Minha filha..., 16 - Encontros e conversas

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 2134 palavras
Data: 09/02/2009 20:55:28

<center>16 ●●●●●●●●●●●●●●●○●●●●●●●●●●●●●● 30</center>

<tt><center>Minha filha, mãe de minha filha</center></tt>

<center><strong><b> ENCONTROS E CONVERSAS </b></strong></Center>

<center><tt><b> Terça-feira, 13 de julho de 1999</b></tt></center>

<blockquote><b> Era pouco mais de seis horas da tarde, o sol ainda influenciava no horizonte, mas em alguns pontos da cidade as lâmpadas dos postes começavam a acender. Tinha fugido do escritório antes das cinco, queria se refugiar no apartamento e esquecer o bandão de problemas, talvez recompor as forças para a festa que Dora preparava para o dia seguinte.</b></blockquote>

— Não Dora! É só uma reuniãozinha entre a gente... – bateu pé, não tinha pensado convidar ninguém além dele e elas.

Mas Dora não achava direito deixar passar o dia vinte e oito sem uma comemoração a altura, não depois de ele ter ido ao seu aniversário no interior e do festão que tinha dado para Roberta.

— Deixa de ser turrão homem? – ela tinha se antecipado e convidou, sem que ele soubesse, um grupo de amigos – É só a patota de sempre...

— Mas Dora...

— Olha cara! Pode deixar tudo comigo...

Deu por encerrada a conversa.

<center>● ● ● ● ● ●</center>

Parou o carro em frente ao calçadão, aumentou a música e se encostou no acento sentindo a brisa fresca entra pela janela.

— Oi! – ele olhou para o lado e sorriu – Tava mesmo querendo falar contigo...

Abriu a porta e saiu, Cíntia se afastou.

— O que você está fazendo por aqui garota? – abraçou a garota – Cadê o pessoal? – olhou para os lados, não viu ninguém.

— Tava dando umas voltinhas... – se afastou e olhou para ele – A tia ta uma arara contigo...

Não tinha voltado a ficarem juntos a sós desde o fiasco da noite.

— E você? Como está? – ficou segurando a mão macia.

Ela deu um risinho nervoso, olhou para a barraca “Sol de Amores” e suspirou profundo.

— Tem que tá bom, né mesmo? – riu de novo – Tu tem falado com a Bel?

— Não... É meio difícil falar com elas na semana... Você vai para onde, agora?

— Sei... A tia falou que ultimamente tem acontecido muita coisa na firma... E amanhã, como vai ser?

— Tua tia ta arrumando uma reunião com alguns amigos... Vamos pra algum lugar!

— Sei não... A Bel ficou de me encontrar naquela barraca... Tu vai pra onde?

— Nenhum lugar em especial, mas se você quiser...

— Tá bom... Vamos!

Ele ainda olhou para os lados antes de dar a volta e abrir a porta do carro. Cíntia entrou e esperou que ele desse a volta e também entrasse.

— Posso desligar essa música? – pediu se ajeitando no banco.

— Claro... Quer ouvir alguma em especial?

— Não... É... É que não gosto das musicas que o senhor gosta... – olhou pela janela procurando a prima – Gosto mesmo é de forró... Tem aqui?

— Não... Não tenho... Não gosto muito desse forró de hoje...

— Também gosto de Axé...

— Também não tenho... – olhou para ela e sorriu – Gosto de música de velho...

Ela riu constrangida.

— O senhor não é velho....

— Quarenta e dois pesa no lombo... – olhou para as pernas dela – Vamos pra onde?

— Não sei... O senhor é quem sabe... – parou e também olhou para suas pernas encruzadas, estava encostada na porta e voltada pra ele – Se quiser a gente pode ir pro apartamento...

Se mexeu no banco pra se ajeitar e ele viu a calcinha branca, quase transparente. Sentiu que estava aceso.

— Não... A Juanita está lá hoje...

— Ah! Sei... E ela é boa mesmo?

Ele sorriu e ela percebeu que a pergunta tinha sentido dúbio.

— Boa de serviço...

— É esperta... Mas ainda está se acostumando com minhas manias...

— E ela mora lá?

— Mora... Mas acertei que nos finais de semana vai ajudar a mãe...

— Assim as pequenas ficam mais a vontade...

— Mas Juanita não atrapalha nada... Se você quiser a gente pode ir pra lá...

— Não! – voltou a se mexer – Vamos prum lugar que a gente possa conversar...

— Posso sugerir?

— Pode...

— Tá bom...

Ligou o carro e saíram em direção ao Turu<tt><b>(10)</b></tt>, parou antes de chegar ao motel.

— Vamos pra um motel?

Ela não respondeu, ficou brincando com o dedão do pé como se estivesse desligada do mundo. Ele ligou o carro e entraram.

Entrou no nicho de carro e esperou que o serviçal baixasse o toldo.

— Vamos?

Ela suspirou e desceu do carro, cruzou os braços e esperou que ele abrisse a porta. Entrou, olhou espantada, nunca tinha entrado em um motel em toda a vida.

— É bonito...

Explorou a suíte, abriu a porta do banheiro, experimentou a água da pequena piscina, abriu a geladeira, mexeu e tirou uma lata de refrigerante. Amarildo estava sentado na cama redonda, olhava ela se movimentar acabrunhada pelo quarto.

— Você quer comer alguma coisa?

Cíntia olhou para ele e sorriu pela primeira vez desde que tinham saído da Litorânea.

— Tô com fome não...

— Vem! Senta aqui...

Ela olhou para ele e pulou na cama, ele quase foi jogado pra fora pelo movimento brusco.

— Tu já trouxe Bel aqui?

— Não...

Ela tirou a sandália de tira e sentou novamente de pernas encruzadas.

— Queria pedir desculpas... – olhou para ele e baixou a vista.

— Desculpas por que?

— Ora... Tu sabe...

— Sobre o sábado?

— É...

— Quem tem de pedir desculpa sou eu...

— Não! Tu não fez nada de errado... Eu é que...

— Esquece isso Cíntia, certo?

Ela ajeitou os travesseiros do encosto da cama e se encostou.

— Tu sabe que a Janice...

— Que tem tua irmã? – sentiu um frio correndo na espinha.

— Ela... Até ela acha que eu... A Bel também... Mas... Mas doeu pra burro... Fiquei apavorada... Tu me desculpa?

— Não era pra acontecer aquilo... Já basta a loucura com Isabel e... – parou, ia falar na Roberta – Como as meninas souberam?

— A Bel viu a colcha manchada... A Jany também...

— E tua tia?

— Não?! – olhou para ele – Tu é doido tio?

— E você, como ficou?

Ela deu um rizinho nervoso.

— Tu arrombou minha periquita... – colocou a mão entre as pernas – Ainda tá ardendo um pouco... Mas vai passar...

— Me diz uma coisa?

Ela olhou pra ele.

— Fala?

— Porque você fez aquilo... Foi por causa daquela noite, quando você me pegou com Isabel?

— Acho que não... Eu... Eu queria ser... E... Sabe titio... Eu queria... Quero muito mesmo...

— Você quer?

Ela não respondeu, ficou mexendo com a barra da saia em movimentos nervosos.

— Será que a Bel já chegou na barraca?

— Não sei... – pegou o celular e ligou – Filha? Você está aonde?

— Tô indo buscar a prima... Ela tá me esperando na “Sol de Amores”... – ouviu som de buzina – E tu tá onde pai?

— Tô com Cíntia...

— Tu tá comendo a coitadina, né seu sacana! – olhei para minha sobrinha e ri.

— Não filha... A gente tá só conversando...

— Olha seu Amarildo! A buceta dela ficou em frangalhos... Deixa eu falar com essa garota...

— Tá bom... Depois quero falar contigo – entreguei o aparelho – Ela quer falar contigo.

— Bel?

— Tu tá aonde menina?

— Tô com o titio... – olhou para ele.

— Onde? – insistiu.

Cíntia tapou o fone e perguntou baixinho se poderia dizer que estavam no motel.

— Você é quem sabe... – sorriu e levantou.

— Hei! Responde Cíntia! – Bel falou alto.

— Oi! Tô aqui...

— Vocês estão aonde?

— Num motel... – riu baixinho e olhou para o tio.

Amarildo abriu uma garrafinha de uísque e despejou num copo.

— Vocês estão trepando, né sua cachorra!....

— Tamo não Bel... A gente tá só conversando...

— E ele tá como?

— Como assim?

— Tá vestido ou só de cuecas?

— Tá vestido... Espera... Ele tirou a camisa...

— Pronto! Agora tu vai levar rola mesmo minha prima... – riu – Deixa eu falar com ele!

— Oi filhinha...

— Pai, qual é o motel?

— Por quê? Você quer vir também? – riu.

— Quem sabe? Uma boa suruba até que ia cair bem... Já parou de chorar... Tô louquinha pra sentir tua rola dentro de minha buceta...

— Onde você está? – ficou preocupado, a filha bem poderia estar em um lugar com gente por perto.

— Aqui na Litorânea... Marquei com Cíntia aqui, por quê?

— Por nada... É que...

— Já sei! Preocupa não pai, que sou doida só por ti...

— Tu és uma maluca...

— É, mas bem que tu gosta de minha buceta...

— Deixa de ser doida menina...

— Tu vem me buscar?

— Não!

— Ah! Pai... Deixa de ser besta, vem me buscar...

— Não garota!

— Então vou te denunciar pra delegacia de menores... Ela é menor de idade, sadia?

— Deixa disso filha...

— Então vem me buscar...

— Cadê tua irmã?

— Porque, tu queres três de uma vez?

— Deixa de ser doida Bel... Você está só?

— Não! A Janice está comigo... Mas a gente pode deixar ela na casa da mamãe... Bertinha tá lá!

Olhou para Cíntia, ela estava bebendo em seu copo.

— Outro dia a gente sai juntos...

— Não! Quero hoje!

— Não vou fazer nada filha...

— E o quer tu estais fazendo num motel com ela?

— Só vim pra conversar...

— Conversa trepando... – risos – Espera Janice!

Ouviu a sobrinha falando alto como se tivesse brigando com Isabel.

— Pai! Deixa eu falar com Cíntia!

Devolvi o celular.

— Fala!

— Tua irmã ta querendo ir pra’í...

— E tu és maluca Isabel... Deixa eu falar com ela...

— Qual é a tua garota! Vê se se enxerga e vai brincar de boneca!

— O que é que tem... Só tu é que quer ficar com ele, né?

— Onde já se viu uma pirralha assim... Olha! Não tá rolando nada, só vim pra conversar...

— Então eu também quero conversar...

Olhou para o tio, ele ligou para a recepção e pediu a conta.

— Olha! O tio já tá pagando a conta... A gente vai pra’í... Deixa eu falar com a Bel!

— Cíntia? – Isabel estava sorrindo da situação – Tu já viu que merda?

— Porra Bel, porque tu tinha de dizer que eu tava aqui?

— Não falei nada não, ela ouviu...

— Olha! A gente tá saindo... Espera!

Amarildo vestiu a camisa e pagou a conta.

— A gente vai pra lá? – perguntou, ele falou que sim.

— Bel? Alô! Bel?

— Oi prima, fala...

— Espera a gente aí viu?

— Tá bom... E aí? Deu uma trepadinha?

— Que nada... Tu não deixou...

— Vem pra cá que a gente arruma tudo... Tchau!

Desligou.

— E aí, que rolo foi esse?

Amarildo esperou que ela calçasse a sandália.

— É a pirralha da Jany...

— Que tem ela?

— Queria vir pra cá...

Ele balançou a cabeça e abriu a porta do quarto, Cíntia saiu e entrou no carro.

— Nessa família só tem maluco... – Amarildo ligou o carro e saíram.

— Pode ser tio, mas todas são taradas por ti... Só falta a Bertinha e a Jany...

<blockquote><b><i> Olhei para ela e sorriu. Se ela soubesse...</i></b></blockquote>

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<tt>10. TURU é um bairro bastante populoso,

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os s anteriores</b></center>

<blockquote><tt> 01: E não era eu</tt>

<tt> 02: No Apart-Hotel</tt>

<tt> 03: Em uma festa de Réveilon</tt>

<tt> 04: E ela quis outra vez</tt>

<tt> 05: Isabel dormia do lado</tt>

<tt> 06: Era sábado bem cedinho</tt>

<tt> 07: Antes de domingo amanhecer</tt>

<tt> 08: De novo um passado</tt>

<tt> 09: Surpresas e festa</tt>

<tt> 10: E a decoradora fez que não viu</tt>

<tt> 11: Uma estava linda, a outra cheia de outras intenções</tt>

<tt> 12: Banhos em noite sem lua</tt>

<tt> 13: Noite escura, mar agitado de desejos</tt>

<tt> 14: Cíntia e Janice vão ao apartamento</tt>

<tt> 15: Cíntia, hora de dormir e ter desejos</tt>

<tt> 16: <u>Encontros e conversas</u> ◄</tt>

<tt> 17: Festa surpresa para papai</tt>

<tt> 18: Cíntia, Isabel e a pequena Janice</tt>

<tt> 19: Janice, a dor que não dói</tt>

<tt> 20: Surpresas e alegrias de Roberta</tt>

<tt> 21: Um jantar, duas surpresas</tt>

<tt> 22: Brincadeiras de Roberta</tt>

<tt> 23: Janice, afoita e perigosa</tt>

<tt> 24: Anjinho de Natal</tt>

<tt> 25: Dora descobre tudo</tt>

<tt> 26: Dora e uma outra realidade nova</tt>

<tt> 27: A viajem e as armações das garotas</tt>

<tt> 28: Dúvidas e verdades</tt>

<tt> 29: Verdades e esperanças</tt>

<tt> 30: Para o resto de nossas vidas</tt></blockquote>

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