindo para aquele canalha se masturbar, isso a fazia sentir-se diminuída, impotente, ele a tinha nas mãos e ela deveria fingir que estava gostando, ser uma boa menina como ele ordenara.

Tentando voltar à concentração, Alice fechou os olhos novamente e apertou com mais força seu seio e seu sexo, como se quisesse amassá-los, com rava de si mesma por ter sido idiota a ponto de tirar as tais fotografias sensuais e depois preencher aquele maltido formulário do aplicativo no celular.

Contudo, ao lembrar-se do aplicativo vieram-lhe à mente as imagens que as pessoas compartilhavam de si mesmas enfocando partes de seus corpos e conseguiu resgatar lá no seu íntimo a excitação que sentiu ao bisbilhotar o grupo de conversas na noite anterior.

De olhos fechados, mordendo o lábio inferior e dançando suavemente, Alice entrou numa viagem dentro de si mesma, era como se não estivesse transmitindo aquele momento pelo celular e como se Buster não estivesse se masturbando do outro lado ao vê-la dançar só de calcinha e a camiseta branca do pijama, a qual deixava evidente que seus mamilos saltadinhos estavam começando a inchar e ficar tesos.

Sim, as pessoas mandam nudes pelo aplicativo para os demais apreciarem e agora ela mesma estava ali, semi nua, exibindo-se ao telefone para um estranho que ela não fazia a menor ideia de quem era, para que ele apreciasse suas curvas ao se masturbar.

Ao lembrar-se de Buster novamente, Alice voltou a abrir os olhos e pôde ver seu membro na telinha do aparelho, o canalha estava se divertindo, descia e subia sua mãos apertando o próprio sexo com força, à vezes de cima abaixo, à vezes concentrando-se só na extremidade superior, como se estivesse penetrando-a, possuindo-a, querendo fazer dela só um corpo à disposição de seu prazer.

Alice nem havia se dado conta, mas enquanto estes pensamentos um tanto confusos pelo tesão recém redescoberto lhe varriam a mente, ela mesma enfiara uma mão por baixo da camiseta e beliscava com força um de seus mamilos a ponto de sacudir o seio e deixar entrever a forma redonda logo abaixo da dobra da blusinha do pijama, enquanto havia posto a outra mão por dentro da calcinha de malha cinza de algodão e fazia movimentos circulares em seu montinho de vênus, diretamente sobre o sininho que podia sentir já estar em alerta.

Ao notar que ela mesma havia se entregado ao jogo de Buster, uma confusão se instalou em Alice e ela se perdeu. Agora, ela olhava diretamente para a tela e se aproximava mais ao telefone, tentando ver cada detalhe daquele membro ereto em sua homenagem.

Percebendo que o rapaz respirava ofegante do outro lado, Aice trouxe sua cintura bem próximo à câmera e abaixou um pouco a calcinha de algodão, só o suficiente para que pudesse enquadrar seus dedos instigando seu montinho e o sininho eriçado.

Aquilo despertou em Alice algo que nunca havia sentido nem mesmo quando permitiu que seu namorado a tocasse uma vez atrás do prédio.

Saber que Buster a tinha nas mãos e a obrigara e expor-se daquela maneira para que ele sentisse um prazer egoísta e agora descobrir-se quase a ponto ter um orgasmo exibindo-se para aquele canalha, provocou na garota um calafrio profundo, um turbilhão dentro de si, algo que mexia com ela e a fazia não querer mais parar antes de chegar ao fim.

Quando Alice percebeu, sua calcinha estava toda molhada por seu gozo, era nítida a mancha de umidade no tecido cinza, enquanto os músculos de suas pernas tremiam e a respiração lhe faltava. Assustada, olhou para a tela justo a tempo de ver o membro de Buster golfando o sêmem espesso desde suas entranhas.

Ao presenciar esta cena, a garota se apressou em desligar a chamada. Enquanto ainda tentava se recompor após aquele orgamo intenso e diferente que sentira, um alívio repentino tomou conta de Alice. Ela havia sido uma boa garota e agora estava livre de Buster, sim, finalmente livre!

Pobre Alice, ela mal sabia ela na enrascada em que se metera.

Do outro lado da cidade, em seu esconderijo, cercado por mais de vinte marginais, Zoião acompanhara satisfeito o trabalho de Buster e se deliciara com a transmissão das cenas íntimas da filha da Delegada Damasceno. Para ele, sua vingança estava somente começando e só terminaria quando a Delegada chave-de-cadeia se arrependesse e deixasse de investigá-lo.

Enquanto isso, o freelancer contratado por Zoião, encarregado de executar sua vingança voltava ao seu canal de cam-girl preferido, logo após terminar a chamada erótica com Alice. Não que ele fosse um maníaco compulsivo, nada disso, mas sua adoração por Dragon Lady, a loira quarentona gostosa que fazia transmissões de sexo “solo” desde um quarto forrado de veludo vermelho e sobre uma grande cama redonda era tanta que ele não podia deixar de conectar-se nem um dia à sua musa.

Dessa vez, a mascarada libidinosa estava de costas para a câmera, inclinada e com dois dedos enfiados lá atrás bem na hora em que Buster chegou. Aquilo era demais, as ancas de Dragon Lady vinham adornadas por um belo par de nádegas firmes e grandes, seus seios avantajados estavam pendurados e se deixavam ver entre suas pernas compridas e musculosas, seus gemidos ao torturar o próprio traseiro denotavam um prazer verdadeiro e intenso, gerando um conjunto perfeito do que representava a arte de excitar aos muitos fãs que a assistiam frequentemente.

Por isso Dragon Lady se tornou famosa e por isso ela estava enriquecendo com aquele bico iniciado há mais de dez anos atrás, quando Buster era só um garoto e já assistia aquela mulher fazer loucuras com o próprio corpo em frente ao computador.

Dragon Lady nem imaginava quem era Buster, ou a canalhice à qual ele se dedicava, para ela o rapaz era só mais um cliente com dinheiro para gastar - e recentemente, um cliente muito bom, digno de sua atenção, após fazer uma só doação de mais de mil dinheiros. Por isso, ao ver que o rapaz se conectara novamente, voltou ao bate-papo privado com ele.

- Oi querido, vejo que você voltou. Seja muito bem vindo de novo!

- Oi, minha linda. Eu estava aqui trabalhando e lembrei de você. Daí já sabe, não resisti a dar uma passadinha para ver o que você estava aprontando hoje.

- Hum, lembrou de mim, foi seu gostoso? E o que você viu? Conta pra mim…

- Eu vi você com dois dedos entrando e saindo lá de trás. Gata, você é muito tesuda, está me dando idéias perversas.

- Ai, que tesão! O que você vai fazer? Vai bater umazinha para a Lady? Vai? Vai jorrar seu leitinho pensando em mim hoje?

- Nossa Lady, você ficar falando assim comigo… Sabe como é, não há quem resista!

- Gatinho, você ainda não viu nada. Espere só até você poder pagar por aquela chamada exclusiva que eu te ofereci. Você vai enlouquecer, eu sei ser uma garota má quando quero!

- Em breve, tesuda, em breve vou ter a grana pra gente se divertir só nois dois!

- Ui, mal posso esperar! Até lá, relaxa aí na cadeira, abre a calça e bate umazinha pra mim. Agora, eu vou voltar à transmissão. Hoje eu vou imitar uma porquinha safada, vou fazer isso em sua homenagem, viu?

- Uma porquinha? Lady, você tem cada ideia doida…

Nota: Confira os demais contos, sagas e séries desse autor em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Pelo jeito a história está só começando, não é Bayoux? Já temos pelos menos 5 personagens interessantes para se cruzarem nessa trama! Excelente, como sempre!

⭐️⭐️⭐️

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Oi Buko! Vou arrancando-se aqui com essa de 6 partes, só pra passar o tempo, rs. Obrigado pela visita!

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