Acampando (12)

Um conto erótico de Rikititatiua
Categoria: Heterossexual
Contém 4465 palavras
Data: 13/01/2002 21:38:05
Assuntos: Heterossexual

ACAMPANDOQuinta-feira véspera de feriado resolvo fazer algo diferente e fugir da mesmice, vou acampar – resolvo – em um local bem bonito, tranqüilo e se possível deserto.

Ligo pra presidência e peço para Dina, secretária de Carlos, avisar a ele que não saia sem que fale comigo e vou até o shopping em busca de equipamentos para camping. Volto depois das dezoito horas indo direto para a sala de Carlos.

- Oi Nat, graças a Deus tem esse feriadão, pois não estou agüentando – fala ao me ver entrar. – Dina me deu o recado, qual o assunto?

- Também estou caindo aos pedaços – jogo-me na poltrona após servir duas doses de uísque. – Vou acampar. Topas!

- Porra cara até que seria uma boa pedida, mas Alice combinou com Maneco que iríamos pra fazenda que por sinal, sugeriu que eu te convidasse...

- Não, fazenda não! Quero mesmo é algo diferente. Fazenda tem sempre, mas acampar não faço há mais de dez anos – respondo e explico. – Que horas vocês vão?

- Eles queriam ir hoje à tarde, mas a reunião do conselho não pode ser remarcada, vou hoje mesmo.

- Cuidado cara, que dirigir à noite depois de um dia puxado como hoje é muito perigoso.

- Vou levar o Francisco comigo, ele é quem vai dirigir – falou enquanto sai de sua cadeira e vai à janela. – Também não tava afim de ir pra fazenda, se houvesses falado antes, iríamos contigo.

- Ta bom! Boa viajem então – aperto sua mão e encaminho para minha própria sala, no final do corredor.

- Ih, Nat – interrompe minha saída – Pat vai ficar uma arara comigo quando souber que não vais. Dá uma ligadinha pra ela antes de sair.

- Ta bom, mas agüenta o tranco que a pequerrucha vai chutar o pau da barraca – saio rindo notando a preocupação de Carlos enquanto ouço o telefone tocar na mesa de Dina.

Paro na sala do conselho e falo alguma coisa para Beth, engenheira júnior da empresa, e vou em passadas largas pra minha sala. Resolvo entrar pela salinha de D. Angélica, minha idosa e eficiente secretária, que fala ao telefone.

- É para o senhor, doutor – fala ao ver eu entrar.

Olho o relógio, sete horas e vinte.

- Quem é a essa hora? – respondo com uma ponta de decepção.

D. Angélica tapa o monofone e fala segredando.

- É o Dr. Carlos e parece que está chateado...

- Será que aconteceu alguma coisa? – preocupo-me. Passe pra minha sala, por favor.

Entro apressado e vou direto pro aparelho.

- Que foi Carlos, aconteceu alguma coisa? – atendo com preocupação.

- Acontecer aconteceu, mas se é grave, depende de como resolverás...

- Vai, fala logo a bronca!

- É tua sobrinha que já está na fazenda com o Maneco. Eles foram depois do almoço para preparar tudo... É bom atenderes – finaliza enquanto transfere a ligação.

- Ei pequerrucha, como está na fazenda? – pergunto com alívio.

- Merda, tio. O papai falou que não virás? – rebate com irritação apalpável na voz.

- Só soube há pouco, passei o dia resolvendo uns abacaxis e já havia planejado algo diferente para esse fim de semana prolongado.

- Mas a gente tava contando contigo... O papai não falou ontem não?

- Ontem eu estava em Santa Inês, cheguei hoje à tarde.

- E agora? Como vai ser?

- Você curte o final de semana e eu vou acampar... – sou interrompido por um grito de desaprovação.

- Acampar! Quer dizer que o senhor programa um acampamento e não fala nada pra gente?

- Resolvi, também, hoje há pouco e já comprei o material. Poderias haver ligado pro meu celular...

- Porra tio, a gente já tinha feito mil e um planos... – pausa enquanto escuto uma voz falando algo. – A tua filha ta puta da vida contigo!

- Clarinha ta aí?

- Foi ela quem arrumou tudo para virmos na frente e preparar tudo para tua chegada... Fala com ela – escuto a voz de Clara carregada de decepção.

- Ô pai, tu aprontas cada uma! É sacanagem ir acampar e não me falar nada.

- Mas filha eu só decidi há pouco... E você vai adorar aí na fazenda...

- Vou nada, tu quebrou todo o encanto... Agora não tem mais jeito, tu terás que vir de qualquer maneira, isso é uma ordem! – falou conclusivamente.

- Não meu amor, esse final de semana vou fazer o que não faço há anos. Você fica aí com sua prima e eu vou pro mato. Outra vez vocês vão comigo, ta!

- Então eu vou praí...

- Qualé menina, nada disso...

A conversa foi longa e tensa, mas consegui convencê-las de que seria bom ficar como está. Clara ainda avisou que sua amiga Milena iria ao apartamento e viajaria comigo pra fazenda. Pediu que eu a levasse na casa de Carlos.

Carlos passou na sala por volta das nove horas e expliquei o decidido.

- Ta bom, vocês em quem sabem – falou coçando a cabeça. – Mas que vai ser uma barra pra mim, isso vai – vai saindo e volta. – Sim! Resolvi aceitar tua sugestão e dormir um pouco antes da viagem. Vamos sair lá pelas cinco da manhã.

E seguiu pensando em como descascar o abacaxi arrumado.

* * * * * * * * *

Passei na loja para pegar o material comprado e no supermercado para as compras necessárias indo às pressas para casa tomar um banho e decidir onde armaria acampamento.

Na portaria um bilhete de Milena, amiga das meninas\

| Pat e Clara|

| Papai deixou eu ir com vocês. Vou dormir com vocês e chego por volta das |

| nove horas, pois ainda vou ao aniversário da Marina|

| Beijos,|

| Mil|

\E ainda essa! – pensei chateado. Subi, tomei um banho relaxante, fui à cozinha ver o que tinha de sobra da geladeira para um lanche e me preparei para receber Mil.

Nove horas, dez horas, onze horas e nada de Milena que só chegou depois da meia noite trazendo às costas uma mochila.

- Oi tio, cadê as meninas? – perguntou atirando no sofá a mochila abarrotada.

- Elas já foram, vou te levar na casa de Carlos para ires com eles.

- Pô tio, elas disseram que eu iria contigo...

Vesti uma camisa de meia e seguimos para o Araçagi. Lá chegando descobrimos que já não estavam mais lá, Alice houvera decidido viajar mesmo à noite.

- E agora? Que vamos fazer? – pergunto.

- Já passam das duas e os velhos já devem ter viajado pra Belém... Tem jeito não! Ou eu fico com o senhor ou vou pra casa da chata de minha tia.

- Se é assim, você fica no apartamento, pois vou dar uma de naturalista em busca da natureza pura... Vou acampar!

- Legal! Vou contigo.

Ela já tinha decidido e não seria nada mal ter uma companhia jovial na solidão de um acampamento. Como eu tinha comprado dois iglus, resolvi aceitar.

* * * * * * * * *

Chegamos ao local escolhido lá pelas nove da manhã. Limpamos uma área que comportasse as duas barracas, armamos e saí em busca de madeira para fazer algumas construções mateiras que nos desse um certo conforto. Milena ficou arrumando as barracas com alegria juvenil estampada em seu rosto e já fazendo mil e um planos para o final de semana no mato.

Milena é uma garota morena com corpo bem delineado, seios médios, cabelos longos e negros caídos sobre seus ombros bronzeados e um rosto bonito de se ver. Possui uma voz sensual e fez dezessete anos a dois meses. Seus pais, que não conheço pessoalmente, trabalham em uma multinacional e são paraenses, para onde vão sempre que haja possibilidade.

Estudante do Girassol sempre se destacou nos esportes e pode ser considerada boa aluna. Já a conhecia visto que estivera com as meninas, por diversas ocasiões para estudar ou mesmo para fazer passar o tempo jogando ou navegando na internet e, mesmo havendo estranhado a maneira das meninas se vestirem no apartamento, aos poucos foi se descontraindo e chegou mesmo a transitar sem camisa enquanto eu estava em casa.

Depois de algumas buscas mata a dentro, voltei trazendo algumas varas com as quais fins uma mesa tosca, um fogão suspenso e uma espécie de vestíbulo banheiro onde cavei uma fossa para nossas necessidades fisiológicas. Mil também havia se embrenhado na mata de onde retornou com algumas palmas que usou como cobertura entre as duas barracas, armadas frente a frente.

Em minhas andanças na mata descobrira uma nascente onde eu fiz uma espécie de barragem com galhos e folhas, formando uma piscina natural. Seria onde coletaria água e tomaria banho.

- Encontrei um local bom para banhar – falei para Mil. – A água é limpa e dá até para beber.

- Falou tio, depois tu me levas lá... – respondeu absorta com sua construção, sem ao menos virar para mim.

Arrumei a lenha e acendi o fogo. Queria sentir-me um verdadeiro desbravador – mesmo havendo levado dois fogareiros a gás – e cozinhar no tosco fogão construído. Uma brisa gostosa roçava nossos corpos suados e o som manso do vento embrenhado nas copas das árvores com piar dos pássaros eram os únicos que escutávamos. Concluída minha tarefa entrei na barraca e saí com uma rede de nylon que armei entre dois troncos.

- Tio isso daqui é maravilhoso... Já tinhas vindo aqui antes?

- Não! Foi um engenheiro da empresa que indicou o lugar. É longe de tudo e de todos, não vem ninguém por essas bandas, a não ser ele e uns amigos que descobriram esse paraiso.

- Então a gente pode ficar à vontade? – perguntou.

- Acho que sim! Ele falou que eu poderia ficar tranqüilo aqui.

Voltei à barraca de onde saí vestido com um calção de banho. Mil terminara sua obra arquitetônica e estava preguiçosamente deitada na rede.

- Agora quero conhecer o lugar que falaste... – levantou-se da rede e entrou em sua barraca.

Saímos em busca da piscina que eu arrumara. Mil levara um canjirão que encheu d’água antes de jogar-se no laguinho de águas límpidas.

- Vem tio, ta gostoso.

Entrei também e fiquei de molho sentindo o frescor da água tomando conta de meu corpo. Mil olhava extasiada a mata virgem que nos abarcava e os pássaros, poucos é certo, que davam pulos por entre os galhos das árvores. Ficamos entregues ao prazer da natureza até que sugeri.

- Vamos lá garota, a fome está apertando e o fogo não pode ficar só – levantei a contragosto puxando-a pela mão fria.

Voltamos para o campo, retirei do isopor alguns pacotes e comecei a preparar o almoço – arroz pré-cozido e feijão branco com dobradinha, que eu comprara na véspera. Na mala do carro deixei outros dois isopores com gelo, acondicionados de maneira a não derreter com facilidade.

- Hummm! Ta um cheirinho delicioso – falou Mil de dentro da barraca. – Espera que vou te ajudar.

Continuei entretido com minha tarefa de cozinheiro oficial do campo até sentir o abraço macio de Mil, enlaçando-me por traz.

- Que meu cozinheiro está preparando para o almoço de hoje? – perguntou enquanto sinto minha costa espetada pelos bicos de seus peitos.

- Arroz integral com dobradinha ao feijão branco...

- Humm... Adoro dobradinha...

O contato de seu corpo ao meu aliado à respiração leve de Mil eriça meus pelos e estremece meu pênis.

- Foi bom não ter dado certo a viagem com as meninas – fala ainda abraçada a mim – melhor ainda estar aqui contigo – fala baixinho.

Não respondo, apenas deixo meu corpo se deliciar com o contato em sua pele macia sentindo crescer, mais e mais, o tesão por Mil. Eu não tinha planejado um final de semana da maneira como se apresenta, mas estou feliz por isso.

- Teu corpo é coberto de pelos... – acaricia meu tórax. – É gostoso passar a mão em teu peito.

Desde que a conheci não havia pensado em tê-la, se bem que seu belo corpo e seu seio já havia me havia feito ficar de cacete duro. Só isso, sem desejos reais de possuí-la. Pat, no apartamento, bastava-me e exauria minha força.

Sinto um abraço mais apertado e a pressão de sua pélvis a mim. Ela deixa-me na tarefa de cozinhar e vai deitar-se na rede. Não mais que dez minutos após, chamo-a para o almoço.

- Vem Milena, ta pronto – sirvo meu prato e vou para baixo da coberta que ela fez, onde como com apetite.

Milena almoça sentada na rede e vem buscar meu prato para lavar. Caminha como uma cobra requebrando as cadeiras com sensualidade. Seu corpo é belo, sua bunda é bela, seu rosto é belo. Nada naquela escultura, está fora do lugar.

Ela volta com uma caneca fumegante cheia de café. Tomo e vou para a rede fumar e pensar.

- Tio... – fala da cozinha improvisada enquanto lavava, de cócoras, as louças sujas – As garotas andam quase peladas em teu apartamento... – pausa constrangida – Quando fui lá a primeira vez, fiquei chocada pois meus pais não me deixam sequer ficar de calcinha e sutiã pela casa.

- Desde criança as duas ficam assim. É normal quando se vê com normalidade o corpo – respondo olhando as folhas balouçando ao vento.

- Mas eu fiquei grilada, pois para mim não era tão normal assim... – parou novamente e percebo que deseja perguntar algo, sem ter coragem.

- Que queres perguntar Milena, fala sem receio – incentivo-a.

- É o seguinte... Sei que pode parecer sacanagem minha... Mas...

- Mas... – emendo aguardando o desfechoMas eu pensei que as duas tinham algo a mais contigo.

- Como assim?

- Pensei que tu as comias.

- Porque pensas isso?

- É por elas andarem nuas em tua frente, e te abraçarem, e por não falares nada contra.

- Mi... Tanto Clara quanto Patrícia não escondem seus corpos de mim, de sua mãe, de sua tia, do seu tio e do primo. Acredito com veemência que o corpo humano é a obra mais perfeita do criador e essa perfeição somente é possível por ele ter nos dado o sexo. Nossos corpos são presentes possibilitados às nossas almas e as essas são dadas o livre arbítrio para decidir a maneira como o mostra. Acho que a minha acredita que o aprisionamento do corpo por panos pudicos é uma aberração que pode ser combatida e é por isso que encaro a nudez corpórea como um ato natural.

- Hoje eu sei disso, mas antes das meninas me falarem sobre suas vidas junto a seus familiares, fique grilada. E olha que as duas têm corpos perfeitos... Mas vamos deixar elas lá na fazenda e tratar de nos dois.

- Estou tratado. Meu lugar é nessa rede curtindo essa natureza fenomenal que o criador está nos emprestando.

- E eu? Deito aonde?

- Desculpa, mas só trouxe essa rede.

- Então, deito contigo – e fez de sua palavra ação, deitando espremida ao meu lado.

Mas não queria precipitar os fatos e aceitei seu corpo ao meu lado como uma intrusão fraternal. A dobradinha estava começando a pesar e o sono pregou meus olhos enquanto Milena arrumava uma maneira mais confortável, virando de bruços e pondo sua perna sobre meu corpo. Adormeci.

Despertei bastante tempo depois sentido sua mão dentro de meu calção segurando meu pênis que ganhava vida. Ela parecia ainda dormir ressonando candidamente. Virei-me para ela e dei-lhe um leve beijo na ponta de seu narizinho arrebitado. Ela espreguiçou o corpo sem tirar a mão de onde colocara abrindo os olhos sonolentos e oferecendo sua boca que beijei. Meu cacete estava rijo.

- Parece que tem alguma coisa dura dentro de teu calção – falou massageando-o levemente. – Que será que ele ta querendo? – deu um leve sorriso.

E levantou-se ficando de cócoras frente à rede retirando meu pênis que pulou vivo ao sentir-se livre de sua prisão. Segurou com firmeza e, ajoelhada, debruça-se sobre mim colocando em sua boca o meu cacete. Fecho os olhos sentindo percorrer-me ondas de prazer.

Ela suga com carinho e devoção enquanto acaricia meu tórax e belisca levemente meu peito que me faz quase desfalecer.

Sentir chupar meu cacete é maravilhoso e a língua rodeando a glande como que percorrendo todo o espaço rijo em sua boca me faz prenunciar o gozo que não tarda.

Grito alto e forte quando alago sua boa ávida com minha porra quente e jorrante. Acho que ela se espanta pela quantidade de líquido que lhe flui e engasga sem libertar meu cacete. Bebe tudo, suga tudo. Estou completamente lerdo na rede e acaricio seus longos cabelos como agradecimento ao feito.

Ela levanta e me olha com sorriso satisfeito enquanto recobro, lerdamente, as funções corporais. Levanto-me e ponho-a na rede. Agora eu – penso – farei seu gozo como nunca houvera gozado. Ela se deixa deitar e ajuda a tirar a tanguinha que lhe cobre o sexo e abre faceiramente as pernas estendendo os braços em convite para seu corpo. Tomo a posição dantes assumida por Mil e levo minha língua à sua racha úmida. Ao primeiro toque sinto o estremecimento de seu corpo e escuto o arfar de sua respiração. Introduzo a língua com maestria buscando seu clitóris que passo a massagear. De quando em quando sinto novos jorros de seu líquido anunciando sucessivos gozos. Mas continuo sem parar...

- Pára senão eu morro... – implora enquanto fecha a perna e empurra bruscamente minha cabeça.

Abraço-a beijando seus lábios que estão gélidos. Arfa, geme. Fico de joelho e abraçado a seu corpo e percebo que ela adormecera.

Vou até a piscina e entro na água fria que estremece minha carne. Que mulher, que corpo, que xoxota – divago sentindo meus músculos relaxar aos poucos.

Volto e ainda a encontro deitada dormindo tendo o rosto impregnado por um ar angelical. Vou ao carro e busco um dos fogareiros a gás onde ponho um papeiro com água na intenção de fazer café. Trago também o micro-system a pilha comprado na véspera e coloco um cd de Schubert e ouço a mata ser invadida pelos acordes iniciais de “Ave Maria” fazendo miraculoso todo o ambiente. A água ferve e passo o pó negro pelo filtro alvo fazendo exalar para todos os cantos o aroma do café forte. Sirvo em uma caneca e vou sentar, recostado no tronco da alta árvore escutando extasiado o som que empapa meu coração de paz e tranqüilidade.

- Êi amor... – ouço Mil chamar. Trouxeste Schubert pra mata... É lindo... Lindo... e levanta nua vindo requebrante em minha direção, tendo por fundo musical “Contradanza” que lhe cadencia os movimentos. – Estou morta, tu me levou aos céus.

Senta em meu colo e me abraça ternamente. Ficamos os dois ouvindo o som mavioso. Acaricio seu corpo e percebo eriçarem seus pelos e enrijar o bico de seus peitinhos. Nos beijamos selando a entrega.

- Foi bom, muito bom... Foi ótimo – fala olhando no fundo de meus olhos. – Eu sabia que seria assim... Tinha certeza disso.

- Teu gosto é impar, garotinha – respondo acariciando sua bundinha – e tua xoxota tem gosto de mel.

Os pássaros se alvoroçam em busca de seus ninhos, a noite é próxima e as estrelas já cintilam no céu anunciando o despertar da lua. A friagem da brisa que enlaça o corpo nu de Mil a faz sentir uma ponta de frio e seus braços cola seu corpo ao meu em busca de calor.

A música silencia.

- Vai vestir algo que já sentes frio...

- Não quero quebra o encanto que sinto... Ao frio teu corpo me empresta calor...

Beijo-a sentindo um leve soluçar que movimenta seu peito, pego-a nos braços e a carrego como se fosse uma jóia preciosa e frágil e a deposito gentilmente dentro da barraca. Seus braços entrelaçados a meu pescoço se recusam deixar-me.

- Fica aqui que vou preparar nosso lanche – saio sem querer fazê-lo e ela fica largada ainda envolta no clima de sensualidade que a noite, ainda nova, impregna a mata.

Um lanche simples à base de café, leite, pão e queijo é o que nos basta. Milena colocara em suas costas uma grossa manta que eu trouxera e faz seu lanche, sentada na porta do iglu. Não sei o que pensa, ou se pensa algo que deva ser recordado, só sei da beleza de sua face iluminada pela luz transversal do lampião que cria formas fantasmagóricas nos arbustos da mata virgem.

Olhando, quiçá para o nada, com voz sumida entoa:

-“Nas horas mortas da noite

Como é doce o meditar

Quando as estrelas cintilam

Nas ondas quietas do mar;

Quando a lua majestosa

Surgindo linda e formosa,

Como donzela vaidosa

Nas águas vai se mirar.”

Me encanto com os versos ditos e busco no fundo da memória o restante do canto:

- Nessas horas de silêncio,

de tristeza e de amor,

Eu gosto de ouvir ao longe

Cheio de mágoa e de dor,

O sino do campanário

Que fala tão solitário

Com esse som mortuário

Que nos enche de pavor”.

- Tu sabes... – se espanta ainda boquiaberta por me ver declamar a segunda parte.

- Claro que sei, Casemiro de Abreu foi um dos românticos que me ajudou a embalar minha juventude – respondo puxando-a para meu colo onde ela se aninha tal uma criançola desamparada.

- Oh! Que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais!...” – recita com olhar vago para a escuridão.

-... Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras

À sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais! – completo apertando seu corpo.

- Espera, vou mijar – levanta-se indo ao banheiro que eu construíra.

Fico ali sentado escutando os sons da noite. Ela demora a voltar, me preocupo e vou em sua busca, pois o banheiro fica um pouco afastado do campo e lá não está. Ouço passos no campo, é ela. Volto e deparo com uma visão que me fez estremecer.

Em pé e curvada na frente da barraca Milena mexia em sua mochila. Sua bunda arrebitada mostra um ponto negro como que marcando o centro de seu corpo. Meu cacete lateja e endurece rapidamente, me aproximo devagar segurando meu membro rijo e toco no seu cuzinho. Ela para o que estava fazendo e observa sem se mexer.

Forço um pouco e seu corpo é jogado para frente que, somente a custo, Milena consegue se equilibrar. Ela segura a respiração, eu não respiro, arfo de tesão.

- Queres me meter, Nat? – pergunta languidamente.

- A visão de teu rabinho me deixou maluco...

- Espera, assim eu caio!

Ela abaixa o corpo e fica de quatro. Eu tremo, eu arfo...

- Cuidado, sou virgem dessas coisas... Pode doer...

Cuspo na mão e molho o cacete voltando a posicionar e coloquei a cabeça do cacete bem na entradinha do seu cuzinho. E fui metendo devagar. Ela gemeu de dor, pediu para parar que a dor ardente era alucinante, aliviei a pressão e comecei a retirar.

- Não... Não tira, deixa passar um pouquinho... - falou entre gemidos. – Vai, mete um pouquinho mais...

E fui enfiando lentamente sentindo suas preguinhas serem enlastecidas.

- Ui meu Deus, como dói... Mete mais... Isso, assim devagarzinho... Mete... Mete...

Com bastante carinho, mas sempre avançando em movimentos bamboleantes fui enfiando enquanto Milena geme de dor. Meu cacete é grosso. Retomo o avanço e sigo bombeando em movimentos mais fortes até me sentir totalmente em seu interior.

- Aiii... - não agüenta e solta um grito de dor. – Dói, mas é gostoso sentir teu cacete vivo dentro de meu cu.

Busco, com a mão ávida seu grelinho que começo a massagear. Ela geme não mais de dor, mas de prazer.

O tesão que sinto é imenso quando percebo meu dedo úmido pelo líquido que lhe lubrifica a xoxota, ela goza e requebra as ancas buscando melhor posição interna para meu cacete que entra e sai em uma coreografia de prazer. Percebo novos gozos de Milena pelo meu dedo que não para de passear em sua xoxota. Vou indo galopando a fêmea às raias do prazer extremo. Explodi e inundo seu rapo com minha porra, desta vez não tão abundante quanto na rede.

- Ai que delicia... – sussurra entre pequenos soluços.

Ainda fico bombeando em estocadas agora lentas até que meu cacete se retrai e amolece dentro de Milena. Saio de seu interior e me jogo para trás sem poder sustentar meu próprio peso.

Milena deixa-se escorregar e deita-se de bruços ainda sentindo leves dores pela virgindade anal perdida. Levanto e deito a seu lado puxando seu corpo para cima do meu.

- Tu vais me fazer ficar maluca de tanto gozo... – fala de olhos fechados. – Nunca pensei em dar meu rabinho para alguém...

Já é tarde, passam das dez e nossos corpos suplicam por repouso. Recolho o material espalhado e coloco no iglu de Milena que já dorme.

Ainda tomo um gole de café para o ultimo cigarro do dia e entro na barraca.

- Mil... – chamo carinhosamente. – Não vais te lavar?

- Não! Deixa tua gala dentro de mim... Amanhã cedo tomo banho... Ainda dói um pouco.

Não mais escuto sua voz, apenas o leve ronronar de seus suspiros. Adormeço.

* * * * * * * * *

Amanheceu e o céu é límpido. A brisa matinal não lembra o frio intenso que fizera a noite. Busco o corpo de Milena ao meu lado e não encontro. Fico deitado preguiçosamente deixando o tempo passar. Minhas narinas são invadidas pelo aroma de café novo e o som de ovos sendo frigidos.

Milena despertara cedo, banhou-se na piscina e já preparara o desjejum.

- Ê dorminhoco! Acorda e vem matar a fome de comida... – chama colocando um que de zombaria da voz.

Vou a piscina para o asseio matinal. Tomo um gostoso banho na água estranhamente morna e volto vendo Milena sentada, apenas com uma calcinha branca, lendo um livro.

- Oi! Pesquei esse livro em tua biblioteca, antes de sairmos – falou mostrando a capa. – Pensei que não teria nada pra fazer. Mas pelo que aconteceu ontem, sinto que não terei tempo pra nada... – sorriu entregando o livro.

- “O Menino Grapiúna ” – li alto o título. – É um bom livro.

- Sei disso, mas não é como os outros, com uma história longa de mulheres baianas...

- Esse precisas ler com outra ótica – falei folheando o livro. – Ele conta a história por dois ângulos: o escrito pelo autor e a outra, bastante importante nessa obra, a visão do ilustrador. Tens que ler e ver com unidade, mas nunca fundindo uma a outra.

- Não tinha observado esse fato... Mas vamos deixar isso de lado e ataquemos o café antes que esfrie.

Comemos com gula pelo esforço do dia anterior conversando sobre a obra de Jorge Amado. Milena adora ler e pelo nosso papo, percebi que conhece toda a obra do bom baiano. Levantei-me e fui ao carro buscar alguns trecos para o dia. Voltei apressado.

- Sujou Mil, temos que voltar – e comecei a desarmar as barracas e a arrumar o campo.

- Que foi, algum problema sério? – perguntou preocupada.

- Quando fui pegar o celular que deixei carregando, vi que Carlos tinha ligado várias vezes. Retornei a ligação e ele pediu que eu fosse urgente para a fazenda – fui explicando enquanto desarmava o acampamento. – Não me falou o que era, mas acho que é sobre Clara.

Arrumamos tudo, desarmamos as construções, apagamos o fogo, fechamos as fossas, desfiz a barragem da piscina e retornamos.

Deixei Milena no apartamento e fui para o aeroporto onde Diego já aguardava próximo ao bimotor da empresa. Levantamos vôo e seguimos para a fazenda...

* * * * * * * * *

(Este conto faz parte da coletânea "Entre nos", que participou do concurso de contos ligeiros - 3º Lugar)

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 4 estrelas.
Incentive a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Que babaquiçe cansativo e sem nenhum tezão

0 0
Foto de perfil genérica

A sobriedade do teu escrito mr frz relembrar de neus bons tempos. Hoje, velho e alquebrado, reta-me ler bons escriyos, cono esse e sonhar!

0 0