GAMBÁ: Grande, peludo e fedorento Parte 2
Vocês se lembram de como tudo começou. Não? Leiam o relato anterior com o mesmo nome. Pois é. Fiquei sendo o amigo oculto de Azulão que me visitava de vez em quando. Não tão regulamente como gostaria, já que às vezes, ele demorava até dois meses para aparecer. Isso me desesperava porque depois de ter provado da fruta, não conseguia ficar sem comê-la. Essa demora fez com que eu passasse a procurar outros meios de saciar minha tara. Gambá, continuava morando lá, mas havia dois fatores complicadores: Primeiro, era o tamanho de sua jebona. Causava-me medo; segundo, era difícil eu ter uma tarde à solta para poder ir até sem que ninguém soubesse. Mesmo quando não estava ajudando meu pai, eu tava com a turma e se eu não aparecesse, eles iriam atrás de mim. Que fazer? Bem, a solução mais imediata foi arrumar umas brigas com alguns moleques do grupo e ficar de mal. Isso me aproximava mais de uns e me afastava de outros. É claro que secretamente, procurei fazer uma seleção para poder ficar mais melhor amigo de uns três ou quatro mais bem dotados fisicamente. Depois de conhecer Azulão, de nada adiantaria me tornar íntimo de moleques do meu tamanho ou menores do que eu. Assim, com esse pensamento já bem estruturado, fui descartando os pingulinhos e selecionando aqueles que, se não substituíssem Azulão, pelo menos me fariam lembrar dele. O plano estava bem arquiquetado, mas eu não poderia dar nenhum vacilo. A sondagem teria que ser bem feita e o(s) trabalho(s) de conquista feito com muita cautela.
No nosso grupo havia um garoto órfão de pai que ainda com 14 anos tivera que assumir a responsabilidade de ajudar a mãe a criar quatro irmãos pequenos. Agora, com 16 anos, Benedito, o Bené, parecia um homem adulto de 20 anos ou mais. O trabalho duro de sol-a-sol o transformara. Mulato, alto (nas peladas jogava no gol), corpo bem delineado pelo trabalho e de pouca conversa. Todo sábado, ficava a tarde inteira no boteco após a pelada, e invariavelmente se embriagava. Quando isso acontecia, nós tínhamos que levá-lo pra casa. Num desses dias, depois do jogo todos se foram e Bené ficou no boteco. Com o pretexto de jogar damas, fiquei com ele. Como sempre, bebeu muita pinga. Já estava embriagado quando pretextando proteção, já que um dos moleques com quem eu tinha brigado ameaçara me pegar depois, pedi que me acompanhasse até em casa. Devia ser quase 5 da tarde e o dia estava nublado. Fomos caminhando (Bené cambaleava um pouco) e quando passávamos próximo das ruínas da ponte velha, fingi ter ouvido a voz do meu desafeto gritando que iria me pegar. Segurei em sua mãozona e pedi quase chorando:
─ Vem comigo Bené, não quero que você brigue com eles hoje. Você bebeu e eles podem te bater. Vamos nos esconder ali na ponte. Vem!
E saí correndo, arrastando-o para as ruínas. O rio havia sido desviado e os vãos em arcos, agora todo tomado pelo mato formavam esconderijos perfeitos. Havia um que eu já usara algumas vezes para meus encontros com azulão. Até uma toalha de banho que eu roubara de minha mãe eu tinha escondida ali. Tinha também uma latinha de vaselina, tudo bem escondido sob umas pedras. Bené me acompanhou meio sem entender direito já que a embriagues turvava seu raciocínio. Quando entramos no meu esconderijo, empurrei-o forçando a se sentar no canto mais escuro e sem perda de tempo, atirei-me sobre ele e o abracei, fingindo chorar. Estávamos os dois sem camisa e usávamos apenas um calção barato. Chorei abraçado a ele, com o rosto em seu tórax forte e suado. Bené tentava falar e eu o impedia, tapando sua boca e pedindo que fizesse silêncio. Permaneci assim, abraçado a ele e aos poucos, fui fingindo que me acalmava. Daí comecei a dizer que ele era um cara a quem eu admirava muito e que gostaria que fosse meu irmão. Era forte, alto, de pouca conversa. Raramente se envolvia em brigas. Depois, mudando de posição, deitei-me com a cabeça em seu colo. Disse que eu odiava o apelido de Belas coxas que os moleques haviam me colocado e de chofre, perguntei:
─ Você acha que eu tenho mesmo belas coxas?
─ Luis, você tem pernas quiném menina.
─ É verdade que os meninos querem me comer? Já me avisaram pra ter cuidado. Você sabe quem é que quer me comer?
─ Sei sim. Já escutei os meninos traçando um plano pra te pegar.
─ E quem são? São muitos?
─ Não vou dizer quem são, mas se fosse tu, evitava ir pros pastos com o pessoal (são quatro) lá do Sítio Flor de Liz.
─ E você Bené, o que acha disso? Você teria coragem de me pegar também?
Enquanto conversávamos baixinho, fui posicionando minha cabeça de modo a ficar com o rosto sobre seu pau, que mesmo dormindo, tinha uma rigidez bem consistente.
─ Assim de grupo não, mas eu também já pensei em você umas vezes.
Na verdade, ele estava dizendo que me desejava. Novamente fingi que chorava e enquanto chorava lamentava a minha sorte: ser desejado por colegas. Eu era um menino. Não era um viado e era colega deles. Como é que eles querem fazer isso comigo? Bené procurava me acalmar e alisava meus cabelos. Safadamente, aproveitei os movimentos que fazia em meus cabelos e roçava meu rosto em seu pau. Senti que começava a fazer efeito. O gigante começava a acordar. Parei de chorar e olhando-o nos olhos propus:
─ Bené, quero que você me proteja de todos eles. Prometo que não irei a lugar nenhum com os moleques a não ser se você estiver junto. Já que é essa minha sorte, já que todos querem me comer, se você me proteger, vou dar pra você. Não quero ser o viado da turma. Se alguém tem que me comer, que seja você, só você. Quero ser só teu.
Eu falava e acariciava seu rosto e seu tórax. Bené meio que surpreso, aceitava minhas carícias. As únicas ações que tomou foi ajeitar-se meio que deitando, deixando à mostra seu pau duro sob o calção e com uma das mãos, pegou minha mão e a colocou em cima do seu pau. Não mais falamos. Fiquei ali lhe beijando o peito e acariciando seu cacetão duro, grande, que latejava furiosamente querendo romper as amarras do pano que o continha guardado. Aos poucos, fui vencendo as barreiras da falsa vergonha e deitando-me de bruços, peguei sua mão e a coloquei em minha coxa. Ele estremeceu e assumindo a função de ativo, começou a beijar-me nas costas e já se preparava para tirar meu calção quando o interrompi e perguntei:
─ Você jura que vai me proteger e que não vai deixar mais ninguém querer abusar de mim? Você jura que não vai contar pra ninguém?
─ Juro Luis! Juro também que a partir de hoje, todo dia eu vou querer vir aqui com você. Sua bundinha é muito mais bela do que tuas coxas.
Ele já havia tirado meu calção e deixara minhas nádegas à mostra. Quando percebi que começava a cuspir no cacete, me virei e falei:
─ Deixa isso comigo. Vou lambuzar ele com meu cuspe.
Que cacetão lindo. Preto, quase negro. Grande e cheio de veias. Uma cabeçona que mais parecia um cogumelo do sol. Agora duro, vi que não era tão grosso quanto o de Gambá, mas era maior do que o do Azulão. Beijei-o e depois o chupei, deixando-o bem lambuzado de cuspe. Preferi não mexer na vaselina pra não dar mole. Afinal, eu suportara o Azulão só com cuspe, suportaria também o dele. Bené não tinha muito jeito e tive que ajudá-lo a se acertar em mim. Com dificuldade devido ao estado de embriagues, ao nervosismo e, penso, à falta de prática, colocou seu cogumelo na minha entradinha e forçou uma única vez. Doeu e eu gritei exagerando a dor. Bené se assustou e quis tirar mas não deixei. Pedi que me desse um tempo pra acostumar e depois, eu mesmo comecei o movimento ritmado com a bunda pra cima e pra baixo, de modo que logo, Bené já estava me penetrando com movimentos próprios. Só sentia prazer e meus gemidos eram interpretados como fossem de dor. Ele parava e eu pedia mais. Bené pensava que era minha primeira vez e por isso tinha medo de me machucar. Demorou a meter tudo e isso me deliciava. Antes mesmo de ter metido tudo eu já sentia sua cabeçorra me tocando as entranhas o que aumentou meu prazer. Agora Bené já começava a se descontrolar e aumentava o ritmo freneticamente. Tirava quase tudo e metia mais fundo com estocadas, agora, violentas. Causou-me dor mas mesmo assim o prazer era maior. Finalmente gozou com um urro animalesco. Deixou-se cair com seu corpanzil sobre mim o que fez com que todo o seu pau se enterrasse por inteiro em mim. Nesse fim de dia, ainda me comeu mais duas vezes. Já escurecia quando deixamos o nosso ninho de amor. Prometemos fidelidade mútua e segredo. Sua embriagues passara e nos despedimos perto de minha casa. Enquanto tomava banho, pensei que pra mim era conveniente tê-lo como protetor e amante. Morávamos no mesmo lugar, poderia tê-lo todo dia e teria também a garantia que ninguém mais se meteria comigo, pelo menos, nenhum dos moleques dali. Mas e Azulão, como seria quando viesse? Se eu me recusasse a dar pra ele, ele poderia liberar Vaca Braba e Cambaxirra a dar com a língua nos dentes e isso seria o fim... Bem, vamos deixar a vida seguir seu curso e ver no que vai dar. Com o tempo, vou contar pro Bené.
Na hora da janta meu pai falou:
─Luis, amanhã depois da aula, você vai lá na fazenda do Seu Antônio (aquela do primeiro conto). Você vai lá pegar umas sementes de capim manteiga que ele me deu. Eu vou ter que ir ao veterinário ver se ele pode ir ver o touro que tá mancando.
─ Tá bem!
Logo após o almoço, rapidamente vesti o calção e avisei minha mãe que demoraria um pouco mais porque iria ver se conseguiria algum colega pra ir comigo. Passei pelo meu esconderijo e pegando a latinha de vaselina, guardei-a no bolso da camisa. Sem perda de tempo corri em direção ao meu destino. Eu tinha pressa em voltar porque queria ir aos alagados ver Gambá. Meia hora depois chegava à fazenda do Seu Antonio. Ele era uma pessoa muito bondosa e gostava muito dos menos favorecidos. Sempre que podia, ajudava a todos. Recebeu-me com uma limonada e chamando um dos seus empregados, mandou que me levasse ao celeiro e me desse as sementes que havia separado para meu pai. Agradeci e segui o peão. Era um homem de seus 43 anos, muito alto, talvez 1,92 e magro. Eu o segui e ao entrarmos no celeiro, tive uma surpresa: lá estava Vaca Braba, que nos vendo veio em nossa direção perguntando:
− Qualé mano, vai comer o Belas Coxas?
− Que é isso Astrogildo, o que você está dizendo, meu irmão? O menino veio buscar umas sementes que Seu Antônio deu pro pai dele.
Logo surgiu Cambaxirra de trás de uns sacos e foi logo dizendo com sua voz arrastada:
− É isso mesmo Antero, esse menino é comida nossa. Nós já comeu ele. Vê só que belas coxas ele tem. Devia ser menina...
− Calem a boca vocês dois e voltem ao trabalho. Não quero ouvir mais nada.
Voltando-se para mim, pediu desculpas pelos meninos e referindo-se ao Vaca Braba, disse que aquele seu irmão dava muito trabalho pra ele. Andava em más companhias e já tinha sido apanhado roubando. Agora ele e o outro, que era seu primo (Cambaxirra) estavam trabalhando ali na fazenda. Pegou a sacola com as sementes e selando um cavalo falou:
− Vamos, sobe aqui na garupa. Vou ver umas vacas no pasto e te levo até à cancela do rio.
Montei um pouco decepcionado pois esperava que novamente, seria vítima daqueles dois. Mas enfim... ainda restava a esperança de encontrar Gambá. Saímos a galope e Antero puxando meus braços falou que segurasse firme nele para que não caísse. Abracei-o com força e senti seu volume junto às coxas. Ele esporeava o cavalo e tão logo transpuzemos a cerca da fazenda, mudou o rumo do cavalo e tocou em direção ao rio Guamá-mirim. Logo o alcançamos e ele diminuiu o galope. Continuei abraçando-o com força, meu rosto colado às suas costa. Eu aspirava seu cheiro forte. Cheiro de gado, cheiro de homem e cheiro de mato. Pulando da montaria com agilidade, esticou os braços e mandou que eu saltasse. Pulei e ele agarrou-me no ar e trazendo-me de encontro ao seu tórax, deixou-me escorregar lentamente pelo seu corpo. Eu com os meus 1,53 de altura parecia um anão em comparação com seu tamanho. A fivela de seu cinturão arranhou minha coxa e eu gritei com a dor. Ainda me segurando pelos sovacos, ergueu-me com facilidade observando o pequeno ferimento que deixava escapar um filete de sangue. Antero tranqüilizou-me dizendo que era só um pequeno arranhão e que ele o faria sarar. Dizendo isto, lambeu o sangue que escorria e beijou o local com lábios quentes. Voltou a me deixar escorregar pelo seu corpo e no trânsito até o chão, senti sua rola durona embaixo da calça. O clima, o contato de sua língua e de seus lábios em minha coxa, fez meu coração disparar. Antero, percebendo meu constrangimento e vergonha, (afinal, com os moleques ou com Gambá era diferente. Mas Antero..., era um homem adulto, casado. Talvez até tivesse filhos da minha idade...) disse-me:
− Luis, é esse seu nome, não é? Bem, na vida acontecem muitas coisas. Umas são impostas pelas regras dos homens, outras são ditadas pelos nossos sentimentos. Quando as coisas que sentimos não são aceitas pelas regras dos homens, só temos duas opções: ou corremos risco infringindo as regras e somos felizes, ou as obedecemos e somos infelizes. Meu irmão é mais feliz do que eu porque sentiu vontade de ter você e a despeito das regras, te pegou e ficou feliz. Agora vamos ver pelo outro lado. Você gostou? Se gostou, está contrariando as regras, mas ficou feliz; se não gostou, deveria ter feito queixa ao seu pai. Se não fez foi porque gostou. Estou certo?
Eu estava envergonhado e não sabia o que dizer. Nervoso, passava o dedo no arranhão que continuava a desfilar um filete de sangue. Decerto, Antero notara como me esfregara nas suas costas durante o galope e agora queria me dar uma lição de moral. Mas então porque lambeu e beijou minha coxa? E o pau duro? Será que fui eu quem o provocou? Ainda meio atordoado por esses pensamentos, vi Antero tirar a camisa e as botas. Aproximou-se de mim e agachando-se voltou a lamber minha coxa enquanto com as mãos enormes, alisava e apertava minhas nádegas. Só isso já foi o bastante para fazer meu pau endurecer. Com uma das mãos Antero pegou nele e vendo-o duro, por cima do tecido, mordeu-o suavemente. Minhas pernas tremiam, Sem perda de tempo, Antero falou:
− Vem, vamos pra baixo daquela árvore. Vamos quebras as regras dos homens. Eu quero entrar em você e inundar você com minha porra. Vamos, vem.
Aquele homem era o Vaca Braba mais velho. Falava como ele, agia como ele e me queria como ele. Jogando-me na grama, atirou-se sobre mim com aquele corpanzil imenso. Naquele momento, Antero sentia-se um garoto, eu acho. Bufava de tesão, talvez porque desde criança jamais tivera oportunidade de comer um cuzinho, se é que comeu quando menino. Meu coração disparou de tal modo que era difícil respirar. Dar é bom, mas meio assim à força é muito gostoso e excitante. Tirou meu calção e inundou meu reguinho de cuspe e logo posicionou seu imenso e grosso cacete na entrada do meu cuzinho. Forçou e logo na primeira tentativa senti-me rasgar quando a cabeça entrou. Doeu, mas não gritei, temia que desistisse de me comer. Aos poucos foi metendo com perícia e apesar da dor, sentia prazer. Já tinha entrado a metade e eu achava que meu cu iria se rasgar todo de tão grossa era a manjuba de Antero. Ele metia e tirava muito devagar, com carinho e voltava a meter,agora um pouco mais. Ergui minha bunda e encolhi um pouco uma das pernas, de modo a facilitar a penetração. Esse meu movimento disparou o gatinho e ele se descontrolou, com um longo gemido, tirou um pouco e empurrou tudo de uma vez, urrando e me estocando com violência. Pensei que ia morrer de tanta dor. Gritei pedindo que parasse, mas quando mais gritava, mais ele me estocava e urrava, até que finalmente, gozou grande, longo, inundando meu rapo com sua porra. Quando percebi, estava meio suspenso no ar, seguro pelas mãos enormes de Antero que me agarrava pela cintura e me movia pra frente e pra trás, fazendo meu cu deslizar em sua vara enorme. Passei a mão atrás, tentando descobrir o estrago e lambuzei meus dedos com sangue e porra. Antero estava alucinado. Novamente aumentara o ritmo e gozou pela segunda vez. Aquela posição era desconfortável e doída para mim. Eu gostava de sentir um cacete me invadindo, mas gostava também de sentir o peso do homem sobre meu corpo. Queria ouvir sua respiração ofegante em meus ouvidos, sentir seu suor grudar à minha pele, sentir sua língua me lambendo e seus dentes me mordendo. Pedi que parasse e me colocasse no chão. Antero me atendeu e sem tirar de dentro, deitou-se sobre mim e realizou meus desejos. Desta vez foi carinhoso e eu pude também sentir o prazer de ser possuído por um macho forte, grande; homem de verdade. Senti ciúme daquela que seria sua mulher e das noites infindas em que ele a comia sem nenhuma restrição. Ao mesmo tempo, senti prazer em saber que ele a estava traindo comigo. Seu caralhão não era só dela. Também era meu.
Quando terminou, levantou-se devagar e pegando-me pela mão, levou-me ao rio onde nos lavamos. Engraçado, era para eu estar todo dolorido, mas não! Apenas um pouco ardido. Senti vontade de cagar e despejei toda sua porra que estava em meu cu. Parecia que mijava pelo cu, tamanha era a quantidade de porra que saiu. Antero se vestiu e me entregou o calção que vesti em seguida. Sentou-se e me falou que se sentia feliz por termos feito aquilo. Disse:
─ Sabe Luis, até Astrogildo e o Cambaxirra falarem aquilo lá no celeiro, eu não tinha prestado atenção nas suas pernas. Quando eles disseram que já tinham te comido, eu também te desejei. Por isso vim com você até aqui. Você achou ruim?
─ Antero, Cambaxirra e seu irmão me comeram à força. Eu não queria dar pra eles. Mas hoje, com você, eu queria. Desde a hora que montei na garupa do seu cavalo eu comecei a querer. Agora mesmo eu tô querendo te dar mais, porém tenho que ir embora. Outro dia, quem sabe...
Enquanto falava, peguei no seu pau por sobre a roupa. Estava a meio-pau, refazendo-se e readquirindo a forma plena. Crescia ao contato de minha mão.
─ Abre a calça, deixa eu pegar.
Antero abriu a calça e deixou-se acariciar. Beijei aquele cacetão que há pouco havia tirado sangue de mim, mas que me proporcionara muito prazer. Ao contato com meus lábios, erguera-se qual gigante assustado. Beijei-o novamente e, ainda tímido coloquei sua cabeça em minha boca. Chupei-o e vendo que, se deixasse, ele me comeria de novo, tirei a boca e perguntei:
─ Antero, você é casado? Tem mulher?
─ Sou Luis. Tenho mulher e dois meninos pequenos, por quê?
─ Por nada. Só queria saber. Bem, vou embora. Quando eu voltar aqui na fazenda do Seu Antônio, cuida que os moleques não me peguem. Só quero dar pra você. Se você for lá no povoado, você finge que não me conhece tá?
Dizendo isso, saí em direção aos alagados. Meia hora depois encontrei o casebre de Gambá. Estava silencioso, apenas o som dos sapos quebrava o silêncio. Chamei e ninguém respondeu. Seu cheiro forte denunciava sua presença. Aproximei-me e resolvi entrar. Lá estava ele dormindo profundamente. Estava muito calor e Gambá estava coberto de suor. Sem camisa, deitado de bruços, deixava ver suas costas cabeludas. De mansinho, aproximei-me de onde dormia e agachando-me, beijei aquele emaranhado de pelos que lhe cobriam as costas. Ele acordou assustado e pulou da cama. Ao me reconhecer, sorriu e me abraçou, infestando-me com seu cheiro horrível. Forcei para que se deitasse e comecei a tirar suas calças. Gambá estava muito suado e seu corpo nu, mais parecia o de um macaco. Lembram-se de como o descrevi no conto anterior? Era negro, gordo, peludo e fedorento. Isso me excitava e atraía. Eu temia sua rola pelo tamanho e grossura. Grande igual à de Antero e muito mais grossa de a de Azulão e a do próprio Antero. Eu já sabia que era completamente mudo e que não emitia nenhum tipo de som, mas seria surdo também? Se eu não agüentasse sua jebona e pedisse pra tirar será que ele ouviria? Meu pensamento viajava enquanto minhas mãos passeavam por seu peito, barriga e virilhas. Sua lança estava armada e latejava com furor. Lambi seu suor fedorento do umbigo, dos pentelhos e das virilhas. Gambá apenas virava a cabeça de um lado pro outro sem parar. Pegando sua jebona, coloquei-a em minha boca e comecei a chupá-la. Logo, vi que ia gozar e retirando a boca, mais uma vez vi golfadas de porra voarem em jatos contínuos em direção à parede. Deitei-me em cima dele e o beijei no rosto, no pescoço e nos peitos. Gambá continuava a balançar sua cabeça para os lados e pelo ritmo do movimento e pelos quadris que se moviam pra cima e pra baixo, vi que gozaria novamente. Parei. Tirei o calção e a camisa. Peguei a vaselina e pacientemente, untei bem aquela jebona descomunal, com cuidado para que ele não gozasse. Puxei-o pelas mãos e colocando-me de quatro, com os braços apoiados em sua cama (se é que podemos chamar aquilo de cama) coloquei sua jebona no rego de minha bunda. Gambá permanecia parado. Não emitia nenhum som nem nenhum gesto. Fui forçando meu corpo de encontro aquele pedaço de nervo latejante. Com uma das mãos, procurei abrir ao máximo a entrada de minhas entranhas. Já podia sentir parte daquela cabeçona forçando minhas últimas pregas. Doía um pouco por causa do Antero, na verdade não doía, estava dolorido. Fiquei assim, empurrando minha bunda de encontro ao seu cacetão. Num esforço maior, pressionei com força e a cabeçona ultrapassou a entrada, rompendo a resistência de minhas últimas pregas. Gambá, começou, a princípio com timidez, a mexer os quadris enquanto sua majuba descomunal ia ganhando as profundezas de meu ser. Doía verdadeiramente muito, comecei a tentar me desvencilhar, mas ele me agarrara pela cintura e me puxava para si, com força. Pedi que parasse um pouco, não me deu ouvidos. Gritei implorando que tirasse e quanto mais gritava e lutava para me desvencilhar, mais ele estocava e me puxava de encontro ao seu corpo. Agora ele bufava e aumentava o ritmo. Minha visão se turvou e desfaleci quando num movimento silencioso e mais forte, enfiou tudo até o talo. Senti minhas tripas revirarem dentro de mim quando sua cabeçona comprimia fortemente o fundo de minhas entranhas. Logo recuperei os sentidos e me vi caído sobre o catre de Gambá e ele metendo e tirando violentamente em mim. Bufava como um touro enlouquecido. Pelo barulho que sua majebona fazia ao entrar e sair, vi que já gozara e estava dando bis. Gozou mais umas duas ou três vezes. Eu devia estar todo ensangüentado, a julgar pela forma violenta como ele estava me comendo. Relaxei e deixei que terminasse aquilo que eu mesmo provocara. Quando relaxei completamente, comecei a perceber que já não doía tanto. Seu bafo, cheiro e suor aliados ao tapas que seu saco dava em minhas nádegas, reacenderam meu desejo. Deixei-o em sua tarefa e toquei uma punheta; uma não, duas. Finalmente ele, cansado, parou depois de ter gozado mais uma vez. Aos poucos, ofegante, foi retirando tudo aquilo de dentro de mim. Estava ensangüentado, mas não muito. Todo dolorido e com um pouco de dificuldade de andar, fui até a água e me banhei. Já não sangrava, apenas estava muito dolorido. Vesti-me e dando-lhe um leve beijo no rosto, fui embora. Passando pelo rio, pulei na água de roupa e tudo, de modo a disfarçar o cheiro de gambá que Gambá me deixara. É claro que levei uma bronca de minha mãe. Não saí o resto do dia. Estava com o cu muito dolorido e em casa, no banheiro, passei os dedos por lá e vi que meu cuzinho estava muito inchado. Alegando dor de garganta, fiquei quieto até a hora do jantar. Meu pai não desconfiou de nada e recomendou que minha mãe me desse um chá de ervas antes de dormir. À noite tive febre, mas agüentei calado. Na manhã do dia seguinte ainda sentia dores, mas podia andar normalmente. Não poderia montar nem andar de bicicleta, mas dava para ir à escola.
Para terminar esta parte não posso deixar de contar que durante o recreio, quando estávamos no banheiro mijando, ao ver os moleques exibindo seus piruzinhos, tive uma crise de riso quando vendo aquelas coisinhas, me lembrei do cacetão do Antero e da manjebona de Gambá. Até hoje os meninos não sabem o porquê de minhas gargalhadas...