Numa tarde de primavera, antes de Lisa engravidar, nós estávamos no centro da cidade, resolvendo alguns problemas burocráticos e aproveitando para passarmos algum tempo juntos, andando de mãos dadas, namorando levemente, quando paramos em um Café para descansarmos e relaxarmos um pouco, conversarmos e bebermos um chá gelado.
Eu estava sentado em um banco alto, no balcão e ela estava apoiada e encostada em minha perna, quando, por brincadeira e com carinho, dei-lhe uma palmada mais vigorosa e acariciei a área atingida. Como efeito, ela parou de beber seu chá, com os olhos semi cerrados e uma expressão de tesão contido, mas revelador. Dei-lhe outra e mais outra, aproveitando que estávamos em um canto, o Café vazio e o garçon ocupado no interior da cozinha.
Ela então me sussurrou que aquelas palmadas estavam dando uma onda de calor e tesão deliciosos, e que eu devia continuar aquilo depois, a sós, porque era muito prazeroso.
Nós decidimos então partir para um hotel simples ali próximo e, conversando sobre aquela variação específica, ela me confidenciou que fantasiava aquela situação, de receber umas boas palmadas nas nádegas, antes e no ato, e que já havia tentado com um parceiro anterior, sem sucesso, já que ele estava preocupado em relação à sensação de estar agredindo-a em vez de causar prazer.
Eu contei-lhe então que, se fosse há algum tempo atrás, aquela situação poderia até me impedir a ereção, mas depois que uma parceira me pediu para aplicar-lhe palmadas, o que fiz inicialmente de maneira tímida, mas ao ver como ela era excitada pela ação, contorcendo-se de tesão, pedindo mais e, entre beijos e penetrações com meus dedos, percebi que aquilo a lubrificava, indicando o grau de prazer que alcançava, fui me soltando e, quando a puxei para penetrá-la por trás, nem foi preciso lubrificar meu pênis com saliva, pois ela já estava no ponto, pronta para me receber, bem molhada mesmo, e a penetração anal ocorreu sem dor por parte dela, fator que gera maiores cuidados na introdução. Diante desta experiência bem sucedida fui pesquisar informação a respeito.
A partir desta busca, descobri que esta era uma das fantasias mais recorrentes por parte das mulheres, receber algumas palmadas e tapas do parceiro, antes e durante o ato sexual; intuindo que nisto haverá uma ampliação do prazer sexual e do tesão. Os pesquisadores, deixando de lado aspectos morais e culturais, que indicavam na direção contrária, mas deixavam de explicar a generalidade do desejo em tão diferentes culturas e mulheres de classes e educação diferente; resolveram então pesquisar o que acontecia no corpo delas, fisiologicamente, que justificasse esta preferência e a explicasse, sistematizando e estendendo o conhecimento às outras mulheres e situações.
Concluíram então que a razão por trás dito era fisiologicamente explicável e sadia, ou seja, em acordo com a mecânica do corpo, funciona assim: com o estímulo das palmadas e como resultado do atrito causado pelas palmas das mãos, a região atingida fica avermelhada, devido a hiperemiação local, ou seja, ocorre pelo aumento da circulação de sangue naquela área estimulada, onde começa a circular sangue mais rapidamente, e uma vez dilatados os vasos, fica uma maior concentração, visível pela vermelhidão.
Como efeito, isto aumenta a sensibilidade na área em questão, o que leva a potencializar o tesão, junto com o sentimento de calor gerado pelo maior fluxo de sangue no local.
E aí entra outra parte, a psicológica. Para que entendamos como esta ação seja percebida como prazer, devemos conhecer outro aspecto de nossa fisiologia. No cérebro humano, o mesmo centro que é responsável pela sensação de dor, também é pela de prazer. O que vai fazer a diferença e decidir o sentimento é a mente perceber e reagir a um estímulo como prazeroso ou danoso ao organismo, ou seja, pouco tem a ver com o ato em si, a forma em desacordo com o conteúdo, mas em acordo com o desejo.
Assim, um estímulo é percebido como prazer ou como dor, dependendo da percepção psicológica, que também depende do nível de maturidade alcançado individualmente.
Diante disto, a preocupação das mulheres passa a ser encontrar um parceiro que sinta prazer em estimulá-la e excitá-la, seja com beijos, carícias, com as mãos, boca, língua, corpo e eventuais acessórios, roupas, palmadas e o que mais rolar, em acordo com as fantasias e desejos de cada um e do casal em particular.
E feito com carinho e tesão, torna-se um acelerador e amplificador de orgasmos, abrindo as portas para um sexo mais intenso em emoção e tesão, proporcionando melhor lubrificação pela maior excitação, tanto na frente quanto atrás, que também lubrifica naturalmente, como a vagina, uma vez estimulado, levando a uma variação sexual que pode ser definida como deliciosamente selvagem.
Com o tempo descobrimos também que estímulos como as palmadas, aplicadas no rosto como tapas de mão aberta, em cada lado da face, são excitantes e geram um efeito de acelerador e ampliador do tesão e do orgasmo na penetração vaginal. E isto em diversas posições, desde a convencional, papai e mamãe; ou com ela montada em mim, me cavalgando; ou mesmo de quatro, comigo segurando e puxando seus cabelos para trás, com firmeza, enquanto aplico os tapas em seu rosto, variando de lado e alternado de mão que segura os cabelos.
Interessante notar como palmadas e tapas mudam de significado e valor quando utilizados para o prazer consentido por ambos.
Em relação a este centro de sensação do prazer e da dor, algumas vezes Lisa se queixa de sinusite, ou dor de cabeça, ou ainda cólica menstrual. Aí começo a brincar com seus mamilos, excitá-la e pronto, ela troca a dor pela sensação de prazer. Geralmente seguimos e transamos, chegando por vezes no momento do orgasmo a um ápice de dor, quando de repente desaparece e ela fica como se nenhuma dor tivesse sentido. Ou seja, é um excelente analgésico, vale a pena experimentar.
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