Acabara de fazer 18 anos, final dos anos 70. Naquele ano, experimentava as primeiras noites fora de casa. Numa delas, um amigo me relatou que havia conhecido um cara, um senhor para ser mais exato. Meu amigo me chamou para visitá-lo, deixando escapar alguns detalhes da noite que haviam estado juntos. Para dois moços de 18 anos, havia muitos atrativos na casa daquele senhor. Podíamos beber à vontade, nos drogarmos, e o principal, ouvirmos música. Sua discoteca era fantástica.
O Fábio me disse para que eu não ficasse envergonhado. Transa, só se eu quisesse. E ao ver aquele homem moreno, alto, com um certo ar paternal, eu quis. Todavia, meu desejo permaneceu secreto; até para mim mesmo. Havia pouco tempo que transava com homens. Não tinha beijado na boca. Pra ser sincero, só aceitava o desejo que tinha por um padre do colégio que estudara. Um homem carinhoso que apalpava meu membro, enquanto repreendia meus deslizes de comportamento. No mais, foram transas em banheiros, ou em lugares inusitados, como convinha a um adolescente que havia acabado de deixar de o ser.
Mas com o Carlos foi diferente. Sabia que ele era cauteloso. Ele não forçava a barra. Talvez tivesse medo de ser confundido a um pedófilo. Ou talvez soubesse dar um tempero de afetividade em suas transas. Com um sorriso simpático ele me cumprimentou. E disse que gostou do meu aperto de mão; forte e carinhoso, nas palavras dele. Ficou só nisso. Conversamos e ouvimos música à noite inteira. Confessamos nossos gostos mútuos, enquanto o Fábio parecia não estar mais lá.
Ainda não tinha carro. Naquela mesma noite, Carlos me levou para casa. Apenas uma pergunta: você quer mesmo ir embora? Para me proteger, Fábio dissera a ele que eu morava em um outro endereço. Para me desproteger, deixei que ele me levasse à porta de minha casa. Ficou um convite para que eu passasse o sábado na casa dele. Fiquei o resto da noite pensando no que Fábio me contara: que Carlos era tímido, e que sua estratégia era deixar a mão escorrer, como que por acaso, no colo do outro, enquanto ouviam música, como se nada estivesse acontecendo.
No sábado, fomos à casa do Carlos. Havia um código entre Fábio e Carlos, que eu fingi não perceber. Fábio disse que tinha que ir embora, mas para que eu ficasse. Eu fiquei. E Carlos me mostrou uns discos que comprara, sobre os quais havia me referido na noite anterior. Sorrisos, olhares desviados, comentários esparsos. Subitamente, uma voz: gostei muito de você. E outra: eu também. O Fábio sacou, mas não tem problema. Para min não, sou livre! Aquele senhor pegou minhas mãos, e com um olhar infantil perguntou: você quer me experimentar? Não precisa ser veado pra fazer isso Nos beijamos na boca.
Aquele senhor imenso, bronzeado, com sua barriga protuberante começou a se despir. Nada que eu tivesse imaginado. Ele usava uma cueca mínima, branca, quase transparente, que deixava nítido o volume que nela se insinuava. Apenas de cueca, com as coxas grossas abertas e os abraços estendidos ele disse: vêm, tira a sua roupa e vêm. Enquanto ele permanecia com os braços estendidos, tirei a minha roupa, fiquei só de cueca, com o membro duro, não tão grande quanto o dele, e me joguei entre seus braços.
Enquanto nos beijávamos, descobria a nítida diferença entre nossos corpos. Seus braços e pernas eram grossos, peludos. Os meus, nem tanto, embora uma penugem alourada lhes revestissem. Ele devia ter 1.85, eu, pouco mais de 1.60, mas na cama, nossos sexos se tocavam enquanto nos beijávamos. Sabia como eram seus dedos; rudes e grossos, que deslizavam em minhas costas. Ele dizia: não fique grilado, vou tocar em sua bunda naturalmente, não quer dizer que você seja veado. E nos beijávamos entre uma confissão e outra. E esfregávamos nossos membros duros, que quase saíam da cueca. Nos assentamos, abraçados de frente um para o outro, beijávamos, esfregando nossas barrigas, um no colo do outro, e um pegava no membro do outro, como se nunca tivessem feito aquilo.
Aos poucos percebi que imitava os gestos de Carlos. Enquanto eu estava deitado entre suas coxas, suas mãos adentravam minha cueca, seus dedos roçavam minha bunda e os meus testículos. Em seguida, eu fazia o mesmo. Ele segurava meu rosto, beijava a minha boca. Eu o beijava também, e sentia um misto de calor e frio na barriga. Meu membro latejava, mas eu queria continuar a ser tocado.
Aos poucos, Carlos não me tocou apenas com os dedos, mas com as mãos inteiras, que abaixavam e erguiam minha cueca. Em contrapartida, eu me esfregava cada vez mais nele, sentindo o volume e a forma de seu membro, encostando em meu membro. Nos abraçávamos com força, em um ritmo frenético. Até que suas mãos quentes e grossas cobriram por inteiro minha bunda, abaixando minha cueca até os joelhos.
Carlos não esperou que eu o imitasse naquele gesto e ficou nu. Agora nos abraçávamos nus, e com meu membro sentia seu membro duro, grosso, grande e macio. Estava a beira de um orgasmo, mas, pela primeira vez na vida me contive. Eu queria mais. E me esfregava em Carlos, enquanto era envolvido por seu abraço. E aquele senhor dizia sentir saudades de mim, mesmo sem ter me conhecido antes.
Subitamente, Carlos nos mudou de posição. Agora ele me chupava, percorria sua língua entre minhas partes sensíveis. Relutei em imitar aquele gesto. Nunca havia chupado um homem. Mas o desejo era forte e Carlos sabia. Com suas mãos firmes e seguras ele inclinou minha cabeça até seu membro. Nos chupamos mutuamente. Até então não havia percebido o tamanho de seu membro. Mas agora sabia que ele mal cabia em minha boca.
Com suas mão grossas, Carlos envolvia minha bunda empurrando meu corpo em direção à sua boca. Enquanto isso, eu lhe chupava segurando firmemente uma das bandas de sua bunda. Depois descobri que era bom segurar seu membro com as duas mãos. E me deliciava fazendo seu membro deslizar em minha face. Eu latejava e ele também.
Pressentindo que íamos gozar, voltamos a nos abraçar. Apertando minha face, Carlos dizia: eu quero te sentir . Eu já não dizia mais nada, apenas o abraçava. Carlos se ergueu, ficando assentado na beira da cama. E eu, no colo dele, lhe beijava na boca, oprimindo seu membro entre a minha bunda. Daí, rolamos na cama, e quando eu estava em cima dele de novo, senti meu membro em sua barriga, em um movimento frenético. O membro dele, roçava a entrada de meu ânus. Agora nos olhávamos cheios de desejo.
Carlos disse que não era do feitio dele comer e ser comido. Que ele gostava daquilo que estávamos fazendo. Mas seu olhar desmentia sua fala. Em seu olhar estava a nítida intenção de fazer roçar o seu pau em minha bunda. Aos poucos, eu perdia a vergonha, e tornava aquele gesto cada vez mais explícito, direcionando minha bunda ao encontro de seu membro.
Ficamos assentados de novo. Eu, colado na barriga de Carlos, enquanto a ponta de seu membro roçava em minha bunda e seus dedos deslizavam em minhas costas. Por minha vez, friccionava meu membro em sua barriga e cravava meus dedos em seus cabelos.
Talvez por inocência, por não conhecer a dor de ser penetrado, abri com uma das mãos as minhas nádegas, movimentando-me em direção ao membro de Carlos. Como um deus grego, Carlos erguia-me pela cintura, ao tempo que, como uma de suas mãos, direcionava seu membro ao meu ânus. Dotado de um misto de apreensão e desejo, senti aquele volume grosso tocar a entrada de meu ânus. Apertava minha bunda, tentando reter as extremidades daquele volume. Carlos começou a passar seu dedo úmido de saliva na entrada de meu ânus. Ao tempo em que ele levava o dedo na boca, seu membro que me roçava.
Percebendo meu medo, Carlos segurou firmemente minha cintura e fez que eu me assentasse sobre seu membro. A dor que me invadiu virou lágrimas, que Carlos enxugava uma a uma com palavras de carinho. Ficamos parados por um breve tempo, eu assentado com o membro de Carlos dentro de mim. Aos poucos pude identificar que aquele membro latejava. E meu membro se ergueu novamente.
Descobri novamente a barriga de Carlos encostada à minha, senti as minhas coxas repousadas nas coxas de Carlos, senti seus pelos tocando minha bunda. Comecei a movimentar a minha bunda, de forma que ela se esfregasse naqueles pelos. E lá no fundo um prazer incrível se aproximava, misturado à dor.
Carlos me perguntou: meu querido, você fica de quatro para mim? Me ergui da posição que estava e fiquei do jeito que ele queria. Carlos, com uma das mãos, segurou minha barriga, com a outra direcionou seu membro duro na entrada de meu ânus. Carlos enterrou aquele membro em mim, de forma que precisei de um tempo para me acostumar. Meu gemido saiu baixo, mas Carlos ouviu. Novamente, aquele membro latejando dentro de mim. Agora eu e Carlos fizemos um movimento contrário. Enquanto ele segurava firmemente minha cintura e me estocava sucessivamente, eu procurava reter seus movimentos, buscando ficar parado entre suas coxas, sentindo seus testículos e seus pelos em minha bunda.
As mãos de Carlos tocavam meus mamilos, meu pênis e minha barriga. Eu esfregava minha bunda em seu ventre, querendo que aqueles pelos e aqueles testículos não se descolassem de mim. Subitamente, anunciei meu gozo. Carlos me comeu com força, com estocadas fortes e rápidas. Pude sentir suas coxas cada vez mais rígidas, pude sentir seus testículos batendo em minha bunda. Gozamos juntos. E ficamos deitados abraçados.