Olá para todos, faz um bom tempo que eu não entro aqui, Espero que apreciem este conto, chorei muito escrevendo, momentos muito tristes.
PS: EU SEI QUE ESTÁ MUITO GRANDE E A ERROS NO PORTUGUÊS.
Boa leitura.
São em manhãs de inverno como esta que lembranças de uma época feliz me vêm à cabeça.
Foi em uma manhã de inverno você disse que ficaríamos juntos, não importaria o que acontecesse, que nosso amor era mais forte do que tudo que existia e que ainda estava por existir. Você me prometeu que estaria ao meu lado, sempre. Eu confiei em você fervorosamente, poderia confiar minha vida à sua.
Se lembra da briga feia que teve com sua mãe? Foi o dia em que tudo começou. Me lembro como se fosse ontem o modo em que suas bochechas, normalmente pálidas se tornaram adoravelmente rubras quando disse que me amava pela primeira vez e o modo em que sorriu abertamente quando eu disse que também o amava.
Nem todos nossos momentos foram felizes. O modo em que meus pais reagiram ao saber de nós... Machucaram-me todas aquelas palavras que disseram, mas você esteve sempre ao meu lado, me abraçando e dizendo que tudo ficaria bem. E o incrível é que sempre estava certo. Eu poderia estar no inferno, mas eu não gostaria de estar em nenhum lugar a não ser ao seu lado.
Mas, de repente, meu mundo desabou. Milhões de sonhos foram arrancados e minhas costas cruelmente apunhaladas.
Olhando para a minha mão direita, vejo a aliança prateada que reluz ao fraco sol que aparece timidamente entre as densas nuvens brancas, o nosso laço, de amor, amizade, fidelidade, cumplicidade... Em seu interior, um Kouyou e Yuu para sempre gravado. Por que a vida pode ser tão injusta a ponto de separar duas pessoas com um amor tão verdadeiro? Bastava uma troca de olhares para se entender o que se passava, palavras não eram necessárias. Você ensinou-me a viver, ensinou-me o significado da palavra amor. Não verbalmente, mas com atitudes. Simples atitudes que sabia que me derretiam.
Eu nunca fui o tipo de pessoa que acreditou em conto de fadas e muito menos que o amor existia. Mas... Você foi capaz até de mudar minha opinião em relação a isso. Mostrou-me que o amor existe SIM e que ele é capaz de fazer muitas coisas. Trazer felicidade às pessoas mesmo em uma situação ruim, capaz de dar otimismo até ao mais desesperado dos seres humanos e, agora eu sei que, é capaz de destruir uma pessoa por inteiro.
Não imaginaria que me tornaria tão cruel a ponto de dizer que o pra sempre, sempre acaba, mas de que vale fingir que está tudo bem e viver uma vida de mentiras, uma vida pela metade? Talvez seja um sentimento de culpa, por não ter aproveitado todos os nossos momentos juntos como se deve, perdendo tempo com birras e discussões absurdas, a maioria causada pelos meus ciúmes. Mas tudo aquilo era medo de perdê-lo, como aconteceu certo dia.
Lembro-me de como eu falava que eu não agüentava mais todas aquelas brigas. Seria irônico se eu falasse que elas me fazem muita falta? Me lembro de uma briga feia que tivemos, no dia do nosso aniversário de um ano e meio juntos... Terminamos, e menos de 24 horas depois, lá estava você com a sua insistência, me fazendo voltar atrás. E você prometeu que seria, dessa vez, para sempre. Por que mentiu, Yuu? Por quê?
Ainda posso sentir o gosto do nosso primeiro sorvete, em um parque, e o modo em que você ria de mim quando me lambuzava inteiro. Acho que somos tão ligados um ao outro que até parece que sabia do meu gosto por sorvete de chocolate, ou que, misteriosamente sabia da minha obsessão por zebras. A partir daí, nunca mais parou de me dá-las de presente. Posso me recordar perfeitamente de todas e qual o significado de cada uma. Mantenho uma em minha cama, em especial, que me deu no dia seguinte do começo de nosso relacionamento. Yuu, mas por que está me dando um presente?, perguntei, Simples, Kou, pois já faz 24 horas que eu estou com a pessoa que mais amo na vida, você respondeu. É incrível que estas palavras, que antes me faziam sorrir, hoje me fazem chorar.
Sua sensibilidade sempre me chamou a atenção. Às vezes, me perguntava como uma pessoa como você, sempre tão popular e cheia de amigos pôde se apaixonar por um ninguém como eu, que nem amigos possuía. Você foi o meu primeiro amigo, e me mostrou tudo. Que a vida é bela SIM, basta querermos. Antes de te ter em minha vida, costumava odiar tudo e todos e, a recíproca era verdadeira.
Chegou como quem não queria nada e se tornou a pessoa mais importante da minha vida. Várias vezes insisti para que você me esquecesse e vivesse sua vida, pois, por minha causa, tinha perdido todos os seus amigos. Mas você não me deu ouvidos. Teimoso como sempre, né? Éramos as pessoas mais odiadas, mas pouco importava. Nós quatro; eu e você, você e eu. E era tudo que precisávamos.
Uma das milhares lembranças dos momentos perfeitos que tive com você foi no dia em que eu completei 18 anos. No dia anterior você me disse que não poderia falar comigo porque tinha um trabalho para entregar na faculdade e mal tinha começado. Eu concordei, apesar de ter ficado frustrado. É claro, porque cada segundo que eu ficava sem você era como se fossem anos, séculos. Não tinha vontade de fazer nada sem sua presença ao meu redor. Eu até me sentia envergonhado por ser tão dependente de sua pessoa. E foi então que, na manhã em que fiquei maior de idade eu ouço alguém bater em minha porta. Era um homem que eu nunca tinha visto em minha vida. Ele me disse para ir para o lado de fora de minha casa, pois tinha algo para mim. Estranhando, eu o segui. Vi um carro extremamente bonito, totalmente preto repleto de balões vermelhos em forma de coração. Não fazia idéia do que era aquilo, estava extremamente confuso. Foi aí que uma música familiar começou a tocar. Era aquela música, a nossa música. I Knew I Loved You, Savage Garden. Nunca foi o tipo de música que me agradou, mas... Você costumava dizer que me amava antes de me encontrar e, eu te dizia que sonhei com você a vida toda. Música perfeita para nós dois, não é mesmo? Um pouco à frente de minha casa, me deparei com um banner gigante preso entre dois postes. Nele, estavam escritas palavras que me fizeram chorar descontroladamente:
Takashi Kouyou, não há palavras que possam descrever o quão perfeito foi todo esse tempo que estive com você. Obrigado por ter entrado em minha vida, e, como minha forma de agradecimento, te ofereço todo meu amor. Parabéns pelos seus 18 anos, espero continuar com você em nosso conto de fadas que, com toda a certeza do mundo, nada será capaz de destruir. Te amo mais do que qualquer coisa no mundo. Yama Yuu.
Em seguida, você apareceu em minha frente com um grande buquê de flores. Narcisos, as flores que resistem ao rigoroso inverno à espera da primavera. Minhas flores preferidas. A única coisa que eu consegui fazer no momento foi te abraçar com todas as minhas forças, e dizer o quanto eu te amava, em meio a soluços e lágrimas. Foi meu melhor presente. Meu único presente ganho em meu aniversário, mas, que valia mais do que se eu tivesse ganhado milhares de bens materiais.
Preciso citar que fizemos amor naquele dia? Foi nossa primeira vez. Minha primeira vez. A primeira vez em que me entreguei completamente a uma pessoa, mas estava extremamente feliz porque foi a você. Foi inesquecível, não poderia ter sido melhor.
Guardo até hoje esse banner e as flores, mesmo que as mesmas já estejam murchas. É uma forma de me lembrar de você, apesar de saber que não é necessário nada para que eu tenha teu semblante em mente. Às vezes eu até mesmo custo a acreditar que você realmente existiu. Tenho medo de que tudo que foi vivido por nós foi alguma ilusão minha. Mas há provas concretas de que não foi uma mentira. E é estranho o modo que isso tem o poder de machucar, mas o mesmo tempo me fazer sorrir.
Quando o tinha ao meu lado, eu costumava achar que era invencível e nada poderia acontecer comigo. Sentia-me protegido. Você mesmo dizia que iria me proteger de tudo e de todos. Acho que meu maior erro foi deixá-lo fazer isso. Pois quando estava ao seu lado, me esquecia de tudo. Me esquecia que você era apenas um ser humano. Apenas um frágil ser humano, assim como eu. Não há um dia em que eu não me sinta culpado por não ter te protegido, assim como você fazia comigo.
Mas, eu realmente não sabia como fazer aquilo. Eu nunca tive que proteger ninguém. Nunca tive alguém importante para mim e achei que nunca teria. Por isso que, ao me sentir completo, perto de você e protegido do jeito eu era, acabei me esquecendo do mais importante e me acostumando em te ter sempre, com seus braços me envolvendo. É irônico pensar que, eu, que sempre tive você se preocupando comigo estou aqui, e você já não está mais.
E certo dia, aconteceu. Descobrimos uma doença. Uma maldita doença! Fiquei desesperado, não sabia o que fazer. Justo com você, amor. Com tantas pessoas no mundo, Deus resolveu brincar justamente com você. Ele realmente deve me odiar, estava querendo tirá-lo de mim.
Já no hospital, você vivia me dizendo que iria ficar tudo bem e que não morreria tão fácil. O tempo se passou e eu permaneci ao seu lado o tempo todo. Várias vezes me deparei com você urrando e chorando de dor, e me sentia muito impotente, não havia nada que eu podia fazer por você. Eu queria de qualquer forma poder retribuir por tudo que até então, tinha feito por mim.
Mas eu não conseguia pensar em como. Você me disse que, só minha presença estaria perfeito. Então, fiz sua vontade. Não saí de seu lado um minuto sequer. Já havia até trancado a matrícula em minha faculdade e largado meu emprego. Tudo para não te deixar sozinho. Te vi tomar inúmeros remédios, muitos deles de tarja preta, te vi perder os cabelos que eu tanto adorava, devido a quimioterapia, te vi ficar vários dias desacordado, te vi ficar com anemia e até mesmo com infecção hospitalar. Passamos por maus bocados, mas sempre juntos.
Houve um dia em que você me pediu para trazer várias fotos de nós dois, e assim eu o fiz. Não pude deixar de sorrir junto quando mostrou-me uma foto em que estávamos nós dois, ambos completamente ensopados, cheios de sabão e água. Foi um dia em que resolvemos lavar o quintal de nossa casa. Era um trabalho extremamente chato e eu reclamei demais daquilo. Mas, depois de tudo, acabamos em uma batalha para ver quem molhava mais o outro. O que era pra ser uma tarefa realmente chata acabou em muitas risadas e é claro, momentos repletos de luxúria.
Cada minuto juntos era inesquecível. Eu me admiro como você conseguia fazer um simples passeio em um shopping ou em um parque ser algo mágico. Eu achava lindo seu modo de ver a vida. O modo ao qual, se vê beleza nas mais simples coisas. Você afirmava que as melhores provas de amor são as mais simples. E passei a acreditar nisso. Era incrível como apenas ao ganhar uma flor ou uma carta sua já era motivo para arrancar suspiros dos mais apaixonados de minha parte.
Mesmo depois de doente, houve vários momentos em que suas atitudes ou palavras me impressionavam. Foram muitas às vezes em que eu desejei ser como você. Mas, melhor do que isso, eu tinha alguém como você a meu lado.
- Kou, obrigado por tudo o que fez por mim, anjo.
- Mas, Yuu, não tem que agradecer nada, eu não fiz nada.
- Só por estar ao meu lado já é um motivo.
- Mas, não fale assim. Parece que você está agradecendo para se despedir, e isso eu não quero, Yuu. Não quero ter que me despedir, não quero viver sem você ao meu lado.
- Kou, eu quero que você me prometa que, não importa o que aconteça, você vai seguir em frente. Nunca vai olhar pra trás ou se lamentar. Não é isso que eu quero para você.
- Se algum dia eu o perder, eu não vou querer mais viver, Yuu.
- Não diga isso! Não tem nada mais precioso do que a vida, e temos que desfruta-la como se fosse acabar amanhã. Acho... Que foi isso que você me ensinou, mesmo que por instinto.
- Como se eu fosse capaz de ensinar algo para alguém, Yuu.
- Você tem um coração e uma alma mais preciosa do que imagina, amor. Eu, como seu namorado, posso dizer isso.
- Mas eu não quero nada disso se não for ao seu lado!
- Aconteça o que acontecer, Kou, nós NUNCA iremos nos separar. Nosso laço é mais forte do que a própria vida, acredite.
Você, nem eu seu leito de morte deixou de sorrir, sempre me dizendo coisas bonitas. Eu era e ainda sou, um completo inútil. Eu não fazia nada além de chorar, ao invés de dar forças a você. Tinha muito medo do que poderia te acontecer, sofria, muito. Até mais do que seus pais. Eles sempre me odiaram, e eu imaginava que, depois de sua morte me odiariam mais ainda. Mas o contrário aconteceu. Eles me agradeceram por estar ao seu lado em todos os momentos e fazendo com que você seja a pessoa mais feliz do mundo. Sua mãe ainda disse que, mesmo mal tendo forças para falar, quando você murmurava algo para ela, era sempre relacionado a mim, e até mesmo pediu para que eles não me odiassem, porque eu era uma pessoa maravilhosa. Tive a sensação de que meu coração pararia de bater naquele momento. Surtei, simplesmente enlouqueci. Yuu, você não vai morrer! Eu te proíbo de morrer, Yuui!, eu gritava, chorava e me debatia. Gritei até perder minhas forças e desmaiar. Quando acordei, seu pai estava ao meu lado, com uma bandeja de comida em seu colo. Ele disse para que eu comesse, porque eu praticamente tinha me mudado para o hospital, desde que aquela maldita doença se manifestou em você e mal comia e dormia. Mas eu não sentia fome, e nem sono. Na verdade a única coisa que sentia no momento era medo. Medo de te perder.
Em uma noite, o médico que estava responsável pelo seu caso, disse que não podia fazer mais nada por você, que seu câncer já tinha se espalhado por todo o corpo e que sentia muito. Ouvir aquilo doeu, mais do que tudo. Eu realmente desejei que existisse algum remédio contra dor no coração, porque eu estava precisando. Eu fiquei sem reação. Custava a acreditar que era verdade. Yuu iria morrer. MEU Yuu iria morrer.
Seu pai colocou sua mão direita em meu ombro esquerdo, como se estivesse querendo me consolar e afirmou que, agora restava aproveitar ao máximo os últimos momentos. Naquele dia, eu voltei para casa. Nossa casa. Não queria que você me visse chorando, precisava de um tempo sozinho. Passei horas apenas chorando, abraçando com todas as minhas forças Kouyama, minha zebra preferida, que por sinal, foi um presente seu. Você que colocou esse nome nela, afirmando ser uma junção de Kouyou e Yama, seu lindo sobrenome.
Quando voltei para o hospital, tivemos uma semana linda, na medida do possível. Você estava realmente animado, para uma pessoa que estava em estado terminal. Até mesmo fazendo piadas de uma das enfermeiras, ao qual você disse que podia jurar que era um travesti. Comemos besteiras, falamos besteiras, mesmo que fosse difícil pela sua fraqueza, ouvimos Luna Sea, X Japan e outras de nossas bandas preferidas, e até mesmo pude ouvir que você mal esperava para fazer amor comigo de novo. Ri, mesmo com um aperto no coração e sentindo minha garganta se contrair, o que significava que um choro estava por vir, mas o engoli.
Você ficava mais fraco a cada dia, mas tentava ao máximo disfarçar. Sempre se preocupando comigo em primeiro lugar, não é?
E foi em uma fria tarde de inverno que você se foi. Uma semana antes do dia dos namorados. Eu estava, como sempre, sentado ao seu lado, segurando sua mão, enquanto você mantinha seus olhos fechados, talvez muito pesados para abri-los.
Seus olhos se abriram lentamente e aparentemente com muito esforço certa hora.
Começou a mover seus lábios, e eu aproximei meu rosto de sua boca para ouvi-lo. Foi quando ouvi você sussurrar: Eu mal posso esperar para sair daqui, pequeno. Algum dia eu gostaria de ir para algum lugar casar com você. Arregalei meus olhos e congelei. Quando voltei do transe, formaram-se grossas lágrimas em meus olhos, escorriam até morrerem em meus lábios. Apertei sua mão com todas as minhas forças. Você levantou sua mão direita para limpá-las. Pude ler em seus lábios Não chore, Kou. Não gosto de te ver chorar. Não pensei duas vezes e selei nossas bocas. Não passou de um roçar de lábios, mas foi como se durasse a eternidade.
Nosso último beijo. Você sorriu. Mesmo em seus últimos momentos de vida você ainda possuía forças para sorrir. Sua mão, entrelaçada na minha foi ficando cada vez mais frouxa, até que sua cabeça pendeu para o lado e a máquina que media seus batimentos cardíacos apontavam zero. Você tinha partido.
Encolho meu corpo por baixo do sobretudo preto e continuo minha caminhada. Procuro o corredor 28 e ao achá-lo, caminho em sua direção. Abaixo-me e sento na grama fofa. Encaro a lápide em minha frente, nela, leio Yama Yuu. Meu coração dói e inevitavelmente lágrimas escorrem sobre meus olhos. Deposito o ramo de flores de narciso em seu túmulo. Faço uma breve prece em sua memória. Em seu epitáfio, pode se ler A thousand angels dance around you. I am complete now that I've found you. Quem vê pode estranhar, pois realmente não combina com um epitáfio, mas... pouco importa. É nossa música e tenho certeza que ELE gostou. A frase foi escolhida por mim, a pedido dos pais de Yuu, que inclusive se tornaram pessoas especiais em minha vida. São como sefossem meus pais, e me sinto feliz por isso, pois sei que esse era o desejo de Yuu.
Venho pelo menos uma vez por semana visitá-lo. É estranho, mas passo horas conversando com ele. Não obtenho respostas para minhas perguntas, mas de alguma forma eu posso sentir que ele me escuta.
Yuu é como se fosse meu anjo da guarda, sei que aonde quer que ele esteja, estará zelando por mim. Eu sinto muito sua falta e muitas vezes penso que irei surtar. Mas lembro-me da promessa que o fiz. Iria continuar, não importa o que aconteça. E assim o faço.
Três anos se passaram e nunca mais me relacionei com outra pessoa, Yuu foi meu único e primeiro amor. Não por falta de tentativas, mas sim por falta de vontade e interesse. Depois de sua morte, alguns de seus amigos se tornaram meus. Kai, Ruki e Reita são meus melhores amigos. E eles são muito preciosos para mim.
Eu nunca me imaginei perdendo-o. Sempre imaginei nossa velhice tranqüila e feliz. Mas aquele incidente aconteceu. Fomos tirados um do outro antes do imaginado, mas isso não quer dizer que estamos separados. Estamos longe um do outro apenas fisicamente, pois sua alma permanece em meu coração e, com certeza metade da minha está junto a ele. Eu sei que iremos nos encontrar novamente e recomeçar nossa história. Porque, assim como Yuu disse, nada será capaz de destruir nosso conto de fadas.
