Verdade ou Conseqüência

Um conto erótico de Bruno
Categoria: Heterossexual
Contém 2756 palavras
Data: 15/05/2007 09:26:50
Assuntos: Heterossexual

Eu não acreditei quando o professor leu os nomes da Aline e da Fernanda no nosso grupo de trabalho. Não que essas meninas fossem as mais inteligentes para produzir algo eficiente, mas porque simplesmente eram as mais gostosas da sala. Fui comentar com o Arthur que já tinha até uma explicação espiritual pra tamanha sorte.

– Você acha mesmo que eu fiquei rezando a aula toda em vão, Bruno? – comentou em seu conhecido estilo brincalhão esse grande camarada da faculdade e quarto e último integrante do grupo. – Vamos combinar com elas de prepararmos o trabalho lá em casa. Depois que elas entrarem, eu tranco e jogo a chave pela janela – rimos. Aline e Fernanda eram garotas concorridas em qualquer grupo. Diziam que todos os trabalhos com elas eram sempre ‘bem feitos’, se é que vocês entendem o que eu quero dizer.

No churrasco do segundo período de Publicidade nós dois já tínhamos nos insinuado para a dupla de gatas, o que acabou por produzir alguns efeitos concretos, como uma maior abertura para futuras investidas. Aline era uma moreninha de dezoito anos, pra lá de tesuda, cheia de dengos que diziam ser apenas fachada para uma grande faceta devassa. Fernanda era uma gatinha de mesma idade, cabelos loiros e rosto com sensuais sardas que escondiam verdadeiro furacão adolescente. Para não ser tudo tão perfeito, tínhamos conhecimento de que elas estavam ficando com uns indivíduos do quarto período. Nada que não pudesse ser contornado.

– Então, fica assim: amanhã, sete e meia lá em casa. Levem os livros que acharem mais interessantes. Moro no Condomínio Santa Mônica, apartamento setecentos e dois. Vocês sabem chegar lá? – perguntou Arthur.

– Sei sim. Fica ali perto da Igreja Santa Mônica, não é? – disse Aline.

– Exatamente. O prédio onde moro é bem ao lado. Rezo todos os dias pra que ela nos abençoe e tenho visto claros sinais de que as graças estão sendo alcançadas. Esse trabalho vai ser fácil e certamente passaremos com folga. Já tenho até uns artigos baixados que poderemos usar.

– Será que minha presença é tão fundamental? – perguntou Fernanda, gerando angústia em nós dois pelo possível desfalque.

– Claro que é importantíssima a sua presença. Você é uma das mais aplicadas alunas do Abel, como é que não vai? Corta essa Fernandinha. Estaremos te esperando.

– Tudo bem, vou com a Aline. Mas só vou poder ficar até quinze pras dez porque ainda vou encontrar o Alessandro – falou, tocando no nome do namorado.

– Tudo bem. Não levem biscoitinhos porque eu arrumo os aperitivos. E a bebida é liberada até a meia-noite – brincou Arthur, todo despachado, feliz com a confirmação da gostosa.

Trocamos telefones e nos despedimos. Arthur e eu compramos uns salgadinhos, cervejas e começamos a festejar por antecipação a realização do tal trabalho, cujo título era ‘A Verdade na Propaganda’. O trabalho era o de menos. O lance todo era a presença das beldades lá no apartamento.

– Bruno –, disse Arthur quando saímos da Faculdade – eu vou preparar esse trabalho todo antes da Aline e da Fernandinha chegarem. Então, quando elas estiverem lá, a gente faz um floreio e parte para o que realmente interessa. Dê uma idéia de como poderemos, digamos, ‘interagir’.

– Humm... cara, que tal o jogo da ‘Verdade ou Conseqüência’? É sempre uma forma de quebrar o gelo e ao mesmo tempo fazer grandes revelações! E tem tudo a ver com o trabalho que estamos fazendo.

– Meu irmão, você é um gênio!

– O problema é que a Fernanda está o com pé atrás, falando do namorado... – ponderei.

– Cara, não se engane com essas garotas. Acredite que elas podem dar independente do ‘estado civil’ atual, porque só vai depender do nosso próprio suor. Faculdade é o tempo em que as gatas transam indiscriminadamente e a Aline e a Fernandinha estão muito longe de ser exceção. Vamos ou não vamos ‘tirar dez nesse trabalho’?

Sete horas e nós dois ali, com tudo, claro, já devidamente esquematizado como manda o figurino. Livros, cadernos e apostilas sobre a mesa. A geladeira recheada de cervejas e os salgadinhos repousando no forno. O cenário estava tão caprichado que até os pais do meu camarada estariam fora naquela noite. Foi quando tocou o interfone. Era o porteiro informando a chegada das visitas. Eu só ouvia as palavras do engraçadinho do Arthur:

– ‘Deixar subir’ não, Silvano, ‘mandar’! Manda subir. Dê uma ordem! – riu Arthur. – Agora, Silvano, me antecipa aqui... como é que elas estão vestidas? Hummm.... barriguinha de fora? Você tem certeza?! Porra, Silvano, me empresta um daqueles seus remédios de pressão alta.

Logo a campainha tocou e o apartamento do Arthur se encheu de beleza. A roupa básica que escolheram não poderia estar mais adequada aos nossos desejos: blusinhas que deixavam pequena parte da barriga aparecendo, amparadas por calças jeans que torneavam bem as pernas e as deliciosas bundinhas. Eu e Arthur parecíamos dois cachorros olhando para aquelas máquinas de padaria que assam frangos enquanto eles giram.

– Entrem, entrem... – disse Arthur – fiquem bem à vontade. Já havia começado o trabalho junto com o Bruno. Agora é só adicionar o que vocês arrumaram.

Ficamos algum tempo estudando o melhor encaixe do material que elas trouxeram com os capítulos já prontos. Mas não tardou para assuntos sociais entrarem em pauta. Em certo instante Aline comentou que o cara com quem saía achava que ela não deveria ser publicitária, pois, segundo o idiota, ela ‘era bonita demais para ser uma vendedora’. E isso a fez levantar dúvidas sobre se queria mesmo seguir aquela carreira.

– Vocês já repararam que foi a raça humana quem inventou a dúvida? É fato que só nós nos preocupamos em saber se as aparências correspondem à realidade – filosofou Arthur, passando as mãos carinhosamente pela cabeça de Aline, ajeitando seus cabelos.

– Olha, são oito e vinte e dez horas eu tenho que ver o Alessandro – disse Fernanda.

– Você gosta dele? – arrisquei a pedrada para ver no que dava.

– E essa garota gosta de alguém? Ela gosta é de farra – alfinetou Aline, com um esboço de riso.

– Vai ter troco – garantiu a loira à amiga. – Não sei se gosto, mas não minto quanto aos meus sentimentos.

– Que engraçado a Mentira, não é? É uma instituição tão ardilosa que existe até na forma de verbo: eu minto, você mente, nós mentimos – falei com um sorriso despretensioso, minimizando o problema.

O clima foi ficando descontraído e contava a nosso favor o fato de Aline e Fernanda serem duas garotas sem muitas frescuras. Após algumas cervejas e brincadeiras elas já riam efusivamente de nossos trocadilhos e piadinhas. A coisa foi ficando nos moldes que queríamos.

– Como esse trabalho está com um enfoque muito teórico, vamos torná-lo mais prático. Que tal um jogo de Verdade ou Conseqüência aqui entre a gente para demonstrarmos como a Verdade pode modificar situações e pessoas? – argumentei.

Elas acharam interessante aquela proposta marota de uma brincadeira didática.

– Tudo bem. Pra distrair tá valendo – concordou Aline.

– Mas só interessa a Verdade, hein? Ou então vamos assumir a Conseqüência sem desculpas. Vejam bem que está valendo nossa passagem para o terceiro período. Olha a responsabilidade!

Sentamos no chão trazendo as latinhas e os aperitivos. Arthur arrumou um chinelo para fazer o ponteiro. Deixamos inicialmente que a Fernanda girasse. Ele parou de forma que a loirinha faria a pergunta para mim.

– Verdade ou Conseqüência?

– Verdade.

– Você pegou alguma garota da sala no último churrasco?

– Sim.

– Quem?

– Bom... é só uma pergunta por vez, gata. A sua já foi – respondi gostando de saber do interesse dela. Eu havia trocado uns beijos com uma menina não muito atraente, mas que não era de se jogar fora. Por ora era bom apenas que elas soubessem que eu não havia ficado encalhado naquela festa.

O chinelo rodado por Arthur caiu indicando que agora eu faria uma pergunta para a Fernanda.

– Verdade ou Conseqüência?

– Hummm... Verdade.

– Você ainda vai beijar na boca essa noite?

Essa pergunta a fez sorrir. Ela olhou o relógio tentando verificar a real possibilidade de encontrar o namoradinho antes da meia-noite e respondeu titubeante:

– Espero que sim.

– Esperar não é segurança. Lembra do capítulo seis do trabalho? A certeza elimina dúvidas, mas o “esperar” é deixar o tempo decidir por você. Você está com vontade agora?

– Posso pensar? – perguntou, confusa. Olhou novamente relógio e passou a mão na testa, com pequena pane mental com as palavras “vontade”, “agora” e “beijo na boca”. Virou o rosto para a Aline e riu buscando esconderijo no ombro da amiga. Pegou a lata de cerveja. – Bom, com vontade eu estou, né, claro.

A gata, então, tratou de rodar logo o chinelo para não se perder mais nas palavras. O instrumento, entretanto não a ajudou na fuga, pois parou mostrando que ela deveria responder a uma pergunta do Arthur.

– Verdade ou Conseqüência, gata?

– Humm... Verdade.

– Você faz sexo sem compromisso ou só transa com amor?

O sorriso, antes leve, permaneceu, mas agora tentando encobrir uma clara preocupação. Olhou para a Aline que assoviou olhando pra cima, se eximindo de uma eventual ajuda.

– Olha, se não existir amor, mas tiver desejo eu tô dentro – disparou, rindo ainda mais que a amiga, deitando sobre o colo desta.

Chinelo rodado por mim indicou pergunta da Aline para Arthur.

– Verdade ou Conseqüência?

– Verdade.

– Você já se masturbou pensando em mim?

Pequeno silêncio. Foi a vez de Arthur sentir os nervos tremerem. Ele iria mentir ou não?

– Bom... já, já... – murmurou tenso. Aline sorriu e mexeu com os cabelos.

Chinelo rodopiado. Fernanda para Aline.

– Verdade ou Conseqüência?

– Verdade.

– Você faz sexo anal? – metralhou com uma gargalhada nervosa vindo anexada.

– Ah, essa não... – disse Aline rindo e escondendo o rosto de uma timidez que não existia.

– Regra do jogo e do trabalho. Está lá no capítulo três, a omissão nada mais é que ‘Mentira disfarçada’. E a Verdade, além de ser a melhor opção, deve sempre prevalecer – afirmou Arthur com uma autoridade debochada. – Não é por você já ter dado que vamos comer sua bunda aqui de novo – disparou com seu jeito fanfarrão.

– Será que não? – sugeriu subitamente Fernanda, que fazia umas caretas como se duvidasse das nossas intenções.

– Ô Fernanda... você já sabe essa resposta... – tentou despistar Aline.

– Mas eles não.

– Tá... já. Já fiz algumas vezes.

– E gostou? – continuou Fernanda, incrivelmente jogando ainda mais lenha na fogueira dos desejos, cujo incêndio já estava ficando fora de controle.

– Epa, peraí... de novo?

– A pergunta é minha, garota... entre amigas vale. Diz aí. Sei que gostou. Você gosta disso – e fez gestos com os punhos cerrados e os dois braços paralelos na altura do quadril, indo-e-vindo, como se estivesse metendo em alguém.

– Ah, de vez em quando é bom, né? – admitiu a morena gostosa.

Eu e Arthur olhamos um para o outro e demos uma piscadela. Ele pegou o chinelo e, fingindo ter girado, deixou-o parado de forma que eu deveria bolar uma pergunta para a Aline.

– Ei, assim não vale! – reclamou a delícia fazendo beicinho.

– Capítulo nove, gata. O blefe pode ser usado quando as duas partes saem lucrando.

– Verdade ou Conseqüência? – emendou rápido Arthur, logo após minha explicação, forçando uma resposta ligeira.

– Tá, vou aceitar. Conseqüência.

– Fique só de calcinha e suti㠖 determinei.

– Como é?

– Regras são regras. Todos aqui aceitaram, honraram. Veja o nosso trabalho aí na mesa. Descumprimento de qualquer coisa é rompimento com a Ética, com a Verdade. Você sabe disso.

Ela ficou inerte por alguns segundos. O rosto enrubesceu e um sorriso nervoso de canto de boca emergiu verdadeiro. Ouviu-se o barulho de lata de cerveja sendo amassada em sua mão. Seu olhar aturdido, semelhante ao de um enxadrista perto de levar xeque-mate, revirou a sala procurando alguma salvação. Sem obtê-la, cedeu. Pouco a pouco Aline foi mostrando que seu corpo não era nenhuma propaganda enganosa: a garota era linda mesmo. Uma cintura esculpida quase que por uma entidade divina, realçando uma bunda muito bem desenhada e convidadtiva, atraente atrás daquela calcinha maliciosamente cavada. Peitinhos delicados, mesmo ainda ligeiramente escondidos pelo pequeno sutiã, saltaram promovendo uma hipnose. Em seu íntimo ela parecia estar bastante feliz pela exibição.

– Verdade ou Conseqüência, Fernanda? – perguntou Arthur, sem nem rodar o chinelo, enquanto Aline ainda terminava de se despir.

– Mas você nem girou...

– Depois das nove da noite as perguntas passam a ser livres, gatinha, regra universal do ‘Verdade ou Conseqüência’ – inventou.

– Então... Verdade pra mim – disse Fernandinha.

– Pra mim também – respondi, já partindo para um beijo inesperado, abraçando-a com vontade. Se ela se assustou com a abordagem, não demonstrou, pois não ofereceu nenhuma resistência.

Rolamos no chão com minhas mãos inspecionando aquele corpo tenro que eu pretendia há algum tempo. Ela me beijava com ardor, esquecendo ou ignorando que ainda iria encontrar seu namoradinho naquela noite. Enquanto permanecíamos naquele amasso gostoso por sobre papéis e apostilas, Arthur e Aline já estavam partindo do beijo na boca para as chupadas aleatórias. Resolvi levantar e levar a minha loira-maravilha para a cama do amigo, já que ele não se importaria muito, enfiado que estava já com a cara entre as pernas da morena.

No quarto, Fernanda se despia muda para mim. Seu corpo, assim como o de Aline, era a própria definição de beleza. Mesmo que ela não possuísse corpo tão delicioso, suas atitudes a colocavam como uma garota desejada de qualquer jeito. Sem grandes rodeios, sentou-se na cama e passou a procurar meu pau como se soubesse exatamente o que iria fazer com ele. E sabia mesmo! Notei que ela própria representava uma fraude para a essência do ‘Verdade ou Conseqüência’, já que com aquele rostinho meigo, lindo e sensível não havia por onde imaginar que pudesse chupar um pau, menos ainda que o fizesse de maneira tão gostosa. Mas pra minha felicidade ela não estava preocupada com isso e sim em gerar prazer. Não por acaso meu gozo já estava próximo. Estanquei o boquete para poder colocá-la mais para o centro da cama de forma que pude, então, mergulhar naquela bucetinha que tanto almejei. Os fios tinham uma coloração ruiva e o aroma era indescritível, algo como flores de um local protegido por deuses. Chupei gostoso, ora escapulindo com a língua pra dentro, ora massageando a superfície macia. Ela gemia em sinal de sintonia. “Vem”, pediu. Não precisou chamar de novo. Coloquei a camisinha com rapidez e encontrei minha ninfa de olhos fechados, ronronando. Nossas línguas se encontraram simultaneamente à entrada de meu pau em sua bucetinha úmida. Que delícia era aquela garota. “Fode sua putinha, fode”, pedia ela com uma voz rouca perto de meu ouvido. “Que vagabunda gostosa você é... melhor que qualquer uma daquela faculdade”, dizia. Comer aquela gata era a realização de um sonho. Ela não decepcionava, mexendo, arranhando minhas costas. Por tantos tremores e gritos incontidos deduzi que ela atingia o orgasmo. Eu estava bem perto também quando ouvi um barulho estridente de toque de celular sem parar vindo da sala. “Pelo tipo de toque é meu namorado”, informou. Resolvi ignorar, mas o corno ligava insistentemente e ia acabar atrapalhando a foda do Arthur. Então, disse para ela esperar que eu pegaria o aparelho para desligar. Corri de pau duro até a sala e me surpreendi com a cena: Arthur metendo furiosamente no cú de Aline, de quatro no sofá, com os cabelos soltos, esvoaçados. “Estraga meu cuzinho” foi a última coisa que ouvi da morena antes de voltar para o quarto com o celular histérico. O visor piscava inquieto com o nome “Alessandro”. Então, uma idéia perversa passou em minha mente enquanto entrava no quarto.

– Atende o cara – falei pra Fernanda.

– Como?

– Inventa uma história e diz que vai chegar atrasada.

– Oi, Alessandro? – atendeu a loira enquanto eu tirava a camisinha do pau. Logo passei a esfregá-lo entre seus lábios e o celular. Quando ela estava só ouvindo, o pau estava dentro da boca – Não, não... o trabalho era mais complicado do que a gente imaginava. Mas já estou terminando e aí eu passo aí pra gente se ver.

Enquanto ela falava, eu suspendia seus cabelos e passeava com meu caralho por sua nuca delicada. Ao terminar de mentir, segurou meu pau e mamou ainda com mais vontade, colocando tudo até a garganta e voltando para a ponta. Diante da selvageria gostosa daquele boquete não tive como segurar o gozo, que veio febril, ardente. Em estado de torpor eu me apoiei em seu ombro para melhor contemplar a porra escorrendo por seu rosto, misturando-se às suas sardas. Não sei se a conseqüência de um belo orgasmo pode fazer com que uma mulher diga a verdade, mas Fernanda, auxiliada pela atmosfera sexual que imperava naquele quarto, falou em voz baixa que me amava.

– Mentirosa!

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Comentários

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ficou bom, mas vc não terminou o conto ainda neh, nao iria fazer sentido parar agora

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