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Memórias de uma exibida (parte 13) O retorno da exibida
Eu e Betinho passamos no vestibular para o mesmo curso, passando a estudar à noite. Ele não precisava, pois era de família rica, não precisava trabalhar. Mas, eu queria chegar à minha independência o mais rápido possível, e preferi estudar à noite, para começar a estagiar durante o dia.
No começo foi um pouco chato, pois não tínhamos mais a nossa galera, que tinham tomado outros destinos. A nova turma era legal, mas, íamos conhecendo-os aos poucos. Não dava para fazer as loucuras que fazíamos com os amigos do colegial.
Eram, em sua maioria, jovens entre 17 e 20 anos, saudáveis, bonitos, cheios de sonhos e com muita energia pra gastar. A única exceção era Eduardo, um homem maduro, no final dos trinta anos, quase quarenta. Discreto e calado, ele preferia ficar num canto quietinho, lendo um livro, ao invés de se juntar à nossa algazarra do corredor, no intervalo entre as aulas. Mas, se alguém puxasse conversa, era simpático e sempre tinha algo para dizer, sobre qualquer assunto. Fisicamente, era quase invisível. A não ser os cabelos grisalhos, que chamavam a atenção, era daquelas pessoas, nem feias, nem bonitas, nem gordas, nem magras. Aparentemente, ele gostava de juntar-se a nós, mas, manter-se mais escutando do que falando.
Não demorou muito para que alguém sugerisse a primeira festinha. Betinho sugeriu que fosse na casa dele, o que todos adoraram. Mas, embora terminássemos todos tomando banho de piscina só de calcinha, sutiã e cuecas, não rolou nada de mais. Fiquei curiosa para ver o que Eduardo faria, mas, ele se juntou ao grupo numa boa, conversando e bebendo como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Ficando próxima a ele, escutei alguma coisa sobre Tambaba.
- É a praia de nudismo? perguntei.
- Sim, é lá mesmo. disse ele, com um sorriso.
- E você foi lá dentro, onde todo mundo fica nu? perguntou alguém.
- Claro. Você acha que eu iria viajar tanto para ficar do lado de fora?
- E tirou a roupa? Peladão? quis saber uma menina.
Ele ria à vontada, perante a estupefação da garotada. De repente, comecei a perceber que, apesar de ter quase a idade do meu pai, Eduardo (ou Du, como gostava de ser chamado) parecia ser uma pessoa interessante. Nas conversas posteriores, soube que, além da sua profissão séria, ele também era fotógrafo. Quando falávamos sobre isso, eu mencionei que já tinha sido modelo, e ele perguntou se eu não gostaria de tirar algumas fotos, qualquer dia desses. No calor da conversa, concordei, mas, o qualquer dia não tinha prazo. Terminei esquecendo isso.
Após as primeiras provas e trabalhos, descobrimos que Eduardo só tirava notaços, e todo mundo ficou interessado em participar dos grupos em que ele estivesse. Aos poucos, fomos formando um grupinho mais próximo. De vez em quando nos reuníamos na casa de alguém, para estudar ou só para uma festinha.
Em uma destas vezes, fomos ao apartamento de Du, que, como o dono, era discreto, moderno e aconchegante. Já meio tarde, todos haviam ido embora, e Eduardo, Betinho e eu tomávamos a saideira. De repente, Betinho olhou as diversas fotografias penduradas na parede do apartamento e falou:
- Ei, Du, é verdade que você queria fotografar a minha doidinha? ele falou isso com uma risada, enquanto apontava para a foto de uma garota nua. Mas, é assim, pelada?
- Não sei, dependeria dela. Na verdade, acho que gostaria de fazer uma série de fotos de vocês dois, se topassem.
Eu já estranhara o que Betinho falara, pois, apesar de não ser muito ciumento, ficara desconfiado, quando eu falara do convite de Eduardo. Mas, acho que a vaidade falou mais alto:
- Por mim, tudo bem, não sei se Vick topa respondeu Betinho, olhando para mim. Fiquei meio irritada, por estar sendo mencionada como um objeto. Numa atitude desafiadora, retruquei:
- Pois, eu topo, e até gostaria de fazer agora.
- Agora, sem preparação, maquiagem, nada? perguntou Du. Notei que ele não queria que alguém brigasse, já que a noite tinha sido tão agradável.
- Não, tudo bem, deixa eu só retocar o batom.
- Ok, vou pegar a máquina.
E, de repente, lá estávamos nós três, em pé na sala, Du com a máquina na mão, sem saber o que viria a seguir.
- E aí, Du, o que fazemos? perguntei, para quebrar o gelo.
- Fiquem os dois abraçados, perto daquela parede.
Fizemos como ele pedira, e ele bateu algumas fotos. Eu estava com um vestido de alcinhas, só de calcinhas por baixo, e Betinho de jeans e camiseta. Du, então, pediu para Betinho tirar a camisa e eu o vestido. Ele ficou surpreso quando me viu só de calcinhas e perguntou se não tinha problemas. Eu disse que não e ele perguntou a mesma coisa para Betinho, que também disse OK.
Nas primeiras fotos, eu fiquei de costas para a câmera, com uma tanguinha preta, que não era fio dental mas era bem pequenininha. Ele pediu para eu colocar dentro da bunda, o que fiz com prazer. Depois, ele pediu para Betinho enfiar a mão no lado da calcinha, puxando-a um pouco para baixo, para mostrar a marquinha do bikini.
Nas próximas, ele pediu para eu me virar, e eu fiquei mostrando os peitinhos, a calcinha cobrindo só a xoxota mesmo, aparecendo um pouco dos pentelhos, que ultimamente Betinho pedira para eu deixar crescer.
Eu estava adorando a idéia de estar praticamente nua, na frente de um homem que nada tinha a ver comigo e, também, na frente do meu namorado. Ele foi pedindo outras poses, com Betinho colocando as mãos em meus peitos, etc.. Numa delas, ele pediu para Betinho colocar a mão na minha xoxota e baixar a calcinha até as coxas. Quando baixei, meio intencionalmente, deixei a calcinha deslizar, ficando totalmente nua, a não ser pela mão de Betinho na minha xoxota.
Mais uma vez, Eduardo perguntou se não tinha problema, mas eu disse que não se preocupasse, eu estava acostumada. Finalmente, tirei uma foto com os braços levantados, segurando o pescoço de Betinho, o corpo totalmente exposto, numa pose muito sensual. Eu estava sentindo a xoxota toda molhada, de excitação, e, ao me encostar em Betinho, percebi que ele estava de pau duro. Não deu para perceber se Eduardo estava alterado, pois estava com uma blusa comprida, mas, acho que o senso profissional dele o ajudou a se controlar. Mas, eu sentia que ele também estava excitado.
A atmosfera estava tão carregada de sensualidade, que foi difícil pararmos tudo. Talvez, se alguém tivesse tomado a iniciativa, a coisa teria terminado em suruba. Mas, Eduardo tinha o controle da situação, e eu sei que Betinho era muito machista para querer dividir uma mulher com outro homem (se fosse outra mulher, ele toparia na hora!).
Eduardo descarregou as fotos no computador e nós ficamos olhando, uma por uma. Eu estava ainda tão excitada com a situação, que vesti só a calcinha, porque Betinho pediu, mas fiquei com os peitinhos de fora, bem pertinho de Du, sentindo o calor dos dois homens.
Quando, finalmente, nós nos despedimos, Betinho estava tão louco de tesão que não deu tempo chegar na casa dele. Nós paramos no primeiro motel que encontramos e transamos feito loucos.
Mas, alguma coisa havia mudado a partir daquela noite. O meu lado exibicionista, que ficara tanto tempo adormecido, voltara com toda força, e descobri que gostava disso e queria repetir essa sensação mais vezes.