A primeira vez

Um conto erótico de Marco
Categoria: Homossexual
Contém 1853 palavras
Data: 20/04/2024 10:05:19

Já faz uns dez anos. Eu tinha cerca de 30, carioca, namorada firme, advogado bem empregado, vida normal.

Só que por dentro, aquele desejo estranho que de tempos em tempos me fazia ficar horas teclando no bate-papo, a coisa proibida que excita sem a gente entender porque. Comecei por curiosidade, depois por tesão mesmo, e com apelidos discretos que quase sempre atraíam caras ativos, como "quieto", "tímido" etc.

Tinha interesse em conversar com coroas casados com mulher, do tipo sigilosos, que me deixassem seguro. Cheguei até a topar encontrar um ou outro depois de muito papo e muita cantada, em lugares públicos mas discretos como uma lanchonete ou um café, mas a realidade nunca chegava perto da imagem que eu havia fantasiado. Quase sempre faltava masculinidade no sujeito ou, se não, o cara já chegava a mil por hora praticamente convidando pra transar, eu me assustava e vazava, o medo de alguém sequer imaginar algo de mim já me fazia suar frio, coisa típica de rapaz criado em família tradicional conservadora de classe média.

Um belo dia um cara puxa papo no chat, vi logo que não era meu perfil porque o apelido dele indicava ser negro. Eu não me via como preconceituoso mas achava que minha família sim, bastante, e uma mulher negra não me atraía nem um pouco, imagine então um homem kk. Mas o cara insistiu, Luciano o nome dele, muito bom de papo, fui dando trela e gostei muito, conversamos quase a tarde inteira. Era novo ainda, estudante de direito, e portanto o papo girou em torno de outros assuntos também, mas claro que o interesse dele era sexo mesmo, e meu perfil o deixou super interessado, dava pra perceber que só conversava comigo no chat, respondendo rápido, dizia que procurava um cara com namorada, acima de qualquer suspeita, pois era noivo e não podia se expor, mas já era experiente e deixou claro desde o início que gostava só de bumbum, pinto bastava o dele. Chamou pra nos conhecermos, eu respondia que negro e jovem não era o que eu procurava, mas depois de muita insistência e com o papo gostoso dele acabei topando, desde que fosse só uma conversa mesmo.

Marquei no centro da cidade, fui de carro e o peguei no ponto combinado. Confesso que me arrependi quase que imediatamente, o achei feio, e confesso que na hora percebi que eu tinha sim preconceito, se eu pudesse o teria pedido pra ir logo embora mas não tive coragem, ele sorria com grandes e bonitos dentes brancos, mas de resto era absolutamente negro, "azul" como se costumava brincar na época. Tinha um corpo normal, roupa simples de estudante de faculdade no centro, morava num bairro distante, era um suburbano típico, não sei se ele percebeu mas meu desapontamento era total, só que ele não se intimidou nem um pouco, conversava bem ao vivo tanto quanto no bate-papo, ia falando sem parar e quebrando meu gelo, no início eu só pensava "o que to fazendo aqui?" mas acabei entrando na conversa dele, falava sobre a faculdade, a mulherada, o calor, e ao mesmo tempo ia me mandando entrar aqui, seguir por ali, até que entramos no estacionamento da faculdade da cidade, ficava de frente pra Baía de Guanabara, na época era bem tranquilo, havia um vigilante na entrada mas lá dentro era uma área bem grande e sossegada. Me mandou parar numa vaga mais escondida, pensei que seria bom pra conversar sem dar bandeira. Eu estava ainda um pouco acanhado mas cada vez mais solto, Luciano ria, conversando sobre tudo menos sobre aquilo que eu sabia que cedo ou tarde ele ia chegar, e isso dava um certo frisson que me agradava, bem diferente de outros que eu havia conhecido antes, ia me perguntando coisas da minha vida, o que eu fazia etc.

Por fim ele parou de perguntar e eu de responder, e aí ele virou o corpo pra mim e me olhou bem diretamente, primeiro o rosto e depois foi baixando pro meu corpo, sem pressa, e disse "Bonito você. Deve fazer sucesso hein?". Eu sempre fui alto e na época era magro mas bem distribuído. Senti um calor no rosto e imagino que fiquei vermelho. A mãozona dele me tocou pela primeira vez, primeiro no braço e depois por cima da bermuda e no meu joelho, eu lembro que fiquei paralisado, não me mexia, não sabia se corria ou se ficava. Ele sorria como quem tá seguro, sabendo o que fazia apesar de ser anos mais novo. Me perguntou se eu tava com medo, me mandou relaxar e ao mesmo tempo já me tocava o corpo de alto a baixo. Finalmente olhei detidamente pro rosto dele, era preto reluzente, os traços típicos da cor, boca grande, lábios grossos, nariz largo, "um negão de respeito" eu pensei na hora e naquele momento percebi como ele era masculino, os olhos grandes não escondiam o desejo que tava sentindo e eu instintivamente baixei os olhos pra sua calça jeans e vi o volume estufado. "Pega", ele falou, mas eu não me mexi, minha razão ainda presente me dizia pra fugir dali. Ele me puxou pra um beijo e eu cedi fácil, a boca e a língua grandes explorando as minhas, parecia que eu ia ser engolido.

Suas mãos foram até a própria braguilha e a abriram num segundo, apareceu a cueca branca já molhada, e no segundo seguinte ele puxou o membro. Já estava escurecendo e eu olhei aflito pros lados, mas não tinha ninguém pra nos surpreender ou me "socorrer", rs. "Pega", ele disse de novo, a voz firme, já não sorria mais. Botei a mão pela primeira vez na vida, parecia enorme pra mim, quente, duro, preto e lindo. Sem pensar fui apertando devagar, acariciando como um brinquedo novo, o bicho parecia querer saltar, e o dono dele fazia um som baixo que parecia uma cobra sibilando, "issss", cheio de tesão. A mão grande veio por trás da minha cabeça, na altura do pescoço, e pressionou pra baixo, mas eu não cedi. "Cheira", ele disse, mas eu balancei a cabeça negativamente, eu sabia que tinha que ir embora, "só vim conversar, cara" eu falei, e ele respondeu "tamo conversando, mas abaixa aqui po", mas eu não abaixava. Ainda ficamos alguns segundos assim nesse jogo de gato e rato, até que ele tirou a mão e eu pensei que ele tinha desistido, só que logo em seguida me deu um tapa rápido no rosto, de leve, mas suficiente pra me assustar. "Anda, cheira", e ante minha inércia mais um tapa, agora mais forte, e depois outro e mais outro, até que eu pedi baixinho pra ele parar. "Então abaixa, porra!", e a expressão dele mostrava aquela raiva típica do desejo que tem pressa. Dentro de mim os sentimentos se misturavam, era humilhação, medo, raiva. E tesão. Eu reconhecia finalmente um macho à minha frente. Era um alfa, em quem eu não esperava encontrar.

A mão voltou pra minha nuca e pressionou de novo. “Vem fuçar!”. Me abaixei, e olhei aquele piru que me parecia enorme, a poucos centímetros, senti o cheiro, e finalmente envolvi sua cabeça com meus lábios do jeito mais delicado que pude, igual tantas mulheres já tinham me feito antes. Ouvi o gemido rouco de Luciano, e entendi que fiz certinho. Depois disso qualquer um pode imaginar o que aconteceu. Caprichei muito, tentei fazê-lo gozar ali, mas ele não era um amador, se controlou muito bem durante muitos minutos, até que me mandou parar. "Liga o carro e vamos sair daqui". Relutei novamente, disse que minha namorada me esperava, o que era verdade, mas outro tapa forte me fez ver que já não tinha escolha. Me lembro bem da bocona dele quase engolindo a minha, quando parávamos nos semáforos. Chegamos no motel, eu morto de vergonha na frente do atendente, pedi o quarto e lá dentro Luciano se fartou, não preciso detalhar tudo que ele fez, sem pressa e, verdade seja dita, com muita paciência. Não foi preciso mais "violência", embora de vez em quando desse umas tapas na minha bunda branca. Ele parecia fascinado com meu corpo de falso magro, com um bumbunzão grande e firme, e a imagem que guardo até hoje é do espelho grande da parede, sendo colocado de quatro, bem empinado na quina da cama, eu aflito pedindo por favor pra ele ir devagar, e Luciano de pé atrás rindo de um jeito bem sacana, me falando pra ficar calmo e ao mesmo tempo elogiando meu bumbum, feliz que ia tirar um cabaço. Meu telefone vibrava com minha namorada ligando, ele de sacanagem falava pra eu atender e ao mesmo tempo já espetava o membro no bumbum. A piroca negra, envolta pela camisinha, foi sumindo devagarinho por entre minhas nadegas bem branquinhas, lembro da cena claramente. A dor me fazia gemer baixinho e isso parecia lhe dar um certo prazer, ele tinha um sorriso cafajeste no rosto, até que chegou finalmente a engatar tudo e parou. Ficou bem paradinho, não mexia nada, e eu ali, sofrendo quieto, e ao mesmo tempo com tesão pelas bobagens que me falava baixinho no ouvido. "Tá gostando, doutor?”. “Coisa linda essa raba”. “Você agora tem dono, viu?” “O negão aqui tá tirando teu cabaço". Depois de um tempo foi mexendo devagar, daquele jeito que a gente conhece, quando não quer machucar, indo e voltando macio. Até que foi acelerando e aí meu desconforto cresceu, mas ele já não prestava muita atenção nos meus pedidos pra maneirar. Por sorte não demorou muito, a excitação foi muito grande e ele gozou. Eu me senti aliviado quando saiu de mim.

Fui pro banho, cheio de remorso, culpa, raiva de mim mesmo e dele também, completamente confuso. Quando saí do chuveiro me enxuguei e já ia botar a roupa pra ir embora, mas o vi ali, deitado, cochilando, o membro mole mas ainda inchado, pousado pro lado. Era bonito e grande, ao menos comparado ao meu. Subi na cama devagar, fui ver de perto, admirado, e pouco depois o macho acordou. Sorriu, me puxou sem cerimônia e me beijou. “Pede alguma coisa pra gente comer”. Foi ao banheiro se lavar e eu só consegui obedecer e ficar ali esperando. Quando voltou de banho tomado o pau já estava grande e eu sabia que ele queria mais. O caralho dele me impressionava pelo porte mas dava medo. Pra minha sorte, dessa vez doeu bem menos e gozei forte. Veio a comida e depois fomos embora. Tive que pagar a conta.

Apesar das minhas crises de consciência, ainda saímos outras vezes durante um tempo, porque ele me ligava sempre, eu dizia que não queria mais, mas quando meu rabinho parava de doer eu só lembrava do tesão e com o papo dele acabava cedendo de novo. Só consegui parar quando ele disse que tava solteiro de novo e se eu não tinha interesse em algo mais duradouro, que tava gostando de mim. Morri de medo, troquei o fone e nunca mais. Já se foram uns dez anos e eu continuo gostando de mulher, mas não esqueço daquele preto safado.

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Comentários

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Eita tesão!! Muito bom mesmo, me melei todo aqui lendo o relato,

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Que delícia. Tirando os tapas na cara adorei tudo. Não gosto de violência. Mas adoro negros. E confesso que estou precisando urgente de um.

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Tem que twr muita manha pra tirar um cabacinho virgem, o cara não soube fazer muito bem mas que bom que vc curtiu a foda.

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Marco, que experiência deliciosa você viveu. Hoje, Luciano já deve ser advogado igual a ti. Nunca pensou em procurá-lo? Pergunto pois vivi algo parecido uma vez e depois de 12 anos nos reencontramos e somos amigos até hoje.

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Eu já esbarrei com ele na rua e tb em chat, conversamos e tal. Mas não senti mais interesse por ele, passou. Só existiu ali, naquele momento e naquele período. Tem outro conto que explico uma situação mais recente e que durou mais tempo. Mesmo perfil mas outro homem.

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