Quando um homem ama um outro homem

Um conto erótico de Aragorn
Categoria: Homossexual
Contém 441 palavras
Data: 28/08/2009 19:05:15
Assuntos: Gay, Homossexual

Era mais um dia de verão. O Rio de Janeiro amanhecia para mais uma vez receber o Astro-Rei de braços abertos. Rodolfo, homem branco, cabelos louros, 45 anos, observava da varanda de sua cobertura na Barra da Tijuca, todos na praia. Era um vai e vem de pessoas e carros. Acabara de acordar e foi tomar um banho enquanto Dona Silvia preparava seu café da manhã. Era um senhora que fora empregada doméstica de sua mãe e agora, após a morte daquela, servia a ele. Todos a consideravam como da família devido ao tempo de serviço.

Ligou o chuveiro e foi se lavando. Após uma ducha rápida, secou o corpo atlético na toalha e vestiu uma bermuda. Foi para o quarto e penteava os cabelos, foi quando abriu o armário e uma fotografia caiu no chão. Pegou-a e a fitou por uns segundos, as mãos tremendo e uma lágrima, quase inevitável, desceu por seu rosto. Um turbilhão de lembranças o pegou. O passado retornava como a brisa que invade o quarto em uma noite fria de inverno...

Era uma tarde de sábado e ele estava em uma lanchonete vindo do trabalho em sua empresa. Fazia um lanche e lia o jornal, quando o viu pela primeira vez. Um homem moreno, atlético, na certa alguém que frequentava academia. Viram-se, quase sem querer e sorriram. Como não havia outra mesa, o outro sentou em sua mesa. Apesar de não se conhecerem, como que por vontade mútua, acabaram puxando conversa. O jornal ficou de lado. Falaram de trabalho, política, arte, esporte, etc.

Após isso, Rodolfo, como que entusiasmado, convidou o outro para sua casa. Ele aceitou. Quando chegaram, o anfitrião serviu um cálice de vinho e ficaram conversando por mais tempo. O visitante, percebendo os gostos do outro, pôs-se mais à vontade e revelou que não seria um bloqueio tal opção, pois também estava interessado nele. Como se um calor os subisse, tiraram a camisa e se beijaram. A paxião foi intensidicando, até que Rodolfo parou sentindo um leve odor de queimado. Parou e farejou. Vinha da cabeça do outro. Tentou avisá-lo, mas já era tarde, quando se moveu, viu que seu convidado tremia em grande agonia, rangindo os dentes antes de liberar um grito e explodir. Rodolfo, desesperado, com seu sangue a banhar-lhe, tentou correr, porém era tarde, sua cabeça também explodia. O apartamento começou a incendiar-se e todo incendiou. O fogo alastrou-se por todo o local e os vizinhos chamaram o Corpo de Bombeiros para conter a situação. Mas, em meio às chamas, uma placa (como que surgida do nada), trazia inscrita a seguinte frase de alerta em letras garrafais: "VIADAGEM NÃO!!!!!!"

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