Alguns dias após ter dormido com o meu primo, já tínhamos virado grandes amigos. Ele me ensinou tudo àquilo que um garoto ingênuo sonhava em aprender e, com o tempo, eu descobri que apesar da aparente semelhança com o Henrique, eles eram completamente diferentes. Enquanto meu irmão era calmo e, por vezes, tímido com estranhos, o Hudolf era atirado e intrusivo. Enquanto que o Rico estudava cada frase que falava, ele dizia tudo aquilo que sentia e lhe vinha a cabeça. Não media atos e palavras. Meu primo tinha o espírito aventureiro no peito e uma alma inquieta. Talvez por isso tenha vindo ao Brasil, com a desculpa de que queria aprender melhor o português. Acho que, na verdade, ele realmente pensava que o Brasil era só matas e campos a se desbravar. Lembro dele, com um mapa na mão, perguntando onde ficava a Amazônia e lembro, também, da cara que fez quando constatou que ficava do outro lado do país. Me divertia muito com as besteiras que ele falava e com seu jeito moleque, sempre pronto a fazer algo e sempre armando alguma brincadeira, principalmente comigo.
Mas não era só eu, o Henrique também parecia outra pessoa após a chegada do Hudolf. Havia parado de trabalhar durante a madrugada e fazia questão de dedicar seu tempo livre saciando a sedo do nosso primo em conhecer a cidade. Eu ia junto quando dava, mas na maioria das vezes eles saiam sozinhos e só voltavam quando eu já estava dormindo. Você ainda é muito criança, dizia o Rico, em tom de brincadeira, quando eu reivindicava o direito de ir junto com eles Porto Alegre a fora... Eu ficava furioso. E, quando os dois estavam prestes a sair, o Hudolf voltava, me dava um beijo no rosto e só ai fechava a porta para ir embora. Estávamos vivendo um momento maravilhoso em nossas vidas e o meu primo fazia parte de tudo.
- Querido, eu vou sair com algumas amigas. Você se importa de lavar a louça do jantar? Mamãe estava radiante em um vestido azul e branco que, por alguns minutos, captou toda a minha atenção. Era mágico como o vestido esvoaçava quando ela andava entre os cômodos, indo de um espelho a outro, como se cada espelho refletisse sua imagem de maneira diferente. Não lembro de tê-la visto usando algo que não fosse calças ou conjuntinhos após a morte do meu pai. Era um sinal de que havia abandonado o luto.
- Capaz...
- Então avise ao seu irmão, ok? Falou, dando-me um beijo e indo em direção a porta. Parou, e virou-se novamente. Ah, já tinha me esquecido... Se o Hudolf quiser comer algo diga a ele que tem um pouco daquela comida que ele gostou na geladeira ainda. Acho que ele não comeu nada desde o almoço.
- Ok, ok...
- Obrigada filho. Te amo.
- Divirta-se. Não era exatamente o tipo de atividade que eu esperava fazer antes de dormir, mas lavar louça ate que não era tão ruim. Alguns minutos depois, o Henrique entra na cozinha e solta uma gargalhada ao me ver de avental, dando um tapinha na minha bunda que eu, inútilmente, tentei revidar com um chute na canela.
- Tas linda de avental e só de cuequinha! Disse, debochando.
- Ah, não enche... você também ta só de cueca.
- Cadê a mamãe?
- Saiu com umas amigas...
- Amigas? Humm... Exclamou, pensativo.
- Você acha que...
- Não acho não, tenho quase certeza. - Alguns segundos depois, o rico pega outro avental dentro do armário e começa a me ajudar com a louça. Logo após, o Hudolf entra na cozinha, dando um baita tapa na bunda do Henrique o que fez com que ele desse um saltinho para frente.
- Querro água por favor... E balança um sininho velho que ficava perto do relógio.
- Ah, vai te catar.
- Calma Ricon, só achei que agorra eu erra a homem do casa. Vocês eston lindas de avental... Nisso o Rico larga a louça e sai correndo atrás do Hudolf, que soltava gargalhadas com a reação do meu irmão.
- Ah, calma ai vocês dois... O Rico, volta aqui pra me ajudar com a louça. O RICO?!
- Pêra ai Gui, deixa eu pegar esse safado antes... Gritava, sem fôlego, da sala.
Lavei a louça, rapidamente, sozinho, enquanto os dois brincavam de guerrinha feito duas crianças no meio da sala, encima do tapete branco. Quando acabei, fui correndo, ansioso, para ver o que estava acontecendo. Cheguei e vi os dois largados no tapete, deitados um ao lado do outro, apenas de cueca, olhando para o teto, suados e mortos de cansado. Liguei a televisão e deitei entre eles, apoiando minha cabeça no braço dos dois. Os dois olharam ao mesmo tempo pra mim e voltaram a mirar fixamente o teto. Perto dos dois eu era praticamente um bebe. Eles eram muito fortes e eu franzino. Eles já eram adultos e tinham pelos, principalmente nas pernas. Eu, completamente liso.
- Você lembra que costumávamos brincar assim quando éramos criança? Disse o meu irmão, ainda olhando para o teto.
- Sim, mas erram raros os vezes que conseguíamos atrravessar o murro do Berlim.
- Mas conseguíamos, não é mesmo? Sorriu.
- E o mamãe ficava louca. Kom terug! Kom terug, gritava quando percebia que eu saia pro encontro com você.
- Mas com razão Hudolf. Você era louco! Tentava pular o muro, brigava com os policiais. Quase morri aquela vez que você não voltou pra casa, lembra?
- Que eu fui prreso?
- Sim...
- Idiootcommunisten! Eu só estava tentando ver meu família! Fez-se alguns segundos de silêncio.
- Vocês não tinham medo? Perguntei, o que fez com que os dois olhassem pra mim, sorrindo.
- Medo? Perguntou meu irmão, passando a mão em meus cabelos.
- Sim, de nunca mais conseguirem se ver? De nunca mais conseguirem atravessar o muro, de ficarem preso pra sempre de um dos lados...?
- Esse seu primo ai era louco Moleque, acho que não tinha medo de nada... Nesse momento o Hudolf olha nos olhos do meu irmão.
- Non é verrdade. Disse, seriamente. - Quando vocês vierram emborra pra Brasil eu morri de medo de nunca mais poder te ver. Seus olhos se encheram de lagrimas, era a primeira vez que eu via o Hudolf assim, o que fez com que meu irmão nos abraça-se. Mas, naquele momento, algo aconteceu comigo. Estar entre os dois, ser abraçado por meu irmão suado, que estava somente de cueca, fez com que eu, para meu desespero, começasse a me exitar. Não dava para esconder, pois eu estava só de cueca também. Então torci para que nenhum dos dois percebe-se. Entretanto, foi exatamente o que aconteceu.
- Olha só que bonito a pintinho do meu prriminho durro! Exclamou, metendo a mão dentro da minha cueca enquanto meu irmão observava. Para Hudolf, disse, meio aborrecido. Não pelo que havia feito, mas por não ter sido discreto, ainda mais na frente do meu irmão. Tentei, sem sucesso, tirar o braço dele, mas ele era mais forte e o meu irmão não estava me ajudando.
- Deixa de ser malvado Hudolf... Disse o Henrique, sorrindo. Foi ai que eu percebi que o Rico também estava ficando exitado, e não parava de alisar os meus cabelos. Vi também que tentar tirar a mão do meu primo de dentro da minha cueca seria impossível, então soltei o braço dele, deixando-o agir livremente. Assim que ele percebeu que eu já não oferecia resistência, começou a massagear dentro da minha cueca, escorregando a mão ate o meu cuzinho. Olhei para meu irmão, procurando algum sinal de desaprovação, mas ele, simplesmente, se atinha a olhar tudo, analisando cada movimento.
- Isso prriminho, gosta de você assim. Não é Rico? Mas meu irmão não respondeu nada, apenas olhava tudo, completamente exitado, passando a mão em meus cabelos. Foi ai que, de repente, o Hudolf deu um beijo em meu rosto, e se ajoelhou sobre mim, me deixando entre suas pernas. O corpo do meu primo ficou ainda maior visto daquela posição e todos os seus músculos pareciam ainda mais definidos. Ele me pegou pela cintura e, suavemente, me virou de costas. Era evidente que os três queriam aquilo, era evidente que os três estavam exitados com tudo o que estava acontecendo. Mas eu me sentia completamente envergonhado por estar me deixando dominar na frente do Henrique, na frente do meu irmão.
Após longos segundos tentando adivinhar o que o Hudolf estava pretendendo me virando de costas, ele coloca as mãos na minha cueca, abaixando-a ate os meus joelhos, o que me faz empinar a corpo levemente. Ele, então, abre as minhas nádegas, expondo-as e fica as observando.
- Meu irmão é lindo, não é mesmo? Indagounesse momento o Henrique, nesse momento, com uma voz safada. Parecia estar se deliciando com tudo, parecia estar adorando ser espectador do espetáculo.
Enquanto isso, meu primo abria meu cuzinho, alisando toda a área em volta. Metia o dedo na boca e depois passava em torno das minhas pregas. Que cuzinho mas rosinha prriminho..., exclamou. Mas é claro que, pra ele, aquilo já não era novidade. Eu nada via naquela posição, apenas podia sentir as sensações. Foi ai que, de repente, sinto algo molhado tentando me invadir. Solto um gemido baixinho e viro para ver o que estava acontecendo. Meu primo olhou pra minha cara, levantando as sobrancelhas com a língua de fora. Que safado!, solto baixinho. Então o Rico chega bem perto de mim e pergunta em meus ouvidos, Tá gostando né guri depravado?. Fiquei louco com a atitude do meu irmão e, cada vez, ficava mais exitado. Estava completamente dominado e indefeso... Estava completamente envergonhado.
É ai que meu primo me pega pela cintura, puxando meu corpo, dando uma empinada em minha bunda. Nesse instante o Henrique se posiciona a minha frente, com as pernas abertas, fazendo com eu, espertamente, apoiasse meu rosto encima da sua cueca. Olhei nos olhos do meu irmão e ele, com um leve sorriso, olhou em direção ao seu pênis. O cheiro que emanava dali era entorpecedor. Apoiei meus braços nas pernas dele e puxei a cueca um pouco para baixo, liberando aquele mastro que explodiu na minha cara. Era linda aquela visão. Durante um breve momento, encarei aquela vara que estava na minha frente, relembrando todos os momentos que eu havia desejado estar exatamente ali onde eu estava. As veias pulsavam no pau do meu irmão, que estava completamente ereto.
- Não tenha vergonha Gui... Falou, quando percebeu que eu hesitava. Então, sem pensar duas vezes, abri minha boca para receber o fruto do meu irmão em meus lábios. Lambi, de baixo para cima, toda a extensão do seu pênis, fazendo-o soltar um urro de prazer. Meu primo, que agora observava tudo, abriu minhas pernas e enfiou a cara entre minhas nádegas, arranhando-me com sua barba mal feita.
Ele me lambia freneticamente e me posicionava conforme sua vontade, eu apenas brincava com a rola do meu irmão, ainda inexperiente. Não sabia direito o que fazer, fazia tudo o que me dava na cabeça. Beijava a cabecinha, lambia o saco, brincava de picolé, mordiscava... O Rico se divertia com o meu jeito infantil e procurava me ensinar a maneira certa. As vezes segurava em meus cabelos e bombava minha boca, o que eu não gostava muito. Mas só o fato de estar ali, entre suas pernas, sendo dominado e usado por ele, me deixava doido.
Depois de certo tempo naquela posição, os dois se deitaram, me colocando entre eles. Fiquei de costas pro meu irmão, que beijava minha nuca, enquanto meu primo esfregava seu corpo ao meu e me masturbava. Os dois se beijavam, riam a toa e se entreolhavam em uma cumplicidade única. Sem cerimônia, o meu irmão levantou uma de minhas pernas e passou o gel por toda a extensão da minha entrada. Eu já tinha sentido a sensação daquele gel antes com meu primo, mas todas as vezes que ele colocava aquilo em mim eu me arrepiava todo. Sem demorar muito o Rico começou a introduzir o pênis levemente em mim. Soltei um gemido, mas meu primo enfiou a língua na minha boca, abafando meus sons em seus beijos. E que beijos! Apoiado com a perna encima do meu primo, era fudido por meu irmão que, de olhos fechados, alisava minhas pernas, soltando toda a respiração ofegante em minha nuca. Não conseguia me mover, estava completamente submisso. Hudolf ajoelhou-se a minha frente com um ar superior. Ele adorava me ver assim, era do tipo que curtia submeter o parceiro, dominar. Aproveitou que eu não conseguia mover os braços e fez da minha boquinha uma buceta. Começou a meter, no inicio de maneira leve, mas depois acelerou os movimentos. Segurava meus cabelos e puxava minha cabeça contra sua virilha. Mal podia respirar. Mal podia reclamar. Mas apesar do incomodo, estava adorando. Meu irmão me arrombava por trás e meu primo fudia minha boca. Estava delirando de prazer.
Sem ninguém me tocar, fechei os meus olhos e comecei a gozar absurdamente. O liquido voou para todos as direções, com o meu pau que chicoteava de um lado a outro com os movimentos comandados por meu irmão. Os dois, vendo que eu acabara de gozar, aceleraram os movimentos, me sufocando ainda mais. O corpo do Henrique ardia contra o meu e o suor do corpo dele me molhava inteiro. De repente, sinto um liquido estranho invadir a minha garganta. Meu primo também gozava... Como sempre fazia, enterrou todo o pau dele em minha garganta, soltando um urro e desabando ao nosso lado, praticamente desmaiado, envenenado pelo prazer e com a respiração extremamente ofegante. O liquido escorria da minha boca e eu gemia, igual a um menininho, com os movimentos bruscos do meu irmão. Ele aumentou a força das estocadas e a respiração dele ficou ainda mais ofegante em minha nuca. Após alguns instantes, gozou loucamente dentro de mim, cessando toda a avassaladora agonia com que me domava. Nossa! Ele era uma fera. Ninguém pode imaginar as sensações que invadiram o meu corpo nesse instante. Henrique ficou agarrado a mim com todo aquele mastro, toda aquela vara ainda enterrados em meu cu.
Eu, entre seus braços.
Descansamos os três pecadores, ofegantes, cansados, suados, no meio da sala, encima do tapete branco. Nem sei por quanto tempo ficamos ali. Mas, o tempo que ficamos ali, foi suficiente para eu perceber. Perceber que não importava o que acontecesse, não importava o que, por ventura, nos separasse, não importava o quanto nos transformasse, eu sempre amaria o meu irmão. Sempre. Pois ele era muito mais que simplesmente isso para mim.
Ele, mais do que um irmão, era um pai, um amigo. Mais do que um pai e um amigo, ele era um amante!