Coquetel de frutas

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Heterossexual
Contém 1691 palavras
Data: 05/11/2007 13:26:50

Nota do Autor: Só para evitar confusões: 1)Apesar desta história ser narrada por uma mulher, o autor é homem. 2) Este conto é pura ficção.

COQUETEL DE FRUTAS

by Daniel

A vida é apenas uma sucessão de rotinas. Principalmente para uma mulher casada. Até as brigas fazem parte de um ritual rotineiro. Quantas vezes não aconteceu? estamos tomando um banho juntos ou brincando na cama... e eu descubro um arranhão, uma mordida, até um chupão... que não fui eu que fiz.

E o pau quebra. Eu durmo de calcinha, ele vai trabalhar sem café. Foda-se...

E ele aprontou de novo. Mas dessa vez vai ser diferente, ah, garanto que vai. Cumpro conformada as minhas tarefas de dona de casa, deixo tudo um brinco. Às quatro horas, até mesmo o jantar está encaminhado e estou pronta para dar minha caminhada habitual no calçadão de Copacabana. Sabe, com vinte e seis anos já tenho umas carninhas a mais... sou roliça, muito gostosa, mas, se bobear, engordo.

Só que hoje o moletom não sai do armário. Nem o tênis, nem as meias de algodão. Pego uma blusa de malha bem justa, saia muito acima dos joelhos... sandália de saltão, batom na boca... tô afim...

Quando chego na av. Atlântica, minha auto-estima está lá no alto. Em menos de duas quadras, o que eu ouvi de cantada... mas não tive nem coragem de olhar pra saber de onde saía... fidelidade é uma merda...

E de repente, eu me toco.

"Que é que eu estou fazendo aqui, vestida como uma puta? sem essa... vou entrar naquele bar e fazer hora até escurecer. No escuro é mais difícil alguém me ver vestida desse jeito..."

Tem uma mesa bem discreta, lá no fundo. Parece até mesa de boate. Um cantinho mal iluminado, um banco almofadado para duas pessoas, encostado na parede...ali está bom, eu vejo todo mundo e ninguém me vê.

Peço um coquetel de frutas. "Pode por um pouquinho de gin". Só pra desinibir...

Aquela morena linda que não tira os olhos de mim... que é que ela quer? epa... ela vem vindo, vem falar comigo... parece uma pantera... que elegância... usa um vestido longo, com um rasgo lateral que mostra uma coxa queimada do sol, bem torneada... que andar mais sensual...

— Oi, meu nome é Sandra. Posso sentar com você? parece que estamos sozinhas...

Aponto a cadeira à minha frente, com um sorriso. Ela abre um sorriso maior ainda e faz a volta. Senta-se a meu lado.

— Aqui é melhor. Do outro lado eu fico de costas pro agito. Você se importa?

— Não... claro que não...

— E esse banco é mais confortável que a cadeira. É só não pensarem que a gente é namorada, né?

Eu estava constrangida. Com certeza ela gostava de mulher e estava achando que eu era prostituta. Estava na hora de esclarecer as coisas. Mas ela não deixou. Juro que não foi culpa minha...

— Você mora em Copacabana, querida?

— Moro, perto daqui. É que todo dia a essa hora eu venho até o calçadão dar uma caminhada. Até a hora de meu marido voltar do trabalho.

Seus olhos sorriam para mim e deixavam bem claro que ela não tinha acreditado numa palavra do que eu dissera. Também... já viu alguém caminhar no calçadão vestida daquele jeito? e como é que se caminha sentada numa mesa de bar?

— Claro... claro, querida... engraçado, a gente já está aqui há algum tempo e eu nem sei seu nome... você é muito bonita, sabe? claro que sabe...

Ela era muito envolvente. Mais do que seria de se desejar. Sem perceber, eu disse meu nome e tudo mais que ela queria saber. Até mesmo algumas intimidades que eu não contava nem para minhas amigas. De repente, ela fez o convite.

— Vamos para um motel?

Sem mais rodeios. "Vamos para um motel?" assim, seco...

Eu nem sabia o que dizer. "Melhor ganhar tempo", pensei. Tentei aparentar calma, afastei-me um pouco para poder olhá-la de cima a baixo. Aquele rosto lindo, o sorriso branco, cativante... seus seios eram maiores que os meus, mas achei que ela também estava sem sutiã. A saia tinha caído (ou ela tinha empurrado) para o lado e o rasgo que antes só deixava vislumbrar suas pernas agora encobria apenas uma delas, deixando a outra quase completamente exposta. Mais um palmo e eu veria a calcinha dela.

Ela insistiu.

— Vamos?

— Sandra, me perdoa se te dei a impressão errada, eu não sou...

— Não quero saber o que você é. Só sei que gostei muito de você. Vamos?

— Eu fico sem jeito de dizer não. Você é tão bonita, tão sensual... mas sabe, eu... bem, me desculpa a franqueza... mas meu caso não é mulher...

— Você já experimentou?

— Não, mas sei que não vou gostar. Nunca tive esse desejo, nem por curiosidade... você é muito atraente e eu ficaria conversando com você o resto do dia... mas acho que é só... desculpe... estou até sem jeito de falar com você assim...

— Não tem nada, boba, eu compreendo. Bem, franqueza por franqueza... posso te fazer uma pergunta mais íntima?

— Claro.

— Você só goza com penetração, não é?

— Acho que sim.

Ela estava segurando minha mão e eu não tentei soltar. Então ela a colocou sobre a coxa que estava descoberta. Eu estremeci. Que pele macia... mas não deixava de ser uma mulher... que sorria para mim e não desistia de argumentar...

— Um pau grande... grosso... duro... é isso?

—É... e... eu acho que ssssimmm...

Minha mão, guiada pela dela, já estava embaixo do vestido, bem no alto daquelas coxas. Ela continuou:

— Tipo isso?

Gelei. Mal ela acabou de falar, eu encontrei o monstro. Uma piroca, sim, de carne e osso. E do jeito que ela tinha falado. Grande... grossa... dura...

— Que é isso, Sandra? você é...

— Sim, meu amor, eu sou. Calma, não puxa a mão. Você disse que gosta... fica calma, não tem ninguém olhando... pode pegar o bichão... eu sei que você está curiosa... eu quero que você sinta mais que curiosidade...

— Pára, Sandra... solta minha mão...

— Quero que você sinta tesão... não vou soltar não, querida... eu sei que você está gostando...

— Faz favor de me soltar???

— Olha, eu não queria dizer isso, mas se você não se portar direitinho, eu vou fazer um escândalo aqui. Você vai querer ser apanhada com a mão entre as minhas coxas? me assediando?

— Sandra, por favor...

Falei isso com toda a humildade. Ela tinha vencido. Restava-me contar com a boa vontade dela.

— Queridinha, você tem medo de que? não vou tirar pedaço teu. Na hora que você entrou e passou pela minha mesa... você nem reparou, mas eu quase pulei em cima de você... agora que nos já chegamos a esse ponto, eu não posso te soltar... de jeito nenhum... brinca um pouquinho com meu pau, meu amor... enquanto eu resolvo o que é que vou fazer com você...

— Punheta?

— Eu queria mesmo é gozar nessa boquinha carnuda, mas alguém pode achar esquisito se você deitar no meu colo... então, toca uma punheta na tua Sandrinha... deixa eu pegar nesses peitinhos... mmmm que coisa mais macia... você é que nem eu... não gosta de muito pano embaixo da roupa... aposto que está sem calcinha... mmmm... assim, meu amor... capricha nessa punhetinha...

Sem dúvida, ela estava dando as cartas. Eu não sabia bem o que pensar e o pior é que já não estava doida pra tirar a mão debaixo da saia dela. Como uma mulher linda assim podia ter um caralhão tão gostoso? Eu não conseguia imaginar o contrario, que ela era apenas um homem travestido...

Para mim, era a deusa do amor total...

Então eu fiz o que ela mandou. Minha mão abraçou com vontade o pau dela, o polegar a acariciando a cabeça enorme. Eu sentia o monstro latejar e isso estava me matando de tesão. Tirei a mão dela que estava nos meus seios e enfiei-a sob minha saia.

— Vê você mesma se eu estou de calcinha.

Seus dedos ágeis manusearam meu grelo intumescido. Esfregaram-se na umidade dos meus pelos. Eu gemia bem baixinho, mas a vontade era de gritar. Enfim, ela me penetrou. E começou a cochichar um monte de besteiras que estavam me enlouqueciam.

— Pra quem não queria, você está bem molhadinha... diz pra mim, coração, a quem você pertence?. Você é minha ou do seu marido?

— Sou tua, Sandrinha... toda tua... ai... enfia o dedo... todo... até o fim... que bom... me fode...

Ela estava mesmo me fodendo com o dedo. tão fininho, tão diferente daquilo a que eu estava acostumada... mas que delicia, que loucura... agora, nem que os anjos mandassem, eu soltaria aquele pirocão... não enquanto ele não enchesse minha mão de porra... como eu queria meter o monstro na boca... na boceta... no cu... na orelha... no nariz... ai, que loucura esse dedo dentro de mim... ai, eu não agüento... vou gozar... vou sim...

— Agora, Sandra... fode... fode tua putinha... assim... com força... mete tudo... aiiii amor... goza também... goza na minha mão... goza, minha gostosa...

Ela fez o que eu pedi. Enfiou mais um dedo na minha vagina bem brutalmente, do jeito que eu queria. Entrei em parafuso. A única parte do corpo sobre a qual eu ainda tinha controle era a mão, que acelerava os movimentos enquanto os jatos de esperma esguichavam para todos os lados, por baixo da mesa. Senti seus lábios grudarem nos meus, sua língua invadir minha boca querendo alcançar minha garganta. Acho que perdi a consciência por alguns instantes.

Quando abri novamente os olhos, só vi ao longe o sorriso safado e cúmplice do garçom. Olhei para o lado. Ela estava com a cabeça caída no encosto do banco, olhando para o teto. Suas mãos já não me seguravam.

Céus, que foi que eu fiz? que loucura... peguei uma nota na bolsa e joguei em cima da mesa. Resmunguei um "adeus" e me levantei sem olhar para ela.

Então senti sua mão forte segurando meu pulso.

— Adeus a gente só diz pra morrer. Quero você aqui amanhã, a essa mesma hora.

Saí sem responder.

Não sei se volto lá.

Você voltaria?

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Daniel

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