Minhas Escolhas - parte 4

Um conto erótico de Michelle
Categoria: Crossdresser
Contém 4393 palavras
Data: 15/02/2024 18:27:09

Continuação...

Minhas Escolhas

Parte-4

Ele me confidenciou que gostou muito de transar comigo e queria repetir. No dia seguinte após eu retornar do trabalho transamos loucamente. Me disse que a sua mulher não o aguenta como eu aguentei, fiquei feliz me senti orgulhosa e de certa forma empoderada por saber disso. E assim todos os dias ele vinha em casa para transar comigo.

Teve um dia que ele me ligou e disse que tinha uma surpresa pra mim e que o esperasse como sempre, não com a mesma roupa, mas vestida como mulher.

Queria me sentir mais feminina pra ele, fui até a farmácia e furei minhas orelhas, escolhi um brinco cirúrgico muito fofo.

Depois fui até uma loja de lingerie e pela minha demora a única atendente que tinha na loja veio me perguntar se queria ajuda.

Fiquei super sem jeito, mas disse que queria alguma coisa sexy para minha esposa, é sério isso!

Parece que não convenci muito porque ela pegava as calcinhas para me mostrar e falava: olha essa aqui, o que acha ?sua esposa vai amar, super sexy e era fio dental.

Ela me olhava enquanto eu tocava a peça e percebeu meu brinco super delicado com uma pedrinha rosa.

Olha moço pode ficar tranquilo porque muitos homens vem comprar lingerie para namorada ou esposa, e até mesmo para usar. Confesso que ela conseguiu me deixar mais à vontade para escolher.

Mas, o comentário que ela fazia a cada calcinha que olhava se entendia que ela sabia que era pra mim e isso me aterrorizou.

Olha como foi a conversa:

Olha essa aqui, o boy vai amar…

E essa aqui, com certeza o cara vai pirar…

Ou seja, mesmo eu não admitindo ela sabia que era pra mim, mas como não tinha mais ninguém na loja, acabei confirmando suas suspeitas, e ela me deu seu contato pessoal para quando precisar de mais.

Sai de lá com uns três conjuntinhos e mais três calcinhas avulsas, todas bem cavadas, estava parecendo uma puta mesmo. Mas essa era a intenção 😜😂😂

Aproveitei para passar na confecção da minha mãe para dar um oi.

Oi filho chegou bem na hora, fica um pouco na loja preciso ir ao banheiro.

Comecei a olhar as araras como quem não quer nada e vi um vestido mega lindo na cor verde porém, comprido e um pouco volumoso. Confesso que queria pegar, mas era grande e não caberia no bolso, pedir para minha mãe estava fora de cogitação.

Nas prateleiras achei um shortinho lindo também na cor branca, uma graça e uma blusinha pretinha linda, peguei.

Minha mãe voltou e fui embora, acho que nem deu tempo de reparar nos brincos, no carro pensei, meu Deus já tenho tantas roupinhas e como vou fazer quando a Patrícia chegar?

Cheguei em casa e surpresa, o Marcos estava na frente de sua casa conversando com um amigo e quando me viu chegando deu uma piscadinha… gelei na hora, né! Mas a minha sorte é que o outro rapaz estava de costas pra mim, uffa.

Mandei uma mensagem pra ele para saber se ele vinha me namorar hoje, mas ele não me respondeu.

Como eu não usava mais roupas masculinas em casa nesse período que a Patrícia estava fora, só usava quando tinha que sair, depois do banho fiquei na sala vendo televisão com aquele meu vestido preto floral. A campainha tocou e como o Marcos não combinou nada comigo achei melhor não atender. Meu celular tocou e era ele querendo saber porque não abri a porta, expliquei o motivo e depois fui abrir.

Quando ele entrou não veio sozinho, sua mulher estava junto.

Olhei pra ela com cara de assustada e com muita vergonha, mas pedi que entrassem. Esse homem é um sem noção mesmo o que ele tem na cabeça, onde já se viu trazer a mulher junto, e ainda por cima me deu um selinho na frente dela.

Pedi que sentassem e ofereci algo para beber, cerveja para ele e um suco para ela.

Quando estava na cozinha preparando uns frios em cubinhos e temperados para servir junto, a esposa dele veio conversar comigo.

Duda, né?

Sim respondi de cabeça baixa…

Meu nome é Deise, pode ficar calmo ou calma, acho que você deve preferir que te trate no feminino, né? Mas enfim, eu já sei de tudo o Marcos me contou que já vem tendo um caso com você já há alguns dias, que até dominou você, né?

Olha Deise é verdade sim, mas você pode ficar tranquila porque nosso relacionamento não envolve sentimentos, é apenas sexo, ou seja, você não corre risco algum. Ela riu e eu não entendi o porquê!

Embora nossa conversa tenha sido bem tranquila, comecei a chorar.

Falava com ela que isso não era certo, tanto ela como eu somos casadas e estava me sentindo mal por isso.

Ela vendo meu desespero me abraçou e com um lenço de papel secou minhas lágrimas dizendo que para ela isso era normal, que assim como eu também foi dominada e quando viu o tamanho do pau do marido ficou aterrorizada, mas como o amava demais e para não sofrer com uma possível separação precisava aceitar essa vida.

Mesmo sofrendo com isso sabia que a única maneira de manter seu casamento era deixar ele ter amantes.

Confesso que fiquei mais calma com essa revelação, depois de tudo pronto levamos os petiscos e as bebidas para a sala.

Marcos mesmo não demonstrando seu interesse queria saber se estávamos tranquilas quanto a esse nosso relacionamento. Deise logo disse estar super de boa de mãos dadas com o marido, eu também confirmei e a conversa se desenrolou bem.

Liguei o som bem baixinho para descontrair um pouco e acho que depois que a Deise tomou uma cerveja se soltou um pouco mais, eu por outro lado estava travada pela situação.

Nesse momento Deise me fez uma pergunta:

Menina o Marcos me disse que você aguentou o pau dele no cu sem reclamar, é sério mesmo?

Gente, não sabia onde enfiar minha cara de tanta vergonha…

Corri para a cozinha, trouxe mais três cervejas, voltei, abri uma latinha e quase tomei ela toda de uma só vez, tamanha minha vergonha.

Olhei pro Marcos e ele fez um sinal de ok então assim comecei a contar: não foi fácil assim, chorei muito na pica dele, e todos nós rimos muito com meu comentário.

Marcos se levantou de frente para nós duas e Deise olhou pra mim e disse: sabe o que fazer, né?

Abri o botão de sua calça e a puxei para baixo, ele estava com uma cueca box branca seu pau marcava o tecido e ainda não estava duro, mas ainda assim era grande.

Passei minha mão sobre o tecido e olhando para Deise como que pedindo sua permissão beijava seu pau. Abaixei a cueca e aquele lindo pedaço de carne me chamava, o peguei com a mão e fui beijando a cabeça, lambia todo o seu pinto, chupava suas bolas, voltava para a cabeça e dava leves mordidas nela. Marcos já estava incontrolável, abri bem a boca e comecei a chupar, sugava forte enquanto com meus dedos brincava com suas bolas que a essa altura já estavam enormes, fiz uma garganta profunda, pois já estava familiarizada, minha boca salivava, a Deise com as mãos na boca não acreditava no que estava vendo.

Tirei o pau da boca para respirar um pouco e chamei ela para me ajudar. Enquanto ela chupava a cabeça eu passava minha língua por toda a extensão daquele cassete gostoso, nós duas acabamos com o Marcos só no boquete. Ele urrava de tesão, eu e Deise sabíamos que ele estava pra gozar a qualquer momento, então nos preparamos para receber nosso prêmio.

Vou gozar, vou gozar… estávamos de boca aberta já com a língua de fora e de repente vários jatos de porra invadiam nossas bocas simultaneamente, era a primeira vez que eu provava seu leite e confesso que era muito bom. A quantidade era muita, mas demos conta, a Deise fez algo que eu não esperava, me beijou ainda com a boca cheia da porra do seu marido e ficamos por alguns segundos assim.

Ela estava radiante de felicidade, já eu nem sei dizer, estava plena e muito mais tranquila em relação a Deise.

Ficamos mais algumas horas conversando, mas já era tarde, me despedi deles com um beijinho no rosto da Deise e um selinho no Marcos.

Na manhã seguinte ainda no meu trabalho recebo uma ligação de um número desconhecido e como estava dirigindo não atendi.

No meu almoço troquei mensagens com o Marcos lembrando de tudo que aconteceu na noite anterior. Final de expediente e caminho de casa.

Chegando como estava apertada para ir ao banheiro, deixei o carro na rua e entrei. Quando voltei tinha um papelzinho dizendo: Duda me liga! e um número de celular, com certeza não era do Marcos porque o celular dele eu já sabia o número, mas como o meu nome estava lá resolvi ligar.

Quando comecei a digitar os números o celular me mostrou que esse número já existia no aparelho, era o mesmo número desconhecido que me ligou mais cedo.

Alô Duda é a Deise, posso ir aí? Oi Deise pode sim vou deixar a porta aberta porque já estava indo tomar banho, mas pode entrar sem problema.

Como eu não queria que ela me visse com roupas masculinas, corri pro meu quarto, peguei uma calcinha, uma blusinha, uma calça legging e minha peruca. Fui ao banheiro e liguei o chuveiro para ela não desconfiar.

Como o banheiro é grande poderia me vestir lá sem problema, coloquei minhas roupas masculinas escondidas junto com a roupa suja e comecei meu banho, ouvi quando a porta abriu e fechou logo em seguida, ela gritou, cheguei.

Sai do banheiro devidamente montada e cheirosa pelos cremes que usei, não é porque era a mulher do Marcos que vou me apresentar de qualquer jeito, né!

Oi Deise, que surpresa boa, aconteceu alguma coisa?

Não, porque?

Por nada, é que normalmente é o Marcos que vem me ver.

Na verdade Duda o Marcos não está e eu queria conversar com você a sós.

Na minha cabeça já pensei o pior. Entendi, mas me conta

Conversa vai, conversa vem, mas o que eu entendi foi que ela queria mesmo era desabafar e não sabia como começar.

Deise, pode parar com esse teatro e me diz logo o que está acontecendo com você. Sei pela sua cara que não está bem, então mulher põe pra fora…

Tá bom! Duda, eu sei que você ainda está confusa com tudo isso que está acontecendo não é verdade?

Sei também que o fato de eu ter chegado em sua casa com meu marido mexeu muito com você, por isso quero contar a minha história primeiro para você entender o que está acontecendo.

Eu quando solteira era garota de programa e acabei me envolvendo com gente perigosa. O Marcos quando o conheci, ele frequentava a casa e pagou pelos meus serviços.

Quando ele tirou a roupa me assustei com o tamanho do seu pau, eu não aguentaria aquilo tudo porque minha vagina é muito rasa e quando ele tentou me penetrar doeu demais e saí de lá deixando ele sozinho.

Quando ele saiu, me viu na recepção e com muita raiva começou a me xingar no meio de todos os clientes de lá.

O dono da casa para não ter problemas maiores devolveu o dinheiro pro Marcos e me despediu na frente dele. Pediu ao segurança para me jogar no meio da rua como eu estava, ou seja, apenas de lingerie.

Eu estava chorando e com muito frio quando o Marcos saiu e me viu lá fora, perguntou onde eu morava que me levaria até em casa.

Eu disse que não poderia voltar para lá porque tinha dívidas com essas tais pessoas perigosas, então ele vendo meu desespero me levou para sua casa, que não era essa que moramos atualmente, era outra.

Chegando lá me deixou tomar um banho e como não tinha roupas para vestir, acabei usando um roupão que ele me emprestou.

Pra resumir a história ele pagou minha dívida, me comprou roupas novas e me levou para morar com ele. Como eu tinha uma dívida de gratidão com ele, acabei pagando de outra forma. Fez comigo o mesmo que fez com você, fui dominada e adestrada como cadela igualzinha como ele fez com você. Só que não tive como não me apaixonar por ele, você sabe né amiga do que estou falando.

Ele é um homem dominante e a gente precisa disso, né?

Fiquei passada com tudo que ouvi até agora, como estávamos próximas no sofá, acabei abraçando ela com muita ternura.

Deise se não quiser falar nada vou entender, mas como você consegue ficar sem sexo já que não aguenta seu marido?

Ela ficou pensativa, me fez prometer guardar segredo, mas acabou me contando que tinha um amante há muito tempo que conheceu na academia. Agora entendi o porquê ela riu quando eu disse que não queria tomar seu lugar.

Daí bebemos umas cervejas que ela trouxe e a conversa ficou mais interessante.

Me diz, vai Duda, como você fez pra engolir o pau do meu marido? O que você conseguiu com a boca, eu não consegui com minha buceta. Quando eu vi não acreditei, eu juro!

Disse que foi por causa do Marcos…

Contei a ela que tive poucos relacionamentos sexuais com homens, e que nenhum me fez me sentir mulher de verdade como o Marcos fez.

Amiga te confesso que casei com uma mulher cis por medo de me tornar gay, mas também não sentia prazer em transar com mulher, entende? Só fiquei casada ainda com a Patrícia porque tenho dois filhos com ela, amo meus pequenos mais do que tudo, e eles não tem culpa por eu ser assim. Minha voz começou a ficar embargada com esse pensamento, mas continuei…

Quando eu conheci seu marido foi sem querer mesmo, na verdade o sapo 🐸 já o conhecia como amigo.

Sapo, como assim?

Expliquei que sapo é o nome dado a versão masculina de uma crossdresser, ou seja, quando um homem tem por fetiche de usar roupas femininas, continuando…

Em uma noite acredito ser umas 23:00 que me arrisquei em sair montada na rua e o Marcos me viu da janela do quarto de vocês, eu te juro que não percebi que ele me olhava, continuei meu passeio e só voltei pra casa porque me assustei com a aproximação de um carro.

No dia seguinte tinha chegado mais cedo do trabalho e como a Patrícia tinha ido viajar com os tios, levando junto nossos filhos. Aproveitei então para usar minhas roupinhas novamente, como estava com o som alto não consegui ouvir que ele estava me chamando. O resultado foi que o Marcos entrou em casa pois acabei deixando a porta destrancada por descuido, e o resto você já sabe.

Eu não ia contar a verdade que ele pulou a janela, né!

Agora como eu consegui fazer uma garganta profunda no pau dele? É porque ele foi o único homem que quebrou minha masculinidade em poucos dias. A mulher que me tornei não poderia jamais deixar de dar prazer a um macho como o Marcos.

Agora se quiser aprender como fazer nele uma garganta profunda, te ensino com prazer.

Peguei um pepino que tinha na geladeira mais ou menos do tamanho e grossura do pau dele, coloquei uma camisinha e dei a ela para tentar.

Coitada quase vomitou…😅😂😂

Falei pra ela que quando a cabeça chegar no começo da garganta, tente abrir o esôfago como se fosse vomitar e aí vai enfiando o máximo que puder suportar.

Você vai sentir um incômodo enorme, vai sentir ânsia, mas não desista, se não conseguir na primeira vez fique tranquila porque realmente é muito difícil, mas acredite os homens adoram quando fazemos isso, sabia?

E assim ela foi tentando mais uma vez sem sucesso. Troquei a camisinha e eu mostrei pra ela na prática como se faz, a Deise ficou espantada como eu consegui.

Ficamos conversando mais um pouco, trocando algumas experiências sexuais nossas “ com homens é claro” e foi aí que ela me disse:

Duda, você sabe que não é mais homem, né!

Não depois que se entregou como mulher pro meu marido, então porque não se separa e assume de vez sua homossexualidade?

Foi como eu te disse amiga, tenho três filhos com ela e não quero me separar deles.

Tá, mas me conta o que você faria se a Patrícia pedisse a separação?

Vendo por esse lado eu acho que não me assumiria como homossexual, começaria um tratamento hormonal e me assumiria como mulher trans.

Faltava apenas uma semana para a Patrícia voltar de viagem, e mesmo assim Marcos apareceu até o penúltimo dia para para transar comigo, eu jamais vou esquecer esse homem.

Observação: “O Marcos foi o único homem pelo qual eu tive algum tipo de sentimento além de apenas sexo.”

A Patrícia chegou cheia de disposição e me pediu para levar as crianças para casa da minha mãe porque queria transar comigo.

Eduardo, você está usando brincos agora?

Foi aí o primeiro sinal que meu casamento acabaria em breve. Eu disse que estava muito cansado por causa do trabalho e no dia seguinte daria um jeito de levá-los, e quanto ao brinco nem dei satisfação.

Logo pela manhã fui trabalhar e quando tinha oportunidade mandava mensagens pro Marcos dizendo que já estava morrendo de saudades dele.

Voltei pra casa e o tempo fechou…

Eduardo, que roupas são essas que estavam no seu lado do guarda roupas, porque minhas não são? Meu Deus acabei esquecendo de tirar as minhas roupas femininas do meu armário, e agora?

Tentei disfarçar dizendo que talvez fosse da confecção da minha mãe que quando a loja fechou, ela me pediu para trazer algumas peças aqui pra casa até arrumar um lugar definitivo.

Claro que ela não engoliu essa estória e imediatamente ligou pra minha mãe para saber se era verdade.

Acho que minha mãe de alguma forma para não me prejudicar acabou confirmando porque ouvi ela dizendo que tudo bem então, e que colocaria em um saco plástico para quando viesse buscar… uffa dessa eu me safei, por hora.

Já não tinha clima para nada e assim ganhei mais um dia sem ter que transar com ela.

Por causa disso acabei brigando feio com a minha mãe, e pra piorar perdi meu emprego.

Com a morte do meu tio Jorge, nossa vida virou de pernas pro ar. Minha tia disse para desocupar a casa porque precisava se manter e por esse motivo teria que alugar a casa.

A Patrícia aproveitou e disse que não estava mais aguentando ficar em São Paulo e que queria ir embora para Juiz de Fora.

Infelizmente não tinha outro jeito mesmo, tinha brigado com minha mãe, perdi meu emprego, e além disso perdi o homem da minha vida.

Voltamos para Juiz de fora para ficar na casa de seus pais até eu arrumar um trabalho.

Alguns meses se passaram e nada de conseguir emprego naquele lugar,

Minha vida virou um verdadeiro inferno, brigas constantes com a Patrícia até que chegou a um ponto que perdi realmente o interesse nela, ou seja, não foi só a falta de sexo, eu deixei de ama-la.

Com muita dificuldade consegui um trabalho em um outro hotel da cidade e com isso nossa vida melhorou.

Fiquei nesse hotel o suficiente para alugar uma casa e comprar todos os móveis novamente.

Por um lado nossa vida melhorou, mas pela falta de sexo da minha parte a Patrícia começou a me trair. Acabei descobrindo e para não me separar dos meus filhos fiz um acordo com ela:

Disse que dava apoio pra ela, e em troca ela de vez em quando ficava com as crianças na casa da mãe dela para me dar a liberdade de usar emprestado suas roupas.

Acredita que ela aceitou?

Acho que seu amante era bom de cama mesmo😂😂😂.

Estávamos em tão boa sintonia, que ela me pediu para ir com ela na pedreira para tomar sol de biquíni, que tudo # Amei!!

Mas, como todo castigo pra corno e viado é pouco, acabei fazendo uma grande besteira que me forçou a contar toda a verdade para a família dela e acabei me separando.

Liguei para minha mãe, contei da separação e pedi para ficar um tempo na casa dela até arrumar emprego.

Estava tão triste por ter deixado meus filhos que não sentia ânimo para mais nada.

Nessa época encontrar trabalho era quase que ganhar na loteria como minha mãe tinha adquirido um computador completo e com acesso a internet passei então a navegar nas ondas da internet.

Na verdade, a minha intenção mesmo era entender o que se passava comigo, tinha várias dúvidas sobre minha sexualidade.

Depois do meu envolvimento com o Marcos tinha certeza do que queria…

Queria muito me assumir como mulher trans e começar um tratamento hormonal, por várias vezes procurando algum site que abordasse esse assunto achei um chamado BCC ( Brazilian Crossdresser Club)que além de ter um conteúdo completo sobre cdzinhas, ainda abordava informações necessárias para mulheres trans.

Esse site me ajudou a descobrir que não sou uma aberração na verdade existem outras pessoas assim como eu.

O termo crossdresser nos Estados Unidos significa: pessoas que mesmo se identificando com o gênero oposto, não sente a necessidade de mudar de sexo.

Aqui no Brasil chama-se Cdzinha. Pesquisando mais a fundo o crossdresser é uma porta de entrada para o homossexualismo tanto para o homem, quanto para a mulher.

Eu entendi assim: se uma pessoa homem ou mulher com tendências homossexuais, mesmo que sem saber, tem esse desejo de usar roupas do gênero oposto não só por fetiche, mas por uma necessidade enorme em se produzir ainda mais, essa prática poderia ser usada como um gatilho.

Sabe como é né! Uma coisa puxa outra…

Neste site do BCC tem um chat para as cdzinhas reais e virtuais para conversar sobre o universo feminino, além de informações variadas sobre moda, makes, culinária e tratamento hormonal para as meninas trans.

No chat, conheci a Betinha uma cdzinha muito conhecida no meio LGBT por sempre interagir com outras meninas iniciantes. Ela era responsável por organizar a passagem dessas meninas virtuais para uma cdzinha real.

Fiquei sabendo sobre um batismo que aconteceria na sede do BCC e meu nome foi colocado na lista, porém meu nome social seria trocado.

Agradeci, mas como as meninas teriam que ir devidamente montadas eu como não tinha mais nenhuma roupa feminina nem peruca não poderia ir, mesmo assim me convidaram.

No dia e hora marcados fui até o endereço onde todas as meninas se montariam para o evento.

Quando cheguei o porteiro do edifício perguntou meu nome, fui anunciada e autorizada a subir pela Paula a dona da casa.

Fui recebida pela própria Betinha que me apresentou para todas as garotas. Aquele apartamento foi transformado em um verdadeiro salão de beleza onde todas as meninas receberam um tratamento de princesa.

Não demorou muito para a Guta uma das amigas da Paula me trazer uma saia preta, camisa branca com mangas longas, um sapato branco com salto de 10 cm e uma peruca linda de cabelos humanos.

Fui levada para um quarto para trocar de roupa onde estava um rapaz que ajustaria a roupa se fosse preciso. Depois me levaram para um outro quarto que ficava o salão de beleza onde três mulheres cis já me esperavam para a minha transformação. Uma cuidava das minhas unhas enquanto a outra era responsável pela make, e a última arrumava meus cabelos.

Quando terminaram me olhei em um espelho de corpo inteiro e eu estava linda, essas mulheres transformaram um ogro em uma linda mulher em pouquíssimo tempo.

Fomos divididas em dois grupos: meninas que fariam a passagem para a direita, e as meninas iniciantes para a esquerda.

Seguimos para um lugar lindo que era mais parecido com um sítio muito bem arrumado com bosques, piscina e um grande salão de festas onde foi montado um palanque onde as meninas uma a uma seriam chamadas para a devida apresentação.

Essa cerimônia de passagem envolvia apresentação, postura, e cada garota teria que fazer um pequeno desfile com delicadeza e elegância. As fundadoras do BCC estavam presentes para entregar o diploma de passagem e efetuar o batismo…

Quando chegou a minha vez, me sentia poderosa como que em um concurso de miss. Na hora de receber o diploma notei que meu nome social foi trocado de Duda para Michelle.

Gostei muito desse nome porque tem um significado espiritual muito forte. Michelle significa: “Quem é como Deus?” Esse nome carrega um sentido de espiritualidade e questionamento sobre a divindade.

Então fui apresentada a todas as meninas como Michelle, uma cdzinha real.

Essa noite foi muito significativa pra mim não só como pessoa, mas como mulher também.

Quando todas as meninas fizeram sua passagem, foi anunciado que agora seria o melhor da festa onde seríamos levadas para uma boate LGBT para dançar.

Realmente essa foi a melhor parte…

Nessa boate havia várias meninas com suas S.O.s ( esposas), meninas trans, gays, lésbicas e simpatizantes.

Eu estava junto com mais três garotas em uma mesa quando um rapaz se aproximou e me tirou para dançar.

Nossa, que tudo! O rapaz devia ter uns 28 anos, eu acho, não perguntei ... .kkkk.

Seu nome era Ricardo estava vestindo uma calça social preta, camisa polo, creio que na cor bege ou crú, muito bem cheiroso e era mais alto que eu, e olha que eu estava de salto.

Tocava uma música lenta, se não me engano Build da banda The Housemartins

ótima para se dançar bem juntinhos, como tenho saudades daquele tempo dos anos 90 onde os bailinhos eram maravilhosos…

Era uma seleção de músicas lentas ótimas para se dançar juntinhos, mas essa em especial, pelo menos pra mim, porque nos beijamos.

Quando decidi fazer a passagem não era com a intenção de ficar com homens, e sim para deixar de ser virtual e me tornar uma cdzinha real.

A boate era sim LGBT, mas também tinha várias pessoas fora do meio que frequentavam, uma delas era o Ricardo.

Um homem provavelmente hetero, talvez um simpatizante, mas com certeza não me parecia gay.

Continua...

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Comentários

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Oi Michelle, adorei sua história, eu também já fui associada ao BCC, mas somente virtual. Sua história está me dando coragem e me fazendo também pensar em definir minha vida.

Parabéns

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Nossa Sabrina que coisa boa, fiquei super feliz agora sabendo isso sobre você. Na verdade a minha intenção é tirar qualquer tipo de dúvida que as meninas ainda crossdresser tenham, e assim com total segurança possam sair do armário.

Bjss💋💋💋

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Também, foi o primeiro grupo que interagi.

Algumas cds de Curitiba fizeram um encontro e eu fui.

Ao mesmo tempo realizada, mas vi que já não tinha conduções de continuar me montando.

Foi lindo.

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Parece que meus contos estão revelando grandes associadas do BCC, isso é bom demais, amei saber cigana!

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Sim, Cristina Camps, Antoniela, Marcella Adams, Eu (Simone ou Cigana), Débora, Viviane, entre outras.

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