Meu nome tem cinco letras (06/15)

Um conto erótico de Gui Fonseca
Categoria: Gay
Contém 1204 palavras
Data: 13/03/2024 09:51:43

06 – Pedro

Chico estava sorrindo e eu segurava as mãos deles nas minhas, ele deitado de barriga pra cima e eu comendo o pau dele com a minha bunda, ele é incrível, doce e meigo e a boca mais linda lotada de palavrões, impossível passar meia hora com ele sem que saia um porra merda caralho fodeu, ele me olhava e pedia para eu dizer novamente e eu dizia que eu o amava, ele solta suas mãos e me puxa para um beijo, diz no meu ouvido que quer ouvir isso sempre, me chama de gostoso.

Eu fui precipitado queria um eu te amo, mas eu fui precipitado, sinto Artur às minhas costas esfregando o pau em um buraco já ocupado, ele me diz que era uma decisão seria querer estar comigo, que não ia me deixar inseguro, mas não era preciso falar de amor pra que nós nos encontrássemos. Ele me empurra e eu caio sobre Chico, meus lábios sobre a testa dele, a língua de Artur circunda meu cu e eu alucino, ele beija meu buraco e cospe e volta a chupar meu cu e depois dá uma chupadinha em Chico antes de me fazer sentar naquele pau branco, Artur me beija e se coloca na minha frente, ele fode minha boca e empurra me fazendo chorar, ele diz que vai enfiar até seus pentelhos encostarem em meus lábios seu fico duro demais com essa história, Chico me come com força, punhetando minha rola de vez em quando.

Os dois enchem minha boca e meu cu de porra, estou cansado e sou empurrado para o lado e ambos começam a me chupar até que eu não aguente mais e goze sujando ambos que se limpam como gatos, digo que não consigo me arrastar até o chuveiro, Chico vai tomar banho. Artur pede para eu sentar na borda da cama. Ele me puxa e sinto o cheiro do suor dele, ele diz que queria muito poder falar de amor comigo, mas tanto ele quanto Chico estavam bem machucados, diz que o erro não era meu em falar o que falei, era deles em não conseguir dizer ‘eu também’.

Chico pergunta se eu queria ir para o banho ou voltar para minha cabine, eu me arrasto até a ducha, depois vai Artur, acabamos que todos preferimos ir para a cabine de Artur, estava mais escura queríamos dormir até tarde (eles queriam, e assim evitar a academia, mas isso não iria acontecer).

Perto das cinco da manhã meu sono estava leve, alguém bate duas vezes timidamente na porta, espero, a batida ressurge e abro a porta colocando só a cabeça para fora, era Fábio, ele estava de cabeça baixa, abro a porta não me importando que ele me visse nu, ele levanta o rosto e vejo um olho roxo e uma boca sangrando. Acendo a luz e o arrasto para dentro.

Meia hora depois estamos prestando queixa ao capitão por agressão, há um suporte de segurança no navio, em resumo, Saulo entrou acompanhado de dois outros homens na cabine e acordou o companheiro, exigiu que o namorado fizesse sexo com os dois caras e ele se recusou, exatamente como aconteceu à ex de Artur, então ele ofereceu uma grana Fábio para que suas ordens fossem cumpridas ou ele iria se arrepender. O capitão pergunta o que fizeram os outros homens, Fábio diz que poderia se defender, mas foi violentado por três, eu estive no exame que ele fez, ser fotografado daquela forma, eu segurei sua mão.

Aportamos em Salvador, um membro da tripulação, ele e eu fomos ao distrito policial, passamos por todo um percurso jurídico, o irmão de Artur foi acionado para dar início a um processo, o telefone de Fábio foi entregue a Chico, ele entrou em contato com a família. A irmã de Fábio é da imprensa, e com cuidado de não expor o irmão divulgou o caso, rapidamente a coisa era embaraçosa para todos os lados.

Saulo atendeu o telefone para ver a esposa perguntando o que significava aquilo, ele estava ou não estava em Belo Horizonte? Amolado de Saulo estava Artur, se fingindo perplexo, se aproximando... A ex dele estava bem, estava a caminho do apartamento deles, disse que foi uma aventura horrível, acabou por causa de uma bela farra acabando com um casamento muito bom. Isso foi dito pelo irmão de Artur que se comunicava comigo para prestarmos a melhor assistência possível a Fábio, almoçamos em mim hotel cinco estrelas e voltamos ao navio.

Chico disse ter se divertido, viu a irmã de Fábio ir até a casa dele e ela levou consigo tudo o que havia lá, obras de arte e documentos e todo o tipo de coisa que pudesse causar prejuízo ou prejudicar Saulo, logo em seguida ela iria mesmo viajar, fazer carreira internacional para uma emissora de televisão. Mas antes de ir embora a fofoca, Artur repassava cada frase dita por Saulo às autoridades à imprensa, “fontes dizem que o empresário revelou o nome dos dois outros supostos criminosos, um tripulante, um barman, e um empresário do ramo de colchões, o senhor...”, às duas da tarde quando voltamos ao navio encontramos com o capitão, ele colocou dois policiais dentro da cabine de Saulo, “O senhor vai desembarcar e ser acompanhado pelas autoridades até a delegacia e prestar seus esclarecimentos, obviamente não retornará para essa viagem, acredito que o senhor sabe que sua bagagem vai ser vistoriada para que nenhum pertence do seu companheiro de viagem seja subtraído”.

Artur disse que foi um fardo repassar todas as informações à imprensa, o capitão disse que ele não devia ter feito isso, Artur disse que ninguém o advertiu, não cometeu erro algum, o capitão diz que infelizmente era verdade, mas foi surpreendido. Saulo pergunta se Artur estava brincando, “Você prostituiu minha esposa, acabei de saber, claro que eu precisava de sangue frio para poder ver obras de arte serem deixadas anonimamente no museu de tua cidade, sabe a escola de Belas Artes... fiquei tão feliz que me senti como se tivesse sido ideia minha”, Saulo se levanta para agredir Artur que lhe dá dois socos no mesmo canto do nariz e o sangue espirra, “Eu só me defendi!”, os policiais dizem que isso não era nada, havia testemunhas demais para provar que Artur dizia a verdade.

Saíram, o capitão diz que Saulo fizesse a mala do outro ir com o mínimo necessário, tinha uma irmã que foi agredida pelo amante, e um irmão dele era gay e foi morto por um imbecil homofóbico. O capitão diz para fazer a mala logo antes que o idiota de nariz quebrado notasse que o cartão de crédito associado ao navio precisava ser cancelado.

Eu ganhei um celular novo, de luxo, roupas de malhar de grife, tênis, Fábio ganhou um notebook, aliás Artur e Chico também, perdemos um dia da viagem, nós estressados e não curtimos Salvador, mas fomos indenizados. Fábio adorou a palavra indenização, pena que não conseguimos passar os perfumes, mas nos divertimos como quem está naqueles programas de compras na televisão.

Jantamos cedo, no nosso horário.

Fábio pergunta se eu não ia desembalar meus presentes e usar os tênis novos. Eu digo que não devo. Eu precisava contar minha história.

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