Chego, ao lote quatro... Toco no botão que há-de soar a campainha do terceiro direito.
A voz doce de Cristina no auscultador, pergunta-me:
- Quem é? - Ao que me anuncio presente, esperando um sobe que surge das cordas vocais da boa Cristina...
Pois subo então, elevador acima, e ao chegar ao patamar do terceiro andar, já Cristina me espera à porta, num vestido azul quase transparente que faz notar as bonitas formas e os pontos de interrogação do seu corpo, e logo me desperta um nervoso miudinho denunciado apenas em meu coração apertado. Olás e boas noites em jeito de cumprimentos, adicionados a um beijo atrevido no lado direito da face e a fugir para o canto dos lábios!!!
- Pareces triste! - Observa Cristina, a quem respondo com um não pouco convincente, para admitir logo de imediato que, na realidade, estou com a moral um pouco em baixo, ainda por causa de uns problemas relacionados com um tipo que resolveu copiar uns textos meus...
- Maldito plagiador!!! - Reclamo, rangendo os dentes num ruído irritante para os meus ouvidos.
Aceitando o convite de Cristina, para me sentar no sofá, bem a seu lado, olho sem prestar atenção, um anúncio de televendas que passa no quarto canal! Cristina tenta animar-me com conversas sobre o tempo que começa a arrefecer à noite, e sobre os dias que já se manifestam um nada mais curtos em relação à semana anterior!!! Somente, acabo por prestar alguma atenção, aquando esta me coloca a mão direita sobre a minha perna esquerda, passeando-a cima e baixo, em festas vagarosas e palmadinhas doces complementadas por uns então, anima-te! vindos da sua voz melódica... Entretanto, levanta-se e vai até à cozinha, onde me prepara um café com todo o requinte...
- Obrigado, Cristina!
- De nada!!!
Enquanto adoço o café, a mão de Cristina passeia-se agora, pelo meu rosto, em gestos delicados, reclamando que eu levante a minha moral. Olho Cristina nos olhos, e pousando a chávena de café já vazia, sobre a mesa de vidro colocada à frente do sofá, aproximo-me dos seus lábios roubando-lhe um beijo quente que me leva a embriagar-me na luxúria dos sentidos. Deixamo-nos envolver por essa boa embriaguez e os corpos clamam pelo carinho meigo dos dedos esquecidos! Entretanto, a moral começa a subir! E, como ela sobe meu Deus!!! Sobe a moral ao sabor do momento onde a emoção vence todas as prudências. Cristina desata a despir-me a camisola devagar e dentro das calças, ele cresce e aparece!
- Cresce e aparece!!! - Reclamou tantas vezes meu pai para comigo, ainda em minha infância... Pois bem, pai! Aí está ele: bem crescido e aparecido!!!
Inicio-me então, no desabotoar dos botões que fecham o vestido de Cristina, roubando-lhe depois, as vestimentas interiores que só ali estão com o fim de me complicar a tarefa. Demovidos os meus adversários, distribuo beijos pelo seu corpo delineado. Após isso, e depois de Cristina se dar conta de que o meu pénis hasteado não é propriamente um rebuçado, teimo em alojar-me dentro de si! Vagarosamente, distribuímo-nos em manobras e em posições até ao clímax. Quais orgasmos de Os grandes e Ais meu Deus, quem sabe, alvos do ouvido na parede, da velha do lado, que quiçá deixa de dar atenção à novela das dez menos um quarto!!!
Entretanto, o tempo fica suspenso e um silêncio de ouro invade o ambiente onde os nossos olhares se cruzam, com aquele brilho próprio dos casalinhos de dezoito anos... Ficamos assim, mudos e nus, por alguns instantes, até que me levanto e dou por mim a tentear caminhos errados para a casa de banho!
- É por ali! - Corrige-me Cristina.
- Obrigado! - Agradeço...