Passaram-se duas ou três semanas... Edy ligava todos os dias, mas Tereza dava sempre a mesma resposta..Ela saiu...Ela esta dormindo...
Eu já sabia quando era ele pelos horários... mas não atendia.... os enjôos continuaram e só confirmou o que eu suspeitava...estava grávida. Meus pais brigaram, espernearam, mas não me expulsaram de casa... Minha mãe disse que já esperava por isso, afinal, ele nunca casaria comigo, pois eu tinha sido permissiva demais com outros... ( quem não leu os outros contos, deve saber que quando conheci Edy, minha mãe achava que eu não era virgem portanto, uma vadia)... porém eles falaram que eu tinha que contar pro Edy, afinal, ele era o pai...
Nem de longe eu pensava nessa possibilidade...continuei a minha vida, apesar de ter largado o cursinho pré-vestibular e o curso de inglês... só estudava e estagiava, já que era obrigatório... Edy ligava todos os dias, mas eu não atendia...
Era um domingo, noite fria...eu estava deitada no sofá ouvindo musica com o fone... não ouvi a campainha tocar... Tereza veio me falar que Edy...fui grossa e curta NÃO CONHEÇO NENHUM EDY... ela ainda tentou falar algo, mas recoloquei o fone no ouvido e continuei a alisar minha barriga...ainda não aprecia, mas eu estava contente, estava muito feliz... sofria muito, mas não me sentia tão sozinha...acho que cochilei... sonhava com Edy...seu abraço apertado...parecendo que ia me levar pra dentro dele... aqueles abraços em que você ouve o coração da outra pessoa batendo.... assustei-me, não era um sonho..ele estava ali. Recuei. Retirei o fone do som para que ele ouvisse a musica que eu estava ouvindo. Musica clássica, que ele odiava... Ele estava tão diferente...a barba estava crescida, parecia muito mais velho do que era... mas seus olhos mantinham aquele brilho que me faz até hoje me sentir ao mesmo tempo segura e com medo...é difícil de explicar.
Ele perguntou se eu não ia dizer a ele...se aquilo era certo... estava zangado, mas ao mesmo tempo tão doce... trouxe uma caixa de bombons e a tornozeleira que ele tinha dado de presente e que eu tinha quebrado em pedacinhos e mandado pra ele com um cartão ELO QUEBRADO.... no pacote tinha um cartãozinho, com os dizeres ELO NUNCA DESFEITO. Passou a mão em minha barriga, deu-me boa noite e foi embora...
Minha mãe veio ao meu encontro, estava eufórica e os mesmo tempo confusa....casamento, ela não sabia o que pensar... na vida dela ela sempre pensou que nunca casaria... teria que aprender tudo...lavar, passar, cozinhar. Eu nunca tinha lavado nem minha calcinha... pensei que nunca daria certo... eu não queria casar, mas ele disse bem baixinho VOCE NÃO TEM QUERER... O SEU QUERER É O MEU QUERER... casei...
Foi difícil, morei um tempo com meus pais, depois em Salvador, de novo com meus pais, e por fim nba nossa casa... enquanto estava grávida ele também estava, não pensávamos em sexo com tanta euforia, só com carinho... mas bastou a filha sair para matarmos as saudades... tivemos mais dois filhos... ai as coisas foram ficando difíceis...ele não podia me amarrar porque de repente uma batia na porta... não podia bater, porque fazia som e elas poderiam ouvir... foi assim durante sete anos de casados... não rolava sempre a sessão de sado ( mas não chamávamos assim, não conhecíamos por esse nome), mas quando rolava era demais...
Aqui se tem o costume de atribuir uma briga ao casal nos sete anos de casamento, acho que de tanto falarem dessa crise, entramos em crise... ele era muito ciumento, mas sem crises sérias... eu não trabalhava, pouco saia, não tinha amigos e isso o deixava certo do controle da situação... porem ele teve um acesso de ciúme, tentou me bater e levou..brigamos, ele foi embora..levou um mês fora... eu não o procurei, sabia que eu não estava errada... se tivesse sido entre quatro paredes.. mas não, foi na rua, com todo mundo vendo..apanhei, mas dei também...o suficiente para deixá-lo com o olho roxo e com as coisas entre as pernas doendo...
Depois de um mês ele voltou, mas algo tinha mudado...fazia amor apaixonados, mas ele não ousava tocar em mim bruscamente..sempre com um carinho...de inicio isso foi bom, mas comecei a sentir falta dos tapas, das mordidas... tentei em vão que ele me batesse, falei do passado, mas nada, ele não queria me bater... até as cordas ele afrouxou mais, eu saia, ia festas com meus pais... Simplesmente ele se tornou alguém normal... Arranjei um emprego, novos amigos, que por causa do emprego eram de nível cultural diferente do nosso... a única coisa que ele fazia questão era que eu não o desrespeitasse que o traísse,mas isso ele sabia que eu nunca faria...
O tempo passou... eu sentia falta de uma boa surra, mas não de uma boa cama...era bem servida, ele fazia questão que eu gozasse muito, antes dele gozar... mas eu sentia falta de algo.... um dia eu estava brincando, me masturbando, eu sabia que ele odiava isso... sentou, o brilho dos olhos, que eu julgava morto, estava apenas adormecido: ele me abraçou, prendeu minha mão embaixo do seu corpo, e segurou minha outra mão. Começou a friccionar meu grelo...sentia ele durinho, me fez gozar dezenas de vezes, eu pedia para ele parar... já sentia que estava toda assada, mas ele continuava... já suava, mas ele fazia mais e mais.... até que parou...levei uma semana com o grelo dolorido, todo assado... agora já sabia como provocá-lo de novo.
Então eu conheci a Internet....