A seguir um acontecimento verdadeiro que, pela extraordinária força do seu exemplo, merece ser passado para frente. E repetido ! Não é apenas uma das historinhas de moral, publicadas em livros, que tentam ensinar a gente a viver melhor, não. É um fato real, com personagens reais, ocorrido há pouco tempo.
LOCAL: A porta de um grande shopping-center em uma cidade do Brasil, sexta-feira à noite, quando a garotada sai para se divertir e passear com amigos e com seus namorados.
Um homem estaciona seu carro para ir buscar sua filha e levá-la de volta para casa.São dez de meia da noite, pela porta principal começam a sair as pessoas em grupos de amigos, pares de namorados. De repente, um grupinho especial chama a atenção, quatro casais na faixa de 18 a 20 anos. Todos apresentando um ponto em comum: os quatro rapazes e as quatro moças estão em cadeiras de rodas. Rindo, alegres, conversando entre si. O homem tenta se aproximar para puxar conversa. No mesmo instante, um ônibus especial estaciona. Abre a porta pela qual sai uma pequena plataforma que é abaixada para levantar uma a uma as cadeiras de rodas e seus ocupantes. Três casais entram. O quarto fica de fora acenando para o ônibus, que parte. O homem cria coragem e se aproxima.
- Ué, vocês não foram no ônibus por que ?
-Eu sou independente- disse o rapaz com os olhos brilhando de alegria.
Aí o homem fez mais umas três ou quatro perguntas...E quando perguntou qual foi a coisa mais importante que permitiu que eles conquistassem essa independência, ouviu uma resposta que jamais sairia da boca de jovens comuns: o amor dos pais. Daí vem a força. daí veio a nossa independência...boa noite!
O garotão levantou o braço, parou o trânsito, fez sinal para a namorada o seguir e atravessaram a rua.
O homem ficou ali parado olhando. O casalzinho foi ao estacionamento, o rapaz abriu a porta para a moça. Ela desatou o cinto de segurança da sua cadeira e ele ajudou-a a sentar-se. Desarmou a cadeira dela, dobrou, abriu o porta-malas e guardou a cadeira da menina.
E agora? - pensou o homem. " Como é que o rapaz vai fazer? Vou lá ajudar".
Não foi preciso. O rapaz abriu a sua porta, segurou-se na cadeira e ajeitou-se no banco da direção. Desmontou e dobrou ele mesmo a sua propria cadeira de rodas, colocou-a no banco detrás. Ligou o rádio alto, como fazem os garotos nas noites de sexta-feira. E lá se foram os dois, felizes como num conto de fadas, num mundo de bruxas.
Tá certo que o carro deveria ser um carro especial. Mas muito mais especial que o carro eram as pessoas que iam nele. As pessoas valem a pena!