CUNHADAS E CUNHADOS

Um conto erótico de Lucinha_Br
Categoria: Heterossexual
Contém 1137 palavras
Data: 12/12/2004 00:23:15

Tenho duas irmãs, casadas como eu, e um irmão que está morando fora do país.

Minha irmã mais velha se casou há muito tempo e já tem filhos adolescentes. Minha irmã mais nove se casou há pouco tempo.

Meu cunhado mais velho está com 44 anos e é corretor de uma imobiliária, cursou só o primeiro grau, ganha pouco e não tem perspectivas de melhoras de vida. Apesar de fracassadão, é um homem em forma e inteligente.

Sempre teve um interesse por mim, o qual tentou disfarçar e negar. Lógico que notei, mas fingia não perceber.

Num domingo à tarde, fui visitar minha irmã mais velha. Chegando a casa dela, ouvi a TV e entrei. Meu cunhado estava na sala, dormindo no sofá, com a TV ligada. Entrei na casa e notei que não tinha mais ninguém. Minha irmã deveria voltar logo, assim fui até a cozinha e abri um refrigerante enquanto a esperava.

Voltei à sala para ver se meu cunhado tinha acordado e ele continuava dormindo. Deitado no sofá, sem camisa. Fiquei olhando com melancolia seu corpo feio, meio bruto, mal cuidado. De repente,notei que ele devia estar tendo algum sonho pois estava em estado de ereção. Ri comigo mesma e pensei: “tomara que o sonho seja comigo...” Egoísmo de irmã, meus amigos, egoísmo de irmã.

Uns dias depois, minha mãe teve um problema de saúde sério, pensamos que ela fosse morrer. Meu marido tratava do assunto de forma fria, com seu temperamento tipo “picolé de gelo”, meu outro cunhado, com o temperamento tipo “o que tá acontecendo mesmo?” parecia que nem dar bola, minhas irmãs, temperamento “na minha vida ninguém mexe”, continuavam com seus afazeres, pareciam não dar conta do que estava acontecendo. Eu fiquei muito triste, via papai chorando todo o tempo. Para minha surpresa, este meu cunhado mais velho era justamente o que mais parecia se preocupar e entender o que eu passava.

Numa de minhas idas ao hospital onde minha mãe estava na UTI, encontrei com ele. Juntos, perguntamos ao médico se não tinha sinal de melhoras. O caso era sério e o prognóstico ruim, disse o médico. Estávamos eu e meu cunhado apenas e chorei.

Saindo da sala, fomos à lanchonete do hospital. Tomamos um café e ele me convidou para sair dali, tomar um ar fresco, dar uma volta de carro, para afastar a tristeza. Angustiada, aceitei.

Conforme andávamos, ele contou que vinha rezando muito por minha mãe. Acontece que não tenho religião, não creio em Deus. Percebia que ele queria me consolar. Queria que ele parasse de falar. Percebi que só me livraria da angústia se pensasse em outra coisa, algo que tirasse o estado de saúde de minha mãe da mente.

Enquanto ele dirigia, resolvi agir, fazer algo para resistir à amargura que sentia e fiz a loucura de estender o braço e apertar a coxa dele. Ele se assustou e continuou dirigindo. Eu olhava fixa para frente, como se não estivesse acontecendo nada, mas meu coração parecia o Olodum. Bom, era uma situação onde me sentia desesperada. O desespero e a aflição que sentia eram uma boa desculpa.

Ele falou que sempre me quis e outras bobagens, eu disse para ele ficar quieto e continuei. Então ele começou a apertar minha coxa também. Eu apertava forte, com as unhas, perto da virilha e ele fazia o mesmo. Num dado momento, ele tentou avançar a mão para minha “flor”, mas empurrei a mão dele.Tentava deixar claro, sem uma palavra, que era só para brincar de mão na coxa. Ele insistia em querer mais, mas eu negava, dizendo para que ele ficasse em silêncio.

Aquela brincadeira de amassar coxas estava excitante. Levantei minha saia até perto da cintura, mas só de um lado, de maneira que ele não visse minha calcinha E assim continuávamos, rodando pela cidade. Mas o cara não se continha: abriu a calça e colocou o “canhão” para fora. Vi o membro dele, entendi o que ele queria. Embora não fosse minha intenção, peguei o “canhão do cunhadão” com a mão e apertei - mas só apertava - sem masturbá-lo, se é que ele esperava isto.

Olha, ele insistiu muito para que a coisa fosse além, mas brequei ali mesmo. Tinha dado certo: por umas horas, nem sequer me lembrei de mamãe e me livrei daquela terrível angústia. Dois dias depois, mamãe teve uma grande melhora, acabou por ter alta sem nenhuma seqüela. Mas meu cunhadão ficou na cola.

Ele insistiu por telefone, me fez visitas quando meu marido não estava, parecia um crente querendo doação. Chegou a me chantagear, dizendo que contaria a meu marido, mas disse que meu marido não acreditaria nele. Ele tinha tido seu momento e tinha sido útil para mim. Milhões e milhões de vezes me perguntou por que aquilo tinha acontecido ou por que tinha parado por ali, mas sempre silenciei.

Tempos depois, fui procurada no consultório por um homem, casado, 35 anos, que se sentia deprimido. Desejava terrivelmente a cunhadinha, irmã de sua esposa. A esposa tinha 34 anos e a cunhada tinha 25 anos, casada com um jovem. Ele dizia que não conseguia sequer manter relações com sua esposa, pois ficava pensando na cunhadinha e até estava tendo dificuldades até para trabalhar.

Conforme ele falava, deduzi que a cunhada parecia fisicamente com sua esposa, mesmo a personalidade de ambas eram bastante parecidas. Contudo, com duas diferenças básicas: a) uma era a esposa, outra poderia ser a amante; b) a cunhada era muito mais nova que sua esposa.

Disse a ele que tentasse algo com a cunhadinha. Não havia alternativas: ou que ele tentasse ou então que desistisse e não pensasse mais nela. Ele exitou e decidiu por não tentar nada. Teve medo. Ele mesmo disse que teria que se conformar com o próprio medo e não pensar mais na cunhada. Conversamos mais algumas vezes e ele parecia ótimo: não alimentava fantasias impossíveis e sua vida melhorava a olhos vistos.

Procurou-me umas semanas depois. Parecia horrível. Contou-me que certa tarde, chegando em sua casa, viu o carro da famosa cunhada estacionado. Mesmo com a decisão de desistir dela, ficou feliz e entrou em casa imaginando como ela estaria vestida. Surpresa: quem estava lá era o marido da cunhadinha e a sós com sua esposa. Logo que o maridinho da cunhadinha tão desejada saiu, sua esposa revelou que estava tendo um romance com o cunhado. Sua esposa que parecia tão puritana, tão dentro das regras, na verdade o traía com o marido da própria irmã.

Desolado, separou-se da esposa, pediu demissão e ia tentar a vida em outra cidade.

Ironias da vida: lembre-se que enquanto você sonha com sua cunhada, o marido dela está sonhando com sua esposa. A melhor solução, a meu ver, é dar risada disto tudo e se divertir. Se houve solução melhor, que me digam.

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