Introdução:
Romance erótico que descreve a saga de um adolescente bissexual holandês no Brasil-colônia. Suas taras, seus muitos amores com escravos, escravas adolescentes e adultas, caboclos, índios, índias e soldados, numa fazenda de cana de açúcar no Nordeste brasileiro. Para melhor entendimento, antes de ler este episódio, recomendo a leitura dos capítulos anteriores de Engenho Doce.
Capítulo V
MEU ESCRAVO LEÔNCIO
Hoje acordei mais leve e descontraído. Lefrève e os seus homens saíam cedo acompanhando os escravos que iam para a lida e por isso não o vi. Leôncio estava sentado na soleira da porta da cozinha terminando o seu café. Não respondeu quando o cumprimentei. Levantou-se e foi buscar as montarias enquanto eu fazia o lanche que pretendia levar.
− Hoje quero passar o dia fora. Não viremos para o almoço.
Bertha mais que depressa me mandou sentar e foi buscar uma sacola bem grande onde armazenou bolo, queijo, frutas, o creme hidratante, toalha e sabonete. Entregou a sacola a Leôncio dizendo:
− Vê se o trazes de volta antes do anoitecer.
Partimos em direção ao noroeste. Jamais vagueáramos praquelas bandas. A todo minuto eu consultava o mapa e cada vez que o fazia, notava uma expressão de desagrado em Leôncio. Já cavalgáramos mais de meia hora quando avistei um pequeno platô a algumas milhas a frente. Cravei as esporas na montaria fazendo-a galopar em direção àquele lugar. Subimos uma trilha sinuosa cortada de vez em quando por um riacho que escorria por entre as pedras em direção à planície. Lá no alto achamos uma nascente de água cristalina e gelada que escorria em todas as direções. Já a pé resolvi seguir um filete mais volumoso daquele olho-dágua que se deslocava em direção a um capão mais próximo da extremidade norte do platô. Um pouco mais adiante o filete começou a engrossar até transformar-se em córrego, que caindo em cachoeira, formava lá embaixo um lago de águas transparentes. Lá embaixo, que maravilha. O capão era formado por bambuzal que se entrelaçava na copa como se fosse uma alcova construída pela natureza. O lá embaixo, tinha a profundidade de quase dois metros e o fundo era todo de pedras e areia branca, muito fina. Na verdade era uma piscina natural. Maravilhado pela beleza do lugar, abracei Leôncio com força e, correndo, desci para a parte mais baixa a fim de poder desfrutar daquele éden terreno. Leôncio parecia não partilhar de meu entusiasmo pois enquanto eu corria para tirar a roupa para mergulhar e nadar, ele caminhou vagarosamente até a beira do lago e sentou-se. Nadei, pulei, dei cambalhota, gritei e ele, impassível, ficava só me olhando. Embora ele jamais tenha se despido na minha frente desde o dia do banho lá na sede da fazenda quando só o vira de costas, eu já me acostumara a me despir na sua frente. Eu percebia que, mesmo disfarçando, ele ficava excitado e sentia prazer em me olhar despido.
Quando cansei da brincadeira, pedi que me trouxesse o sabonete. Como sempre, ele trajava calças de algodão cru e estava sem camisa. Obedeceu-me, trazendo o sabonete. Sem que esperasse ou pudesse prever, puxei-o pelo braço com força, causando sua queda na lagoa. Enquanto eu ria e me ensaboava, vi-o sair d`água, tirar as calças molhadas dependurando-as num galho para secar. Eu já estava coberto pela espuma perfumada do sabonete quando ele se abeirou e então, o choque. Meu Deus!
Seu pênis era enorme! Passava da metade da sua coxa e parecia com uma mandioca. Era mais fina um pouco nas extremidades e verdadeiramente grossa no meio. Fiquei extasiado e estático vendo-o ali, bem na minha frente me olhando nos olhos como querendo dizer: − Você me quer? Um pássaro passou voando baixo e me assustou. Com o susto deixei cair o sabonete na lagoa. Antes que atingisse o fundo e com a rapidez de um falcão, Leôncio mergulhou e o resgatou emergindo atrás, bem junto de mim. Tão junto que podia sentir seu hálito em meu pescoço.
−Toma, disse em francês enrolado.
− Não, respondi. Ensaboa-te tu.
Ele ficou se ensaboando e sentindo o aroma daquele sabonete francês e eu, de costas pra ele, sentia sua respiração ofegante e seu hálito quente invadindo meus poros. Disfarçando, olhava aquele pedaço de nervo negro, lindo, verdadeiro deus fálico. Ele percebendo que eu tremia, não de frio mas de emoção ou de medo sei lá, abraçou-me por trás, não com violência, mas com vigor. Nossos corpos ensaboados se tocaram e antes que eu dissesse qualquer coisa, colocou sua vara, melhor dizendo, seu tronco fálico, já duro, entre minhas coxas. Foi só isso. Um choque percorreu meu corpo. Minha pele se arrepiou. Minhas mãos se crisparam. Ficamos assim abraçados, enquanto eu procurava apertar com força minhas coxas para que aquilo não acabasse. Findo alguns segundos, Leôncio começou a beijar minha nuca a lamber minhas costas e a mordiscar minhas orelhas enquanto dizia que me vira na noite em que fui ao quarto de Lefrève e que sentira ciúmes. Comecei a rebolar suavemente enquanto ele fazia o movimento de vai-e-vem nas minhas coxas com seu majestoso cacete. Peguei sua mão e a coloquei no meu pau que estava duríssimo. O resto ele fez sozinho. Gozamos quase ao mesmo tempo. Depois ficamos ainda um pouco de tempo abraçados. Desprendendo-se de mim, com ternura limpou minhas pernas e voltou ao lago para completar o banho. Enquanto se banhava eu o observava e às vezes parecia-me triste. Enquanto ele se dirigia pra onde estavam nossas coisas, terminei meu banho e sentei-me numa pedra à beira do lago.
Logo Leôncio entregou-me a toalha e o creme hidratante, que eu recusei pois ali não havia Sol. Para minha surpresa, quando acabei de me enxugar e enrolar a toalha na cintura, Leôncio entregou-me um porrete de madeira e me ofereceu as costas para que eu o castigasse. Demonstrava arrependimento pelo que fizera. Levantei-o com ternura e docemente toquei os seus lábios carnudos com os meus. Assim, mesmo sem podermos nos comunicar bem através da fala, conseguimos nos entender pela linguagem do amor e do desejo. Após esse ósculo simbólico, ele sorriu e foi deitar-se ao pé de um oitizeiro.
Permaneci sentado ali à beira do lago recapitulando os últimos dias de minha vida. Como mudara desde que saíra da França. Lembrei-me dos coleginhas do colégio, de Pierre antigo monitor da escola, da viagem da Europa para o Brasil naquele veleiro, de Nego Zé, do tenente Lefrève, da noite anterior... do dia em que vi Leôncio nu pela primeira vez; De Luzia... dos sonhos que tivera com ela, de seus seios de menina... de agora. Que loucura!
Faz-se silêncio. Apenas o canto dos pássaros e o barulho da queda dágua quebram esse momento solene. Procuro por Leôncio e o avisto deitado à sombra do oitizeiro. Ainda está nu, de bruços, parece me convidar. Dirijo-me até ele e me sento ao seu lado. Ele parece dormir. Delicadamente começo a acariciar suas costas. Ele dá um leve suspiro e volta seu rosto para o outro lado, permanecendo de olhos fechados. Continuo com a carícia que agora se estende até suas nádegas. Duas pérolas negras gigantes que se arrepiam com o roçar de meus dedos. Tomado de coragem, beijo com suavidade aquela carne negra e quente. Subo a língua pelas suas costas, qual marinheiro a navegar em mar desconhecido. Passeio com a língua pelas suas coxas e não resistindo mais, mordo com suavidade suas nádegas. Leôncio dá um longo suspiro e entreabre as pernas. Peguei o creme hidratante e comecei a lubrificar seu rego, avançando cada vez mais em direção ao ânus. Céus como era quente! Com os dedos fui lubrificando seu anel de couro e ele gemia de prazer. Então lubrifiquei também minha rola e cavalguei-lhe como só os machos no cio fazem com suas fêmeas. Rocei a cabeça do meu cacete em sua entradinha apertada e calquei forte. Leôncio soltou um grunhido e relaxou quando a cabeça ultrapassou o portal do prazer. Tão logo passou a cabeça, nem deu tempo para enfiar o resto. Gozei, ah... como gozei! Ele gemia e erguia as nádegas querendo me receber todo em seu corpo. Meu pau não amoleceu e as piscadelas que seu cuzinho dava fizeram renascer o desejo. Retirei e lubrifiquei novamente a rola e sem pressa busquei aquele cu negro que pela primeira vez me havia recebido. Agora mais controlado, fui colocando devagarzinho. Primeiro a cabeça, depois até a metade e finalmente até a raiz. Ele gemia e mexia conforme meus movimentos de vai-e-vem. Ficamos assim, bailando a dança do sexo, por cerca de uns três ou quatro minutos quando gozei novamente. Exausto, tombei de lado e adormecemos assim. Eu ao seu lado abraçando-o com amor. Acordei minutos mais tarde com ele se levantando e pude perceber que também ele gozara, já que o local onde estava deitado estava todo cheio de porra. Fomos nos lavar, de mãos dadas. Na lagoa, eu o ensaboei e ele a mim. Estávamos novamente excitados e seu pau agora mais duro que antes. Lavei-lhe com carinho descobrindo aquela cabeça roxa e pulsante. Num ato de ousadia, abaixei-me e a beijei. Queria mamar ali mas não tive coragem. Leôncio segurou meu rosto com ambas as mãos e devolveu-me o beijo que lhe dera nos lábios. Foi um beijo carinhoso, sem volúpia. Em seguida, ensaboando mais sua rola, colocou-me de pé apoiado numa grande rocha e começou a pincelar meu cuzinho. Nos últimos dias vivera emoções e sensações nunca dantes vividas, mas aquilo era demais. Como suportar? Abri minhas nádegas com minhas próprias mãos e pedi-lhe que me comesse. Não sei se agüentaria aquela monstruosidade de rola dentro de mim, mas não importava eu só queria senti-la me invadindo, me rasgando. Com muita paciência ele introduziu primeiro o seu dedo médio e com ele foi lubrificando meu cuzinho. Colocava e tirava sem cessar e eu não agüentava mais. Queria sua rola não o dedo. Daí ele encostou a ponta afilada daquela rola e forçou. Não deu. Doeu e não entrou. Fez nova tentativa. Novamente não entrou. Eu estava muito tenso e contraído. Foi então que ele me deu um beliscão forte nas costelas. Gritei e relaxei. Ele aproveitou e meteu a cabeça de uma só vez no meu cu. Urrei de dor e prazer. Ele me segurou forte e não me deixou escapar. Ficamos assim um pouco de tempo. Uma lágrima escorreu de meu olho. Doera muito, muito mesmo. Ele fez menção de tirar mas não deixei. Pedi-lhe que ficasse assim um pouco mais até que eu relaxasse completamente. Assim foi. Em poucos minutos senti novamente o desejo aflorar e novamente fiquei de pau duro. Leôncio então começou a massagear minha rola enquanto fazia tímidos movimentos pra dentro e pra fora. Então ele falou:
− Vô tirá i colocá di novu. Não si assuste! Depois qui ocê acostumá cum a cabeça, intão ponhu o restu.
Que sensação maravilhosa eu senti. Parecia que iria ter um orgasmo no ânus. Ele tirou e botou seguidamente aquela cabeça preta e dura. Meu cu ardia e eu pedi que ele parasse. Não obedeceu e continuou tirando e botando até gozar com um suspiro longo, só então parou. Olhei e vi que seu pau estava manchado com um pouco de sangue. Esse negro arrancou-me umas pregas. Senti raiva. Esse negro me paga! Tomamos um novo banho e iniciamos a jornada de volta a casa. Chegamos pouco antes do Sol se pôr e nos despedimos apenas com um olhar. ainda sentia raiva por me ter machucado.
CONTINUA...