Agora que já estou nos 70 anos posso falar de coisas que me aconteceram, das quais nunca contei a ninguém. Eram outros tempos, outras mentalidades.
Depois daquela noite fiquei mesmo apaixonado pelo Afonso. Só queria estar junto dele, sentir o seu cheiro, ouvir a sua voz. O Afonso era daqueles miúdos em quem ninguém repara, mas, quando os olhamos com atenção verificamos como são maravilhosos. O Afonso era alto, magro, tinha olhos verdes, cabelo castanho, uma pele muito branquinha e corava por tudo e por nada. Era muito tímido quando estava em grupo mas, quando ficavamos os dois sozinhos, ele soltava-se e era alegre e muito falador. E muito maluco também.
Como já contei, além de estudar e assistir às missas, nós também tinhamos tarefas para cumprir, como limpar, cozinhar e tudo o resto. Nessa altura, quando nos davam oportunidade de escolher os trabalhos nós procuravamos ficar sempre juntos e um dia calhou-nos a limpeza da igreja. Tinhamos que limpar o pó e varrer o chão e eramos só nós os dois. Lembro-me de sentir o medo naquela igreja vazia e escura, as paredes altas, o tecto lá em cima, os santos, o altar... de repente ouço uma voz vinda do confessionário que me arrepiou:
_ Veeeem pecadooooooooooooor, confessa os teus pecaaaaaaaados.
_ És tu, Afonso? - perguntei com as pernas a tremer e pronto para desatar a fugir.
_ Sou o padre Afonso. Vem meu filho, ajoelha e confessa-te.
Alinhei na brincadeira, ainda amedrontado ajoelhei junto ao confessionário.
_ Perdoai-me padre, porque eu pequei.
_ Quais são os teus pecados.
_ Roubei a borracha do António, deitei tinta no...
_ Chega, chega. E os pecados da carne? Tocas certas partes proíbidas do teu corpo?
_ Não, padre, gosto mais de brincar com a pila dos meus amigos.
_ Briiincarrrrrr!!! Seu pecadorrrrrrrrrrrrrr.
_ Gosto de os chupar e mamar, gosto que eles me enfiem o caralho no cu e gosto de os enrabar também.
_ Mas, meu filho, assim vais arder no inferrrrrno!
_ E também estou apaixonado por um rapaz...
_ E quem é ele?
_ É lindo, tem uma piça grande e grossa e o nome começa por A.
_ Vem meu filho, abre essa porta e entra para eu te dar a penitência.
Entrei no confessionário, o Afonso estava sentado, a braguilha aberta e o pénis duro na mão. Ajoelhei entre as suas pernas, lambi e chupei o meu caralho preferido, o Afonso puxou-me pelos ombros, beijou-me na boca, desapertou-me o cinto, baixou-me as calças. Fiquei de pé entre as suas pernas, as suas mãos nas minhas ancas, lambeu o meu saco, engoliu os meus ovos, puxou os meus pelinhos, chupou bem a minha piça, rodou-me para me lamber o rabo, dar-me mordidinhas nas nádegas. Dobrei-me até onde pude, as mãos e a cabeça encostados à parede do confessionário, o meu cuzinho bem aberto para ele lamber, molhar bem de saliva. E depois levantou-se, meteu a verga no meu buraco. Apesar de ter posto muita saliva custou um pouco a entrar, doeu um bocadinho, mas, logo, logo, estava ele a martelar, a bater com os tomates no meu rabo e eu a babar de gozo. O medo de ser apanhado, o remorso por estar a fazer aquilo naquele sítio, o prazer de sentir o pénis do meu amigo a encher o meu cu, a sua mão a masturbar o meu pau... era um tesão incrível, todo o meu corpo parecia ir explodir... disparei o meu esperma contra a parede do confessionário e logo. logo, recebi o leite quente no meu rabo.
Encostei-me para trás, contra o corpo do Afonso, não deixei que a pila saisse do meu rabo quando ele se sentou. Fiquei sentado no seu colo, sentindo o seu pau a encolher, quase a abandonar o meu cu e eu apertava para não o deixar sair. Mas o Afonso chamou-me para a realidade, “temos que nos despachar, precisamos de limpar esta merda toda depressa”.
E a igreja ficou bem limpa a horas, ainda tivemos tempo para ajoelhar diante do altar e pedir perdão a Deus por aquilo que acabaramos de fazer na sua casa.
Foram bons tempos aquele primeiro ano no seminário. Apesar das proibições, das restrições, dos castigos, eu tinha o Afonso para me consolar, para me satisfazer, para me ouvir e confortar.