Já faz algum tempo que ergueram um edifício defronte ao sobrado onde moro. Desde os primeiros moradores, quando eu ainda era solteiro, tenho vontade de fisgar alguma das garotas do prédio, mas, por azar e, principalmente, pela reduzida quantidade de mulheres que vinham nele morar, nada de muito envolvente acontecia.
Certa vez, pra minha surpresa, num dos apartamentos alugados havia cinco garotas. Pensei que iria à desforra, mas o máximo que consegui foi ver os lindos peitinhos de uma delas... Eram belíssimos e desafiavam mesmo as leis da gravidade! Já era casado nessa época e fazia muito jogo de cintura para burlar os cuidados da minha esposa e, às 17h00, literalmente, bater o ponto para ver aqueles lindos peitinhos... Um dia, porém, ela percebeu meu voyeurismo e me bateu a janela na cara! Pronto! Aqueles peitinhos nunca mais! Depois dessa única e traumática experiência, desisti.
Recentemente, na segunda semana de julho de 2002, minha esposa me falou que havia novos moradores no apartamento que fica no mesmo nível do sobrado onde moramos. Não dei importância. Dois dias após, sem intenção nenhuma, vejo a nova moradora. Era noite. Ela e o marido recebiam algumas visitas. Detive-me um pouco e observei minha nova vizinha. Pareceu-me uma mulher bonita: branca, cabelos pretos longos e lisos, corpo aparentemente bem cuidado. Não me pareceu que tivesse uma bunda saliente, mas, no geral, ela era atraente.
Terceira semana de julho:
Entro de férias e passo a ficar mais tempo em casa. Esporadicamente, observo minha vizinha nos afazeres diários de uma dona de casa: varrendo, estendendo a toalha após o banho retomo meu antigo hábito de observar as moradoras pelas frestas das persianas do banheiro. Ficava imaginando o que estariam fazendo: será que está lavando a xota agora? Se ela soubesse que eu a estou observando, será que ficaria excitada e se masturbaria?... Imaginava como seria aquela xota molhada pela água que, teimosamente, caía... Já me masturbara algumas vezes pensando no que eu faria se tivesse uma xota nessas circunstâncias, à mão... Enquanto pensava, ela provavelmente deslizava as mãos sobre o corpo molhado.
Quarta semana de julho:
Até essa época, ela não me havia percebido. Resolvi fazer-me perceber. Passei a observá-la mais descaradamente. Para minha surpresa, a reação dela não foi intempestiva. Meus olhares não eram retribuídos, mas, ao menos, o assédio me pareceu que não causava repúdio. Minhas paqueradas se tornaram mais freqüentes...
Última semana de julho:
Ela começou a perceber que estava deveras sendo observada. Durante o banho ela, por diversas vezes, fica na ponta dos pés para certificar-se de que eu a observo. Os banhos passam a ser mais demorados. Num desses dias, ela se troca, sabendo que está sendo observada, e pude ver, pela primeira vez, um pouco da nudez encantadora da minha mais recente musa.
Dez primeiros dias de agosto:
Ainda não há palavras entre nós, mas os olhares se tornam cada vez mais insinuantes. Não tenho certeza, mas algo me diz que aquela fêmea quer ser penetrada por mim. Tento esboçar alguns sorrisos na tentativa de quebrar o gelo, mas a resposta que tenho é a indiferença.
Terceira semana de agosto:
Iniciamos uma comunicação por códigos. Se eu entro no quarto e quero ser observado por ela, acendo e apago as luzes... Ela faz o mesmo. Trocamos olhares e sorrisos também!
Ontem, 21 de agosto de 2002:
Paqueramos por mais de duas horas: eu tocava violão e ela, recostada ao sofá, ouvia e me observava. Temos essa liberdade porque o marido dela, não sei o que ele faz, parece que não dorme em casa. Minha esposa, por conseguinte, tem, ultimamente, dispendido muito do tempo dela com a pós-graduação... Assim, ficamos os dois enamorados e sem receios.
Hoje, 22 de agosto de 2002:
Resolvi usar o meu instinto de caçador. Escrevi o número do meu telefone numa folha de papel ofício e repassei, pela janela, pra ela. Obtive como resposta um sorriso e um gesto daqueles que traduzido significa: você é doido!. Não me dei por vencido. Tomei banho e fui ao quarto de toalha. Quando ela apareceu, soltei a toalha e simulei estar me enxugando nessa hora, já de pau duro, fingi estar secando os cabelos com a toalha. Fico observando discretamente para ver que reação ela tomaria. Pra minha felicidade, ela abre a janela e fica me observando. Fico nessa situação por uns dois minutos no que sou fielmente vigiado pelos olhares dela. Peço pra ela ligar novamente e ela faz gestos de que não ligaria... Saio do quarto. Segundos depois o telefone toca. Atendo, mas alguém do outro lado apenas escuta minha voz e desliga. Volto ao quarto e sou recebido por ela com um sorriso de menina sapeca.
Agora, 23 de agosto de 2002:
Não sei que fim levará essa história porque a estou vivendo agora intensamente. Por ora, asseguro a você, caro leitor, que antes de vir aqui digitar essa parte, já combinamos uma outra paquera silenciosa... Estou em dúvidas, mas algo me impulsiona a me masturbar pra ela... O que acham?
... O restante deste relato será enviado à medida que as coisas forem acontecendo... Você acha que ainda terei essa mulher?
Ícaro
metogostoso@uol.com.br