A Casa do Rio
Foi há muito tempo...não sei dizer quando, esqueci do dia, do mês, do ano...mas recordo-me do sonho muito bem e daquela canção martelando a minha cabeça:
- A casa do rio, usando a vazão, é já o vazio e a voz da razão...
Esta melodia chorosa e melancólica, andou por muito tempo na minha memória sem eu entender porquê. Tinha sido só um estúpido sonho, pensava eu...até que conheci aquele homem!
Tudo começou num site social desses que têm imagens bonitas e onde as pessoas abrem um página do seu perfil, para colocar fotos, videos, enfim o que a imaginação de cada um ditar. Eu gosto mais de escrever e aquele site era exigente para o meu velho computador com todas aquelas imagens pesadas para abrir, por isso ignorava constantemente as dezenas de e-mails que recebia no correio todos os dias, referentes ás actividades do site.
Até um dia...algo me despertou a atenção nos e-mails vindos do site. Parece que alguém estava interessado em me conhecer e até encontrar-se comigo. Eu só tinha que responder pela afirmativa ou negativa.
Fui lá ver! Era ele! Aquela foto! Aquele homem, aquele rosto enigmático, com um ar sério, a boca apertada num ricto de amargura, como alguém que se tenta proteger do mundo, os olhos negros encovados, como dois pedaços de carvão, o cabelo já grisalho, e ao fundo a cidade! A cidade que eu amava e tinha deixado há anos para sempre vver na saudade da vida passada!
Profundamente impressionada, fui ver as fotos que ele tinha colocado na página. E lá estava....A Casa do Rio!
Era uma casa entre árvores verdes e floridas,com um aspecto antigo mas vendo-se que tinha sido alvo de obras de recuperação. Um pequeno jardim nas trazeiras, onde uma parede com arcos recortados na parte inferior e duas pedras de mó encostadas, fazia prever que teria sido uma velha azenha, ou moinho de água.
Tinha também uma foto do interior da casa, com um tecto abobadado, e uma sala agradável com sofás a toda a volta, que passou a fazer parte das minhas fantasias. Como seria estar lá com aquele homem?
Essa pergunta foi respondida muito mais depressa do que eu esperava. Deixei-lhe um comentário elogiando as fotos e logo fui informada que o local que eu tinha reconhecido até em sonhos, era bem perto da minha casa. Ele pediu-me o meu número de telefone móvel que dei e logo me ligou combinando o ansiado encontro.
E ali estava eu...preparando-me para ir ao seu encontro, num misto de medo, ansiedade e incrudelidade! Parece que continuava a sonhar!
Mas não! Lá estava ele e já esperava por mim! Vi-o e logo o reconheci pelas fotos! Fui estacionar o meu carro, e saí ao seu encontro. Sabia desde a primeira hora, desde o primeiro minuto que jamais seria capaz de dizer não, áquele homem!
Depois de bebermos um café rápido, seguimos no seu carro, para o local escolhido para estarmos juntos pela primeira vez: - A Casa do Rio!
Depois de andarmos alguns quilómetros em que ele tinha aproveitado para elogiar o meu aspecto, lá estava ela, a velha casa, uma antiga azenha construida por cima de um ribeiro, agora convertida em casa de campo e refúgio amoroso!
Entramos e ele estava tão seguro do que queria e da minha incapacidade de recusar-lhe o que quer que fosse, que só me disse: - Escolhe o quarto para onde queres ir! Tens este aqui em baixo e outro lá em cima!!
Nem me recordo se ele me beijou antes, mas recordo aquela sala saída de uma foto e onde agora eu estava ao vivo! Aquele homem, aquele enigma, que estava ali impaciente e seguro, esperando para possuir o meu corpo, desconhecendo que há muito possuía o meu espirito sem saber!
Agora peço me desculpem porque ainda não falei sobre mim. Sou uma mulher madura, o meu corpo tem excesso de peso e é redondo e macio, o meu rosto é bonito, tenho olhos verdes e cabelos castanhos, estatura mediana e sou portuguesa. O meu acompanhante também não era o modelo dos meus sonhos, era até o oposto ao meu ideal de homem, até áquele momento. Era apenas um pouco mais alto do que eu, estatura mediana para homem, uma barriguinha, mas aqueles olhos! Aquele rosto enigmático! Aquela segurança e domínio que ele exercia sobre mim! Tudo me fascinava e excitava! Sabia que estava dominada, como nas minhas mais loucas fantasias de mulher solitária, que usava para me masturbar e satisfazer sem ninguém saber!
Fui ver os quartos enquanto ele saía por momentos. Escolhi o do piso superior! Era um quarto antigo como a casa, com uma cama de madeira negra, daquelas com retorcidos e espaldar alto. Ele chegou enquanto eu apreciava e começou a despir-se sem mais delongas. Disse-me para me depir que não tinhamos muito tempo. Aquela falta de romantismo e de preliminares excitavam-me. Um pouco a medo comecei a despir-me, deixando apenas as meias negras que me chegavam até meio das coxas. Era inverno e estava muito frio naquela velha casa. O rio que passava por baixo, dava uma frialdade impressionante ao ambiente. Eu tremia, não sei se de frio, se de medo, se de excitação! Acho que era um pouco de tudo.
Ele já estava nu, deitado na cama e esperava por mim impaciente! Deitei-me junto a ele, esperando por beijos e carícias, mas ele queria apenas possuir-me! Pegou no meu corpo e puxou-me para a beira da cama. Abriu-me as pernas com gestos precisos e um brilho de satisfação no olhar negro e puxou-me para ele, posicionando-me para me penetrar sem mais delongas!
Então senti o seu penis durissimo que me tentava penetrar sem grandes meiguices, apenas com enorme tesão. Ele magoava-me um pouco nas suas tentativas precipitadas. Facilitei ajustando o meu corpo ao dele, e senti-o penetrar-me de uma maneira irreprímivel, com um domínio de mim e do meu corpo, como se há muito eu fosse dele, como se sempre tivesse sido dele!
Não resisti! Um jacto de gozo intenso jorrou irreprimivel de dentro do meu corpo há muito privado de sexo, molhando-o e fazendo-o soltar um berro de profundo prazer!
- Aaaaahhhhhhhhhhhh! Que sorte! Mais uma! Dá-me banho, mais um banho, dá.....vem-te toda vaca, veeeeemmmmmmm!
Sem conseguir parar atendi aos seus pedidos e expectativas! Jorrei todo o líquido do meu prazer tanto tempo acumulado molhando o penis dele em ondas sucessivas de gozo! Ah meu dominador! Que prazer intenso!
Mas logo ele saía de dentro de mim e me posicionava de joelhos em cima da cama. Eu tinha medo, sabia o que ele queria, temia a dor, mas estava incapaz de esboçar algum gesto de recusa ou dizer fosse o que fosse. E logo senti o seu penis duro no meu buraquinho, forçando, forçando. Tentei fugir com o corpo, mas ele segurou-me e disse: - Não fujas porra! Não te vais escapar! Vais levar com ele no cuzinho!
Tentei argumentar com a dor, mas ele disse: - Já passa! É só ao princípio! Não fujas com o rabo! Olha que levas! E aplicou-me algumas palmadas nas minhas nádegas fofas e gordas!
Sem escapatória, sujeitei-me aos desejos intensos daquele homem! Senti o seu pénis no meu trazeiro, entrando e doendo um pouco, mas tive que aguentar! Logo ele estava todo dentro de mim e iniciava movimentos de vai-vem. A dor foi sendo substituida pelo prazer, o frio do ambiente cercava-nos, mas os nossos corpos escaldantes entregues ao prazer intenso, escorriam de suor e gozo misturados!
Este foi o primeiro encontro com aquele homem que hoje domina os meus desejos e faz de mim a sua fêmea de prazer! Quero e desejo-o intensamente! Depois daquele encontro outros se seguiram, houve um período de afastamento, mas a saudade e o desejo foram mais fortes! Não resisti e de novo o procurei para saber que ele está com outra! Mas não deixa de estar comigo também! Um homem daqueles como não aceitar dividi-lo? Afinal ele é uma força da natureza, como o velho rio!