MINHA INICIAÇÃO
Meu nome é Teresa, sou uma viúva de 53 anos. Atualmente moro sozinha em São Paulo, razão porque me delicio com esses contos que os freqüentadores desse site publicam. Por ser sozinha e já estar viúva, criei coragem para contar um pouco de minha juventude vivida no interior, na cidade de Cachoeira Paulista. Foi em 1965 e eu tinha à época 13 para 14 anos. Minha família, muito humilde, era composta por meus pais, eu e meu irmão Fabrício de 11 anos. Somos o que hoje chamam de afro-brasileiros. Apesar da cor, nossos traços são finos e delicados. Naquela época, as coisas não eram como hoje. Não se ficava. Quando se namorava, tinha que ser em casa e sempre com alguém por perto. Para se dar um beijo, era preciso meses de namoro e mesmo assim, um beijo roubado e muito rápido. O sítio em que morávamos pertencia a um senhor viúvo de 45 anos e que morava na capital. O sítio ficava um pouco afastado da cidade o que nos obrigava a ir para a escola a pé por uma estrada de terra. Nossa caminhada durava em média 1 hora. Havia outras crianças que moravam em sítios vizinhos que iam se juntando a nós no percurso. Ao todo, nosso grupo era de 8 crianças com idades variando de 11 a 17 anos. Por não me lembrar exatamente o nome de todos, alguns vou criar nomes fictícios. Meu irmão Fabrício era o mais novo, tinha 11 anos; Antônio, filho de seu Artur, tinha 13; Jurema, minha colega de classe, tinha 15; Pedro doido, que todos os anos repetia, tinha 16; Maurício e Zé do leite tinham 17 e Nêgo Russo, o mais velho, 18 anos. A Jurema namorava Maurício e era falada porque a sem-vergonhice deles já tinha caído na boca do povo. Eles sempre iam juntos com o grupo de manhã, mas nunca voltavam com a gente depois da aula. Nêgo Russo ganhou esse apelido porque era um mulato meio albino e sarará. Grandão, forte, briguento e desbocado. Tinha olhos castanhos claro e amendoados. Sua boca carnuda, exibia beiços grossos e vermelhos e quando ria, via-se os lindos dentes brancos enfileirados. Eu, muito tímida e recatada tinha até um pouco de medo dele. As meninas falavam que ele era muito atrevido e na escola, muitas delas já tinham sido apalpadas por ele. Uma vez ele foi suspenso porque uma aluna deu queixa dizendo que ele deu um beliscão no seio dela. Bem, esse era nosso grupo. Nosso uniforme era constituído de uma saia azul, plissada, que ia até os joelhos e uma blusinha branca com o EP de Escola Pública bordado no bolso. Calçados? não tínhamos dinheiro pra tanto, por isso íamos de chinelas de dedo. Como eu já tinha seios, minha mãe costurou, por dentro da blusa, um forro de tecido branco, de modo a esconder meus pequeninos seios em desenvolvimento. Na verdade, quase nunca íamos todos juntos, já que algumas vezes sempre alguém faltava ou se atrasava. Saíamos de casa as 6 e meia da manhã para não chegar atrasados na escola. Depois que fiz 14 anos, Nêgo Russo começou a querer se aproximar de mim. Às vezes brincava, às vezes ficava sério e dizia que queria casar comigo. Como já disse, eu tinha medo dele e por isso, de todos, era o único com quem não conversava. Mas a verdade mesmo é que eu tinha uma paixão secreta por Maurício e ele era o namorado de Jurema, minha amiga. Eu sofria muito quando Jurema me contava as coisas que faziam. Não tinham ainda se deitado, transado na linguagem atual, mas só faltava isso. À noite em minha cama, eu me imaginava sendo ela nos braços de Maurício e chorava baixinho. Numa certa manhã, meu irmão amanheceu com febre e minha mãe não quis que ele fosse à escola. Também pedi pra ficar em casa mas ela insistiu e tive que ir sozinha. No caminho encontrei Maurício e Jurema e Nêgo Russo. Fomos somente nós quatro. Morrendo de medo, troquei algumas palavras com Jackson (esse era o nome de Nêgo Russo). Notei que estava amável e queria tirar de mim a má impressão que tinha dele. Durante todo o trajeto, somente ele falou. Falou que não era o que diziam dele; que às vezes era violento porque os outros zombavam de sua aparência e diziam que era feio, etc. Por fim, já quando estávamos chegando, revelou que gostava de mim porque, mesmo sem dar bola pra ele, jamais fizera pouco de sua aparência e nunca o ofendera. Confessou que só bulira com meninas que tinham de alguma forma sacaneado com ele. E me olhando bem fundo nos meus olhos, prometeu que jamais faria qualquer coisa comigo que não fosse de minha vontade. Sorriu aquele sorriso angelical e brincou:
─ Um dia, nossos sangues vão se misturar... Vou me casar com você.
Durante toda a aula as palavras de Jackson não saíam de minha cabeça. Suas explicações e justificativas... e em especial a última frase:Vou me casar com você.
Na hora do recreio não o vi. Depois de merendar, dei a volta e fui vê-lo, sozinho, sentado embaixo de uma árvore, pensativo. Disfarcei e fui me juntar às meninas. Quando a campainha tocou anunciando o final das aulas, juntei meu material e procurei Jurema. Ela saíra rapidamente e deixara um recado pra que eu não a esperasse. Iria na farmácia comprar alguma coisa. Bem, certamente Maurício está com ela. Vou voltar sozinha. Nesse momento nem me lembrei de Jackson. Saí e ganhando a estrada, ao dobrar a primeira curva, lá estava ele sentado à beira do caminho. Estremeci. E agora, meu Deus? pensei. Continuei e ao me aproximar, Jackson levantou e falou:
─ Fiquei te esperando porque queria te dar isso que fiz para você durante a aula.
Estendendo a mão me deu uma folha do caderno dobrada em forma de coração.
─ Que é isso?
─ Abra e leia.
Abri cuidadosamente, desfazendo aquele embrulhinho em forma de coração e lá dentro estava escrita uma quadrinha na qual ele declarava seu amor por mim. Fiquei emocionada e enternecida pela forma como aquele menino grande, bruto e briguento tirava do coração palavras tão doces e apaixonadas. Simplesmente agradeci e continuamos caminhando em silêncio. De repente percebi que eu estava andando mais devagar do que o normal. Inconscientemente, eu estava prolongando aqueles momentos a sós com ele. Sem olhá-lo, percebia que ele me devorava com os olhos. Não um olhar de luxúria, mas de meiguice. Também sua respiração era ofegante. Já próximo da entrada para o sítio, parei e segurando sua mão, vi que estava gelada e suada. Meu coração batia forte. Segurei suas mãos por uns minutos e finalmente falei:
─ Jackson, o que você fez foi muito bonito. Deixou-me muito emocionada. Quero que saiba que nunca desprezei você apesar da fama que você tem. Tinha..., quer dizer.., tenho ainda um pouco de medo... mas você diz que gosta de mim e quem gosta não faz mal...não é?
Antes que ele pudesse responder, beijei-o na face e corri. De longe ainda o vi parado com a mão na face onde o havia beijado. Se eu pudesse prever o futuro, jamais teria dado aquele beijo. Resolvi guardar segredo e não contei nada pra ninguém, nem mesmo pra Jurema. Meu irmão contraiu caxumba e o remédio é repouso absoluto. No dia seguinte, soube na escola que estava havendo uma epidemia dessa doente e vários meninos foram contaminados. Do meu grupo, só escapou o Zé do leite e o Jackson que já havia tido e por não ter guardado repouso, a caxumba desceu e ele se tornou estéril. Só que ninguém sabia, nem ele. Jackson mudou completamente de comportamento e começamos a namorar. Escondido dos meus pais, é claro. Jurema que era muito sem-vergonha ficava o tempo todo me perguntando o que ele fazia comigo, se eu já tinha pegado no pau dele, se era grande, se ele já tinha mamado nos meus peitos, etc. Eu ficava braba com ela e sempre repetia que eu era direita e nunca admitiria que essas coisas acontecessem. Ela sempre ria e dizia que eu não sabia o que estava perdendo, que era bom e que quando eu fizesse puma vez não ia querer parar mais. E se lamentava da doença do Maurício. Aí veio a grande revelação: disse que à noite, esfregava uma cenoura na xana enquanto pensava em Maurício.
─ Você está louca? Isso não se faz, é pecado!
─ Deixa de ser boboca Teresa. É isso que faz com que os homens queiram as mulheres e as mulheres queiram os homens.
Já se passaram 7 dias que estamos indo somente Zé do leite, jurema, Jackson e eu. Estamos no verão e o dia amanheceu escuro. Saí rápido depois de tomar café e encontrei Jackson me esperando na entrada do sítio. Trocamos um beijo afetuoso e abraçados seguimos para a escola. Mais na frente, encontramos Jurema e Zé do leite. Pela atitude dos dois, alguma coisa estava errada. Estavam meio sem graça. Notei que a calça do Zé estava um pouco melada na perna do lado esquerdo, mas não dei muita bola pro fato. O dia permaneceu assim ameaçador até a hora da saída. Jurema tinha dito que iria embora mais cedo e me deixou só com Jackson e Zé do leite. Desde que começamos a namorar, nossa intimidade aumentara. Não era nada mais ousado, mas já nos abraçávamos apertado e eu sentia seu instrumento duro. Beijávamos de língua e apenas uma vez o deixei acariciar meus seios por sobre a blusa. De certa forma Jurema tinha razão. Era muito gostoso aqueles esfregas que dávamos um no outro. Na saída, soube por Jackson que Zé do leite também saíra mais cedo, junto com Jurema. Assim, iniciamos, somente nós dois, à volta pra casa. A meio caminho o temporal desabou. Embora Jackson procurasse me proteger, o vento forte e a chuva torrencial logo nos deixou ensopados. Abraçados, corremos em direção a umas árvores mais frondosas, buscando abrigo. Raios e trovões cortavam os céus e estávamos com muito medo. Olhando ao redor, avistamos mais pra dentro da mata um velho e abandonado barraco de madeira semidestruído. Corremos pra lá e entramos. Havia goteiras por todo o telhado, mas era ideal para nos abrigar do vento forte e da chuva que caía impiedosa. Jackson tirou a camisa e a torceu enquanto eu tremia de frio. Minha blusa branca, apesar do forro, molhada como estava deixava à mostra meus seios e os biquinhos dos mamilos, endurecidos pelo frio espetavam o tecido fino da blusa. A calça do Jackson, também encharcada, revelava o seu volume fálico, que mesmo mole, sobressaía ao resto do seu corpo másculo e viril. Eu notara esses detalhas mas não dera importância a eles. Naquela hora eu só queria me aquecer. Jackson me vendo tremer de frio, me abraçou de encontro ao seu corpo quente. Aos poucos meu corpo foi se aquecendo com o seu calor e meu coração começou a bater mais forte quando senti que o seu coração começava a latejar de encontro à minhas coxas. Ele me beijou com ternura e aos poucos me foi fazendo entrar naquele jogo de carícias. Seus grossos e carnudos lábios passeavam pelo meu pescoço, sugavam minhas orelhas e a cada passeio, arrancava de mim qualquer resistência que ainda pudesse ter. Aos poucos foi abrindo minha blusa, botão a botão e a cada um que abria, passeava com a língua pelo espaço aberto, como a marcar o território conquistado. Logo, meus seios durinhos estavam ao seu alcance. Fechei os olhos e deixei-me levar pela força do desejo. Eu o amava e queria que ele me tomasse como sendo sua propriedade. Que marcasse cada palmo do meu corpo com sua marca ardente. Beijou meus dois seios como um pedido de consentimento e depois mamou neles. Por um momento, atingi o êxtase da excitação e creio, gozei, pois desfaleci por segundos. Jackson demonstrava uma sabedoria, experiência e sensibilidade que jamais imaginei que tivesse. Já retirara minha blusa e havia levantado minha saia. Ficara de joelhos e beijava minhas coxas, passando a língua pelas minhas virilhas. Sentindo sua língua vagar por aquela zona tão sensível, eu mesma tomei a iniciativa de abaixar a calcinha e ele completou a retirada. Ainda de joelhos, beijou minha xana e introduziu sua língua tocando meu clitóris. Agora sim, gozei como louca. Agarrei em seus cabelos carapinhados e forcei sua cabeça de encontro à minha vagina pedindo mais e mais. Essa foi à primeira vez que um homem me proporcionou um verdadeiro orgasmo. Agora entendia Jurema . Jackson, tomando-me no colo levou-me até um canto onde não tinha goteira e arrumando umas palhas, forro-as com sua camisa e deitou-me ali. Tirei minha saia e mostrei-me, nua pela primeira vez a um homem. Ele teve a sensibilidade de não tirar sua calça de pé. Deitou-se ao meu lado e enquanto beijava meus seios e barriga, descia sua calça um pouco, de forma que seu caralho ficasse livre. Ainda não havia visto seu membro assim, solto, sem roupa. A princípio me assustei com o tamanho e grossura e tive medo, mas ao pegá-lo e sentir aquela quentura e o seu pulsar entre meus dedos, desejei-o dentro de mim. Por um instante, lembrei do cruzamento de um jegue com uma potranquinha lá no sítio. Se ela agüentou aquela jebona do jegue, porque eu não agüentaria a jeba do Jackson? Menino quando nasce é muito maior e mais grosso e nem por isso as mulheres morrem... com esses pensamentos em minha mente, puxei Jackson para cima de mim, pedindo que me fizesse mulher. Ele, ao invés de meter logo, substituiu a língua pelo seu caralhão. Começou a passá-lo em meu corpo. Começou pela xoxota, foi subindo, rodeou meu umbigo, estômago e seios. O contato daquela cabeçorra vermelhona e quente nos meus mamilos, levaram-me a outro orgasmo. Depois ele o passou pelo meu pescoço, orelhas, faces e nos meus lábios. Não resistindo, abri a boca e mamei nele. Jackson quase gozou, mas segurou-se e saindo de cima de mim, virou-me de bruços e abrindo minhas nádegas, untou-a com cuspe e direcionou sua jebona ao meu cuzinho. Quis resistir, mas o contato daquilo quente, e a pressão que ele começara a fazer, venceram minha resistência. Abri o máximo que pude e ele empurrou. Dei um grito forte quando a cabeça entrou e o orgasmo que me sobreveio, superou a dor das pregas que ia perdendo à medida que ele ia entrando e me rasgando inteira. Pouco mais da cabeça havia entrado, quando não conseguindo segurar, ele gozou como um animal. Nessa hora, toda a ternura, sensibilidade e delicadeza desapareceram. Jackson transformou-se num animal violento. Ainda gozando, estocou-me com furor e gritando, prolongava aquela gozada que há muito esperara. Senti-me doer pois estava machucada e comecei a pedir para que parasse. Jackson emendou direto, estocando com força e voltando a se parecer com aquele Jackson a quem temia, gritava:
─ Vagabunda! Não te disse que ia misturar nossos sangues? Pois toma! Vou encher teu cu de porra do Nêgo Zé. Vagabunda! Aproveita, goza também. É só disso que vocês gostam. Vocês só querem é o caralho da gente. Pra casar tem que ser moço de família, bonitinho, educado, não é? Mas pra fuder, basta ter pau duro. De preferência grande e grosso.
Eu chorava descontroladamente. Todo meu castelo de sonhos se desmoronava ao ouvir aquelas palavras. Jackson gozou mais uma vez e tirando de dentro, saiu de cima de mim. Tentei levantar e recebi um tapa na nuca, caindo de quatro. Jackson agarrou-me por trás e disse:
─Sua puta, fica assim de quatro e abre as pernas. Vou comer esse cu de novo, mas agora de quatro. Assim vai entrar mais fundo.
Minha cabeça rodava. Eu não parava de chorar e ele empurrou sem dó, nem mesmo se preocupou com o sangue que saía das pregas rompidas. Não caí pra frente porque ele me segurando pelas ancas, puxou-me para si, fazendo-me sentar sobre seu pau. Senti a cabeça forçando lá dentro, querendo romper minhas tripas. Agora ele não mexia, fazia que eu me inclinasse pra frente e pra trás o que era muito dolorido para mim. Demorou a gozar por que meus movimentos eram lentos por causa da dor. Desta vez, Jackson parou por uns minutos. Eu já não chorava, sentia ódio e desejo de vingança. Jackson, parece que lendo meus pensamentos falou:
─ Está com raiva de mim? Está melhorando... antes você tinha medo... Não se preocupe. Antes de sairmos daqui hoje, você vai me amar de novo. Tudo isso faz parte. A mulher pra ser mulher de verdade tem que passar pelo que estou fazendo você passar. É muito melhor do que a maioria das mulheres que só ficam no papai-mamãe. São mal amadas e se tornam mulheres infelizes, frustradas. Vamos, deita aqui.
Dizendo isso, puxou-me para perto de si. Lá fora, a chuva continuava caindo forte. O vento passara, mas a chuva... essa, aumentara. Deitei-me ao seu lado e ele vendo as lágrimas que rolavam silenciosas de meus olhos, as lambeu. Beijou-me nos olhos, buscando sorver cada gota daquele líquido salgado, mordeu meu queixo e deu uma mordidela nos meus mamilos. Pronto! Lá estava eu, de novo acesa e excitada, pronto pra mais uma sessão. Jackson limpou o sangue do seu cacetão que envernizara e levantando-se, com as mãos em conchas, apanhou um pouco de água da chuva e terminou a higiene de seu pau e voltou para mim, Jeba em riste, apontando para cima, balançando a cada passo. Ajoelhou-se entre minhas pernas e passando um pouco de cuspe na cabeça, ajeitou-o na minha virginal xoxota e foi empurrando. Agora com calma e ternura. Voltou a falar:
─ Vai meu bem, facilita levantando os quadris. Assim vai doer menos, vai, mexe devagarzinho, assim...
Jackson voltara a ser gentil. Foi empurrando e tirando, suavemente. Senti quando a cabeça tocou o cabaço, mas ele não forçou. Ficou nesse bailado esperando minha excitação aumentar. Minha xaninha estava completamente molhada e pulsava querendo receber dentro de si aquele membro nervoso, hígido, latejante. A cada estocada ele aumentava a pressão. Já começava a doer e eu comecei a gemer de dor. Foi quando num impulso mais forte ele rompeu meu cabaço. Não gritei, apesar da dor. Daí, ele empurrou tudo. A sensação de sentir a cabeçona abrindo espaço buscando a luz no fim daquele túnel feito de músculos e nervos, mas que conduzem ao verdadeiro sentido da vida: o prazer. Tal com na primeira vez que ele me proporcionara um orgasmo verdadeiro, gozei forte. Desta vez quem gemeu de dor foi Jackson. Cravei com raiva e força minhas unhas em suas costas. Arranhei-o como uma gata e mordi seus ombros. Uma das mordidas, tirou-lhe sangue e deixei as marcas de meus dentes. Daquela hora em diante, ficamos os dois enlouquecidos e travamos verdadeiras batalhas sexuais, até que cansados, ou melhor, exaustos, caímos de lado, quase desfalecidos. Lá fora a chuva amainara. Vestimos nossas roupas e fomos embora. Apesar do meu medo, jamais engravidei, mesmo tendo mantido essa relação com Jackson por mais três anos. Um dia, o dono do sítio, que aliás vivia de olho em mim, resolveu construir uma casa para ele morar. Era funcionário público e tinha se aposentado e queria vir viver no sítio. Depois que se mudou pra lá, conversava muito com meu pai e sempre fazia alusão a como eu era prendada e que ficaria muito feliz se eu quisesse casar com ele. Afinal ele iria fazer 50 anos e eu 18, mas apesar da diferença de idade, ainda poderia me fazer feliz e por outro lado, se ele morresse, o sítio e o apartamento que ele deixara alugado em São Paulo seriam meus. Meu pai era muito humilde e não acreditava nessa história de amor. Já minha mãe foi contra. Coube-me a decisão. Aceitei. Tive com ele dois filhos. Quando meu pai morreu e meu marido já estava enfraquecido, contratamos Jackson para cuidar do sítio e de mim, naturalmente. Meu marido nunca desconfiou de nada, pelo menos nunca demonstrou. Hoje, moro no apartamento que ele me deixou e Jackson administra meu sítio que transformei em pousada ecológica, onde estudantes de Biologia e amantes da natureza vão fazer trilhas e excursões. Durante toda a minha vida tive muitos homens, mas nenhum superou Jackson na arte de fazer amor e de todos os nomes desta história, apenas dois apelidos são verdadeiros: Zé do leite e Nêgo Russo.